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Relatório aponta irregularidades e revela verdadeiros motivos do atraso das obras do Huerb

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No relatório de verificação do MS, os responsáveis pela vistoria das obras de reforma do Pronto Socorro, relatam em 32 páginas, diversas irregularidades cometidas na execução dos serviços.

Estado deixou de aplicar a contrapartida que tinha sido programada (Foto: Ray Melo)

Por Ray Melo da editorial de politica do Ac24horas

A população do Acre já deve ter questionado várias vezes quais seriam os reais motivos de a obra de reforma ampliação e verticalização do Hospital de Urgência e Emergência de Rio Branco se arrastarem por quase 10 anos. Acreditem, a culpa não é do presidente Michel Temer, como o governador do Acre, Sebastião Viana, do PT, tenta atribuir a maioria dos problemas de sua gestão. Pelo menos é o que revela um relatório de verificação “in loco” realizado pela divisão de convênios da secretaria executiva do Ministério da Saúde, que realizou uma minuciosa vistoria em janeiro de 2017, na unidade de saúde e constatou diversas irregularidades na reforma do setor de emergência do maior hospital do Estado.

Segundo a divisão de convênios do Ministério da Saúde (MS), núcleo do Estado do Acre, o atraso nas obras seria por culpa das administrações estaduais que paralisaram a execução dos serviços e apresentaram pedidos de reformulação dos projetos. A pasta celebrou dois convênios com as administrações petistas. O primeiro de número 4591/2005 – ainda na administração do então governador Jorge Viana (PT). O convênio previa o repasse de R$ 7 milhões para ampliação, reforma de unidade de saúde e aquisição de equipamentos e material permanente. O repasse total foi de pouco mais de R$ 4,7 milhões não acontecendo na sua totalidade porque a reforma foi interrompida em 2012.

Na época, o governo do Acre, através da Secretaria de Saúde, entrou com um pedido de reformulação do projeto. A reformulação não foi aprovada e o Estado acabou por devolver o dinheiro do convênio e prestou contas em março de 2017. O Ministério da Saúde afirma que dos recursos que foram utilizados, o Estado deixou de aplicar a contrapartida que tinha sido programada, deixou de executar a forma que estava previsto no plano de trabalho do convênio, ou seja, além da devolução dos recursos que não foram executados, o Estado vai acabar tendo que devolver recursos que foram gastos de forma indevida, de forma que não estava prevista no plano de trabalho apresentado originalmente.

O segundo convênio de número 767660/2011 previa um repasse de mais de R$ 7,4 milhões e os recursos seriam específicos para obra de verticalização do Huerb. O MS já repassou 492 mil, novamente o estado interrompeu a execução da obra e ingressou com pedido de reformulação do projeto junto. O convênio é organizado pela Caixa Econômica Federal. A divisão de convênios do MS núcleo do Acre não tem acesso às informações específicas do convênio. As únicas informações são as disponíveis no portal de transparência que é de onde extraíram que o processo está com prorrogação de vigência porque o Estado solicitou a reprogramação da obra que está em análise pela equipa da Caixa.

No relatório de verificação do MS, os responsáveis pela vistoria das obras de reforma do Pronto Socorro, relatam em 32 páginas, diversas irregularidades cometidas na execução dos serviços. Os técnicos destacam que “os equipamentos/ materiais permanentes não foram analisados nesta vistoria, tendo sido programada outra verificação “in loco” para conferência dos bens adquiridos”. Eles destacam que a documentação do convênio foi apresentada de forma parcial. “Os extratos bancários não foram apresentados em sua totalidade, restando a entidade apresentar os extratos da conta corrente dos meses de janeiro a março de 2013, mas no período não houve movimentação na conta.

O documento identificou que a contrapartida de responsabilidade do governo do Acre não foi “aplicada conforme pactuada no termo de convênio, tendo sido aplicada em desacordo com o valor previsto em R$ 122 mil, que corresponde a 17,4% do valor pactuado. Não houve depósito do restante da contrapartida na conta específica do convênio”, de acordo com saldo bancário datado de 31 de setembro de 2016. Durante o acompanhamento foi apresentado pagamento com recursos próprios do Estado na ordem de R$ 204 mil, no entanto o serviço executado foi considerado alheio ao plano de trabalho, não sendo considerado como contrapartida executada pelos técnicos que elaboraram o relatório.

