Acre
Servidora pública é palestrante no Colégio Americano dos Cirurgiões, a maior congregação de cirurgiões do mundo
A médica Fernanda Lage, cirurgiã pediátrica da Secretaria de Estado de Saúde do Acre (Sesacre), foi palestrante no Congresso Anual 2024 do American College of Surgeons(ACS), o Colégio Americano dos Cirurgiões, a maior congregação de cirurgiões do mundo, o evento foi realizado no final de outubro na cidade de São Francisco, Califórnia, nos Estados Unidos.
O ACS é uma Sociedade científica que reúne cirurgiões de todo mundo e promove excelência no cuidado e desenvolvimento de lideranças para impulsionar a qualidade da assistência cirúrgica da população mundial.
Com vasta experiência e ótimo resultado no tratamento das doenças cirúrgicas das crianças, principalmente das malformações congênitas, (aqueles problemas que já nasceram com os bebês), Dra. Fernanda Lage já é conhecida por varias famílias acreanas.
Dra. Fernanda é Acreana de coração e de direito, já que recebeu a cidadania tanto acreana com rio-branquense, além do titulo “Mulher de Destaque 2021” da Assembleia Municipal.
Em 2018 foi premiada pelo Colégio Americano em reconhecimento à qualidade e dedicação com que desempenha seu trabalho como única cirurgiã pediátrica do Estado do Acre desde 2005.
Desde 2019 ela é membro titular do Colégio Americano, atualmente fazendo parte do Comitê de Relações Internacionais e representando a diretoria do Capitulo Brasileiro dentro do ACS, com participação ativa na programação científica do congresso.
Esse ano, Fernanda foi responsável por organizar na grade científica do Congresso um painel sobre Cirurgia Global, levando sua experiência, apresentando seus resultados e discutindo aspectos práticos e experiências bem-sucedidas de projetos de cirurgia global com profissionais de várias partes do mundo.
No evento, ela reuniu palestrantes médicos de Harvard com profissionais que implementaram programas de sucesso em países do continente africano e do Oriente Médio. “Minha ideia foi contribuir na construção de um conhecimento coletivo, que facilite a implementação de programas para a melhoria das condições de saúde das populações mais necessitadas do mundo, voltado para o tratamento das doenças cirúrgicas”, explica.
Apesar das diferenças culturais entre os diversos países e regiões do mundo, os problemas de falta de acesso a atenção à saúde de qualidade são relativamente semelhantes, e iniciativas que foram efetivas em um lugar podem ajudar na solução de problemas em outro lugar.
A experiência do Acre desde o inicio do milênio, com implementação do ensino médico de qualidade e desenvolvimento de várias especialidades médicas, é um exemplo a ser seguido. Lage participou desde o inicio, e até hoje tem atuação importante tanto na Faculdade de Medicina como na Residência Médica do Estado, tendo contribuído com a formação de inúmeros médicos em atuação hoje no Estado, de diferentes especialidades.
Durante o congresso Americano, houve um reconhecimento internacional do modelo de formação médica desenvolvido no Acre como estruturante para a construção de um sistema de saúde robusto, capaz de absorver as demandas da sua população.
A médica foi, ao final do evento, convidada para compor a partir de agora a Diretoria Executiva do ACS, em reconhecimento ao seu papel de liderança e comprometimento com a missão da instituição.
“Definitivamente o Acre está fazendo história e marcando presença no cenário da Cirurgia Global Internacional, movimento que tem potencial para atrair importantes parcerias estratégicas para o desenvolvimento de nossa saúde”, afirma.
Atualmente a Dra Fernanda Lage atua na Maternidade Bárbara Heliodora – Hospital da Criança (SASMC), atendendo recém nascidos e crianças internadas, e na Fundação Hospital Estadual do Acre (Fundhacre), onde realiza atendimento ambulatorial e cirurgias eletivas.
“Assim consigo acompanhar meus pacientes desde o nascimento, prestando cuidados e cirurgia no período neonatal, até eles se tornarem adultos através do acompanhamento ambulatorial. Estou muito emocionada e realizada com o reconhecimento internacional do meu trabalho, que é fruto de muito esforço e dedicação aos meus pacientes e alunos. Já tenho o carinho de muitas famílias acreanas que cuido há muito tempo. Poder levar o exemplo de como uma pessoa dedicada pode fazer a diferença em sua comunidade é uma oportunidade muito boa, pois posso inspirar outros médicos, principalmente os mais jovens, a seguirem o mesmo caminho, servindo assim como multiplicadora”, pontua Dra Fernanda Lage.
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Acre
Família se revolta com possibilidade de soltura de homem suspeito de assassinar adolescente em Rio Branco
Leandro da Silva Rodrigues, de 37 anos, é acusado de cometer o feminicídio da adolescente Geovana Souza de Silva, de 16 anos, brutalmente assassinada a facadas na madrugada de sábado, 7, no bairro Areal, no Segundo Distrito.
