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Produtores têm renda de mais de R$ 10 mil com criação de aves no Alto Acre

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Fotos 1 e 187: produtores investem em melhoria da infraestrutura dos aviários (Fotos: Assessoria Seaprof)

Fotos 1 e 187: produtores investem em melhoria da infraestrutura dos aviários (Fotos: Assessoria Seaprof)

Idealizado ainda em 2004, o Complexo Agroindustrial de Aves, localizado em Brasileia, completa cinco anos. Com a cadeia produtiva consolidada, 25 produtores, organizados em cooperativa já decidiram pela ampliação da produção e acessaram crédito para construção de aviários com capacidade para 20 mil aves. Há produtor alcançando renda de mais de R$ 10 mil por lote entregue para abate. A média de abate diário é de 12 mil frangos.

Com apenas cinco anos, o modelo econômico adotado pelo governo do Estado no empreendimento do Alto Acre alia desenvolvimento com inclusão social e distribuição de renda. O Complexo Agroindustrial de Brasileia é um exemplo de como a junção das experiências de cada setor pode dar certo e todos os envolvidos começaram a colher os frutos.

Lourival Marques, secretário de Extensão Agroflorestal e Produção Familiar (Seaprof), lembra que a organização dos produtores, através da Cooperativa dos Produtores de Aves do Alto Acre (Agroaves), recebe 33% dos resultados obtidos pelo empreendimento Acreaves, responsável pelo abate e comercialização das aves. Os produtores rurais também recebem um valor por cada ave entregue para o abate.

Inicialmente os produtores entendiam a atividade de criação de aves como mais uma na propriedade rural, como um complemento de renda. Mas muitos chegaram à conclusão que essa pode ser a atividade principal e até mesmo única para garantir uma boa qualidade de vida. Para tanto seria necessário ampliar os aviários.

Raimundo Duarte de Oliveira, acessou crédito através do Pronaf Mais Alimentos e construiu galpão totalmente automatizado (Foto: Assessoria Seaprof)

Raimundo Duarte de Oliveira, acessou crédito através do Pronaf Mais Alimentos e construiu galpão totalmente automatizado (Foto: Assessoria Seaprof)

Raimundo Duarte de Oliveira, da Colônia São Raimundo, BR-317, em Brasiléia, acessou crédito através do Pronaf Mais Alimentos, no valor de R$ 190 mil, e construiu um galpão de 102 metros de comprimento com capacidade para criar até 20 mil frangos. O galpão é totalmente automatizado, desde a liberação da ração e da água até a manutenção da temperatura ideal. O gerador garante que não haverá nenhum contratempo.

“Iniciei com um galpão pequeno, financiado pelo governo. Entrei apenas com a madeira necessária para a construção. Tirava uma média R$ 1,2 mil por lote entregue para o abatedouro. Mas vi que essa é uma atividade que pode render bem e com menos trabalho. Não tenho mais idade para ficar no meio do sol, no cabo da enxada”, explica o produtor Raimundo Duarte, conhecido como Braga.

No segundo lote, Braga está com 17 mil pintos no galpão e acredita que vai alcançar um resultado financeiro em torno de R$ 8 mil. “Larguei tudo e agora cuido somente das aves”, afirma, e acrescenta que outra vantagem da atividade é não precisar mais trabalhar no sol.

Gedeon Pereira Coimbra, da Colônia Estrela do Norte, BR-317, quilômetro 23, em Epitaciolândia, mostra, orgulhoso, a obra de construção do novo galpão totalmente automatizado (Foto: Assessoria Seaprof)

Gedeon Pereira Coimbra, da Colônia Estrela do Norte, BR-317, quilômetro 23, em Epitaciolândia, mostra, orgulhoso, a obra de construção do novo galpão totalmente automatizado (Foto: Assessoria Seaprof)

De olho nas possibilidades, o produtor Gedeon Pereira Coimbra, da Colônia Estrela do Norte, BR-317, quilômetro 23, em Epitaciolândia, mostra orgulhoso a obra de construção do novo galpão totalmente automatizado. “Mais 20 dias e inicio a criação”, diz, enquanto acompanha os operários que já iniciaram a instalação dos equipamentos.

Gedeon diz que sempre trabalhou “fora de casa, chegando há passar 60 dias por aí fazendo de tudo para ganhar o sustento da família”. Sendo um dos primeiros a entrar no negócio de criação de frangos para abate com o aviário de médio porte, com capacidade para no máximo quatro mil aves, entendeu que o negócio é rentável.