O levantamento destaca que apenas três etapas da obra foram executadas no período de março de março de 2010 a maios de 2012, totalizando apenas 44,13% de execução física. Os técnicos constataram ainda que os materiais utilizados na obra não estão totalmente de acordo com as especificações aprovadas, “uma vez que os ambientes de expurgo não tinham revestimento de azulejos piso/teto nas paredes e nem nas cubas de expurgo com dispositivos de descarga adequados. Constatamos na visita que há metais como torneiras, sifões e engates para pias de banheiros e tanques, especificados com material cromado, mas que estão instalados em material PVC”, destaca o relatório do MS.

A lista de impropriedades e irregularidades cometidas na obra é longa, vai desde o não pagamento da contrapartida, uso de material inadequado, notas fiscais em desacordo com os boletins de medição, documentação incompleta do convênio, projeto arquitetônico em desacordo com layout e funcionamento dos ambientes, o termo de contrato de aceitação da obra é de 05/06/2012 – entretanto o contrato com a construtora já estava com vigência expirada, diversos ambientes apresentavam desgaste e avarias como: infiltrações, ausência de fechadura nas portas, mofo nas paredes, forro de gesso quebrado, ausência de alguns equipamentos hidráulicos como ralos, torneiras e sifões.

Segundo ainda o relatório, as infiltrações e acúmulo de mofo, evidenciam a ausência de material lavável e impermeável, além de alterações funcionais em diversos ambientes do projeto executado. Os funcionários também reclamaram que não há controle ou restrição no acesso ao local dos pacientes que chegam em ambulâncias. “A porta de acesso ao ambiente não tem nenhum tipo de trava. Esse fato já possibilitou, no passado, o acesso indesejado de pessoas não autorizadas, causando constrangimento e até mesmo atos de violência”. Os técnicos que elaboraram uma planilha especificando que há diferença de valores entre os serviços contratados e os efetivamente executados de acordo com o PTA.

Diante das irregularidades constatadas na vistoria, os técnicos responsáveis pelo documento notificando o gestor da Sesacre e apresentando sugestões de providências que deveriam ser adotadas para sanar as incorreções necessárias. Quase um ano após a vistoria, o governador Sebastião Viana lançou o que ele considera a fase final da obra, dando o prazo de seis meses para conclusão e novamente culpando o governo federal pela paralisação dos serviços. “São R$ 7,9 milhões que estavam amarrado porque o governo federal não liberava os recursos, nós conseguimos com muita luta, com compreensão do Ministério da Saúde liberar esse recurso”, disse o petista sem assumir parte da culpa.

A reforma do Pronto Socorro se tornou uma obra quase sem fim. Ela se arrastas desde 2005, de acordo com o relatório do MS. Já a verticalização do Huerb se arrasta há quase 10 anos, por três governos comandados por gestores petistas: um de Binho Marques e outros dois de Sebastião Viana. Com o canteiro de obras parado, ora por falha no projeto de engenharia, ora por suposta falta de recursos financeiros para a execução, depois de detectadas várias irregularidades nos serviços, o “Novo Huerb” será entregue em pleno ano eleitoral, funcionando como mais uma bandeira de campanha para tentar manter a hegemonia de poder do Partido de Trabalhadores que já dura quase 20 anos no Acre.

Confira o relatório do Ministério da Saúde na Integra

Líder do governo chegou a informa que novo Huerb não entrou em funcionamento por falta de estacionamento adequado

Depois que o governador Sebastião Viana (PT) sofreu um enxurrada de críticas de deputados de oposição e de internautas por priorizar o lançamento da construção milionária da construção de um museu e não comprar equipamentos e inaugurar o novo prédio do Pronto Socorro, obra iniciada em 2009 na administração do petista Binho Marques, o líder do governo na Aleac, deputado Daniel Zen (PT) revelou os motivos da unidade de saúde permanecer fechada.

Segundo o petista, entre os motivos para o novo prédio do PS não foi inaugurado é por uma questão que pode ser considerada um erro primário num projeto de grande porte: a falta de um estacionamento. De acordo com Zen, por este motivo, “o governo levou um puxão de orelhas do Ministério Público Estadual. O MP alertou que a obra está fora dos padrões de acessibilidade exigidos pela legislação atual. Que só pode entrar em funcionamento quando se adequar”.

Apesar de evidenciar o erro de planejamento no projeto do novo PS, o deputado afirma que na época que o projeto foi aprovado, a legislação contava com a exigência de um estacionamento adequado e proporcional ao tamanho da edificação. Daniel Zen afirma que o governo vem tentando se adequar, inclusive, tentou negociar a desapropriação de um terreno próximo ao PS, mas as negociações com o proprietário da área de terra não avançaram.

