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Cotidiano

Presidente da ApexBrasil, Jorge Viana, propõe formação de grupo com os maiores produtores de cacau do mundo durante Missão à Africa

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Gana e Costa do Marfim correspondem a mais de 60% da produção mundial de cacau, mas participam em pouco mais de 6% da receita total da cadeia

Missão África Ocidental – Presidente da ApexBrasil, Jorge Viana – Foto: Divulgação ApexBrasil

O presidente da Agência de Promoção de Exportações e investimentos (ApexBrasil), Jorge Viana, propôs ao presidente de Gana, John Mahama, e a autoridades da Costa do Marfim a formação de um grupo dos cinco maiores produtores mundiais de cacau – Costa do Marfim, Gana, Nigéria, Equador e Brasil – com o objetivo de melhorar a remuneração dos produtores. Os encontros de alto-nível fazem parte da missão África Ocidental promovida pelo Itamaraty, com o apoio da ApexBrasil e do Ministério da Agricultura e da Pecuária (Mapa), que passou pela Nigéria, Gana e Costa do Marfim e ainda irá ao Senegal.

Em Gana, a missão foi recebida pelo presidente Mahama após reunião da ApexBrasil, Itamaraty e Mapa com o presidente do Gana Cocoa Board, Ransford Anertey Abbey, e assinatura de protocolo de intenções de cooperação entre os países. “Gana é o segundo maior produtor mundial de cacau e uma referência de qualidade na produção. Junto com a Costa do Marfim, representam 60% da oferta mundial de cacau, mas esses países juntos ficam com apenas 6% da renda do setor. Uma organização dos cinco maiores produtores pode ajudar a aumentar a renda daqueles que estão na base da cadeia de produção”, explica Jorge Viana.

A embaixadora do Brasil em Gana, Mariana Madeira, ressaltou que o Brasil e Gana seguem estreitando as relações, com um novo momento de proveito do passado e identidades em comum para gerar benefícios mútuos. “Esse momento marca um novo capítulo nas nossas relações. Nosso objetivo é claro: expandir o comércio e nossas conexões, bem como identificar novas áreas de parceria que beneficiarão Brasil e Gana”, afirmou.

Na Costa do Marfim, o presidente da ApexBrasil, reforçou a necessidade de cooperação em torno do cacau.  “Não queremos antagonismo com os que industrializam o cacau, mas ter uma melhor remuneração para os países que produzem cacau. E certamente isso vai melhorar a vida dos produtores, dos agricultores que produzem cacau”, disse. Ainda conforme Viana, a produção brasileira de cacau, que havia atingido cerca de 400 mil toneladas, chegou a recuar para 50 mil, mas já retornou ao patamar de 300 mil, razão pela qual acredita que o país deve avançar no ranking dos grandes produtores. “Eu posso afirmar, como técnico, que, pela tecnologia desenvolvida, em algumas décadas, o Brasil vai estar entre os três maiores produtores de cacau do mundo, mas queremos fazer isso junto, África, transferindo tecnologia, melhorando também a qualidade do cacau que produzimos, e fazendo o processamento do produto”.

Experiência brasileira: o setor privado no diálogo 

O Brasil é atualmente o sexto maior produtor mundial de cacau e ocupa uma posição única por ser um grande produtor que tem grande representatividade em toda a cadeia de valor, sendo exportador de derivados de cacau e chocolate. No país, mais de 90% da produção está localizada nos estados Pará e Bahia, com destaque para a expansão da cacauicultura para regiões da Bahia não tradicionais no cultivo, principalmente no Oeste do estado, no cerrado baiano, onde o cultivo ocorre a pleno sol, com irrigação e uso intensivo de tecnologias.

