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Pais de autistas mostram mudanças nas rotinas em meio a quarentena por coronavírus

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Pais compartilharam respostas dos filhos às explicações sobre a pandemia: “Acredite ele perguntou, da forma dele, se iria acontecer “como aconteceu com os dinossauros”. Falei para ele que esperava que não, que a humanidade não iria sumir”.

Cotidiano precisou ser adaptado — Foto: internet

Por Jheniffer Núbia, G1 RO

A rotina de muitas pessoas mudou com a pandemia do novo coronavírus. Com aulas suspensas, trabalhos home office e medidas de distanciamento social, mães e pais de crianças e adolescentes autistas tiveram que readaptar as terapias presenciais e atividades externas durante a quarentena.

Vagner e Michelle Câmara, são pais do Fernando, que tem 18 anos. Antes da pandemia a agenda semanal do filho era bem cheia: consultas com pedagogo, psicóloga e com a fonoaudióloga, mas com o coronavírus tudo mudou.

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“Foi um pouco difícil, tivemos que utilizar imagens, mostrar para ele que o planeta Terra estava doente e que precisávamos ficar em casa quietinhos. Que um vírus, um bicho, para ele assimilar melhor, estava no ar e fazia as pessoas ficarem doentes”, diz Vagner.

Michelle e Vagner são pais do Fernandinho. Eles contam como tem sido a rotina durante quarentena — Foto: Vagner Câmara / Arquivo pessoal

Fernandinho, como é carinhosamente chamado pelos pais, faz parte do grupo de risco, pois tem bronquite asmática. Quando questionado se havia compreendido a situação, segundo Michelle, o filho surpreendeu a família.

“Acredite ele perguntou, da forma dele, se iria acontecer “como aconteceu com os dinossauros”. Falei para ele que esperava que não, que a humanidade não iria sumir. Que era só uma questão de tempo e de ficarmos quietos. No início pedia para ir ao cinema e para passear. Mas agora já aceitou que a melhor forma é esperar e ter paciência”, conta a mãe.

Duda foi diagnosticada com autismo quando tinha três anos de vida — Foto: Eliane Guatel/arquivo pessoal

Eliane Guatel é mãe da Maria Eduarda de oito anos, ela conta que desde os três anos da filha, época em que foi diagnosticada com autismo, a rotina da família mudou. Passou a ter terapia ocupacional, escola específica, equoterapia e fonoterapia.

A filha, segundo Eliane, não gosta de ficar em casa. Por esse motivo foi preciso que todos da família se reinventassem para ajudar na nova rotina da pequena.

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“A Duda detesta ficar em casa. O negócio dela é sair, mas agora limitou tudo. Na primeira semana do isolamento fiquei muito preocupada, apreensiva e com medo de tudo que estava acontecendo”, conta.

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A apreensão da mãe também passa no campo da comunicação, porque Maria Eduarda ainda não fala, então as informações sobre a pandemia tem que ser repassadas aos poucos até que ela absorva a situação.

Eliane acredita que Maria já notou a diferença por causa das atividades do dia a dia.

“Tenho feito algumas adaptações, como ver fotos, o pai dela brinca de correr dentro de casa, ela tem ficado mais junto comigo quando faço as tarefas domésticas, o banho tem sido prolongado, ela ama banho, canto pra ela na cama até no sono da tarde. Enfim, graças a Deus estamos nos adaptando”, compartilha Eliane.

Opinião de especialista

Para a psicóloga Angélica de Souza Lima, é importante considerar que cada criança é única e por isso as dicas para encarar a situação devem ser adaptadas para cada realidade, pois o espectro pode se manifestar de maneiras distintas em cada uma delas, variando conforme o grau.

“Os comportamentos excessivos geralmente são autorreguladores e funcionam como uma espécie de proteção. O contato social com outras crianças é significativo para o desenvolvimento biopsicossocial, nesse sentido, frequentar a escola é imprescindível no processo de ensino-aprendizagem e interações que a criança estabelecerá”, explica.

Angélica ainda afirma que crianças com diagnóstico de autismo não se enquadram no grupo de risco, mas podem se contaminar ou transmitir o vírus assim como o restante da população.

Elas devem mudar as rotinas para se protegerem e essas alterações devem ser feitas de maneiras sutis para não ser tão estressante à elas.

“Com as mudanças causadas pelo isolamento social e as consequentes alterações que se sucederem na rotina familiar, as crianças podem ficar mais irritadas, agressivas e impacientes. Nesse momento, é necessário a compreensão e paciência por parte dos responsáveis, uma vez que será necessário restabelecer uma nova rotina e introduzi-la na vida da criança”, fala a psicologa.

Dicas para mudanças na rotina:

  • Observe a criança, seu contexto, seus comportamentos, veja o que ela comunica ou tenta comunicar, isso facilita compreender o entorno em que ela está e como se sente.
  • Reorganize junto com a criança uma nova rotina para o período de isolamento, importante que seja feito com a participação da criança, não apenas do adulto, na escolha das atividades como forma de trabalhar a autonomia.
  • Explique através de métodos lúdicos (brincadeiras, histórias, vídeos, desenhos e outros) sobre o que é coronavírus e como se proteger.
  • Ofereça estímulos variados (brinquedos, músicas e atividades diversas) para que a criança se movimente e gaste energia.
  • Estipule regras para o cotidiano junto com a criança (podem ser usados quadros/cartazes com figuras).
  • Dialogue com a criança tanto de forma verbal quanto visual (figuras/desenhos) o conteúdo será melhor compreendido.
  • É importante brincar junto!

