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Pesquisa da Unesp mostra efeito nas sementes e defende queimadas no cerrado

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Pesquisadores da Universidade Estadual Paulista (Unesp) conduziram um estudo detalhado sobre o impacto das queimadas e da fumaça na germinação de sementes de 44 espécies vegetais do Cerrado. Este levantamento, o mais abrangente já realizado sobre o tema no bioma, revelou que o uso de extrato pirolenhoso (que é a água de fumaça) pode ser um fator determinante na recuperação de áreas degradadas, com potencial para restaurar ecossistemas afetados. E que o fogo

Sob a orientação da professora Rosana Kolb, o doutorando Gabriel Schmidt Teixeira Motta analisou como a fumaça influencia a germinação de diversas espécies, incluindo gramíneas, ervas, subarbustos e arbustos. A pesquisa destacou a presença de centenas de substâncias na fumaça, como as carriquinas, que interagem com os hormônios das plantas, promovendo ou inibindo a germinação, dependendo da espécie.

Os testes foram realizados com “água de fumaça” (chamada de extrato pirolenhoso), uma alternativa comercialmente disponível que simula os efeitos da fumaça após queimadas. Este método é facilmente replicável, permitindo que outros pesquisadores obtenham resultados consistentes.

Dos 44 tipos de plantas estudadas, 32% mostraram aumento na germinação com o tratamento de fumaça, enquanto 9% apresentaram uma redução significativa, especialmente em concentrações mais altas de “água de fumaça”. As gramíneas, em particular, responderam positivamente ao tratamento.

A pesquisa sugere que sementes que respondem bem à fumaça podem ser usadas em áreas de recuperação, especialmente onde o fogo teve um impacto prolongado. A aplicação adequada de “água de fumaça” antes da semeadura pode melhorar as chances de germinação em áreas degradadas.

FOGO CONTROLADO – A Unesp defende o uso de fogo controlado no cerrado. “A diferença entre incêndios descontrolados e queimadas controladas é crucial. Incêndios, geralmente causados por ação humana durante a estação seca, podem devastar grandes áreas e homogenizar a paisagem. Em contraste, queimadas controladas utilizam técnicas específicas para manejar a terra de forma sustentável”.

Queimadas prescritas, usadas por gestores de áreas protegidas, ajudam a conservar ecossistemas onde o fogo é um fenômeno natural. Queimadas experimentais, por sua vez, investigam os efeitos do fogo na vegetação, fauna e serviços ecossistêmicos, sempre de maneira controlada.

Os pesquisadores lembram que os povos indígenas e as comunidades tradicionais há milênios utilizam queimadas para limpar áreas e estimular o crescimento de plantas. No entanto, a política do “fogo zero” no Brasil proibiu o uso do fogo, levando a grandes incêndios em áreas protegidas, como o Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros. “Essa exclusão do fogo por tantos anos na verdade facilitou que, depois, os incêndios se espalhassem por grandes áreas, devido à presença de muito material combustível acumulado e contínuo”, explica.

A pesquisa da Unesp sublinha a importância de entender e utilizar o fogo como ferramenta de manejo em ecossistemas inflamáveis. A aplicação estratégica de técnicas como a “água de fumaça” pode melhorar a recuperação de áreas degradadas, destacando a complexidade e o potencial do manejo sustentável do fogo.

“Atualmente, várias unidades de conservação do Cerrado empregam o manejo de fogo integrado, ou seja, utilizam o fogo como uma ferramenta para controlar o material combustível e formam na paisagem um mosaico que alterna áreas queimadas e não queimadas, facilitando assim o combate. Há muitos desafios pela frente”.

“Recentemente, o CNPq, juntamente com o PREVFogo/IBAMA, lançou uma chamada para projetos de pesquisa com o objetivo de aumentar nosso conhecimento sobre o manejo integrado do fogo (MIF), não só sobre os aspectos ecológicos, mas também sociais. Esta chamada mostrou a importância de se somar à pesquisa o conhecimento de povos indígenas e tradicionais, e a prática dos brigadistas, para a conservação do Cerrado”, dizem os pesquisadores no trabalho.

