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Brasil

Sem dinheiro, haitianos passam fome em viagem do Acre a São Paulo

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A edição desta quinta-feira, 29, do Jornal Folha de São Paulo traz a reportagem dos jornalistas Avener Prado e Lucas Ferraz, que acompanharam um grupo de haitianos e senegaleses que partiram do Acre rumo ao Estado de São Paulo. De acordo com a reportagem, sem nenhuma estrutura financeira ou informações, os haitianos passam fome durante o trajeto de pouco mais de três dias.

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Terminal da Barra Funda, zona oeste de São Paulo, manhã de quarta-feira, último dia 21. Setenta e uma horas depois de serem despachados do abrigo de Rio Branco, no Acre, 37 imigrantes do Senegal e Haiti desembarcam maravilhados com a cidade grande.

Alguns ainda têm fome, muitos estranham o frio, mas todos parecem felizes.

O haitiano Charles Nacius Macius, 39, com sua boina cinza e a mesma roupa dos últimos três dias, perguntava mais uma vez: “E agora, o que fazemos?”. Ninguém tinha resposta. O silêncio e o desamparo eram representativos da saga dos imigrantes até o Brasil e das difíceis situações que enfrentam atrás de dias melhores.

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A Folha viajou em um dos ônibus que saem quase diariamente de Rio Branco para São Paulo com os estrangeiros relegados à própria sorte.

O governo do Acre não disponibiliza qualquer estrutura mínima para a viagem de 3.465 km. Sem dinheiro e sem comida, a maior parte dos 42 passageiros passou fome durante o trajeto.

Até água faltou no ônibus.

O Acre sequer os municia com informações básicas sobre o destino final —os passageiros nem sabiam que há um abrigo em São Paulo para acolhê-los.

Muitos se surpreenderam quando descobriram que a viagem duraria três dias, e não algumas poucas horas, como pensavam.

Em resposta, o governo do Acre informou que não tem condições de gastar mais com os imigrantes.

A VIAGEM

unnamed (1)A organização da viagem depende da documentação dos imigrantes. Inicialmente, o embarque estava previsto para a noite de sábado, dia 17. Na hora marcada, a partida foi adiada: 12 vagas do ônibus fretado ainda estavam desocupadas.

Na manhã seguinte, após a convocação feita em frente aos galpões de bois e cavalos onde os imigrantes estão abrigados, o ônibus estava completo. Além dos repórteres da Folha, embarcaram 42 pessoas: 17 senegaleses e 25 haitianos. Predominavam os homens. As mulheres eram apenas sete.

Na primeira parada para comer, após os primeiros cem quilômetros, o problema que se repetiria em toda a viagem até São Paulo: sem dinheiro, a grande maioria dos passageiros, sobretudo os haitianos, nada comia.

Os senegaleses, em geral, tinham alguma condição e se alimentavam, mas sem dividir com ninguém.

A reportagem e alguns dos motoristas que se revezaram no ônibus pagaram refeições para os haitianos. Um ou outro dono de comércio na beira da estrada também se sensibilizou e forneceu comida.

 AVENTURA

Ao longo dos 3.465 km, perrengues esperados em um trajeto tão longo e em rodovias tão danificadas como as da região Norte: um pneu furado, calor e mosquitos amazônicos endiabrados, além de longas esperas.

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Na primeira, foram mais de duas horas e meia aguardando a balsa para cruzar o rio Madeira, em Rondônia. A última, quando o ônibus entrou no Estado de São Paulo, na cidade de Presidente Epitácio, a Polícia Militar segurou o veículo por quase uma hora. Por ser rota do tráfico, ela queria inspecionar o ônibus, mas tão logo um policial entrou, desistiu da revista.

As condições de higiene também eram precárias. O banheiro do ônibus convencional rapidamente ficou inutilizável. Em 71 horas de viagem, só os repórteres e um senegalês tomaram um único banho, na rodoviária de Pontes e Lacerda (MT).

Pelo caminho, ficaram cinco imigrantes, um em Porto Velho e quatro em Cuiabá. Segundo disseram, tinham conhecidos ou promessa de trabalho nessas cidades.

“Não acredito que chegamos”, disse o haitiano Jeremie Dozina, 29, que a Folha encontrou pela primeira vez na fronteira brasileira, quando ele acabava de entrar no país. “Meu maior medo era não chegar aqui”, contou, já na Barra Funda.

A confusão de imigrantes na estação paulistana comoveu alguns passantes, que contribuíram com dinheiro para que eles embarcassem num metrô até a Sé.

De lá, a reportagem os direcionou até a Missão Paz, na rua do Glicério. “A vida do imigrante é um eterno recomeçar. Agora vou tentar encontrar minha irmã, que está em Santa Catarina”, despediu-se Dozina.

 

LUCAS FERRAZ e AVENER PRADO

Folha de São Paulo

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Mega-Sena acumula e vai pagar R$ 6 milhões

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Nenhuma aposta acertou as seis dezenas do Concurso 2.716 da Mega-Sena, sorteadas nesta terça-feira (23), no Espaço da Sorte, em São Paulo (SP). 

