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Prefeitas eleitas no Acre relatam como ser mulher e política em situação de minoria

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Por Thais Farias

Apesar de as mulheres terem sido maioria entre o eleitorado do Acre nas eleições municipais 2020, apenas três representantes femininas foram eleitas prefeitas no primeiro turno dentre as 22 cidades acreanas. Fernanda Hassem (PT), Maria Lucinéia (PDT) e Rosana Gomes (PP) driblaram as dificuldades encontradas no caminho e utilizaram a força da mulher para mostrar que é possível se destacar na gestão de políticas públicas.

A baixa representação da mulher nestas eleições não se aproxima nem de longe da capacidade que as mesmas possuem em comandar uma eleição e, no caso de reeleição, administrar e ganhar o respeito de uma cidade por quatro anos. Embora o número de mulheres na prefeitura tenha aumentado este ano – em 2016 só duas prefeitas foram eleitas -, ainda é considerado pouco para ocupação de cargos no Poder Executivo Municipal.

Fernanda Hassem foi reeleita em Brasileia com 7.651 votos, o que corresponde a 59,46% dos votos válidos e concorreu com uma de suas primeiras e mais fortes incentivadoras políticas. Senador Guiomard elegeu Rosana Gomes com 4.428 votos, equivalente a 32,52% do total. Gomes conseguiu sair da última colocação nas pesquisas de intenção de voto e se consagrar eleita. Já Maria Lucinéia, que anunciou ter recebido uma revelação de Deus sobre sua eleição, contornou os julgamentos e foi eleita prefeita com 5.461 votos, registrando 29% das urnas.

Fernanda Hassem – Brasileia  – A única mulher reeleita à prefeitura nestas eleições representa a cidade de Brasileia, na região do Alto Acre. A assistente social Fernanda Hassem está se encaminhando para o terceiro mandato político aos 38 anos. Foi vereadora, prefeita e eleita prefeita novamente este ano. Ao todo, são 12 anos de mandato. Mãe de dois filhos, de 19 e 17 anos, é casada e se diz com o coração grato pela reeleição, tanto com o trabalho feito na zona urbana quanto na zona rural do município.

“Essa reeleição significa a certeza de que as pessoas confiaram no nosso trabalho. Acreditaram em nós no nosso primeiro mandato e acreditam que podemos fazer muito mais. A sensação é de um dever cumprido. Todo mundo é sabedor da forma em que encontramos nosso município e trabalhamos muito, irmanados com meu vice-prefeito, dialogando com a população. Então, o sentimento também é de que temos muito mais a fazer”, reforça a prefeita.

Hassem garante que Brasileia pode esperar muito mais trabalho dela e de sua equipe. Um episódio marcou sua campanha nestas eleições. Ela teve de enfrentar Leila Galvão da disputa pela prefeitura da cidade, uma de suas bases políticas e parceiras em mandatos anteriores. Fernanda diz que disputar com Leila ou qualquer outro adversário é uma eleição difícil.

“Eleição é sempre desafiadora para todos nós. No caso da ex-prefeita [Leila], nós sempre caminhamos juntas nos meus processos eleitorais. Mas eu respeitei a decisão dela, ela vai seguir tendo respeito, mas a gente entende que era o nosso momento e a população também entendeu que esse momento ainda era nosso de continuar seguindo nosso trabalho com seriedade, com zelo.  Respeito também os outros adversários que tive”, explica.

Para a petista, a ascensão das mulheres na política e nas gestões municipais é de fundamental importância. Além disso, Fernanda acredita que as mulheres já mostraram sua capacidade técnica e política de administrar. “Fico muito feliz em poder ser porta-voz de tantas mulheres, de dar vez e voz para tantas. Aqui no município, temos muitas mulheres à frente de instituições, sindicatos, que ocupam as mais diversas áreas e a política sem dúvida é muito melhor com a participação das mulheres. Mulher tem zelo, compromisso, a ética, assim como todos os homens também”, afirma.

