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Presidente do Peru declara estado de emergência em Lima

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Manifestantes entram em confronto com policiais de choque durante protesto contra o presidente interino do Peru, José Jerí — Foto: CONNIE FRANCE / AFP

O presidente do Peru, José Jerí, declarou um estado de emergência de 30 dias na capital Lima para tentar conter a onda de criminalidade e violência na cidade. O anúncio foi feito nesta terça-feira (21) e teve início à meia-noite no horário local — 2h no horário de Brasília.

Na última semana, o governo já havia declarado que pretendia declarar a emergência. A decisão foi tomada após novos protestos da geração Z. Na quarta (15), o rapper Trvko morreu durante um dos atos. (Leia mais abaixo).

Entre as reivindicações do grupo estão ações contra o aumento da criminalidade. Além disso, os manifestantes pedem a saída do presidente interino, o fechamento do Congresso, a convocação de uma assembleia constituinte para redigir uma nova Constituição.

Jerí assumiu a presidência interinamente após o impeachment da ex-presidente Dina Boluarte.

As manifestações da última quarta, organizadas por meio das redes sociais, se concentraram na Praça San Martín, no centro da cidade. Em imagens, é possível ver jovens incendiando cercas e lançando coquetéis molotov, fogos de artifício e outros objetos contra as linhas policiais. (Veja acima).

O rapper Eduardo Ruiz Sanz, mais conhecido como Trvko, morreu nos atos em decorrência de um disparo feito por um policial. A morte de Ruiz gerou forte comoção e críticas a Jerí.

A polícia revidou com gás lacrimogêneo e balas de borracha para dispersar a multidão, segundo a imprensa local. Jerí afirmou que ao menos 55 policiais e 20 civis ficaram feridos. Dez pessoas foram presas.

Em publicação nas redes sociais, o presidente desejou força à família do rapper que morreu e “que as investigações determinem com objetividade os fatos e responsabilidades”.

Antes da queda de Boluarte, uma forte onda de protestos feitos pela juventude já vinha tomando conta do país. As manifestações passaram a ser chamadas pela imprensa de “protestos da Geração Z”.

Força da juventude: assim como em outros lugares do mundo, as manifestações no Peru foram organizadas majoritariamente por jovens da geração Z. Esse é o nome popular dado às pessoas nascidas entre 1995 e 2009, com algo entre 16 e 30 anos.

Os atos começaram em setembro após uma reforma no sistema de aposentadoria do país movida pelo overno de Boluarte, que passaria a obrigar todos os peruanos acima de 18 anos a aderir a um provedor de pensão.

As manifestações também foram impulsionadas por uma insatisfação duradoura da população contra Boluarte e o Congresso, além de um descontentamento de longa data com escândalos de corrupção, insegurança econômica e o aumento da criminalidade no país.

Queda de Dina Boluarte

Na madrugada do último dia 10 de outubro, o Congresso do Peru aprovou o afastamento da presidente Dina Boluarte. Ela foi acusada de “incapacidade moral”.

O impeachment foi aprovado em votação unânime. Os 122 deputados que votaram a favor formaram o maior número de votos favoráveis em um processo de impeachment no país, mais até que o da votação que afastou o ex-presidente Alberto Fujimori, depois condenado por crimes contra os direitos humanos durante seu mandato.

O pedido de afastamento aprovado menciona graves acusações de corrupção contra Boluarte, incluindo o caso “Rolexgate”, que investiga uma coleção de relógios de luxo não declarados. O texto foi assinado por 34 congressistas de diferentes partidos.

Contexto: O escândalo dos relógios Rolex explodiu com uma reportagem do programa jornalístico “La Encerrona”, que revelou que Boluarte utilizou vários relógios não declarados da marca de luxo em eventos oficiais.
Em discurso após assumir a presidência, José Jerí disse que tem o objetivo de fazer um governo de reconciliação e declarou guerra contra o crime. “O principal inimigo está lá fora, nas ruas: as gangues criminosas”, afirmou.

Ele tem 38 anos e é membro do partido conservador Somos Peru. Jerí será o sétimo presidente do país desde 2016.
As novas eleições estão marcadas para abril de 2026. O mandato de Boluarte terminaria em 28 de julho de 2026. Jerí afirmou que defenderá a soberania do Peru e entregará o poder ao vencedor das eleições de abril.

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Inep divulga lista final de aprovados no Revalida 2025 para revalidação de diplomas médicos do exterior

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Portaria publicada no Diário Oficial da União confirma resultado da 2ª etapa do exame; aprovados podem agora prosseguir com revalidação em universidades públicas credenciadas

Portaria publicada no DOU nesta quinta-feira (6) confirma resultado da 2ª etapa do exame; aprovados podem dar seguimento ao processo em universidades públicas credenciadas. Foto: captada 

Foi publicada no Diário Oficial da União desta quinta-feira (6) a Portaria nº 726 do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), que torna pública a relação final dos aprovados no Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos Expedidos por Instituições de Educação Superior Estrangeira (Revalida), referente à 2ª Etapa da edição 2025/1.

O documento, assinado pelo presidente do Inep com base nos decretos federais que regulamentam o exame, confirma o resultado final dos candidatos que cumpriram todas as etapas do processo avaliativo. Com a publicação, o resultado passa a ter validade oficial, permitindo que os médicos formados no exterior prossigam com o processo de revalidação de seus diplomas junto às universidades públicas credenciadas no Brasil. Os participantes já tinham acesso individual aos desempenhos pelo Sistema Revalida.

