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Petrobras tem novo tombo, e ações chegam ao menor valor desde 2003

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A disparada das siderúrgicas e da Vale ofuscou mais um tombo das ações da Petrobras nesta terça-feira (6), amparando o ganho do principal índice da Bolsa brasileira no dia. Os papéis da estatal atingiram seu menor valor desde 2003, ainda afetados pela baixa nos preços do petróleo no exterior.

O Ibovespa registrou valorização de 1,02%, para 48.000 pontos. O índice havia caído nos últimos três pregões. O volume financeiro foi de R$ 7,672 bilhões. Na China, principal destino das exportações da Vale, o contrato do minério com 62% de teor de ferro no mercado à vista subiu 0,87% nesta terça, para US$ 71,49 por tonelada.

A mineradora brasileira, assim como seus pares internacionais, vem sofrendo com a recente desvalorização dos preços das commodities nos últimos meses. Há um ano, a tonelada do minério custava mais de US$ 130. As ações preferenciais da Vale, sem direito a voto, subiram 4,10%, para R$ 19,29. Já as ordinárias, com direito a voto, ganharam 4,01%, para R$ 21,80.

O setor siderúrgico também se beneficiou com o avanço do preço do minério na China. A matéria-prima é um dos componentes do aço. As ações da Gerdau dispararam 11,12%, para R$ 9,69 cada uma, puxando para cima a Gerdau Metalúrgica, que avançou 10,44%, para R$ 11,32.

No mesmo segmento, subiram ainda a CSN (+6,80%, para R$ 5,18) e o papel preferencial da Usiminas (+4,89%, para R$ 4,72). A Bradespar, que possui participação na Vale, obteve valorização de 3,96%, para R$ 13,91.

“Há dias que o mercado especula um anúncio iminente de novos incentivos por parte do governo chinês, o que pode ter refletido positivamente no preço do minério nesta terça”, afirmou Wagner Caetano, diretor da consultoria Cartezyan. “Caso isso se confirme, o primeiro impacto será nos metais, com alta. Em um segundo momento, o petróleo pode subir também.”

“Houve uma forte desvalorização do setor de siderurgia e mineração em 2014. Por isso, a alta do minério hoje abriu brecha para um pequeno ajuste”, disse Waldir Kiel, economista da H.Commcor.

QUEDA LIVRE

As ações preferenciais da Petrobras chegaram a subir pela manhã, mas perderam força, mudaram a tendência e fecharam em baixa de 3,25%, para R$ 8,33 cada uma –menor valor desde 26 de novembro de 2003, quando estavam em R$ 8,25. O mesmo ocorreu com as ordinárias, que caíram 2,54%, para R$ 8,06. É a mais baixa cotação desde 27 de agosto de 2003, quando valiam R$ 7,97.

A companhia tem sofrido com a queda vertiginosa nos preços do petróleo no exterior, que estão em seu mais baixo nível em mais de cinco anos e meio. O receio do mercado é que a baixa no patamar de preços da commodity possa ameaçar até mesmo a viabilidade de extração do pré-sal, segundo analistas, já que o custo operacional para retirar petróleo dessa área é elevado.

Nesta terça, o contrato do barril de petróleo mais negociado na Bolsa de Londres (Brent) cedeu 3,78%, para US$ 51,10. Nos EUA, o contrato de petróleo mais negociado na Bolsa de Nova York recuou 4,22%, para US$ 47,93 por barril.

“No curto prazo, [a queda do petróleo] é ruim para a companhia, mas os investimentos previstos para o pré-sal são de longo prazo. Não dá para investir pensando no preço do petróleo no mercado à vista, que está sempre mudando. Lá na frente, quando os investimentos serão concluídos, o preço será outro. Pode estar maior ou menor, não há como saber”, disse Kiel.

Somado a isso, a Petrobras segue prejudicada pelas denúncias de corrupção dentro da companhia, que a impediram de divulgar seu balanço referente ao terceiro trimestre do ano passado.

PRESSÃO NEGATIVA

A empresa de alimentos JBS ficou entre as maiores quedas do Ibovespa nesta terça-feira, após reportagem do jornal “Estado de S.Paulo” ter ligado a controladora da empresa à operação Lava Jato da Polícia Federal, que investiga denúncias de corrupção na Petrobras. As ações perderam 2,16%, para R$ 10,41 cada uma.

Ainda na ponta negativa do Ibovespa, as ações da Oi despencaram 16,67%, para R$ 6,55 cada uma. Os papéis reagiram à notícia de que a Portugal Telecom SGPS foi alvo de buscas policiais no âmbito de um inquérito sobre suspeitas de fraude qualificada, relacionadas a aplicações financeiras. A portuguesa está em processo de fusão com a Oi.

Empresas do setor educacional, como Kroton (-8,73%, para R$ 12,65) e Estácio (-7,17%, para R$ 19,30), também fecharam no vermelho.