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Daniel Zen atribui a cotação elevada do dólar, que de acordo com ele, no período que o governo deveria realizar os processos licitatórios chegou a níveis que impossibilitou a aquisição dos aparelhos que seriam na maioria importados de outros países.

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Uma das saídas estudadas pela equipe de governo para solucionar a falta de estacionamento será a demolição de um antigo depósito da Cageacre, localizado na rua Dom Bosco, próximo ao prédio da Defensoria Pública do Acre. O único problema é que o local fica mais de mil metros distante da unidade de saúde, ou seja, as pessoas teriam que deixar seus veículos e caminhar um longo percurso para chegar ao no prédio do Pronto Socorro de Rio Branco.

Sobre a falta de equipamentos no prédio do novo PS, Daniel Zen atribui a cotação elevada do dólar, que de acordo com ele, no período que o governo deveria realizar os processos licitatórios chegou a níveis que impossibilitou a aquisição dos aparelhos que seriam na maioria importados de outros países. O deputado garante que a administração petista vem se esforçando para resolver os problemas e colocar o PS para funcionar o mais breve possível.

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Entre os motivos para o novo prédio do PS não foi inaugurado é por uma questão que pode ser considerada um erro primário num projeto de grande porte: a falta de um estacionamento.

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“Faltam apenas pequenos acabamentos na parte interna do prédio. O primeiro passo é cumprir as exigências da legislação de acessibilidade. O alerta foi dado pelo Ministério Público, na questão do estacionamento. O governo busca soluções para todas as questões e já iniciou um novo processo de licitação para aquisição de equipamentos, já que na época que foi aberto o processo, o preço do dólar disparou e impossibilitou a compra”, finaliza Daniel Zen.

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Reunião na Aleac discute estado da saúde no Hospital Regional do Juruá

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Na manhã desta sexta-feira (19), a Comissão de Saúde Pública e Assistência Social da Assembleia Legislativa do Acre (Aleac) promoveu uma reunião de extrema importância para debater a situação crítica do Hospital Regional do Juruá. Presidida pelo deputado Adailton Cruz (PSB), o encontro foi marcado por discussões francas e apelos por medidas urgentes.

Em sua fala, o deputado Adailton Cruz destacou a importância de abordar questões cruciais para os assistentes de saúde, delineando “a situação exposta pelos trabalhadores” e o posicionamento da Associação Nossa Senhora da Saúde.

 O parlamentar enfatizou ainda a necessidade de garantir melhorias salariais e condições de trabalho mais favoráveis, incluindo a possibilidade de aditar o convênio e pactuar demandas como a redução da jornada e o pagamento adequado de adicionais e horas trabalhadas em feriados e finais de semana.

“É importante estabelecer um acordo coletivo entre as entidades fiscais e a Associação Nossa Senhora da Saúde para promover mudanças substanciais na situação laboral daquela unidade de saúde. É importante esclarecer que o objetivo dessa reunião não é fechar acordos imediatos, mas sim identificar e defender as necessidades dos trabalhadores, buscando contribuir para melhorias concretas que impactem positivamente não apenas os profissionais da saúde, mas também a comunidade do Vale do Juruá como um todo”, disse.

Em seguida, Alesta Amâncio, presidente do Sindicato dos Profissionais Auxiliares, Técnicos de Enfermagem e Enfermeiros do Acre (Spate), destacou a longa luta pela conquista de um acordo coletivo, rejeitando enfaticamente a ideia de acordos individuais e enfatizando a necessidade de debate e deliberação conjunta:

 “Nós já estamos há muito tempo lutando por esse acordo coletivo. Não concordamos com o acordo individual, porque a gente entende que acordo precisa ser discutido e debatido pelas duas partes. E não é o que acontece lá no Hospital do Juruá. Então nós defendemos, nós lutamos que seja um acordo coletivo discutido com a categoria que nós representamos”, disse.

Já Venilson Albuquerque, representante do Sindicato dos Trabalhadores em Saúde do Estado do Acre (Sintesac) no Hospital de Cruzeiro do Sul, falou sobre as dificuldades enfrentadas pelos profissionais de saúde do Vale do Juruá, especialmente no Hospital Regional do Juruá. Na oportunidade, ele delineou os desafios enfrentados no cotidiano do hospital e as preocupações com a falta de condições adequadas de trabalho.

Ele destacou ainda a necessidade urgente de ações para melhorar as condições de trabalho e remuneração dos profissionais de saúde do Juruá, apontando lacunas nas políticas internas do hospital local, que afetam diretamente a qualidade de vida dos trabalhadores.