Hassem assegura que a política ainda precisa de igualdade, sem querer mostrar que um é melhor que o outro. Além disso, a prefeita é ciente de que as mulheres sabem governar e governar com excelência. “Como mulher, temos o respeito de todos, de homens, mulheres, jovens e crianças. Acredito muito na força feminina na vida pública”, destaca, ressaltando que, proporcionalmente, foi a mulher mais votada entre os candidatos à reeleição.

A candidata do PT espera ter uma relação republicana com o governador Gladson Cameli nos próximos quatro anos de mandato, além de respeito à população da região do Alto Acre. Nos dois primeiros anos de governo, Fernanda diz que sempre teve uma relação respeitosa com Cameli, mas espera muito mais empenho desta vez. “Brasileia e nossa região vai esperar muito mais. É necessário que o governo e as prefeituras deem as mãos. Passado o processo eleitoral, temos que nos unir e trabalhar para a população”.

Na primeira candidatura à prefeitura, Fernanda Hassem buscou a reconstrução. Neste trabalho de reeleição, pediu oportunidade de continuar trabalhando e mostrando a que veio. “A população pode esperar muito mais trabalho. O primeiro mandato nós pedimos para reconstruir, organizar a casa, equilibrar as finanças, os convênios e graças a Deus realizamos com bastante êxito”. A prefeita eleita se orgulha em ser uma das poucas administrações municipais do Acre em estado de adimplência.

Fernanda diz trabalhar com transparência, por isso quis ser a primeira gestão do município a usar um portal de transparência onde o cidadão pudesse acompanhar aquilo que a prefeitura está fazendo. Agora, ela pretende estar mais presente nas comunidades, dialogando com as pessoas. “Trabalhar nos segmentos de maiores necessidades, como agricultura, saúde, educação, assistência, infraestrutura urbana e rural”. Para ela, é uma honra receber apoio de outras mulheres. “É muito bom quando você vê uma mulher que edifica a outra, ver a participação das mulheres na nossa campanha. Fizemos encontros entre mulheres que foi o maior da história política de Brasileia”.

Durante a campanha, Fernanda buscou muitos eventos com a participação efetiva de mulheres e reconhece esse público em sua eleição. “Elas estavam lá, de todas as idades. Mulheres independentes da vida pública, dos bairros. Isso foi de fundamental importância, esse eleitorado feminino. Isso também fez três mulheres eleitas na Câmara do Município, que não tinha nenhuma. A participação feminina foi fundamental para nossa consagração como prefeita”.

Rosana Gomes – Senador Guiomard – Na ‘Terra do Amendoim’, a prefeita eleita foi Rosana Gomes, representante do PP. Eleitores de Senador Guiomard escolheram a estudante de administração de 41 anos como chefe municipal. Casada e mãe de três filhos, Rosana se orgulha por fazer parte de uma família que fez história na política do município.

Filha do ex-prefeito Manoel Gomes e irmã de James Gomes, que foi prefeito por duas vezes na cidade, Rosana confia em sua proposta de governo e em seu poderoso grupo político. “Acredito na nossa militância, na população que também acreditou em nós e na história política que começou com meu pai, Manoel Gomes”.

Gomes celebra o fato de muitas mulheres terem a procurado para apoiar sua candidatura. Este fato ela deposita à sua sinceridade e ao fato de “falar olho no olho”.  “A força da mulher é crescente na política. Elas confiaram, os homens também. E o Quinari precisa voltar a ter um tempo de paz e de prosperidade. Eu, como mulher, estou preparada para este desafio”.

Apoiada pelo governador Gladson Cameli em sua campanha, ela espera ter a melhor relação possível com o chefe do Executivo. “Até dancei com ele na Avenida”, brinca Rosana. “Vamos continuar com essa dança a favor do município. O governador é uma figura humana fantástica e tem compromisso assumido com nosso município”. Rosana revela que o governador já ajudou muito a cidade e que com ela vai ajudar muito mais “porque é um homem de palavra”, ressalta.