Com Notícias da Hora
Apesar de estar sob custódia na Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (DEAM), a ausência de flagrante no momento da prisão gerou a possibilidade de sua soltura, o que tem causado revolta entre os familiares da vítima
O brutal assassinato de Geovana Souza da Silva, de 16 anos, ocorrido na madrugada do último sábado, 7, no bairro Areal, periferia de Rio Branco, deixou a comunidade em estado de choque e levantou debates sobre a fragilidade do sistema penal brasileiro.
A adolescente foi morta de forma violenta, e o principal suspeito do crime, Leandro da Silva Rodrigues, de 37 anos, foi capturado na noite deste domingo, 8, após uma operação do Segundo Batalhão da Polícia Militar.
Leandro, que já possui histórico criminal por furto e roubo, foi localizado no bairro Triângulo Novo, onde tentava fugir pelos telhados de uma residência. Antes do crime, ele havia rompido a tornozeleira eletrônica, dificultando sua localização.
Apesar de estar sob custódia na Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (DEAM), a ausência de flagrante no momento da prisão gerou a possibilidade de sua soltura, o que tem causado revolta entre os familiares da vítima.
A mãe de Geovana, visivelmente abalada, desabafou: “Minha filha foi tirada de nós de forma cruel. Agora, existe a chance de o responsável por isso voltar para as ruas? Onde está a justiça? Precisamos de leis mais duras para evitar que famílias passem pelo que estamos passando.”
Histórico de violência
Leandro já estava sob uma medida protetiva que o impedia de se aproximar de Geovana, devido a registros de agressões físicas e tentativas de homicídio contra ela. Além disso, ele acumulava passagens pela polícia por roubo e furto, tendo cumprido pena no Presídio Francisco de Oliveira Conde em pelo menos seis ocasiões.
Após ser detido, Leandro foi conduzido à Delegacia de Flagrantes (Defla) e, posteriormente, à Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam). Um mandado de prisão foi emitido, e ele deve passar por audiência de custódia nesta segunda-feira, 9.
Relembre o caso
A adolescente Geovana Souza de Silva, de 16 anos, foi morta a golpes de faca na madrugada do último sábado, 7, no cruzamento da Travessa Coral com a Rua Beija-Flor, no bairro Areal, Segundo Distrito de Rio Branco. Geovana, que estava grávida de dois meses, não resistiu aos ferimentos e morreu no local.
Segundo informações da Polícia Militar, a guarnição foi acionada via COPOM para atender a uma ocorrência de feminicídio. Ao chegarem ao local, os agentes encontraram Geovana caída no chão, com ferimentos provocados por arma branca.
O local foi isolado, e o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) foi acionado. A médica plantonista, Dra. Denise Fontes, constatou o óbito da vítima.
De acordo com Lindaura Inácio de Souza, avó de Geovana, a jovem vivia nas ruas com um companheiro identificado como Leandro, apontado como autor do crime.
Testemunhas relataram que Leandro desferiu dois golpes de faca na adolescente: um nas costas, do lado esquerdo, e outro no peito, do lado direito. Ferida, Geovana tentou correr e pedir socorro, mas caiu e não resistiu.
O perito criminal Hewerton esteve no local e realizou os procedimentos necessários.
Após a perícia, o corpo da adolescente foi recolhido e encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) para exames cadavéricos.
Veja vídeo:
A comoção tomou conta da comunidade, que tem manifestado apoio à família e exigido medidas enérgicas das autoridades. Organizações de direitos humanos e movimentos de proteção à mulher também demonstraram preocupação com o caso, destacando a necessidade de revisão no monitoramento de presos com tornozeleiras eletrônicas.
“Tirou a vida de uma criança de apenas 16 anos”, desabafa familiar de menor assassinada por ex-marido
Enquanto aguarda o parecer do Ministério Público e da Justiça sobre o caso, a família de Geovana reforça o apelo por justiça. “Não vamos descansar enquanto esse homem não pagar pelo que fez. Ele não pode ficar impune,” afirmou um dos tios da jovem.
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Ministério Público pede anulação do júri que absolveu policiais do BOPE
Policiais militares foram acusados por três homicídios e duas tentativas de homicídio. Recurso do MP deve ser julgado em 2025 pela Câmara Criminal
O Ministério Público do Acre (MPAC) anunciou que irá recorrer da decisão que absolveu os cinco policiais militares acusados de participação na morte de três pessoas e em duas tentativas de homicídio durante uma operação do Batalhão de Operações Especiais (BOPE), no bairro Preventório, em Rio Branco, no ano de 2018.
