Cotidiano
Venezuelanos fazem fila por carne estragada em polo energético castigado por apagões
Maracaibo já foi símbolo da riqueza proporcionada pelo petróleo, mas seus moradores não conseguem mais refrigerar alimentos em razão dos apagões constantes que atingem região há 9 meses
MARACAIBO, VENEZUELA – Em Maracaibo, cidade que já foi considerada a Arábia Saudita da Venezuela por sua ampla reserva de petróleo e pela riqueza proporcionada pela commodity, os moradores fazem fila para comprar carne estragada já que não é mais possível refrigerar alimentos em razão da falta de energia constante – realidade da região há mais de 9 meses e que tem piorado recentemente.
Algumas pessoas ficam doentes depois de comer carne podre, mas como elas são vendidas a preços baixos, em muitos casos essa tem sido a única maneira que muitos venezuelanos encontraram para ingerir proteína em um país cada vez mais afetado por uma severa crise econômica.

Venezuelana ‘inspeciona’ carne estragada vendida em mercado popular de Maracaibo Foto: AP Photo/Fernando Llano
“(A carne) tem um cheiro forte, mas é só enxaguar com um pouco de vinagre e limão”, explica Yeudis Luna, pai de três garotos, enquanto compra cortes de carne já escurecida em um açougue nesta que é a segunda maior cidade da Venezuela.
Os venezuelanos enfrentam a pior crise econômica na histórica do país, que tem as maiores reservas conhecidas de petróleo do mundo. Serviço básicos como água encanada e energia elétrica se tornaram luxo para grande parte da população.
O presidente socialista Nicolás Maduro culpa uma “guerra econômica” travada pelos Estados Unidos e outras potências capitalistas pela situação do país. O governador do Zulia, Estado onde fica Maracaibo, Omar Prieto, disse recentemente que a administração trabalha para acabar com os blecautes constantes, mas que ainda não é possível dizer quando a situação será normalizada.
A extensa área portuária de Maracaibo, às margens de um vasto lago, era um dos principais centros de produção de petróleo da Venezuela, de onde saia cerca de metade do petróleo bruto do país, que era embarcado para todo o mundo.
A ponte sobre o Lago Maracaibo é uma lembrança de quando a situação do país era melhor. A estrutura de oito quilômetros de comprimento, construída há cinco décadas, brilhava à noite com milhares de luzes, ligando a cidade ao resto da Venezuela. Maracaibo era limpa e movimentada e tinha muitos restaurantes internacionais.
Hoje, as luzes da ponte não são mais acesas e plataformas de petróleo quebradas se espalham pelo lago, cujas margens estão poluídas. Os centros comerciais outrora luxuosos caíram em ruínas e as empresas internacionais deixaram a cidade.
Nos últimos nove meses, os moradores de Maracaibo tem sofrido com os apagões constantes. E as coisas ficaram ainda pior depois que no dia 10 um incêndio destruiu a principal linha de energia que abastecia essa cidade de 1,5 milhão de pessoas.
As geladeiras se tornaram peças de decoração na maioria casas e as carnes passaram a estragar rapidamente. Pelo menos quatro açougues vendem carne apodrecida em Las Pulgas, o mercado central de Maracaibo.
O açougueiro Johel Prieto conta que a falta de refrigeração fez com que um lado inteiro de uma grande peça de carne apodrecesse. Ele admite que triturou grande parte e misturou com uma peça de carne fresca, na tentativa de mascarar a deterioração.
Uma bandeja de carne moída e de outros cortes acinzentados expostos em seu balcão a céu aberto é alvo das moscas – e de um fluxo constante de clientes. Alguns usam essa carne para alimentar seus cães, mas muitos cozinham para suas famílias, explica Prieto.
“É claro que eles comem a carne – graças a Maduro” diz o açougueiro. “A comida dos pobres é comida estragada.”
Do outro lado da rua, em outro comércio, um açougueiro – sem camisa e fumando um cigarro – oferece bandejas de cortes escurecidos.”As pessoas estão comprando”, afirma José Aguirre, enquanto descarrega um lote de frango estragado.
Luna, um vigia de estacionamento de 55 anos de idade, levou um quilo de cortes bovinos para casa sabendo que estavam em condições inadequadas para consumo.
No ano passado, sua mulher foi para a Colômbia e o deixou com os filhos os três filhos, de 6, 9 e 10 anos. Segundo Luna, ela não aguentava mais passar fome e, desde então, ele não tem notícias da companheira.
Para preparar a carne, o vigia diz que primeiro a lava com água e depois a deixa de molho durante a noite em vinagre. Ele espreme dois limões e a cozinha com tomate e cebola.
Atualmente, Luna e seus filhos só conseguem comer carne apodrecida. “Estava preocupado que ficariam doentes por causa do mau cheiro”, diz o vigia. “Mas só o mais novo teve diarreia e vomitou.” / ASSOCIATED PRESS
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Cotidiano
Copa Regional de Vôlei de Praia inicia sem duplas favoritas no feminino e masculino