O movimento, segundo analistas, reflete as mudanças anunciadas pelo governo no final de 2014, como nota mínima para acessar o programa de financiamento de estudo superior e calendário diferente para recompra de certificados de instituições com mais de 20 mil estudantes usando o Fies. O programa representa cerca de 44% do total de receitas da Kroton e 40% da Estácio.

CÂMBIO DÁ TRÉGUA

Após duas altas seguidas, o câmbio deu uma trégua nesta terça-feira. O dólar à vista, referência no mercado financeiro, teve desvalorização de 1,05% sobre o real, cotado em R$ 2,699 na venda. Já o dólar comercial, usado no comércio exterior, cedeu 0,25%, para R$ 2,702.

Segundo operadores, a desvalorização refletiu a divulgação dos nomes que compõem a equipe do novo ministro da Fazenda, Joaquim Levy, que foram recebidos com otimismo. As atuações no Banco Central também deram força à desvalorização do dólar no dia.

“Os nomes da equipe de Levy agradaram aos investidores. O ânimo só não foi maior porque ainda há uma certa descrença em relação à independência que eles terão para promover os ajustes necessários na economia, sem a intervenção da presidente [Dilma Rousseff] ou de partidos”, afirmou Caetano.

O Banco Central deu continuidade ao seu programa de intervenções diárias no câmbio, através do leilão de 2 mil contratos de swap cambial (operação que equivale a uma venda futura de dólares), por US$ 98 milhões.

A autoridade também promoveu um outro leilão para rolar 10 mil contratos de swap que venceriam em 2 de fevereiro, por US$ 486,4 milhões. Até o momento, o BC já rolou cerca de 14% do lote total com prazo para o segundo dia do mês que vem, equivalente a US$ 10,405 bilhões.


Folha de São Paulo

 

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Rodovias federais terão pontos de descanso para motoristas

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A nova Política Nacional de implantação de Pontos de Parada e Descanso (PPD) em estradas federais prevê a oferta do serviço a partir de 2025. Instalações com infraestrutura para atender motoristas em viagem serão obrigatórias nos contratos e projetos de concessão das rodovias.

De acordo com o Ministério dos Transportes, além de garantir as condições adequadas de repouso para os profissionais, a medida busca ampliar a segurança e reduzir o número de acidentes nas rodovias federais.

Segundo a Confederação Nacional do Transporte, até 2023 já existiam 155 paradas em funcionamento nas rodovias federais, sendo 108 em estradas administradas pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes e apenas 47 naquelas concedidas à iniciativa privada.

Com a política criada pelo governo por meio de portaria publicada no Diário Oficial da União desta sexta-feira (19), a Lei do Motorista (nº 13.103/2015) foi regulamentada e as mudanças começam a vigorar em 2 de maio.

Pelas regras, todo contrato de concessão de rodovia sob gestão da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) deverá garantir a operação de, pelo menos, um ponto de parada e descanso funcionando no próximo ano. O serviço já deverá constar em novos projetos de concessão, com início do funcionamento até o terceiro ano de atuação da concessionária.

Para as estradas geridas pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (DNIT) foi determinado um estudo para identificar pontos que necessitem receber o serviço, com prioridade para os corredores logísticos, onde o tráfico de veículos comerciais é maior.

Os locais devem apresentar as condições mínimas de segurança sanitária e de conforto previstas em lei, como instalações com rede de iluminação, estacionamento, ambiente de refeições, água potável, banheiros separados por sexo, com sanitários individuais que disponibilizem cesto de lixo e papel higiênico, lavatórios com material para higienização das mãos, chuveiros com água quente e fria.

Nos casos de cobrança para permanência dos veículos, os locais de espera, repouso e descanso deverão ser cercados e o controle de acesso e permanência será realizado pelo operador do serviço.

Fonte: EBC GERAL

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Mulher que levou morto a banco em 2020 entra na Justiça e ganha pensão

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Banco do Brasil
Agência Brasil

Banco do Brasil

Uma mulher acusada de levar o cadáver do então marido, de 92 anos, a uma agência bancária de Campinas (SP), conseguiu o direito de receber pensão e ainda se livrou de uma denúncia. Ela teria levado o corpo ao local para sacar dinheiro da conta dele.

O caso aconteceu em outubro de 2020 e envolve Josefa de Souza Mathias, hoje com 61 anos. Na época, Laércio Della Colleta, companheiro com quem vivia há mais de uma década, foi levado pela mulher a uma agência do Banco do Brasil no centro da cidade. O idoso estava em uma cadeira de rodas, com um lenço amarrado na cintura.

Na época, Josefa afirmou que levou Laércio ao banco para realizar prova de vida e, assim, conseguir a senha da conta bancária do companheiro. Segundo a mulher, na manhã daquele dia (2 de outubro), ele ainda estava vivo e passou mal dentro da agência. Em seguida, ele veio a óbito.