“Então hoje, esse acordo individual acarreta muito na vida dos funcionários. Os trabalhadores hoje no Hospital Regional do Juruá estão pedindo socorro, não é nem mais ajuda. Tem muitas pessoas que já estão tendo que tomar remédio controlado, muitas estão sendo acompanhadas pelo CAPS local. Essa é a nossa realidade”, lamentou. 

Após ouvir os representantes dos sindicatos da saúde, o secretário de Saúde (Sesacre), Pedro Pascoal, falou da visita que fez essa semana ao Hospital do Juruá e anunciou uma série de medidas para fortalecer a infraestrutura hospitalar daquela região. Segundo suas palavras, “estamos comprometidos em melhorar as condições de trabalho e atendimento, com investimentos imediatos na UTI, centro cirúrgico e pronto atendimento”.

Além disso, o gestor destacou o avanço na implantação de novos equipamentos, incluindo a tão aguardada ressonância magnética em Cruzeiro do Sul: “Estamos finalizando os preparativos para a chegada do aparelho nos próximos dias, com equipes já realizando ajustes necessários no hospital”, complementou.

Pascoal também enfatizou a necessidade urgente de estruturação regional para garantir o atendimento adequado aos pacientes. Ele destacou a importância de desenhos claros em acordos coletivos e individuais, ressaltando que quaisquer impactos financeiros diretos precisam ser cuidadosamente considerados para evitar consequências negativas para o sistema de saúde.

Adailton Cruz finalizou a discussão afirmando que irá propor à Aleac para que a Comissão de Saúde realize uma visita ao Hospital Regional do Juruá no dia 9 de maio, com o intuito de avaliar de perto as condições da instituição. Segundo ele, a visita é essencial para acompanhar e compreender melhor a situação atual da saúde na região.

O deputado também firmou o compromisso em buscar recursos adicionais para um convênio com a ANSAL, visando beneficiar os trabalhadores com um auxílio-saúde e melhorar o auxílio-alimentação. Ele revelou que pretende angariar até um milhão de reais em emendas parlamentares, destacando que seu próprio gabinete já se comprometeu com uma contribuição significativa de 450 mil reais.

Cruz ressaltou, no entanto, que tais recursos só poderão ser viabilizados para o ano de 2025, uma vez que o processo de alocação de emendas demanda tempo e cooperação dos demais parlamentares. 

Texto: Mircléia Magalhães e Andressa Oliveira

Agência Aleac

Fotos: Sérgio Vale

        

Fonte: Assembleia Legislativa do AC

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MPAC sedia Encontro de Educação do Selo Unicef

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O Ministério Público do Estado do Acre (MPAC), o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e a Visão Mundial promoveram na quinta-feira (18) o Encontro de Educação do Selo Unicef. O evento, realizado no auditório da sede do MP em Rio Branco, teve como objetivo apoiar os municípios no avanço dos indicadores da infância e na melhoria da educação.

O encontro reuniu técnicos e gestores das equipes dos 21 municípios do Acre que participam do Selo Unicef. Pelo MPAC, estiveram presentes o coordenador do Centro de Apoio Operacional da Infância e Juventude, procurador de Justiça Francisco Maia Guedes, e os promotores de Defesa da Educação de Rio Branco, Ricardo Coelho de Carvalho e Walter Teixeira Filho.

Durante todo o dia, foram abordados temas como a realização da Busca Ativa Escolar (BAE) de crianças que estão fora da escola, a implementação dos Indicadores da Qualidade da Educação Infantil (INDIQUE) e as práticas de qualidade da educação infantil, além de apoio ao município no enfrentamento da cultura do fracasso escolar.

O promotor de Justiça Walter Teixeira Filho ministrou uma palestra com o tema “Regularização dos Estabelecimento de Ensino”. Na ocasião, ele destacou a importância da regularização das escolas para garantir o bem-estar dos estudantes e a qualidade do ensino.

“A escola credenciada garante não apenas o aprendizado, mas também o bem-estar dos alunos, formando estudantes mais proativos e criativos, preparando-os para os desafios do futuro”, afirmou o promotor.

Em sua apresentação, ele destacou ainda a importância da colaboração entre escolas, famílias e comunidade para combater a evasão escolar e garantir educação de qualidade para todos. Por fim, firmou um compromisso de diálogo da Promotoria de Educação do MPAC com os demais entes e organizações públicas e privadas para melhor realização dos trabalhos em prol dos estudantes.