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Nova frente fria chega ao AC nesta semana e temperatura atingirá 18ºC, diz Friale

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Pesquisador Davi Friale – Foto: Alexandre Lima/Arquivo

O pesquisador Davi Friale divulgou em seu site O Tempo Aqui, nesta segunda-feira (10), uma nova previsão de diminuição das temperaturas na próxima semana.

Além disso, o “mago” destacou que até o próximo domingo (16) haverá calor abafado, chuvas, possibilidade de temporais e tempo seco e ventilado.

Na quarta-feira (12), mais uma frente fria chegará ao Acre, a partir do fim da tarde, mas será na quinta-feira que os ventos serão mais intensos, devido à penetração de mais uma onda de frio polar, declinando levemente a temperatura.

“Desta vez, a massa de ar frio não será intensa no Acre. As temperaturas, ao amanhecer, de quinta-feira e de sexta-feira, deverão oscilar entre 18 e 20ºC, em Rio Branco, Brasileia e demais municípios do leste e do sul do estado”, comentou.

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IBGE: mais de 12% dos acreanos já sofreram violência psicológica, física ou sexual

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A pesquisa apontou que 68 mil pessoas de 18 anos ou mais sofreram agressão psicológica nos 12 meses anteriores à entrevista, ou seja, 11,5% da população

IBGE

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta segunda-feira (10) os resultados da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) de 2019.

O Acre figurou em muitos cenários. Um deles foi o de violência psicológica, física ou sexual. Pelo menos 12,4% da população já foi alvo de uma das agressões.

Os dados apontam ainda que 72 mil pessoas de 18 anos ou mais sofreram os tipos de violência destacados, nos 12 meses anteriores à entrevista.

“O percentual de mulheres que sofreram alguma violência foi de 14,0% e o de homens foi de 10,8%. Considerando a faixa etária, a prevalência de casos de violência é mais acentuada nas populações mais jovens: de 18 a 29 anos (16,5,0%); de 30 a 39 anos (8,9%); de 40 a 59 anos (13,5%) e 60 anos ou mais (6,9%). As pessoas pretas (20,2%) e pardas (10,9%) sofreram mais com a violência do que as pessoas brancas (14,6%), diz o órgão.

Outro resultado preocupante tem a ver com o afastamento das atividades laborais e habituais em decorrência da violência sofrida. 9 mil pessoas foram afetadas – o que representa 12,9% das vítimas de violência, seja psicológica, física ou sexual. As mulheres foram mais atingidas do que os homens, com 18,3% e 5,4%, respectivamente.

Violência psicológica

A pesquisa apontou que 68 mil pessoas de 18 anos ou mais sofreram agressão psicológica nos 12 meses anteriores à entrevista, ou seja, 11,5% da população.

O percentual de mulheres vitimadas foi maior do que o dos homens, 12,9% contra 10,1%, respectivamente. A população mais jovem (18 a 29 anos) sofreu mais violência psicológica do que a população com idade mais elevada (60 anos ou mais), 15,4% contra 6,9%. Mais pessoas pretas (18,0%) e pardas (10,2%) sofreram com este tipo de violência do que pessoas brancas (13,4%).

“Considerando o rendimento domiciliar per capita, o grupo com menor rendimento apresentou um percentual maior de vítimas: 15,2% das pessoas sem rendimento até 1/4 do salário mínimo, em comparação a 10,5% das pessoas com mais de 5 salários mínimos”, destaca a pesquisa.

Violência física

A PNS estimou que 17 mil pessoas de 18 anos ou mais sofreram violência física nos 12 meses anteriores à entrevista, o que representa 2,8% da população. O percentual de vítimas do sexo feminino foi de 3,4%, enquanto o dos homens, 2,2%.

Violência sexual

Para as pessoas que responderam que não sofreram agressão sexual nos últimos 12 meses, foi perguntado se ela sofreu essa violência alguma vez na vida. Considerando essas duas perguntas, estima-se que 25 mil pessoas de 18 anos ou mais de idade foram vítimas de violência sexual, independentemente do período de referência, o que corresponde a 4,3% desta população, 2,6% dos homens e 5,9% das mulheres.

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Internações por covid na UTI e enfermarias estão em queda no Acre, diz subsecretária de Saúde

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Ala Covid-19 no Acre – Foto: Odair Leal/Secom/arquivo

A subsecretária de Saúde do Acre, Paula Mariano, disse em entrevista que o número de internações por covid-19 vem diminuindo consideravelmente nos últimos dias.

A notícia tem a ver com a ocupação de leitos comuns e da Unidade de Terapia Intensiva (UTI).

“Temos percebido uma diminuição satisfatória nos últimos 15 dias no Pronto-Socorro e no Into, além de uma queda no número de internações também em Cruzeiro do Sul, no Hospital de Campanha”, disse Paula.

Na última quarta-feira (5) o Into registrou 11 leitos disponíveis de UTI, e o PS desocupou outras 7 vagas. Em Cruzeiro do Sul, 6 leitos estavam disponíveis.

No maior hospital de referência do Acre, apenas 49 leitos de enfermaria, dos 160 disponíveis, estavam ocupados na data.

De acordo com o consórcio de veículos de imprensa do Brasil, o Acre está em queda no número de novas mortes pela doença.

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