O presidente da Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (AIBA) e produtor de cacau, Moisés Schmidt, participa da missão e comentou que, no cerrado baiano, a cacauicultura se destaca pela precocidade e produtividade. “Nós temos na região a Bio Brasil, que é considerado o maior viveiro hoje de cacau do Brasil e do mundo. Neste ano, nós estamos produzindo 3 milhões e 500 mil mudas e até 2027 vamos produzir 10 milhões de mudas ao ano. Do ponto de vista de dimensão da produção, são cerca de 400 hectares de cacau. Hoje, já estamos nas primeiras colheitas com uma produção média de 3.500 quilos de cacau por hectare.  Então, viemos mostrar nossas soluções, para uma eventual exportação de tecnologia para gerar maior produtividade”, afirmou. No setor de cacau, além da AIBA, participam da Missão África Ocidental, o Instituto Arapyaú e o Centro de Inovação do Cacau. Os representantes do setor participaram de visitar técnicas a fazendas produtoras de cacau e de reuniões com representantes do Conselho do Cacau em Gana e do Conselho do Cacau e do Café na Costa do Marfim.

De acordo com Ricardo Gomes, representante do Instituto Arapyaú “durante as visitas técnicas em Gana e na Costa do Marfim, três temas centrais tiveram destaque. Primeiro, os desafios climáticos que afetam a cultura do cacau e a importância de sistemas produtivos mais resilientes, como os agroflorestais. Além disso, a queda na produção desses países mantém o desabastecimento global, abrindo espaço para o Brasil investir em tecnologia e expansão sustentável do cacau. Por fim, a necessidade de fortalecer cooperativas, ampliar o acesso a financiamento e fomentar a inovação para impulsionar o setor”.  A necessidade de remunerar melhorar aqueles na base da cadeia produtiva também esteve no centro dos debates. “Vimos grande similares com a produção no Brasil, mas uma diferença fundamental, que é a questão da remuneração. Os produtores africanos recebem a um preço chega a 40% no máximo do valor de bolsa”, concluiu Cristiano Villela, diretor do Centro de Inovação do Cacau.

Diversificação: cooperação multitemática

A Missão África Ocidental reúne mais de 40 empresas brasileiras dos mais diversos setores, de chuveiros elétricos, a implementos agrícolas, passando por equipamentos médicos. No Seminário Gana-Brasil, a diretora de Negócios da ApexBrasil, Ana Repezza, sublinhou que a reaproximação do Brasil com a África não se dá apenas pela promoção de exportações. “O presidente Luiz Inácio Lula da Silva tão logo tomou posse, deixou muito clara a diretriz de que nós precisamos nos reaproximar da África, porém nos reaproximar não apenas com a visão de exportação do Brasil para a África, mas muito mais com uma visão de cooperação, uma visão de investimento brasileiro nos países”, afirmou.

A diretora também chamou a atenção para a multiplicidade de oportunidades em diversos setores econômicos. “Não só no segmento agrícola, podemos expandir para outros setores que são tão característicos de um país que se desenvolve como o Gana, um país que tem demanda por infraestrutura urbana, que tem demanda por saneamento, por bens de consumo final, e o Brasil está aqui à disposição para que a gente possa avançar nessa pauta”, concluiu.

Dando seguimento à agenda de cooperação da Missão, a ApexBrasil definiu um plano de trabalho com o Centro de Promoção de Investimentos da Costa do Marfim (CEPICI), que deve tocar temas como o processamento de alimentos, agregação de valor a produtos agrícolas, capacitação técnica, produção de medicamentos e cooperação para enfrentamento de doenças tropicais.

Quer saber mais sobre as relações do Brasil com Gana e Costa do Marfim?
Faça o download dos estudos da Inteligência de Mercado da ApexBrasil
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Epitaciolândia realiza simulação de desastre hidrológico para fortalecer resposta a enchentes e alagamentos

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Com participação de Defesa Civil, Bombeiros e comunidade, exercício treina equipes e prepara população para emergências durante o inverno amazônico

Estiveram presentes no exercício o efetivo do Corpo de Bombeiros do 5° BEPCIF, autoridades municipais, representantes da Defesa Civil Estadual, Polícia Federal, servidores municipais e membros da sociedade civil. Foto: cedida 

Em uma ação conjunta para reforçar a preparação e a resposta a desastres naturais, a Defesa Civil e o Corpo de Bombeiros, com o apoio de todos os setores públicos municipais, realizaram uma simulação de desastre hidrológico em Epitaciolândia. A atividade, que contou com a participação de diversas instituições e da comunidade local, teve como objetivo treinar equipes e preparar a população para situações de emergência, como enchentes e alagamentos, comuns na região durante o período de chuvas intensas.

