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Brasil

Vazar delação é ‘desespero para mudar rumo da eleição’, diz Carvalho

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Folha de São Paulo

O ministro Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral da Presidência) minimizou neste domingo (7) o impacto político das denúncias feitas pelo ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa em depoimentos à Polícia Federal.

“Acho que estão tentando usar essa delação premiada, ou melhor, a notícia parcial de vazamento não confiável, para tentar, um pouco no desespero, mudar o rumo da campanha”, afirmou Carvalho. Para ele, o que foi publicado até o momento sobre o caso é “boataria” que tenta mudar os rumos das eleições e destacou que o episódio reforça a necessidade de uma reforma política.

“Não posso tomar como denúncia contra a base aliada uma boataria de um vazamento, de um procedimento que eu não sei qual é. Só vamos falar sobre esse tema depois que houver o inteiro teor dessas denúncias. Vazamento é uma coisa, em geral dirigida. […] Até lá, tudo o que se falar é muito precário, porque são em cima de acusações que você não sabe”, disse.

O ministro participou do desfile cívico-militar em comemoração aos 192 anos da Proclamação da Independência ao lado de Dilma, em Brasília. Ela saiu sem falar com a imprensa.

De acordo com reportagem publicada pela revista “Veja”, Costa cita como beneficiários de propina em esquema na Petrobras o ministro das Minas e Energia, Edison Lobão (PMDB-MA), e os presidentes do Senado e da Câmara, Renan Calheiros (PMDB-AL) e Henrique Alves (PMDB-RN). Estariam envolvidos também políticos do PT e do PP, segundo Costa.

 

Ex-diretor de abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa

Ex-diretor de abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa

Escândalo da Petrobras

A reportagem não traz detalhes, documentos nem valores sobre o esquema. Os três rechaçam as acusações e alegam que as citações são mentirosas. Os nomes, segundo a revista, surgiram no acordo de delação premiada que Costa fez com procuradores da força-tarefa da Operação Lava Jato, deflagrada em março com a prisão do doleiro Alberto Youssef, acusado de liderar o esquema de lavagem que movimentou R$ 10 bilhões.

Para o ministro, a notícia sobre a delação premiada e parte de seu conteúdo é uma tentativa de mudar os rumos das eleições mas, ainda assim, ele acredita as acusações não afetarão a campanha de Dilma à reeleição.

“Eu não acredito, sinceramente, que uma simples notícia como essa, com o alarde que ela ganha, possa interferir no destino da eleição. […] Vitória dura, calejada, mas vamos continuar o projeto de mudar o país”, disse.

Também presente ao desfile, o ministro José Eduardo Cardozo, afirmou que as denúncias serão investigadas. “É muito importante que se faça a investigação e que se esclareça. O inquérito corre em sigilo por isso não é possível fazer nenhuma valoração a respeito. A Polícia Federal e o Ministério Público estão fazendo as apuração dentro daquilo que a lei determina”, disse.

Para Carvalho, o episódio é “mais um incidente” que demonstra a necessidade de uma reforma política no país. “Enquanto houver financiamento empresarial de campanha e as campanhas tornarem-se momento de muita gente ganhar dinheiro, e de se mobilizar muitos recursos, não há quem controle a corrupção com esse sistema eleitoral, isso é com todos os partidos. Não há, infelizmente, nenhuma exceção”, disse.

O ministro afirmou ainda que o Congresso atual é formado por políticos que maior “capacidade de mobilização de recurso” que acabam cedendo aos interesses dos financiadores nas votações realizadas no parlamento. Para ele, esse cenário “deturpa a representação popular no Congresso”.

Carvalho entra de férias nesta segunda-feira (8) para se dedicar exclusivamente à campanha presidencial petista. Segundo o próprio ministro, ele atuará junto aos movimentos sociais em todo o país.

Após o desfile, Dilma seguiu para o Palácio da Alvorada onde se reúne com representantes da juventude para debater a reforma política. A presidente deverá votar no plebiscito popular para a reforma política, organizado por setores da sociedade civil e partidos políticos.

De acordo com os organizadores, o plebiscito irá verificar se a população deseja a convocação de uma Assembleia Constituinte exclusiva para realizar a reforma política.

Estarão presentes jovens de diversos grupos, tais como estudantes, representantes do JPT, da UJS, dos movimentos de mulheres,, de cultura, do funk, do hip hop, juventude negra e vários outros segmentos.

Carvalho destacou que o resultado do plebiscito não poderá ser usado oficialmente pelo governo mas ele pode mostrar que “a sociedade brasileira quer a reforma política”. “O plebiscito popular não é do governo, é da sociedade. Só espero que ele seja vigoroso para que mostre para a sociedade brasileira que a reforma política”, disse.

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Mulher ganha R$ 1,9 milhão na loteria, larga marido e se casa com amante

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Ex-marido disse estar decepcionado com atitude da ex
Repodução/@AMARINTVHD

Ex alegou que estava junto com a então companheira havia mais de 20 anos e decidiu processá-la para ter metade do dinheir

Um tailandês levou a ex-mulher à Justiça após ela ganhar 300 mil libras (pouco mais de R$ 1,9 milhão) na loteria e pedir divórcio para ficar com seu amante secreto. O caso ocorreu na cidade de Isan, noroeste do país, e foi publicado pelo diário britânico Daily Star.

