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Se aditivo não for aprovado pelo governo, Ponte do Rio Madeira não será entregue em 2020

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“Esse aditivo é quase nada diante do atraso que já vivenciamos nesse estado por conta da demora dessa obra”, diz presidente da Fieac

A gente pensava que o problema já seria resolvido agora, mas fomos surpreendidos com essa notícia de que levará mais um ano para a ponte ser concluída. Isso decepcionou os empresários

EVERTON DAMASCENO e EVERTON DAMASCENO

Em uma coletiva à imprensa realizada nesta terça-feira (10), na sede da Federação das Indústrias do Estado do Acre (Fieac), o presidente José Adriano disse que, caso o aditivo de R$ 23 milhões não seja aprovado pelo governo federal, a ponte sobre o Rio Madeira não será entregue em 2020.

O valor de R$ 130 milhões já gastos não foi suficiente e, a nova proposta, que deveria incluir a verba no orçamento de 2020, ainda não foi discutida e aprovada.

O evento aconteceu na sede da FIEAC/Foto: ContilNet

“O governo estadual precisa se articular com a bancada de deputados federais e senadores para um acordo mais sólido com o governo federal, que atua na obra por meio do DNIT”, explicou José Adriano.

Outro impedimento, caso o aditivo não seja aprovado até dezembro, para o próximo ano, é a impossibilidade de finalizar a ponte após o período de verão, que é ideal para o trabalho.

Na ocasião, o presidente da Fieac declarou que o seu apelo é feito às autoridades para que esse recurso seja aprovado, já que a “quantidade solicitada é inferior ao prejuízo que o estado já teve até o momento com o atraso da entrega da ponte”.

Diversos membros da imprensa participaram/Foto: ContilNet

“Esse aditivo é quase nada diante do atraso que já vivenciamos nesse estado por conta da demora na entrega dessa obra. As nossas autoridades precisam se mexer”, declarou.

O que resta para o efetivo término da obra é a conclusão do acesso pelo lado de Rondônia, incluindo o aumento nos serviços de terraplanagem e extensão da obra de arte estrutural e a cobertura asfáltica de todo o percurso e os acabamentos.

Com as adequações e aditivo aprovado e autorizado pelo DNIT, a obra passará para um valor global de R$ 151 milhões.

“Faltam R$ 23 milhões para sermos considerados, de fato, brasileiros”, finalizou.

Depoimentos de autoridades que participaram da visita:

“A população está tendo prejuízo sendo obrigada a pagar R$ 780 em uma carreta para ir a Porto Velho ou São Paulo e voltar, e isso está encarecendo o valor dos nossos produtos. Estamos pagando essa inflação há muitos anos. A gente pensava que o problema já seria resolvido agora, mas fomos surpreendidos com essa notícia de que levará mais um ano para a ponte ser concluída. Isso decepcionou os empresários. Também nossa bancada federal precisa pressionar. Houve pressão pela estrada que vai para Mato Grosso e ela já está pronta. Houve pressão por várias outras obras e elas já estão prontas, e o Acre sempre ficando em último plano”, disse Rubenir Guerra, presidente da Federacre.

“Estou há quase 50 anos operando na área de logística do ramo de transportes de carga. Tudo isso, para o nosso setor, é motivo de grande pesar e tristeza, pois vamos ter que continuar nos utilizando de balsas para a travessia de uma carreta, que custa mais de R$ 200, além do agravante do perigo de acidente durante o embarque e desembarque, pois o rio é muito caudaloso. Somam-se a isso os grandes prejuízos causados no período da seca, onde as balsas encalham e os caminhões ficam até mais de 48 horas parados, aguardando seu horário de embarque. Fora o prejuízo da manutenção do veículo no embarque das rampas da balsa. Não podemos deixar de citar a dificuldade dos ônibus e a tristeza de ver passageiros – idosos e crianças – tendo que descer de madrugada, dos ônibus, muitas vezes na chuva e enfrentando o frio, pois a Marinha não permite que passageiros permaneçam dentro do ônibus para embarque na balsa”, disse Osvaldo Xavier Dias, membro do Sindicato das Empresas de Transportes (Setacre).