Rosana é vista por seu eleitorado como uma mulher simples. Humilde, recebeu apoio de diversos grupos femininos em Senador Guiomard pelo fato de sempre se mostrar com transparência em relação aos fatos. “As mulheres sempre comentavam que ela falava a verdade e não se submetia a prometer coisas que não iria conseguir”, diz um membro de sua equipe. Os apoiadores destacam que Rosana tem uma reputação boa com a comunidade e se orgulha ainda de sair de uma eleição concorrida e com uma campanha limpa, sem ataques e sem ter sido mal recebida em lugar algum e ser respeitada.

“A população pode esperar muito trabalho e compromisso, serei incansável em melhorar as condições do município, podem me cobrar. Acordarei cedo para trabalhar e dormirei tarde, essa é minha rotina de vida. Trarei muitos investimentos com ajuda do governador, dos senadores e deputados federais. Formarei uma equipe comprometida com esses objetivos”, garante a prefeita eleita.

Para Rosana, a participação das mulheres foi fundamental em sua eleição. “Organizaram até um evento para me apoiarem. Levaram meu nome à sociedade e na minha gestão as mulheres também terão um papel de destaque na administração do município”.

Um dos eventos de mulheres que ocorreu em apoio à Rosana foi totalmente voluntário e aconteceu em meio à campanha. “Jovens se juntaram voluntariamente, num encontro de mulheres da zona urbana e rural e isso motivou bastante a campanha”.

Gomes garante acompanhar a política desde a época de seu saudoso pai. “Aprendi com ele desde os anos 90. Meu irmão James Gomes foi duas vezes prefeito, também aprendi muito com ele, tivemos erros, porém muito mais acertos. Quero fazer mais porque me considero capaz e com a experiência necessária para o cargo”.

Maria Lucinéia – Tarauacá  – O município que em 107 anos de existência elegeu apenas uma mulher como prefeita nos últimos tempos (a atual gestora Marilete Vitorino) voltou a confiar pela segunda numa representante feminina os próximos quatro anos da administração municipal. Tarauacá elegeu a historiadora e servidora pública Maria Lucinéia, de 38 anos, como prefeita. Mãe de três filhos, é casada há 22 anos com o deputado federal do Acre, Jesus Sérgio.

Diferente do marido, Lucinéia nunca imaginou participar diretamente da política local. Inclusive, se mostrava contrária a essa ideia até pouco tempo atrás. Ela confiava nos planos de Deus a sua vida pública, por isso, sua eleição teve um significado ainda maior. “Em meio a tanto preconceito em relação às mulheres frente à politica, para mim é uma vitória. Isso estimula outras mulheres do bem que tomem posição em relação à política”, salienta.

Lucinéia confia que sua candidatura foi um chamado de Deus. A prefeita eleita garante que no início foi difícil aceitar. “Nunca pense que o Senhor me chamaria para essa missão, mas já que ele chamou, eu disse meu sim. Jamais diria não para Deus e quando Deus te faz o convite, você sempre tem que dizer sim porque ele sabe o melhor caminho”. A representante do PDT não esconde que foi bastante julgada após ter falado sobre a revelação que teve de Deus. “Para mim, essa eleição foi uma resposta de Deus, a soberania dele prevaleceu”.

Lucinéia considera magnífica a ideia se se ter cada vez mais mulheres se envolvendo e participando da política. Ainda mais por antes ser uma das que não se interessava pelo assunto e agora reconhece a importância desse trabalho entre a comunidade feminina. “Mulher é muito sensível, tem aquele olhar de mãe, é humana e para mim isso [sua eleição] tem chamado atenção para outas mulheres também terem coragem de se envolver na política, e que nós mulheres podemos fazer. Se quisermos, vamos fazer”, acredita, destacando que, se uma mulher é capaz de cuidar de uma família ou dos filhos muitas vezes sozinhas, ela já é uma heroína. “Se fazem tudo isso sozinhas às vezes, por que não cuidar de uma cidade, um estado ou até mesmo de um país? A mulher é muito forte e guerreira”.