Acesso aos resultados
  • Sistema Revalida: Consulta individual já disponível
  • Cronograma: Previsto no Edital Inep nº 46/2025
  • Próximos passos: Revalidação junto a universidades públicas credenciadas
Fundamentação legal
  • Decretos: 11.204/2022 e 12.158/2024
  • LDB: Lei 9.394/1996
  • Lei específica: 13.959/2019
  • Regulamentação: Portaria 530/2020

O Revalida é etapa crucial para médicos formados no exterior que desejam exercer a profissão no Brasil. A publicação oficial no DOU garante segurança jurídica ao processo e permite que aprovados iniciem trâmites finais de revalidação dos diplomas.

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Dois meses após fuga em massa, oito presos continuam foragidos de presídio em Cruzeiro do Sul

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Iapen confirma que nenhum dos detentos foi recapturado desde escape por buraco na cela 725 do bloco 7 do Presídio Manoel Neri; buscas continuam sem sucesso

Complexo de Rio Branco tem 12 fugitivos; Presídio Manoel Neri em Cruzeiro do Sul registra segunda tentativa de fuga no ano; apenas 4 detentos foram recapturados. Foto: captada

Dois meses após uma fuga em massa do Presídio Manoel Neri da Silva em Cruzeiro do Sul, no interior do Acre, nenhum dos oito presos escapados foi recapturado até esta quinta-feira (6). A informação foi confirmada pelo Instituto de Administração Penitenciária do Acre (Iapen-AC), que mantém as buscas pelas forças de segurança, mas sem novas prisões até o momento.

Durante a fuga, os detentos conseguiram escapar por um buraco aberto na cela 725 do bloco 7 da unidade prisional, evidenciando falhas na segurança do sistema carcerário local. O caso expõe a vulnerabilidade do presídio, considerado uma das principais unidades penitenciárias do Vale do Juruá, e levanta preocupações sobre a capacidade de resposta do sistema de justiça criminal na região de fronteira.

Os foragidos são:
  • Eduardo da Silva Lima
  • José Francisco Souza da Silva (Dude)
  • Edmar Vieira da Silva
  • Carlos Maico Gomes Fortunato
  • Caio Firmino Miranda
  • Carlos Tiago de Lima Izaías
  • José Rubens do Nascimento Alemão
  • Carlos Eduardo Santos Pedroza
Fugas já registradas

Essa foi a quarta fuga registrada nos presídios do Acre. Em março, 11 presos já haviam sido flagrados tentando escapar da mesma unidade, quando a Polícia Penal descobriu o plano antes que fosse executado.

Os policiais perceberam uma movimentação estranha e descobriram que os presos tentavam abrir um buraco em umas paredes da cela para fugir. Além disso, o sistema prisional do estado registrou outras fugas em 2025. Quinze presos conseguiram escapar do Complexo Penitenciário de Rio Branco no período de 30 dias, apenas quatro foram recapturados, e 12 seguem foragidos.

A primeira fuga em massa na unidade prisional ocorreu em 19 de junho de 2025, quando nove detentos conseguiram escapar. Em 19 de julho, uma segunda fuga foi registrada no mesmo presídio, com mais seis detentos conseguindo escapar.

No dia 17 de agosto, os detentos Alyson Aparecido Gonçalves Florêncio e Estevo Silva Freitas fugiram da Unidade Penitenciária Antônio Sérgio Silveira de Lima, de Senador Guiomard, também no interior do estado.

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Moraes alega impertinência e desconsidera pedido sobre saúde de Bolsonaro

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Rosinei Coutinho/STF

O ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), alegou falta de pertinência e determinou que o pedido do governo do Distrito Federal para submeter o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) a uma avaliação médica seja retirado dos autos da ação penal do núcleo 1 da trama golpista.

Conforme apurou a CNN, o pedido foi desconsiderado por impertinência com o momento processual. Em momento apropriado, que seria a fase de execução penal do ex-presidente (quando não há mais possibilidade recursos), o governo do DF poderá fazer novamente o pedido e ter uma resposta definitiva do ministro.

Na quarta-feira (5), a Seape (Secretaria de Administração Penitenciária) enviou um ofício ao ministro pedindo que Bolsonaro passe por uma avaliação médica para averiguar a “compatibilidade” do quadro clínico do ex-presidente com a assistência médica que as prisões de Brasília conseguem oferecer.

No ofício, a Seape menciona as cirurgias abdominais realizadas pelo ex-presidente, bem como os atendimentos médicos e complicações de saúde que ele teve durante o tempo de prisão domiciliar, decretada em agosto.

No entanto, a tramitação da ação contra Bolsonaro ainda não está encerrada e, portanto, a pena não é definitiva. Na sexta-feira (7), começa a ser julgado o primeiro recurso do ex-presidente.

Se rejeitados, as defesas terão cinco dias para apresentarem um segundo recurso, que também deverá ser votado pelos ministros da Primeira Turma. É só após a rejeição deste segundo embargo que uma eventual prisão será decretada e considerada certa.

Bolsonaro foi condenado a 27 anos e 3 meses de prisão, em regime fechado, por liderar uma tentativa de golpe de Estado.

 

Fonte: CNN

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