Fonte: Pensar Agro

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Golpe do DOF: PRF prende homem com 35 metros cúbicos de madeira com documentos falsos

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Por volta das 14h, o caminhoneiro apresentou ao servidor da SEFAZ uma cópia da carteira de habilitação de outra pessoa, que não estava no local, além de documentos de um caminhão que também não foi localizado.

Os agentes da PRF deslocaram cerca de 100 km até o posto de fiscalização e confirmaram as fraudes ambiental e tributária. O homem, de 35 anos, foi conduzido à Delegacia de Polícia Civil de Acrelândia. Foto: assessoria

Com assessoria 

Um homem foi preso pela(PRF) na tarde da última sexta-feira, 13, apresentando documentos falsos para transporte de madeira em outro caminhão, se passando por terceiros. A prisão ocorreu no posto de fiscalização da Secretaria de Estado da Fazenda (Sefaz), na divisa com Rondônia.

Por volta das 14h, o caminhoneiro apresentou ao servidor da SEFAZ uma cópia da carteira de habilitação de outra pessoa, que não estava no local, além de documentos de um caminhão que também não foi localizado. Ele portava ainda vários documentos fiscais e dois Documentos de Origem Florestal (DOFs), que autorizavam o transporte de cerca de 35 metros cúbicos de diversos tipos de madeira com a intenção de “esquentar” a carga. No entanto, o compartimento de carga de seu caminhão estava vazio. Suspeitando da fraude, o servidor da SEFAZ acionou o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), que solicitou o apoio da PRF.

Os agentes da PRF deslocaram cerca de 100 km até o posto de fiscalização e confirmaram as fraudes ambiental e tributária. O homem, de 35 anos, foi conduzido à Delegacia de Polícia Civil de Acrelândia.

O caminhão foi apreendido e ficará à disposição da autoridade judiciária. O IBAMA foi informado da situação e suspendeu imediatamente os DOFs envolvidos. O detido poderá responder por diversos crimes, incluindo uso de documento falso, falsidade ideológica e associação criminosa, devido à participação de três ou mais pessoas no esquema.

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Metade dos municípios do Acre enfrenta falta de vacinas, revela pesquisa da CNM

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A vacina contra a Covid-19 é a segunda mais em falta, com uma média de 30 dias de atraso em 770 municípios. A vacina Meningocócica C, que protege contra infecções graves como meningite, está em falta em 546 municípios há uma média de 90 dias

A reportagem entrou em contato com a coordenação do Programa Nacional de Imunização no Acre (PNI) para saber mais detalhes e aguarda resposta até última atualização desta reportagem. Foto: assessoria

Com assessoria

Uma pesquisa da Confederação Nacional de Municípios (CNM) revelou que 50% dos municípios do Acre enfrentam a falta de insumos essenciais para garantir a cobertura vacinal da população, principalmente as crianças. O estudo, realizado entre os dias 2 e 11 de setembro, aponta que esse problema é um reflexo de uma crise maior que atinge seis em cada dez municípios em todo o Brasil.

A pesquisa da CNM apontou que 64,7% dos municípios brasileiros estão com falta de vacinas para imunizar a população. O levantamento envolveu a participação de 2.415 municípios.

A reportagem entrou em contato com a coordenação do Programa Nacional de Imunização no Acre (PNI) para saber mais detalhes e aguarda resposta até última atualização desta reportagem.

O Ministério da Saúde é responsável pela aquisição e distribuição das vacinas do Calendário Nacional de Vacinação, enquanto os estados devem prover seringas e agulhas. No entanto, a pesquisa indica que muitos municípios estão sem vacinas essenciais há mais de 30 dias, com alguns enfrentando a falta de imunizantes há até 90 dias.