Em relação ao governador Gladson Cameli, ela espera ter a melhor ligação possível. “Em outro momento já tinha falado com ele que eu iria ganhar e que iria aperrear muito ele para ajudar minha cidade que tanto amo. Com certeza ele vai ser um grande parceiro na reconstrução de Tarauacá”.

O trabalho de campanha não foi fácil para ela, que garante ter visto muita falta de esperança e se deparado com muitos eleitores que não queriam mais votar ou até mesmo rasgar seus títulos eleitorais. “Mas quando eu conversava, algo tocava no coração das pessoas. O espírito santo de Deus convence, e sentiam no coração aquela confirmação de que eu estava falando a verdade”.

Maria agradece o apoio que recebeu vindo de crianças, idosos, e alguns eleitores que já nem precisavam mais votar, mas que passaram a votar nessa eleição. “Vou me doar e fazer o melhor que eu puder fazer. Com ajuda de Deus eu vou estar seguindo conforme a vontade dele, como sempre fiz na minha vida. A população vai ter muito orgulho da prefeita”, destaca.

Apesar de muitas mulheres terem apoiado sua campanha, Lucinéia diz que outras tantas foram cruéis para com sua candidatura. “Pensei ter mais apoio, mas fiquei meio que assustada com algumas atitudes, mas elas vão entender com o tempo, quando tudo começar a dar certo, que estavam erradas”. Em relação a este fato, a prefeita eleita desconfia de influencia de outros grupos políticos na cidade.

Cuidar do outro sempre foi sua missão, garante Lucinéia. Desde os 12 anos cuida de pessoas e sempre esteve envolvida com trabalhos sociais. “Comecei a trabalhar na primeira pastoral da criança para poder salvar crianças denutridas, cuidar de mães gestantes, já tinha esse chamado de Deus”. Para ela, política é cuidar do outro.  “Em 2012 meu marido se candidatou a vereador e para mim foi algo terrível na época aceitar como político. Dois anos depois se candidatou a deputado estadual e ele pediu minha opinião”. Nesse momento Maria buscou orientação de Deus e, segundo ela, recebeu o aviso de seu marido iria ser eleito. “Deus tinha um chamado para nossa família. Comecei a amar o que a política pode fazer em cuidar das pessoas. O cidadão confunde a política com a politicagem, que é suja”. A prefeita afirma que nos antes de seu marido ser eleito deputado federal, Deus a revelou ele seria vitorioso na eleição.

Questionada sobre apenas três mulheres terem se consagrado prefeitas no primeiro turno das eleições municipais, Lucinéia diz que até fica feliz, pois o número já é uma resposta. “É pouco, mas já é um sinal. Acho que essas mulheres [eleitas] vão fazer uma revolução dentro de seus municípios, vão mostrar que também sabem fazer gestão e que vamos ser reconhecidas por nós também sabermos cuidar do município”, assevera.

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Com a presença do governador Gladson Cameli, Acre faz história ao ser o primeiro a receber Liga Indígena que será divulgada em mais 170 países

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Em mais um ato para fortalecer a cultura indígena do estado, o governador Gladson Cameli marcou presença no primeiro Festival Huwã Karu Yuxibu, que ocorre em Rio Branco, e participou da abertura da Liga Indígena ( Indigenous League), uma iniciativa da startup Nave Global. O objetivo é dar destaque à cultura indígena e disseminar o conhecimento tradicional por meio da linguagem universal que é o futebol.