“A Ponte do Rio Madeira é um sonho de mais de 50 anos que agora se materializa. Além de trazer menores custos de frete, eliminar riscos e agilizar o transporte, ela traz consigo uma simbologia de progresso, de desenvolvimento, de esperança. Uma rodovia chamada pomposamente de Transoceânica não pode ser interceptada por uma balsa, símbolo do atraso. O agronegócio exportador, pilar do nosso futuro, será grandemente beneficiado por essa obra”, disse Assuero Veronez, presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Acre (FAEAC).

A agenda é parte de um compromisso da Confederação Nacional da Indústria (CNI), que reunirá seus membros para um conversa com Bolsonaro no Palácio do Planalto sobre possíveis reivindicações.

Presidente se encontrará com Bolsonaro nesta quarta para falar sobre Ponte do Rio Madeira

“Me encontrarei com o presidente nesta quarta, em uma agenda da CNI, para pedir que olhe para o Acre e nos ajude a avançar”, explicou.

Na ocasião, o representante da Fieac também declarou que uma das pautas é, justamente, a garantia de recursos para a conclusão da Ponte sobre o Rio Madeira ainda em 2020.

“Garantir a conclusão da obra da ponte sobre o rio Madeira ainda no ano de 2020, acelerando os trâmites burocráticos para a liberação do aditivo no contrato da obra ainda neste mês de dezembro. Vale destacar que a execução desta obra – que representa o fim do isolamento de nosso estado, integrando-o permanentemente ao restante do país – já vem perdurando por mais de cinco anos”, comentou.

A informação foi dada em uma coletiva à imprensa que aconteceu nesta terça-feira (10), na sede da Fieac, para abordar os resultados da 2º visita técnica à obra que está em construção desde o final de 2015.

Veja quais são as outras pautas que devem ser discutidas no encontro: 

  • Reavaliar a política de retirada de recursos do Sistema S, pois este conjunto de instituições vem cumprindo seu papel de apoiar o desenvolvimento do nosso setor produtivo com muita seriedade e dignidade, bem como rever a Medida Provisória 907, que afetará significativamente as possibilidades de apoio para as Micro e Pequenas Empresas;
  • Implantar um programa de habitação de interesse social que considere a realidade de cada município, medida esta que irá proporcionar um ambiente para um rápido incremento do emprego em nosso país além de contribuir para a solução do déficit habitacional;
  • Implantar um programa de pavimentação definitiva para as estradas vicinais acreanas, com vistas a melhorar o escoamento da produção agropecuária, medida esta que irá contribuir para o fortalecimento de nossa economia, melhorando, além disso, o incremento de emprego;
  • Estabelecer uma política diferenciada para as questões ligadas ao comércio, com objetivo de integrar o Brasil ao mercado andino através do Acre, estabelecendo esta iniciativa como uma estratégia de Governo, dando prioridade sobre todas as suas demandas específicas;
  • Garantir recursos para a implantação da linha de transmissão que interliga o Vale do Acre ao Vale do Juruá.

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Com a presença do governador Gladson Cameli, Acre faz história ao ser o primeiro a receber Liga Indígena que será divulgada em mais 170 países

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Em mais um ato para fortalecer a cultura indígena do estado, o governador Gladson Cameli marcou presença no primeiro Festival Huwã Karu Yuxibu, que ocorre em Rio Branco, e participou da abertura da Liga Indígena ( Indigenous League), uma iniciativa da startup Nave Global. O objetivo é dar destaque à cultura indígena e disseminar o conhecimento tradicional por meio da linguagem universal que é o futebol.