Localizada na região amazônica, Epitaciolândia está sujeita a eventos hidrológicos extremos, especialmente no inverno amazônico, quando o aumento do nível dos rios Acre e seus afluentes pode causar inundações. A simulação buscou replicar cenários reais, como o transbordamento de rios e a necessidade de resgate de vítimas, permitindo que as equipes de emergência testassem protocolos de resposta e aprimorassem a coordenação entre os agentes envolvidos.

A atividade, que contou com a participação de diversas instituições e da comunidade local, teve como objetivo treinar equipes e preparar a população para situações de emergência. Foto: internet

Estiveram presentes no exercício o efetivo do Corpo de Bombeiros do 5° BEPCIF, autoridades municipais, representantes da Defesa Civil Estadual, Polícia Federal, servidores municipais e membros da sociedade civil. A secretária de Meio Ambiente de Epitaciolândia, Hiamar de Paiva Pinheiro, que também é subcoordenadora da Defesa Civil, destacou a importância da iniciativa para fortalecer a resiliência da comunidade frente a desastres naturais.

A Defesa Civil e o Corpo de Bombeiros, com o apoio de todos os setores públicos municipais, realizaram uma simulação de desastre hidrológico em Epitaciolândia. Foto: cedida 

O evento reforçou a necessidade de ações preventivas e a integração entre órgãos públicos e a população, garantindo uma resposta mais eficaz em situações de emergência.

 

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Prefeita de Cobija representa CGLU em encontro em Brasília e discute investimentos para a Amazônia Pandina e preparativos para Cop 30

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Ana Lucía Reis participou de evento com prefeitos do Brasil e organismos internacionais, reforçando parcerias para desenvolvimento sustentável e preparativos para a COP 30 em Belém

A prefeita de Cobija, capital do Departamento de Pando Ana Lucía Reis e o prefeito de Brasiléia, acre em Brasília/DF. Foto: cedida

A prefeita de Cobija, capital do Departamento de Pando, Ana Lucía Reis, participou do Encontro de Prefeitos e Prefeitas do Brasil, ao lado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e representantes de organismos internacionais. O evento discutiu a alocação de recursos econômicos e estratégias de gestão para governos locais, com foco no fortalecimento de políticas públicas e nos preparativos para a COP 30, que será realizada em Belém, no Pará.

Ana Lucía Reis, que também representa a presidência da Organização Mundial de Cidades e Governos Locais Unidos (CGLU), destacou a importância de investimentos na Amazônia Pandina e em projetos que beneficiem diretamente as comunidades locais. Durante o encontro, temas como financiamento, desenvolvimento sustentável e cooperação internacional foram debatidos, com o objetivo de impulsionar iniciativas que melhorem a infraestrutura e a qualidade de vida em Cobija e na região.

A participação da prefeita reforçou o papel da CGLU na COP 30 e a busca por parcerias que promovam o desenvolvimento sustentável da Amazônia, alinhando esforços globais para enfrentar os desafios climáticos e socioeconômicos da região.

Ana Lucía Reis, marcou presença no Encontro de Prefeitos e Prefeitas do Brasil, realizado com a participação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Foto: assessoria 

O evento destacou o papel dos governos municipais na promoção do desenvolvimento regional e a necessidade de apoio conjunto entre nações de fronteira como Brasil e organismos internacionais para garantir avanços significativos.

Prefeita Ana Lucia é atual presidente da CGLU

Durante a assembleia do Bureau Executivo da Organização Mundial de Cidades e Governos Locais Unidos (CGLU), realizada entre os dias 17 e 19 de abril de 2024 em San José, Costa Rica, Ana Lucía Reis foi eleita copresidente da entidade. Ela dividirá a liderança com Ugur İbrahim Altay, atual presidente da CGLU.

A CGLU é a maior rede global de cidades, governos locais, regionais e metropolitanos, além de suas associações, com atuação em mais de 120 países membros das Nações Unidas e em sete regiões do mundo. A organização tem como missão representar, defender e amplificar as vozes dos governos locais e regionais em fóruns internacionais.

