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Terras descongeladas podem emitir gases que matarão humanidade; entenda

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O aumento das temperaturas globais está descongelando um tipo de solo permanentemente congelado conhecido como permafrost, presente em regiões frias como a Sibéria, o norte do Canadá e o Alasca.

Esse processo, segundo cientistas como o meteorologista Carlos Nobre, pode liberar quantidades massivas de gases de efeito estufa, que intensificam o aquecimento do planeta e, em última instância, podem tornar a Terra inabitável para os seres humanos.

Permafrost é o nome dado ao solo que permanece congelado por pelo menos dois anos consecutivos. Ele se forma em regiões muito frias e pode ter profundidades que chegam a dezenas de metros.

Esse solo armazena grandes quantidades de carbono orgânico, resultantes da decomposição de plantas e outros seres vivos que foram congelados antes de se degradarem completamente. Quando o permafrost descongela, esse material entra em decomposição, liberando gases como dióxido de carbono (CO₂) e metano (CH₄).

O grande perigo é que o metano é um gás com poder de aquecimento mais de 28 vezes maior que o do dióxido de carbono, e é liberado em grandes quantidades durante o degelo do permafrost. O CO₂ também é liberado, e ambos contribuem para aumentar o efeito estufa, acelerando ainda mais o aquecimento global.

Carlos Nobre alerta que, se a temperatura média da Terra ultrapassar os 2 °C até 2100, mais de 200 bilhões de toneladas desses gases podem ser lançadas na atmosfera, alimentando um ciclo vicioso de aquecimento.

Um estudo recente publicado na revista Nature Geoscience revelou que o problema é ainda maior do que se imaginava. Os cientistas estudaram sedimentos profundos de lagos no Ártico, como o Lago Goldstream, no Alasca, e descobriram que o permafrost sob esses lagos já descongelou completamente em várias áreas.

Quando a camada de gelo e neve que cobre esses lagos derrete, ocorre um aumento na atividade microbiana nos sedimentos. Esses microrganismos decompõem a matéria orgânica acumulada e liberam metano e dióxido de carbono, especialmente em ambientes sem oxigênio (anaeróbicos). E mais: a liberação desses gases em profundidades é tão intensa quanto na superfície, mas com impacto climático ainda maior.

Além do aumento das temperaturas, o degelo do permafrost pode causar:

Extinção em massa de espécies;

Colapso de ecossistemas importantes, como a Amazônia e recifes de corais;

Inundações, secas, ondas de calor intensas e outras catástrofes climáticas;

Aumento do nível do mar;

Transformação de grandes regiões da Terra em zonas inabitáveis para os seres humanos.

O novo estudo mostra que os atuais modelos climáticos subestimam a importância dos lagos termocásticos, formações criadas quando o permafrost descongela e a depressão se enche de água. Esses lagos continuam emitindo gases por séculos ou milênios, mesmo após a estabilização do solo.

Ou seja, mesmo que as emissões humanas diminuam, os efeitos do degelo continuarão por muito tempo, impulsionando o aquecimento global por um período prolongado.

Caros Nobre reforça que é urgente manter o aquecimento abaixo de 1,5 °C, conforme o Acordo de Paris. Se passarmos desse limite, os impactos podem ser irreversíveis. A Amazônia, por exemplo, pode perder até 70% de sua área até o fim do século.

 

Fonte: CNN

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Homem de 27 anos é preso com nove porções de maconha em blitz da PM em Mâncio Lima

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Suspeito tentou fugir ao avistar policiais no bairro São Francisco; droga teria sido comprada em Cruzeiro do Sul, segundo confessou o acusado

Na abordagem a PM encontrou nove porções de maconha que o acusado disse ter comprado em Cruzeiro do Sul. Ele foi preso em flagrante e levado para a delegacia de Cruzeiro. Foto: ilustrativa 

Um homem de 27 anos foi preso em flagrante no sábado (8) durante uma blitz da Polícia Militar no bairro São Francisco, em Mâncio Lima, interior do Acre. A guarnição realizava operação de trânsito móvel quando o suspeito, ao avistar os policiais, tentou fugir, mas foi interceptado pela equipe.

Durante a abordagem, os militares encontraram nove porções de maconha em posse do acusado, que confessou ter comprado a droga em Cruzeiro do Sul. O homem foi preso em flagrante delito e encaminhado para a delegacia de Cruzeiro do Sul, onde responderá pelos crimes de posse e transporte de entorpecentes. O caso reforça a atuação das forças de segurança no combate ao tráfico de drogas no Vale do Juruá.