Governador esteve presente da abertura da Liga Indígena. Foto: José Caminha/Secom

O festival, que ocorre no Centro Huwã Karu Yuxibu, começou no dia 22 e vai até 31 de março. As competições envolvem 60 atletas do povo Huni Kuin.

“Esse evento é mais do que nunca para mostrar para o mundo inteiro que a gente luta pela preservação do meio ambiente, pelo nosso direito e também pela integração social”, disse o líder espiritual Mapu Huni Kuin.

Para além de uma programação do festival, Mapu destaca que essa é uma oportunidade de mostrar ao mundo a identidade de seu povo e também como aliam conhecimento tradicional e inovação para expandir e conscientizar ainda mais sobre a preservação da floresta.

“Queremos mostrar que estamos usando sistemas, tecnologia e que jogamos de uma forma consciente, educativa e respeitando todos os próximos. A gente está fazendo um jogo consciente junto com o adversário, que ali vai ter um entendimento, um respeito ao próximo. Isso que a gente quer trazer. E o mais importante, a alegria, porque é um momento de brincar, de divertir, então a gente tem que realmente colocar o sorriso na frente e poder transmitir isso para as pessoas que vão estar nos assistindo, que nós estamos brincando, e é um esporte de brincar, de divertir, viver a alegria”, pontuou.

Pioneirismo

Na abertura da Liga, o governador Gladson Cameli foi apresentado aos uniformes dos times e também ouviu, tanto da startup como dos indígenas, agradecimentos pelo apoio do governo ao festival, que tem movimentado a economia local. Flora Dutra, fundadora da Navi Global, destacou que o Acre está fazendo história ao ser o primeiro a receber a competição. O governador agradeceu e reforçou que o Estado é um parceiro das comunidades indígenas.

Na abertura, governador reforçou incentivo do governo em eventos indígenas. Foto: José Caminha/Secom

“A sensação é de dever cumprido de uma união para mostrar o potencial que temos no nosso estado, que tem respeito pelos povos da floresta, pelos povos indígenas, onde o mundo, de fato, vai conhecer tudo o que temos aqui de natural e de potencial. O Acre está tendo a oportunidade de mostrar para o mundo o seu potencial e nós podemos incentivar um turismo em respeito ao meio ambiente em que as pessoas podem conhecer a fortuna que temos aqui que é a natureza”, pontuou.

Flora Dutra também destacou a presença de lideranças indígenas dos povos Yanomami e Vale do Javari. Ao criar a Liga Indígena, ela pensou não apenas no esporte, mas também na união e fortalecimento da identidade de cada povo.

“Todo material está sendo gravado e será distribuído para mais de 170 países e 200 canais de televisão. Vale lembrar que todo o material usado nessa competição foi feito de forma sustentável. Além disso, os uniformes foram confeccionados em Rio Branco, justamente para fomentar essa economia”, pontuou.

Acre é o primeiro estado a receber Liga Indígena. Foto: José Caminha/Secom

Até o fim do ano, o campeonato deve ocorrer nas terras indígenas dos Yanomami e Vale do Javari. No ano que vem, a pretensão é fazer a Indigenous League Championship durante 30ª Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP-30), em novembro de 2025, em Belém (PA).

E foi com uniforme personalizado, com os nomes indígenas estampados, chuteiras, que os seis times entraram em campo, levando não apenas o futebol, mas toda sua ancestralidade.

O secretário adjunto de Esportes, Ney Amorim, destacou que é muito simbólico que o Acre seja pioneiro nesse projeto que é uma vitrine da cultura tradicional para todo o mundo.

“Estamos apoiando esse evento aqui com a equipe de arbitragem, com pessoas da Secretaria de Esportes apoiando o evento, também trouxemos algumas bolas para estar ajudando. O governador Gladson Cameli sai na frente quando ele abraça os povos indígenas em todos os sentidos, do ponto de vista da educação, do ponto de vista da saúde e agora fortemente o ponto de vista do esporte nessa parceria com outras forças que estão aqui. Então é uma alegria para gente muito grande estar nesse projeto piloto que está só começando e, se Deus quiser, nós vamos fazer mais eventos como esse nas áreas indígenas e vamos estar levando o esporte do nosso estado para todas as comunidades indígenas do Acre”, destaca.