Mais de 200 prefeitos e municípios dos cinco continentes, que fazem parte da Mesa Executiva, participaram do encontro.

Ana Lucía Reis e Alfonso Lema, representando a WBA, juntamente com o Presidente da organização mundial CGLU, Uğur İbrahim Altay, durante a reunião do Bureau Executivo em San José, Costa Rica. Foto da CGLU

A eleição de Ana Lucía Reis reforça o papel das lideranças municipais na promoção de políticas públicas globais e no fortalecimento da cooperação entre cidades em prol do desenvolvimento sustentável e da qualidade de vida nas comunidades.

Veja vídeo entrevista com TV Digital Pando:

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Fórum de Economia Solidária de Rio Branco faz homenagem ao Sebrae no Acre

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Durante o evento, grupo entregou os resultados oficiais da Feira Natalina de 2024

Empreendedores do Fórum de Economia Solidária de Rio Branco realizaram, na manhã de sexta-feira (14), um café da manhã em agradecimento ao Sebrae no Acre e outras instituições parcerias durante o ano de 2024.  O Fórum destacou o resultado obtido durante a Feira Natalina do ano passado, em que os participantes alcançaram juntos o valor expressivo de mais de um milhão de reais em vendas.

Participaram do evento o diretor-superintendente do Sebrae no Acre, Marcos Lameira; o diretor de Administração e Finanças, Vandré Prado; o diretor técnico, Kléber Campos, e analistas da instituição. O evento contou ainda com a presença do secretário municipal de Desenvolvimento Econômico, Turismo, Tecnologia e Inovação (SDTI), coronel Ezequiel Bino.

Atualmente, a Economia Solidária conta com mais de 400 empreendedores. No entanto, na Feira Natalina, apenas 50 empreendedores participaram, pois houve uma redução no espaço físico devido ao desbarrancamento no calçadão do Mercado Velho, local original da feira. Agora, os empreendedores estão instalados ao lado da Biblioteca Pública Adonay Barbosa dos Santos. “O Sebrae é nosso grande parceiro. Viemos hoje agradecer e entregar o resultado oficial da Feira Natalina. Foi um resultado muito bacana, que há anos não tínhamos. E só aconteceu porque tivemos esse apoio”, declarou Carlos Taborga, presidente do Fórum de Economia Solidária de Rio Branco.

De acordo com o analista do Sebrae no Acre, Aldemar Maciel, o resultado alcançado é fruto dos investimentos realizados com parceiros estratégicos. “O Sebrae é a casa do empreendedor. Esse investimento em parcerias com a Prefeitura de Rio Branco e com o Governo do Estado aumenta o faturamento de vocês, traz resultados, e essa é a nossa função, é a nossa obrigação”, destacou.

Para o diretor de Administração e Finanças, Vandré Prado, o trabalho do Sebrae no Acre vai além das feiras. “O Fórum de Economia me ensina muito como gestor. Eu entendi que não fazemos apenas feiras, nós atendemos pessoas. A história de vida de cada um dos empreendedores nos ensina muito e traz responsabilidade para nós, que estamos à frente dessa instituição que ajuda a mudar a vida das pessoas”, afirmou.

O secretário municipal de Desenvolvimento Econômico, Turismo, Tecnologia e Inovação (SDTI), coronel Ezequiel Bino, parabenizou o trabalho do Sebrae no Acre e reforçou a importância da parceria entre instituições e a prefeitura. “Esse momento demonstra que, quanto mais unidos e próximos estivermos, mais avanços teremos”, declarou.

O diretor-superintendente do Sebrae no Acre, Marcos Lameira, destacou o trabalho realizado pelo Fórum de Economia Solidária. “É algo transformador. São mais de 480 famílias alavancadas, atendidas e apoiadas. Eu sei disso porque fui em busca de outras pessoas para se apaixonarem pela economia solidária. O Sebrae no Acre só tem a agradecer ao Carlos e a todas as pessoas que desenvolvem esse trabalho”, concluiu.

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