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Ibama inclui Acre em operação nacional e bloqueia crédito rural para áreas com desmatamento ilegal

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BC poderá exigir devolução antecipada de empréstimos concedidos a fazendas com desmatamento ilegal; dados serão compartilhados com órgãos de investigação para processos criminais

No Acre, as fiscalizações em bancos e propriedades rurais visam interromper o fluxo de financiamento a áreas embargadas, enfraquecendo o elo financeiro da cadeia de destruição ambiental. Foto: captada

O Acre está entre os estados alvo da Operação Caixa-Forte 2, deflagrada pelo Ibama para interromper o fluxo de crédito rural destinado a propriedades envolvidas com desmatamento ilegal na Amazônia. A ação, que visa enfraquecer o elo financeiro da cadeia de destruição ambiental, resultou na aplicação de 19 autos de infração totalizando R$ 11,2 milhões em multas a duas instituições financeiras e seis produtores rurais.

As fiscalizações, realizadas em bancos e fazendas de 36 municípios da Amazônia Legal, distribuídos entre Acre, Amazonas, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Roraima, Rondônia e Tocantins. Com base em registros fundiários, imagens de satélite, dados de embargos e operações de crédito rural, identificaram 98 contratos de crédito irregulares no valor de aproximadamente R$ 25 milhões, concedidos por 40 agências de quatro instituições financeiras para 50 fazendas.

Desse total, 83% dos recursos foram destinados à pecuária e 17% à agricultura, todos em desacordo com o Manual de Crédito Rural, que proíbe empréstimos para propriedades embargadas por desmatamento ilegal.

A operação que identificou R$ 25 milhões em créditos rurais irregulares para propriedades com desmatamento ilegal na Amazônia, encaminhou os casos ao Banco Central para apuração da conduta dos bancos envolvidos. O BC poderá exigir a devolução antecipada dos valores concedidos irregularmente, em mais uma consequência para instituições financeiras e produtores rurais que descumpriram a legislação ambiental.

As informações coletadas pelo Ibama também serão compartilhadas com órgãos de investigação e poderão embasar processos criminais. Esta segunda edição da operação – que em março de 2025 aplicou R$ 4,8 milhões em multas no Cerrado – ocorre em um cenário de redução do desmatamento: entre agosto de 2024 e julho de 2025, o Inpe registrou queda de 11,08% na Amazônia e 11,49% no Cerrado, reforçando a meta do governo federal de zerar o desmatamento até 2030.

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PF identifica cinco foragidos que iriam trabalhar na COP30

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No total, a PF pesquisou 25.694 nomes, entre prestadores de serviço, fornecedores e outros profissionais envolvidos no evento

A Polícia Federal (PF) fez um pente-fino e chegou aos antecedentes criminais dos profissionais e das empresas que prestam serviços na COP30. Os policiais identificaram cinco pessoas com mandados de prisão em aberto.

Segundo a Secretaria Extraordinária para a COP30, qualquer pessoa listada para compor a de força de trabalho para a COP30 passa por uma análise rigorosa e sistemática de segurança, envolvendo múltiplos órgãos de controle, entre eles a Polícia Federal (PF), como parte integrante do processo de habilitação de prestadores, fornecedores e profissionais.

“Não se trata de uma verificação extemporânea ou pontual, mas de procedimento contínuo, previsto, estruturado e integrado à governança de pessoal do evento”. Dessa forma, os cinco foragidos não chegaram a iniciar os trabalhos no evento porque foram identificados na apuração prévia.

Registro negativo

No total, a PF pesquisou 25.694 nomes, entre prestadores de serviço, fornecedores e outros profissionais envolvidos nas preparações do evento. Desse total, 725 apresentaram algum tipo de registro negativo.

A ação faz parte do plano de segurança integrado que envolve também as demais forças de segurança pública.

Segundo a PF, o objetivo é garantir que todos os profissionais que atuem no evento estejam devidamente regularizados e não apresentem pendências judiciais.

“As verificações cruzam informações em bases de dados criminais e administrativas. Após a checagem, os resultados são encaminhados à coordenação do evento, responsável por adotar as medidas cabíveis”, informou a corporação.

A COP30 reúne milhares de participantes de todo o mundo, incluindo chefes de Estado, diplomatas, cientistas, ambientalistas e representantes.

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