Os números sorteados foram: 05 – 20 – 27 – 28 – 48 – 49 

Com isso, o prêmio da faixa principal para o próximo sorteio, na próxima quinta-feira (25), está estimado em R$ 6 milhões.

A quina teve 24 apostas ganhadoras e cada uma vai receber R$ 58.527,17. Já a quadra registrou 1.750 apostas vencedoras, e cada ganhador receberá um prêmio de R$ 1.146,65.

As apostas para o próximo concurso podem ser feitas até as 19h (horário de Brasília) do dia do sorteio, nas casas lotéricas credenciadas pela Caixa, em todo o país ou pela internet.

Fonte: EBC GERAL

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Leticia Bufoni aproveita sauna em casa antes de maratona de viagens; ‘relaxing’

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Leticia Bufoni, de 31 anos, aproveitou a terça-feira (23), em uma sauna que possui em sua casa. A skatista brasileira explicou que tem curtido os dias de descanso, pois logo terá que encarar duas viagens.

“Uma semana em casa relaxando e recarregando antes de partir para as próximas viagens. Já, já tem corrida no Brasil e México!”, escreveu a atleta do Guarujá, litoral de São Paulo, que atualmente mora nos Estados Unidos. A skatista investe na carreira de piloto e começou a participar de competições automobilísticas. Em março desde ano, ela fez sua estreia na Porsche Cup e terminou a corrida em 6º lugar.

No vídeo em que relaxa na sauna, Leticia aparece com um biquíni fio-dental na cor rosa e exibe seu corpo definido. “Ela não é a única a suar”, brincou uma pessoa nos comentários. “Você é tão perfeita”, disse outra. “Que inspiração de mulher”, acrescentou mais uma. Confira:

Fonte: TOP FAMOSOS

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Internet redefine o cenário do consumo de notícias no Brasil

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Internet redefine o cenário do consumo de notícias no Brasil
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Internet redefine o cenário do consumo de notícias no Brasil


Numa mudança dinâmica, o cenário do consumo de notícias no Brasil está evoluindo rapidamente, impulsionado pelo amplo acesso à internet e pelas mudanças nos hábitos de consumo de informação da população. Cada vez mais, os brasileiros buscam se manter informados por meio de canais digitais, com destaque para portais de notícias e plataformas de mídia social.

“79% dos brasileiros agora recorrem a fontes online para notícias, superando a televisão pela primeira vez como o principal meio de acesso às notícias”, revela Fabricio Vieira, CEO da Lenium, citando uma pesquisa do Datafolha de 2023.

Com 79% dos brasileiros confiando em fontes online para notícias, a internet tornou-se o destino principal para informações, marcando uma mudança significativa nos padrões de consumo de mídia. A facilidade de criação de sites aliada à demanda por informações locais impulsionou o crescimento dos portais de notícias regionais, atendendo às necessidades específicas de cada comunidade.

O mercado de portais de notícias está passando por uma transformação com o surgimento de modelos de negócios inovadores, como assinaturas, conteúdo patrocinado e publicidade direcionada, visando garantir a sustentabilidade financeira dos veículos de comunicação. Passando mais de 9 horas por dia online, o brasileiro médio dedica 3 horas e 23 minutos ao consumo de conteúdo online, com 42 minutos dedicados ao consumo de notícias.

Fabricio, CEO da Lenium, ressalta ainda que os temas de notícias locais e regionais representam 37% do total de consumo de notícias. “Hoje os portais regionais têm uma importância gigantesca, principalmente em fornecer informações personalizadas e relevantes para as comunidades”, pontua.

As notícias são acessadas por meio de várias plataformas, incluindo sites de notícias (76%), mídias sociais (76%) e aplicativos de mensagens (61%), destacando a necessidade de os portais de notícias adotarem uma estratégia multicanal para alcançar seu público.

Discernir entre notícias reais e falsas continua sendo um desafio significativo para os consumidores brasileiros de notícias online, com apenas 42% expressando confiança nas notícias que consomem. Isso enfatiza a necessidade de portais regionais comprometidos com a precisão e qualidade do jornalismo.

Startups brasileiras

A startup brasileira, Lenium surge como uma solução inovadora para os desafios enfrentados pelo mercado de portais de notícias regionais no Brasil. A plataforma oferece uma solução abrangente para a criação, gerenciamento e monetização de portais de notícias, adaptada à realidade do público brasileiro.

A Lenium oferece uma ampla variedade de temas de portais prontos e personalizados, adaptados à cultura e identidade visual do público regional. Segundo Fabrício, a plataforma é intuitiva e acessível, permitindo que qualquer pessoa, mesmo sem experiência técnica, crie e gerencie seu portal de notícias.

A Lenium fornece ferramentas completas para gerenciamento de conteúdo, edição de textos, publicação de notícias, integração com mídias sociais e análise de dados, tudo projetado para atender às necessidades dos portais regionais.

Fonte: Nacional

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