Deixado pela mulher, Narin, um homem de 47 anos iniciou um processo judicial para conseguir metade da bolada que ela ganhou.

O agora ex-marido disse estar arrasado e decepcionado com sua companheira de 20 anos, já que ela se mudou e se casou com outro homem dias antes de ele retornar de uma viagem a trabalho.

O homem argumenta ainda que a ex-companheira o largou do nada em 25 de fevereiro, sem explicações, e tentou esconder o prêmio que ganhou na loteria, mas que as próprias filhas revelaram a notícia ao pai.

“Estou desapontado. Não esperava que minha esposa de 20 anos fizesse isso comigo. Eu só tinha 60 mil baht [cerca de R$ 9.000] restantes em minha conta bancária porque eu dava dinheiro a ela todos os meses. Quero pedir Justiça e o dinheiro que mereço”, afirmou Narin.

A ex-mulher, chamada Chaweewan, contesta as alegações e afirma que o casal já havia se separado havia muitos anos, por meio de um telefonema. Narin, no entanto, diz que ele estava viajando a trabalho para a Coreia do Sul, com o intuito de pagar uma dívida familiar.

Os dois nunca se casaram formalmente, mas o advogado afirma que o ex-marido revoltado tem direito à metade dos ganhos de sua esposa e que os membros da família poderão confirmar seu relacionamento de longo prazo.

 

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Bolsonarista é morto a tiros após discordar de petista durante bebedeira no MT

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O bolsonarista Valter Fernando da Silva, 36, foi morto com dois tiros em um bar após uma discussão com um petista na noite de domingo (19), no distrito da Selma, em Jaciara (144 km ao sul de Cuiabá). O responsável pelo homicídio foi identificado como Edno e está foragido.

Conforme o boletim de ocorrência, a Polícia Militar foi acionada às 20h40 para atender uma denúncia de homicídio em um bar.

Ao chegar no local, o proprietário do bar relatou que ambos estavam fazendo uso de bebida alcoólica até que em determinado momento começaram a discutir por política.

Valter defendia o ex-presidente Jair Bolsonaro, o que fez com que Edno efetuasse os disparos. Após cometer o crime ele fugiu rumo ignorado. Em rondas os policiais encontraram somente o veículo do assassino.

A Perícia Oficial de Identificação Técnica (Politec) foi acionada para análise da ocorrência e liberação do corpo, que foi posteriormente encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) para exame de necropsia.

O caso é investigado pela Polícia Civil.

Por Gazeta Digital

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Gastos de Lula com Bolsa Família e seguro-desemprego aumentam expectativa de déficit para R$ 125 bi

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Previsão consta num relatório do Senado; para analistas, o novo arcabouço fiscal (regras de gastos públicos) pode mudar o cenário

Despesas elevaram a projeção de déficit primário para 2023 de R$ 118,3 bi para R$ 125 bi
MARCELLO CASAL JRAGÊNCIA BRASIL – 02/01/2020

O aumento nas despesas com o Bolsa Família, o seguro-desemprego e a recém-anunciada expansão do abono salarial aumentaram a projeção de déficit primário para 2023 de R$ 118,3 bilhões (1,1% do PIB) para R$ 125 bilhões (1,2%). Os dados constam no novo relatório de acompanhamento da Instituição Fiscal Independente (IFI) do Senado.

O aumento no cenário das despesas pela IFI ficou em 0,1 ponto percentual do PIB em 2023 e 0,2, em 2024. De acordo com a análise, para manter a dívida estável ao nível de 2022, seria necessário um superávit primário de 1,5% do PIB. O índice está distante da projeção, que é de déficit de primário de 1,4% do PIB.

Para mudar esse cenário, analistas acreditam no potencial prometido pelo novo arcabouço fiscal (regras de gastos públicos que vão substituir o teto de gastos em vigor desde o governo do ex-presidente Michel Temer).

Com o Bolsa Família, o Executivo estabeleceu o valor mínimo de R$ 600 por família cadastrada, além de um adicional de R$ 150 por criança de até 6 anos e R$ 50,00 extras para cada dependente entre 7 e 18 anos e para gestantes.

Com relação ao abono salarial e ao seguro-desemprego, um novo processamento promovido pela Dataprev, responsável pela gestão da Base de Dados Sociais Brasileira, possibilita que mais de 2,7 milhões de trabalhadores ainda possam ter direito aos benefícios.

Arcabouço fiscal

As projeções consideram a atual regra do teto de gastos. O relatório indica que falta clareza “quanto às fontes de financiamento e o impacto potencial das medidas anunciadas em janeiro pelo Ministério da Fazenda”.

A forma como esses gastos serão acomodados e o esperado anúncio de uma nova âncora fiscal podem influenciar a credibilidade do regime fiscal do país.

Trecho do relatório da Instituição Fiscal Independente (IFI) do Senado

O arcabouço fiscal é o conjunto de regras que determinam como o governo federal pode gastar as verbas do Orçamento de forma a garantir que a União mantenha a capacidade de honrar seus compromissos.

A expectativa é que as novas regras sejam apresentadas pela equipe econômica do Executivo ainda nesta semana. Antes, o ministro Fernando Haddad se reunirá com líderes no Congresso e economistas para alinhar a proposta, conforme solicitou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

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