De boia-fria a criador de aves

Itamar da Silva Tolentino nunca soube o que é facilidade na hora de trabalhar para sustentar a família (Foto: Assessoria Seaprof)

Itamar da Silva Tolentino nunca soube o que é facilidade na hora de trabalhar para sustentar a família (Foto: Assessoria Seaprof)

tamar da Silva Tolentino nunca soube o que é  facilidade na hora de trabalhar para sustentar a família. Desde cedo, sem qualificação, entendeu que o trabalho braçal era o que restava para ele. “Construir cerca, curral, limpar roçado, colher feijão. Isso é o que eu sempre fiz”, afirma, enquanto mostra, orgulhoso, o galpão que abriga 18 mil frangos já quase prontos para abate.

Em 2012, com a ajuda do sogro, que é o proprietário da Colônia São José, localizada na BR-317, quilômetro 13, em Brasiléia, entrou para a cooperativa de produtores de aves e buscou ajuda da Seaprof em busca de financiamento para a construção do galpão através do Pronaf Mais Alimentos. Com dois lotes de frangos entregues para o abatedouro, obteve um lucro de mais de R$ 19 mil. “No momento nosso maior sonho é formar a minha filha e construir uma casa para ter mais conforto”, diz sobre os planos para o futuro.

Para o boia-fria acostumado com o trabalho pesado de diarista ou empreiteiro e que nem conseguia calcular a renda mensal alcançada com serviços esporádicos, trabalhar com as aves “é muito fácil e confortável”. Como todos os galpões ampliados na região, o de Itamar também é totalmente automatizado. “Como tudo que a gente planta ou cria, aqui também é preciso dedicação. Mas é menos pesado e cansativo”, conclui.

Assistência técnica e extensão agroflorestal de qualidade

A Seaprof trabalha com o objetivo de qualificar e ampliar os serviços de assistência técnica e extensão agroflorestal (Ater) para a produção familiar (Foto: Assessoria Seaprof)

A Seaprof trabalha com o objetivo de qualificar e ampliar os serviços de assistência técnica e extensão agroflorestal (Ater) para a produção familiar (Foto: Assessoria Seaprof)

Qualificar e ampliar os serviços de assistência técnica e extensão agroflorestal (Ater) para a produção familiar, promovendo também a ampliação da infraestrutura dos escritórios localizados em todos os municípios do Estado, é o objetivo da Seaprof. Segundo o secretário Lourival Marques, é nesse contexto que técnicos e extensionistas são o alvo da qualificação que vem sendo realizada nos Territórios da Cidadania do Estado, nas regiões do Alto Acre e Capixaba e do Juruá.

“Os produtores precisam ter acesso às politicas públicas de crédito de aquisição de alimentos, de projetos sustentáveis, da remuneração dos serviços ambientais e a todos os existentes voltados para a redução da pobreza rural”, explica Lourival Marques que garante ser necessário ampliar o conhecimento técnico dos profissionais.

O Territórios da Cidadania tem como objetivo promover o desenvolvimento econômico e universalizar programas básicos de cidadania por meio de uma estratégia de desenvolvimento territorial sustentável. A participação social e a integração de ações entre governo federal, estados e municípios são fundamentais para a construção dessa estratégia. Os recursos são provenientes de convênio com o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA).

 

 

 

 

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Equipe do Saerb identifica ruptura na rede de esgoto no bairro Aviário

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A Prefeitura de Rio Branco, por meio do Serviço de Água e Esgoto de Rio Branco (Saerb) identificou por volta das 7h30 da manhã, uma erosão no asfalto, localizada no bairro Aviário, em consequência da ruptura na rede coletora de esgoto.

Durante a execução do trabalho, foi necessário utilizar uma escavadeira para cavar mais de 3 metros a fim de localizar a rede de esgoto. Foi constatado que se tratava de uma rede antiga. Devido à complexidade do serviço, houve a necessidade de uma intervenção para que a equipe conseguisse realizar a troca com segurança e eficácia.

A prefeitura continua realizando serviços relacionados ao esgoto em vias públicas e imóveis, visando atender à demanda da população e evitar maiores transtornos, assim contribuindo para a melhoria do meio ambiente.

Fonte: Prefeitura de Rio Branco – AC

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MPAC promove curso sobre o uso de inteligência artificial na atividade jurídica

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O Ministério Público do Estado do Acre (MPAC), por meio do Centro de Estudos e Aperfeiçoamento Funcional (Ceaf), realizou na tarde desta quarta-feira, 24, em Cruzeiro do Sul, o curso “Inteligência Artificial para o Aperfeiçoamento da Petição”, realizado pelo Centro de Estudos e Aperfeiçoamento Funcional (Ceaf).