Governador esteve presente da abertura da Liga Indígena. Foto: José Caminha/Secom

O festival, que ocorre no Centro Huwã Karu Yuxibu, começou no dia 22 e vai até 31 de março. As competições envolvem 60 atletas do povo Huni Kuin.

“Esse evento é mais do que nunca para mostrar para o mundo inteiro que a gente luta pela preservação do meio ambiente, pelo nosso direito e também pela integração social”, disse o líder espiritual Mapu Huni Kuin.

Para além de uma programação do festival, Mapu destaca que essa é uma oportunidade de mostrar ao mundo a identidade de seu povo e também como aliam conhecimento tradicional e inovação para expandir e conscientizar ainda mais sobre a preservação da floresta.

“Queremos mostrar que estamos usando sistemas, tecnologia e que jogamos de uma forma consciente, educativa e respeitando todos os próximos. A gente está fazendo um jogo consciente junto com o adversário, que ali vai ter um entendimento, um respeito ao próximo. Isso que a gente quer trazer. E o mais importante, a alegria, porque é um momento de brincar, de divertir, então a gente tem que realmente colocar o sorriso na frente e poder transmitir isso para as pessoas que vão estar nos assistindo, que nós estamos brincando, e é um esporte de brincar, de divertir, viver a alegria”, pontuou.

Pioneirismo

Na abertura da Liga, o governador Gladson Cameli foi apresentado aos uniformes dos times e também ouviu, tanto da startup como dos indígenas, agradecimentos pelo apoio do governo ao festival, que tem movimentado a economia local. Flora Dutra, fundadora da Navi Global, destacou que o Acre está fazendo história ao ser o primeiro a receber a competição. O governador agradeceu e reforçou que o Estado é um parceiro das comunidades indígenas.

Na abertura, governador reforçou incentivo do governo em eventos indígenas. Foto: José Caminha/Secom

“A sensação é de dever cumprido de uma união para mostrar o potencial que temos no nosso estado, que tem respeito pelos povos da floresta, pelos povos indígenas, onde o mundo, de fato, vai conhecer tudo o que temos aqui de natural e de potencial. O Acre está tendo a oportunidade de mostrar para o mundo o seu potencial e nós podemos incentivar um turismo em respeito ao meio ambiente em que as pessoas podem conhecer a fortuna que temos aqui que é a natureza”, pontuou.

Flora Dutra também destacou a presença de lideranças indígenas dos povos Yanomami e Vale do Javari. Ao criar a Liga Indígena, ela pensou não apenas no esporte, mas também na união e fortalecimento da identidade de cada povo.

“Todo material está sendo gravado e será distribuído para mais de 170 países e 200 canais de televisão. Vale lembrar que todo o material usado nessa competição foi feito de forma sustentável. Além disso, os uniformes foram confeccionados em Rio Branco, justamente para fomentar essa economia”, pontuou.

Acre é o primeiro estado a receber Liga Indígena. Foto: José Caminha/Secom

Até o fim do ano, o campeonato deve ocorrer nas terras indígenas dos Yanomami e Vale do Javari. No ano que vem, a pretensão é fazer a Indigenous League Championship durante 30ª Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP-30), em novembro de 2025, em Belém (PA).

E foi com uniforme personalizado, com os nomes indígenas estampados, chuteiras, que os seis times entraram em campo, levando não apenas o futebol, mas toda sua ancestralidade.

O secretário adjunto de Esportes, Ney Amorim, destacou que é muito simbólico que o Acre seja pioneiro nesse projeto que é uma vitrine da cultura tradicional para todo o mundo.

“Estamos apoiando esse evento aqui com a equipe de arbitragem, com pessoas da Secretaria de Esportes apoiando o evento, também trouxemos algumas bolas para estar ajudando. O governador Gladson Cameli sai na frente quando ele abraça os povos indígenas em todos os sentidos, do ponto de vista da educação, do ponto de vista da saúde e agora fortemente o ponto de vista do esporte nessa parceria com outras forças que estão aqui. Então é uma alegria para gente muito grande estar nesse projeto piloto que está só começando e, se Deus quiser, nós vamos fazer mais eventos como esse nas áreas indígenas e vamos estar levando o esporte do nosso estado para todas as comunidades indígenas do Acre”, destaca.