Mapu destacou que evento divulga os povos indígenas. Foto: José Caminha/Secom

O Centro

A área da Associação Centro Huwã Karu Yuxibu atende indígenas da etnia Huni Kuin em contexto urbano e tem projetos importantes para reforçar a cultura do seu povo que vive na cidade e, muitas vezes, em vulnerabilidade social. Lá é onde funciona a cozinha tradicional, a primeira do estado, e reúne, todas as quintas, os indígenas para que sejam acolhidos e recebam informações.

A liderança Mapu destaca que o objetivo é preparar esses indígenas para voltar às aldeias. Segundo ele, seu povo atualmente é estimado em 17 mil pessoas, sendo que ao menos 7 mil indígenas da etnia Huni Kuin vivem em contexto urbano.

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Caminhoneiro do Alto Acre relata mudança de vida por meio do Programa CNH Social

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O programa CNH Social já contemplou 7 mil pessoas, garantindo inclusão, cidadania e geração de empregos para quem mais precisa, em todo o estado. Neste ano, no programa idealiza pelo governo do Acre, por meio do Departamento Estadual de Trânsito (Detran), mais 5 mil pessoas serão selecionadas, por meio de mais um processo seletivo que deve ser publicado nos próximos meses. Até o fim de 2026, 22 mil pessoas terão a mesma oportunidade.

Morador da zona rural de Brasileia, o caminhoneiro Abraão Nascimento de Lima sonhava em ser motorista de caminhão desde a infância. Porém, o preço pela mudança para a categoria D na Carteira Nacional de Habilitação (CNH) era alto, uma média de R$ 2.800, o que o separava da realização do sonho, que seria também uma oportunidade de vida melhor.

Abraão Nascimento foi contemplado na modalidade CNH Rural e já sustenta a família como caminhoneiro. Foto: Daigleíne Cavalcante/Detran

“Desde menino, eu via meu pai e os outros adultos nos caminhões, já que na zona rural a gente precisa demais para carregar gado, escoar a produção e ter o sustento da família. Então, eu cresci já com o sonho e a necessidade, mas era muito caro e sempre que eu ia lá na autoescola perguntar, ficava mais caro”, afirma Nascimento.

Em 2023, o sonho de Abraão virou realidade. Ele participou da seleção do Programa CNH Social, que dá oportunidade a pessoas de baixa renda para a obtenção da primeira habilitação, assim como mudar ou adicionar categoria de forma totalmente gratuita. Ele foi um dos cinco mil candidatos selecionados.

“Fiquei muito feliz. Foi um processo rápido, sem burocracia e em mais ou menos um mês eu já concluí e passei no teste, e pude começar a trabalhar dentro da lei”, conta.

Hoje, Abraão, que é casado e pai do pequeno Isaac, 3 anos, sustenta a família com os trabalhos de frete que realiza.

“O motorista de caminhão ganha um pouco mais e, agora, com a CNH de categoria D, tem outras portas se abrindo. Fica melhor para sustentar a família, tudo favorável”, enfatiza.

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Dengue: Organização Pan-Americana da Saúde afirma que o surto deste ano pode ser o pior da história

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Em todo o Brasil, são 897 mortes pela doença

A Organização Pan-Americana da Saúde, a OPAS, disse nesta quinta-feira (28), que o número de casos de dengue nas Américas é três vezes maior, neste ano, do que o registrado no mesmo período do ano passado. A OPAS também afirma que provavelmente vivemos o pior surto da história. Em todo o Brasil, são 897 mortes pela doença; o número de casos prováveis já ultrapassou 2,4 milhões.

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