A capacitação foi ministrada pelo assessor ministerial Leonardo Vasconcelos e teve como público-alvo integrantes da instituição.

A atividade contou com a participação do procurador-geral de Justiça, Danilo Lovisaro do Nascimento, que fez a abertura do evento, destacando que o debate sobre o uso da inteligência artificial é crucial para compreender os desafios e oportunidades que a tecnologia oferece. O PGJ ressaltou que a discussão ajuda a orientar políticas, regulamentações e práticas que garantam o uso responsável e benéfico da IA.

“A apresentação de hoje pode ser vista como um teste para ganharmos mais confiança e nos antecipamos para a utilização desses recursos futuramente de forma regulamentada no nosso dia a dia, seja nas nossas atividades finalísticas ou nas atividades auxiliares. A Inteligência Artificial não substitui as pessoas, mas pode ser muito útil e é importante tratarmos sobre isso”, disse.

Leonardo Vasconcelos destacou que o objetivo fundamental do curso é promover um primeiro contato com recursos que podem ser aplicados futuramente no trabalho diário, explorando temas como a aplicação prática de ferramentas generativas, como o ChatGPT, na escrita jurídica.

O palestrante compartilhou abordagens e métodos para a utilização apropriada de recursos com o potencial de gerar benefícios, dentre os quais a otimização de tempo e a análise eficaz de grande volume de dados. Na ocasião, foram debatidas também questões relacionadas às possibilidades e limites do uso de inteligência artificial, e mecanismos para sua utilização com responsabilidade ética e jurídica.

Também participaram do curso, o secretário-geral do MPAC, promotor de Justiça Glaucio Oshiro, e os promotores de Justiça Leonardo Honorato Santos, Flávio Augusto Godoy e André Pinho Simões. Houve, também, a ampla participação dos servidores da Unidade de Cruzeiro do Sul.

Texto: Hudson Castelo
Foto: Tiago Teles
Agência de Notícias do MPAC

Fonte: Ministério Publico – AC

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Audiência na Aleac debate Segurança Pública e Valorização dos Agentes

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Nesta quinta-feira (25), a Assembleia Legislativa do Acre (Aleac) promoveu uma importante audiência pública para discutir questões decisivas relacionadas à Segurança Pública do Estado. O evento também abordou a necessidade de valorização dos integrantes das forças de Segurança Pública. A iniciativa foi resultado do requerimento nº 36/2024, apresentado pelo deputado Arlenilson Cunha, do Partido Liberal (PL).

Durante a audiência, diversos pontos foram debatidos, destacando a urgência de melhorias no setor e o reconhecimento do trabalho dos profissionais envolvidos. Ao dar as boas-vindas aos presentes, o deputado Arlenilson Cunha, presidente da Comissão de Segurança Pública da Aleac, enfatizou a relevância do momento para discutir temas que afligem a sociedade acreana, incluindo “a valorização das carreiras policiais e das forças de segurança”.

O deputado Arlenilson Cunha enfatizou a importância do debate, destacando que “é um tema fundamental que afeta não apenas nossa região, mas todo o país”. O parlamentar também expressou satisfação com a presença maciça dos representantes e instituições envolvidas, buscando “avançar de forma resolutiva” para encontrar soluções eficazes para os desafios enfrentados.

Em seguida, representantes das forças de segurança, autoridades locais e membros da sociedade civil estiveram presentes, contribuindo com ideias e sugestões para aprimorar as políticas públicas voltadas à segurança.

Policiais pedem que governo valorize a classe

Durante a audiência pública, representantes sindicais da classe policial expressaram preocupações e demandas cruciais relacionadas à Segurança Pública do Estado. Sinésio Pires, representando o Sindicato da Polícia Civil do Acre, e Edson Azevedo, presidente do Sindicato dos Policiais Penais, apresentaram discursos contundentes sobre os desafios enfrentados pelas forças de segurança, destacando a necessidade de união, valorização profissional e ações concretas por parte do governo para enfrentar a crescente influência das facções criminosas e melhorar as condições de trabalho dos policiais.

Sinésio Pires enfatizou a importância da união entre as forças de segurança pública, incluindo a Polícia Civil, Militar e Penal para enfrentar os desafios comuns e buscar a valorização de cada classe. Ele destacou a necessidade de atenção às demandas tanto em nível tanto nacional quanto estadual, ressaltando a busca por uma padronização nacional das forças policiais e a importância da parceria com o governo para atender às necessidades da área de segurança.