O Corpo de Bombeiros foi acionado e tentou reanimá-lo, mas ele já estava morto. Ainda, dois vizinhos acompanharam o casal até o banco e afirmaram que o idoso se queixou de dor antes de sair de casa e que começou a “babar” e “ficar amarelo” no caminho até a agência, mas Josefa decidiu não o levar ao hospital.

No entanto, o exame pericial apontou que Laércio havia morrido na noite anterior.

A polícia também desconfiou de Josefa, segundo testemunhas. Ao chegar na agência, ela subiu para o segundo andar e tentou desbloquear a senha, enquanto o idoso estava debilitado na cadeira de rodas. A mulher também não teria apresentado uma procuração para movimentar a conta em nome dele.

Em depoimento à polícia, ela apresentou duas versões. Na primeira, Josefa disse que ela e Laércio conversaram na manhã em que foram a agência. Na segunda, ela disse que o diálogo aconteceu na noite anterior. Por conseguinte, ela foi indiciada por estelionato e vilipêndio de cadáver (desprezar ou humilhar corpo).

Direito a pensão

Em janeiro de 2021, a promotora Daniela Merino, do Ministério Público de São Paulo (MPSP), pediu o arquivamento do caso. Ela alegou que Laércio teve morte natural e Josefa “jamais conseguiria movimentar a conta da vítima” porque a companheira do falecido não tinha uma procuração para isso, o que foi reconhecido pelo banco. As informações são do Metrópoles.

“Trata-se, então, de crime de furto mediante fraude cuja consumação, da forma como pretendia a investigada, se mostra impossível”, destacou a promotora.

Merino ressaltou ainda o fato de Laércio não ter herdeiros e Josefa ter firmado união estável com ele um ano antes, deixando ela como beneficiária do dinheiro na conta do idoso.

A Promotoria também descartou a acusação de crime de vilipêndio de cadáver, justificando que, “apesar de reprovável”, a conduta de Josefa “não caracteriza crime”. ‘O cadáver foi transportado, mas nenhum outro ato de ultraje foi praticado”.

A denúncia então foi retirada e Josefa entrou com uma ação na Justiça, garantindo o pagamento de uma pensão por morte, de R$ 5,8 mil. Ela ainda recebeu um retroativo de R$ 191 mil.

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Fonte: Nacional

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Exposição debate espaço para pessoas negras na arte contemporânea

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A presença de pessoas negras nos espaços elitizados da arte contemporânea é o tema da série Novo Poder: Passabilidade, do artista carioca Maxwell Alexandre. Crescido na favela da Rocinha, o artista tem explorado o assunto em pinturas desde 2021.

“Para isso, dou ênfase a três signos básicos: as cores preta, branca e parda. Em Novo Poder, a cor preta atua como o corpo preto manifestado pela figuração de personagens; a cor branca aponta para o cubo branco espelhando o espaço expositivo; e a cor parda representa a obra de arte e também faz autorreferência ao próprio papel que é o suporte principal da série”, explica.

Com 56 trabalhos, a série pode ser vista a partir deste sexta-feira (19) no Sesc Avenida Paulista, na região central da capital.

Os contrastes que envolvem as pessoas negras transitando pelo “cubo branco”, jargão que determina espaços expositivos tradicionais, são atenuados pelo fator da “passabilidade”, como explica o artista.

“‘Passar’ é o mesmo que ser reconhecido na vida cotidiana como alguém que está de acordo com as normas, sejam elas sociais, raciais ou de gênero’, disse Maxwell em entrevista à Agência Brasil.

Por isso, a “‘passabilidade’ é a forma segura e tranquila de pessoas pretas caminharem pelo cubo branco” afirma. No entanto, na visão de Maxwell, as possibilidades se afunilam a depender do lugar social. “Acredito que existam limites sim, dependendo de onde você vem, qual fenótipo você tem, a cor da sua pele, você não vai conseguir alcançar certos lugares. Sobretudo dentro do mercado da arte contemporânea”, comenta.

Trajetória

O artista afirma enxergar na própria trajetória, com ampla circulação em instituições internacionais e nacionais, como um sinal de mudança nas estruturas atuais. “Acredito que eu mesmo seja uma profecia de ‘Novo Poder’ que está se cumprindo”, diz o artista de 34 anos.

Em 2021, Maxwell foi vencedor do prêmio Pipa, um dos mais importantes da artes visuais do país, e, em 2020, foi eleito artista do ano pelo Deutsche Bank. Em 2018, recebeu o Prêmio São Sebastião de Cultura da Associação Cultural da Arquidiocese do Rio de Janeiro.

Esteve no Museu de Arte Contemporânea de Lyon, na França, com a exposição Pardo é Papel, e no Palais de Tokyo, em Paris, com a Novo Poder. Em Marraquexe, no Marrocos, participou da mostra coletiva Have You Seen A Horizon Lately, no Museu de Arte Contemporânea Africana Al Maaden.

Os trabalhos expostos no Sesc foram executados em um período de um mês em meio, em que o artista se baseou em fotografias, mas também em memórias próprias de cenas que presenciou.

Fonte: EBC GERAL

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