Paulo Ziulkoski, presidente da CNM, destacou que a falta de vacinas pode levar ao retorno de doenças graves, como a paralisia infantil, e apontou uma discrepância entre o discurso oficial do governo federal e a realidade municipal. “Estamos cobrando do Ministério da Saúde que disponibilize os imunizantes para vacinar as crianças e suas famílias o mais rapidamente possível”, afirma Ziulkoski.

A pesquisa mostrou que a vacina Varicela, usada para reforçar a proteção contra a catapora, é a mais ausente, não chegando a 1.210 municípios. A vacina contra a Covid-19 é a segunda mais em falta, com uma média de 30 dias de atraso em 770 municípios. A vacina Meningocócica C, que protege contra infecções graves como meningite, está em falta em 546 municípios há uma média de 90 dias. O estudo não detalhou o tipo de vacina em falta por estado/município.

Outros imunizantes que estão em falta no país incluem a Tetraviral, a Hepatite A e a DTP, que combate difteria, tétano e coqueluche. A CNM destacou a necessidade urgente de resolução para evitar um possível aumento nos casos de doenças evitáveis por vacinação.

A pesquisa também revelou que o Estado de Santa Catarina enfrenta a maior falta de vacinas, com 83,7% dos municípios relatando o problema, seguido por Pernambuco e Paraná. No Norte, a situação é um pouco melhor, com 42,9% dos municípios enfrentando a falta de imunizantes.

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Alunos do IFAC retiraram mais de 1 Tonelada de Lixo em ação do Projeto “Praias Limpas” em Tarauacá

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Por Fernando Calero

Entre os dias 9 e 13 de setembro, o Instituto Federal do Acre (IFAC), Campus Tarauacá, mobilizou alunos e servidores em uma ação ambiental de grande impacto. O Projeto “Praias Limpas” resultou na retirada de mais de 1 tonelada de lixo das praias de Tarauacá, totalizando 1.280 quilos de resíduos.

Durante quatro dias, a equipe de voluntários trabalhou nas Praias do Muru (Rames), Praia da Ponte, Praia do Mercado e a Praia Principal, com atividades realizadas pela parte da tarde. A coleta de resíduos incluiu plásticos, vidros, metais, fraldas, bitucas de cigarro, eletrodomésticos, bicicletas e outros materiais. Esses materiais eram colocados em sacos plásticos, e organizado para a ser entregue para os agentes da Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Tarauacá para descarte adequado.

O projeto não se limitou apenas à limpeza dos espaços, teve também um foco educativo significativo. A iniciativa buscou promover a conscientização sobre o descarte correto de resíduos e a preservação ambiental. O Ifac Tarauacá forneceu aos voluntários luvas, máscaras, água, orientações e cuidados necessários de como coletar o lixo, e o transporte de ônibus ficou por conta do Núcleo de Educação Estadual de Tarauacá. Os voluntários ainda foram orientados a usarem sapatos fechados, bonés e roupas apropriadas para garantir a segurança durante a ação.

“Esperamos que a atitude dos nossos alunos sirva de exemplo para banhistas e frequentadores das praias, conscientizando todos sobre o descarte correto do lixo”, destacou o professor Fernando Banen, responsável pelo projeto.

A mobilização culminará com a apresentação dos resultados no auditório do IFAC de Tarauacá, prevista para a próxima semana, com a participação dos alunos, instituições públicas e da comunidade local.

O projeto foi viabilizado graças ao apoio fundamental do diretor do campus Tarauacá, Denis, de Daiana, da Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Tarauacá, do coordenador estadual do Núcleo de Educação de Tarauacá, José Ivonaldo, do motorista José Francisco (Bão), que auxiliou no transporte, dos professores Oclizio, Yonara, Letícia, Jeferson, Igor, dos alunos dos cursos Integrado e Superior, e das alunas Francicleia Lima e Priscila Nogueira, do 3º ano do curso Técnico em Administração.

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