Durante seu discurso, Sinésio Pires afirmou: “É essencial que as demandas sejam ouvidas e que haja parceria com o governo para alcançar esses objetivos. Estamos buscando uma padronização nacional das forças policiais, incluindo a Polícia Civil, Militar e Polícia Penal, visando uma polícia forte em todo o país”.

Já Edson Azevedo, presidente do Sindicato dos Policiais Penais, destacou a grave situação da Segurança Pública no Estado, atribuindo o aumento do controle das facções criminosas à desvalorização do sistema penitenciário pelo governo. Ele ressaltou a falta de reconhecimento e remuneração adequada para os Policiais Penais, evidenciando que estes recebem o pior salário da área, o que afeta diretamente as condições de vida desses profissionais e suas famílias.

Ele enfatizou a urgência de medidas concretas por parte do Executivo para valorizar e atender às necessidades dos agentes, visando evitar tragédias como suicídios e rebeliões nos presídios. “É urgente que o governo olhe pela Polícia Penal, pela Segurança Pública e pelo Estado. Os policiais estão em condições precárias, enfrentando o pior salário da área e condições de trabalho que comprometem sua saúde mental. Chega de desculpas e omissões! É hora de agir e garantir a segurança dos profissionais e da população”, protestou.

Posicionamento do secretário de Segurança Pública:

O secretário Segurança Pública, Coronel Gaya abordou uma ampla gama de tópicos, desde a valorização dos servidores do sistema de segurança, até a análise dos índices criminais e a crescente preocupação com a violência doméstica, destacando a necessidade de colaboração e ação conjunta para enfrentar esses problemas.

Em sua intervenção, Gaya enfatizou a importância da presença policial para a sensação de segurança da população, independentemente dos índices estatísticos. Ele afirmou: “Por mais que tenhamos baixado os índices de criminalidade, é crucial que a população veja e sinta a presença policial nas ruas para garantir uma sensação de segurança duradoura.”

Por fim, o secretário ressaltou os dados relacionados aos índices criminais, mencionando o declínio dos crimes no Estado desde 2017, bem como a preocupação com o aumento das denúncias de violência doméstica. Ele destacou a necessidade de medidas concretas para enfrentar esses desafios, incluindo a valorização dos servidores e o aumento da presença policial nas ruas para garantir a segurança da população.

Posicionamento do governo:

Ao se pronunciar, em nome do governo do Estado, o secretário adjunto da Secretaria de Estado de Governo (Segov), Luiz Calixto, voltou a falar sobre os limitadores legais e orçamentários para a concessão das melhorias salarias reivindicadas pelas categorias. 

“Nós reconhecemos e admitimos as críticas e que temos problemas algumas resolvemos e outras não porque esbarramos na Lei de Responsabilidade Fiscal que não é uma desculpa e quando existe a possibilidade, o governo toma a decisão política de conceder as melhorias permitidas e além da abertura na lei, precisamos ter a responsabilidade de saber o quanto as finanças públicas do estado podem vão permitir”, pontuou. 

Em seguida, o secretário lembrou que a prioridade do governo do Estado é manter em dia a folha de pagamento de todo o funcionalismo público estadual e cumprir os compromissos já assumidos. “O governo tomou uma decisão política de fazer um reajuste já garantido para os próximos 4 anos e onde reside a importância disso porque agora no dia 1º de junho o governo vai integrar o salário do servidor de 5,08%”, acrescentou. 

Ao refutar as críticas dos representantes das categorias das forças de segurança, Calixto lembrou que nunca o governo fechou as portas para o diálogo com todos, sem distinção. “Não navegamos num mar de rosas, mas também não vivemos nesse mar de trevas que muitos querem pregar”, disse.

Ao final da audiência, o deputado Arlenilson Cunha reafirmou seu compromisso em trabalhar incansavelmente pela valorização e pelo fortalecimento das instituições de segurança do estado. Ele ressaltou que “a colaboração entre o legislativo, o executivo e a sociedade é fundamental para alcançarmos avanços significativos na área da segurança pública”.

Cunha também enfatizou a urgência de uma agenda robusta para a segurança pública, destacando a necessidade crucial de valorizar os servidores da área. “Nós precisamos criar uma agenda de segurança pública, de valorização dos servidores”. 

Texto: Mircléia Magalhães e Andressa Oliveira

Fotos: Sérgio Vale

                                              

Fonte: Assembleia Legislativa do AC

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