Foto: Alexandre Lima
Iniciou nesta sexta, 29, a partir das 13 horas, na praça do Juventus, na capital acreana, a Copa Regional de Vôlei de Praia. A competição será disputada nos naipes feminino e masculino e vai ter duplas do Acre, Amazonas, Rondônia e Roraima.
“Fechamos um grande evento com a premiação de 80 mil para ser dividida entre os dois naipes. Isso valoriza ainda mais esse investimento”, comentou o diretor técnico da Federação Acreana de Voleibol (FEAV), Delmerson Abreu.
Fase de classificação
A Copa Regional terá disputas para entrar na chave principal no feminino e no masculino. Os confrontos começam às 10h30 nas duas quadras montadas pela FEAV.
Governo e Prefeitura
A FEAV conta com apoio do governo do Estado e da prefeitura de Rio Branco para promover a etapa Norte 1 da Copa.
“Sem o apoio do governo e da prefeitura seria bem complicado montar essa estrutura para a competição. Vamos realizar um grande evento”, avaliou Delmerson Abreu.
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Cotidiano
Copa Amazônica terá 116 provas em três dias de muitas disputas

38 provas marcam a abertura da competição na AABB
Começa nesta sexta, 29, a partir das 15h30, na piscina da AABB, a XXV edição da Copa Amazônica de Natação. O evento é um dos maiores realizados no Norte e vai ter atletas do Acre, Rondônia, Bolívia e Peru.
“Temos uma competição consolidada, mas os desafios aumentam a cada temporada. Vamos ter mais atletas da Bolívia e do Peru e isso é muito importante”, declarou o presidente da Federação Acreana de Esportes Aquáticos (FAEA), professor Ricardo Sampaio.
116 provas
O torneio terá um total de 116 provas e será fechado no domingo, 1º, pela manhã. No primeiro dia de disputas serão realizadas 38 provas.
“Essa é uma competição forte sob todos os aspectos. Os atletas vão nadar muitas provas e isso vai exigir bastante na parte física e mental”, avaliou o dirigente.
Freguesia na Copa Amazônica
Os empresários da hamburgueria Freguesia acreditaram na visibilidade da Copa Amazônia e patrocinaram o evento.
“Pensamos em cotas de patrocínio e o Freguesia aceitou o desafio. Esse tipo de parceria é fundamental para o esporte acreano”, afirmou Ricardo Sampaio.
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Cotidiano
7ª Copa Arasuper Soçaite com duelos das semifinais definidos

Favoritos confirmaram as classificações para as semifinais
Wanderlei Dantas x Real Aviário e Papirô x Napoli. Essas são as semifinais da 7ª edição da Copa Arasuper de Futebol Soçaite Raimundo Ferreira.
Os últimos confrontos da fase de quartas de final foram disputados nesta quinta, 28, no campo do Arasuper. O Papirô, atual tricampeão da Copa, goleou Schalke 04 por 11 a 2. O Napoli derrotou o A&S FC por 6 a 5, nas penalidades, depois de um empate por 3 a 3 no tempo normal.
Wanderlei Dantas e Real Aviário
Wanderlei Dantas e Real Aviário conquistaram as classificações na terça, 26, no campo do Arasuper. O Wanderlei Dantas goleou o Tangará por 8 a 1 e o Real Aviário bateu o Atlético da Baixada por 3 a 0.
Semifinais na terça
As semifinais da 7ª Copa Arasuper serão disputadas na terça, 3, a partir das 19h30, no campo do Arasuper. As equipes entram para os duelos sem vantagem e se as partidas terminarem empatadas os finalistas serão definidos nas cobranças de pênaltis.
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