Mapu destacou que evento divulga os povos indígenas. Foto: José Caminha/Secom

O Centro

A área da Associação Centro Huwã Karu Yuxibu atende indígenas da etnia Huni Kuin em contexto urbano e tem projetos importantes para reforçar a cultura do seu povo que vive na cidade e, muitas vezes, em vulnerabilidade social. Lá é onde funciona a cozinha tradicional, a primeira do estado, e reúne, todas as quintas, os indígenas para que sejam acolhidos e recebam informações.

A liderança Mapu destaca que o objetivo é preparar esses indígenas para voltar às aldeias. Segundo ele, seu povo atualmente é estimado em 17 mil pessoas, sendo que ao menos 7 mil indígenas da etnia Huni Kuin vivem em contexto urbano.

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Caminhoneiro do Alto Acre relata mudança de vida por meio do Programa CNH Social

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O programa CNH Social já contemplou 7 mil pessoas, garantindo inclusão, cidadania e geração de empregos para quem mais precisa, em todo o estado. Neste ano, no programa idealiza pelo governo do Acre, por meio do Departamento Estadual de Trânsito (Detran), mais 5 mil pessoas serão selecionadas, por meio de mais um processo seletivo que deve ser publicado nos próximos meses. Até o fim de 2026, 22 mil pessoas terão a mesma oportunidade.

Morador da zona rural de Brasileia, o caminhoneiro Abraão Nascimento de Lima sonhava em ser motorista de caminhão desde a infância. Porém, o preço pela mudança para a categoria D na Carteira Nacional de Habilitação (CNH) era alto, uma média de R$ 2.800, o que o separava da realização do sonho, que seria também uma oportunidade de vida melhor.

Abraão Nascimento foi contemplado na modalidade CNH Rural e já sustenta a família como caminhoneiro. Foto: Daigleíne Cavalcante/Detran

“Desde menino, eu via meu pai e os outros adultos nos caminhões, já que na zona rural a gente precisa demais para carregar gado, escoar a produção e ter o sustento da família. Então, eu cresci já com o sonho e a necessidade, mas era muito caro e sempre que eu ia lá na autoescola perguntar, ficava mais caro”, afirma Nascimento.

Em 2023, o sonho de Abraão virou realidade. Ele participou da seleção do Programa CNH Social, que dá oportunidade a pessoas de baixa renda para a obtenção da primeira habilitação, assim como mudar ou adicionar categoria de forma totalmente gratuita. Ele foi um dos cinco mil candidatos selecionados.

“Fiquei muito feliz. Foi um processo rápido, sem burocracia e em mais ou menos um mês eu já concluí e passei no teste, e pude começar a trabalhar dentro da lei”, conta.

Hoje, Abraão, que é casado e pai do pequeno Isaac, 3 anos, sustenta a família com os trabalhos de frete que realiza.

“O motorista de caminhão ganha um pouco mais e, agora, com a CNH de categoria D, tem outras portas se abrindo. Fica melhor para sustentar a família, tudo favorável”, enfatiza.

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Dengue: Organização Pan-Americana da Saúde afirma que o surto deste ano pode ser o pior da história

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Em todo o Brasil, são 897 mortes pela doença

A Organização Pan-Americana da Saúde, a OPAS, disse nesta quinta-feira (28), que o número de casos de dengue nas Américas é três vezes maior, neste ano, do que o registrado no mesmo período do ano passado. A OPAS também afirma que provavelmente vivemos o pior surto da história. Em todo o Brasil, são 897 mortes pela doença; o número de casos prováveis já ultrapassou 2,4 milhões.

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