Selo Unicef

O Selo Unicef é uma certificação concedida pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) aos municípios que se comprometem a implementar políticas públicas que garantam os direitos das crianças e adolescentes. O Selo é concedido após a avaliação de sete resultados sistêmicos que impactam a vida das crianças, desde a primeira infância até o final da adolescência.

O MPAC é um parceiro na implementação do Selo no Acre, atuando na fiscalização das metas, na formação e mobilização dos municípios e preparação para adesão ao novo ciclo que vai se iniciar em 2025, com a posse dos novos prefeitos e prefeitas.

“Através do Selo, os municípios se comprometem a alcançar metas em áreas como acesso à saúde, nutrição adequada, imunização, combate à evasão escolar e cultura do fracasso escolar. As metas incluem ainda empregabilidade para a juventude, espaço e oportunidade de aprendizagem e de cidadania, saneamento, acesso à água e higiene”, destacou o oficial de Educação do Unicef, Matheus Rangel.

Fotos: Clóvis Pereira

Fonte: Ministério Publico – AC

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Projeto Bombeiro por um Dia é financiado com recursos de penas pecuniárias de Cruzeiro do Sul

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Auxílio oriundo da Vara de Proteção à Mulher e Execuções Penais da Comarca de Cruzeiro do Sul serviu para construir mini caminhão de combate a incêndio e que vai levar ações de cidadania e educação para crianças e jovens

O Projeto “Bombeiros por um Dia” foi contemplando com recursos das penas pecuniárias da Vara de Proteção à Mulher e Execuções Penais Comarca de Cruzeiro do Sul, captando recursos para construir um mini caminhão de combate a incêndio e levar atividades de cidadania, educação para crianças e adolescentes.

A ação é uma iniciativa do 4ª Batalhão de Educação, Proteção Ambiental e Combate a Incêndio Florestal e Urbano do Corpo de Bombeiros e tem duas frentes de trabalho: receber as visitas no quartel e realizar palestras nas escolas.

A primeira, recebendo visitas dos pequenos no quartel, proporciona aos jovens vivência com a profissão, pois eles poderão conduzir o mini caminhão, construído e adaptado com sinais luminosos, giroflex, e buzina. Inclusive, as visitantes e os visitantes mirins lidarão com uma simulação de incêndio. O veículo é equipado com uma pequena bomba de água, mangueira que ao ser acionada esguichará água em um pequeno foco de incêndio, feito com botijão de gás, controlado por um bombeiro, assim, quando a visitante acionar a mangueira na direção das chamas, o profissional fechará a válvula e o fogo cessa, tudo controlado e monitorado.

Além disso, a proposta é levar o veículo para escolas, eventos e praças públicas. No dia 17 de abril, foi a estreia do carro em unidades de ensino, que foi levado até a Escola de Ensino Fundamental Maria Lima, no bairro da Cobal, em Cruzeiro. Com isso espera-se contribuir com a formação e desenvolvimento da cidadania de crianças e adolescentes, fazendo a atividade preventiva de forma lúdica. 

O veículo foi montado seguindo a planta de um caminhão, respeitando as proporções, com madeira e revestimento de fibra de vidro, utilizado uma caixa de direção de um fusca, rodas de aro 13, kit de tração de motocicleta. O caminhão comporta duas crianças por vez e pode ser pilotado pelos visitantes, desde tenham idade suficiente. Mas, o caminhão tem controle remoto, desses utilizados em aeromodelo, para os bombeiros monitorarem e assumirem a direção e freios do veículo, caso necessário. 

Para o comandante do 4º Batalhão, o capitão Josadac Ibernon, o emprego dos recursos das penas pecuniárias em projetos sociais promove segurança e educação. “A parceria do TJ através de verbas pecuniárias, fortalece as atividades preventivas executadas pelo Corpo de Bombeiros. Prevenção contra acidentes domésticos, incêndios, afogamentos, drogas, e todas atividades ilícitas. O mini caminhão terá um papel fundamental nessas atividades, pois é um atrativo através do qual passaremos a disseminar a prevenção de uma forma lúdica, despertando o interesse dos pequenos em seguir uma carreira na segurança pública através de uma experiência real e adaptada a sua realidade, que certamente ficará marca sua memória”.

Todo ano as comarcas do Judiciário do Acre abrem editais para que entidades e associações possam apresentar seus projetos e tentar captar recursos das penas pecuniárias. Com isso, o Judiciário do Acre promove melhoria e transformação social. Afinal, cada ação premiada com os alvarás deve executar atividades em benefício social, promovendo, especialmente, educação e segurança.

Fonte: Tribunal de Justiça – AC

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