O anúncio foi feito pelo promotor Carlos Pescador, ainda durante a leitura da sentença, no domingo (8). Segundo o representante do MP, o veredicto dos jurados foi contrário às provas apresentadas ao longo do processo. “Eu respeito a decisão dos jurados, mas não concordo. Vamos recorrer à Câmara Criminal”, afirmou Pescador.
Os policiais militares Antônio de Jesus Batista e Alan Melo Martins foram denunciados pelas mortes de Maria Cauane Araújo da Silva, uma menina de apenas 11 anos, e de Gleiton Silva Borges, além de serem acusados por duas tentativas de homicídio. Já o capitão da reserva Josemar Barbosa de Farias e os policiais Wladimir Soares da Costa e Raimundo de Souza Costa foram denunciados pela morte de Edmilson Fernandes da Silva Sales, apontado como o principal alvo da operação policial.
O julgamento teve início na quarta-feira (4) e só foi encerrado na noite de domingo (8), após cinco dias de intensas discussões e depoimentos. O Tribunal do Júri da Comarca de Rio Branco foi presidido pelo juiz Robson Aleixo, e o caso ganhou grande repercussão por envolver a morte de uma criança de 11 anos.
Com o anúncio do recurso, o MPAC tentará anular a decisão e solicitar um novo julgamento. A previsão é que o recurso seja analisado pela Câmara Criminal no ano de 2025. Segundo o Ministério Público, o objetivo é reverter a absolvição e assegurar que a análise das provas seja reavaliada por um novo corpo de jurados.
A operação que resultou nas mortes ocorreu no ano de 2018, no bairro Preventório, conhecido por ser uma área de grande vulnerabilidade social. Desde o início, a ação policial foi cercada de polêmicas e questionamentos sobre a conduta dos agentes de segurança. Agora, com o recurso anunciado, o caso poderá ganhar novos desdobramentos nos próximos meses.
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STF retoma julgamento sobre regulamentação de redes sociais na quarta
Dias Toffoli foi o único a votar até o momento; próxima sessão terá o voto de Luiz Fux
O STF (Supremo Tribunal Federal) retoma nesta quarta-feira (11) o julgamento de ações que discutem a responsabilização das redes sociais no Brasil pelos conteúdos publicados por usuários. Essa será a quinta sessão da Corte para julgar o caso, e apenas o relator de uma das ações, o ministro Dias Toffoli, apresentou o voto.
O magistrado votou pela regulamentação das redes sociais e contra a constitucionalidade do artigo 19 do Marco Civil da Internet. O julgamento vai ser retomado com o voto do outro relator, ministro Luiz Fux.
No voto apresentado ao longo de três sessões, Toffoli defendeu que a responsabilização seja feita após a notificação pelo usuário ou representante legal, como diz o artigo 21, e não mediante ordem judicial específica, como diz o artigo 19. Dessa forma, as plataformas assumem o risco de responsabilização pelo conteúdo a partir do momento que forem notificadas, e não apenas depois de não cumprir a ordem judicial.
“Uma vez declarado inconstitucional o artigo 19, a regra geral passa a ser a notificação e análise, e então a plataforma retira ou não retira”, resume.
A outra ação analisada trata sobre a responsabilidade de provedores de aplicativos ou de ferramentas de internet pelo conteúdo gerado pelos usuários e a possibilidade de remoção de conteúdos que possam ofender direitos de personalidade, incitar o ódio ou difundir notícias fraudulentas a partir de notificação extrajudicial.
- crimes contra o estado democrático de direito;
- atos de terrorismo ou preparatórios de terrorismos;
- crime de induzimento, instigação ou auxílio ao suicídio e automutilação;
- crime de racismo;
- qualquer especie de violência contra a criança, adolescente ou vulneráveis de modo geral;
- qualquer espécie de violação contra a mulher;
- infração sanitária por deixar de executar, dificultar ou opor-se à execução de medidas sanitárias em situação de emergência em saúde pública de importância nacional;
- tráfico de pessoas;
- incitação ou ameaça da prática de violência física ou sexual;
- divulgação de fatos notoriamente inverídicos ou gravemente descontextualizados que levem à incitação a violência física, ameaça contra avida ou a atos de violência contra grupos ou membros de grupos socialmente vulneráveis;
“Provedores interferem de forma preponderante no fluxo informacional, devendo responder pelos respectivos atos. […] É verdade que nessas hipóteses, os conteúdos continuam sendo de terceiros, mas ao recomendá-los ou impulsioná-los a um número indefinido de usuários, o provedor acaba se tornando corresponsável pela sua difusão”, completa.
Ao fim do voto, o ministro fez um apelo para que os poderes Legislativo e Executivo elaborem e implementem, em 18 meses, uma política pública voltada ao enfrentamento da violência digital e desinformação.
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