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Brasil

O PT enfrenta a sua maior crise

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O partido perdeu as ruas, é investigado na Lava Jato e pena no Congresso.
A sigla conseguirá se reerguer?

ALBERTO BOMBIG COM MURILO RAMOS E FLÁVIA TAVARES - Época
ESTRATÉGIA Lula em campanha pela reeleição de Dilma. Ele acha que o PT só reagirá se Dilma conseguir reagir (Foto: Foto: J. F. Diorio/Estadão Conteúdo)

ESTRATÉGIA
Lula em campanha pela reeleição de Dilma. Ele acha que o PT só reagirá se Dilma conseguir reagir (Foto: Foto: J. F. Diorio/Estadão Conteúdo)

No auge da crise do mensalão, em 2005, quando algumas vozes da oposição começaram a cogitar o impeachment do então presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, líderes do PT reagiram de forma rápida e incisiva. Afirmaram que, caso alguém arquitetasse a derrubada de Lula, o partido colocaria milhares nas ruas para defendê-lo. Àquela altura, com base no histórico de mobilização do PT, os oposicionistas se contiveram. O poder de agitar as massas era exclusivo dos petistas desde o “Fora Collor”, em 1992, e do “Fora FHC”, sete anos depois. O mensalão foi a primeira grande crise do PT desde que a sigla chegou ao poder, em 2002. A segunda foi em 2013, quando uma onda de manifestações derrubou a popularidade de vários governantes brasileiros, entre eles a presidente Dilma Rousseff. O ano de 2013 mostrou algo novo: o povo estava nas ruas, mas não por obra do PT.

A terceira crise explodiu na semana passada e traz outra novidade. O país se mobilizou, as ruas explodiram com a maior manifestação desde a campanha pelas eleições diretas, em 1984 – e a mobilização não apenas não era convocada pelo PT, como mostrava uma enorme rejeição ao partido. Ao longo da semana, as investigações da Operação Lava Jato, que até então atingiam principalmente as siglas da base aliada, chegaram ao coração do PT. Pela inabilidade política de seus líderes, como o ministro Aloizio Mercadante, as relações com o Congresso se azedaram ainda mais. A soma de tudo isso – ruas, Congresso, força-tarefa da Lava Jato – mergulhou o PT naquela que é provavelmente a maior crise de sua história.

Uma pesquisa a que o partido teve acesso mostra que a avaliação do PT é pior até que a avaliação do governo da presidente Dilma Rousseff. O partido recebe menos de 10% de “ótimo” e “bom” – Dilma pontuou 13% em pesquisa do Instituto Datafolha. Outros pontos comuns do diagnóstico são: a) faltam quadros expressivos para o debate político; b) a representatividade do PT está subdimensionada no governo Dilma e no Congresso; c) os movimentos sociais se distanciaram da sigla; e d) a classe média dos grandes centros urbanos encabeça todos os movimentos anti-PT.

Um efeito da derrota nas ruas é aguçar a disputa interna no partido. Dilma está num momento péssimo, mas o grupo que a apoia, a corrente Mensagem ao Partido, fortaleceu-se momentaneamente. O grupo pede a saída de João Vaccari Neto, o tesoureiro do partido, que entrou na lista dos denunciados da Operação Lava Jato. Lula, que é de outra corrente, defende Vaccari. Na segunda-feira passada, um dia após a onda de protestos, Lula conversou com senadores petistas e depois jantou com a presidente Dilma no Palácio da Alvorada. Aos senadores, o ex-presidente disse que a crise política é maior que a econômica, e que crise política é mais fácil de resolver no curto prazo. “Ele pediu uma presença maior na rua, para melhorar a comunicação do governo”, diz o senador Humberto Costa (PT-PE).

Outra crise da semana passada expôs a divisão interna do partido: o vazamento de um documento reservado elaborado pela Secretaria de Comunicação Social (Secom), atribuído ao ministro da Pasta, Thomas Traumann. O documento admite haver “caos político”, aconselha o governo a prestar contas à sociedade por meio da imprensa e sugere dedicar mais verba a sites e blogs governistas na internet. O texto foi publicado pelo site do jornal O Estado de S. Paulo. Na Secom, atribuiu-se o vazamento – no mesmo dia em que Traumann seguia para os Estados Unidos para acompanhar o tratamento médico de um parente – ao ministro das Comunicações, Ricardo Berzoini. Berzoini negou, através da assessoria do partido.

A cúpula do PT já admite ser impossível uma recuperação da imagem da sigla no curto prazo. Acha que as eleições municipais do ano que vem deverão ser as mais difíceis da história petista. A avaliação é que o PT precisa sobreviver a 2016 para, em 2018, se rearticular em torno de Lula para a eleição presidencial. O partido precisará de novos líderes e um novo discurso. O líder do PT na Câmara, Sibá Machado (AC), fez papel ridículo ao dizer que a CIA, a agência americana de inteligência, esteve por trás das manifestações do dia 15. Com líderes assim, vai ser difícil o PT sair da crise.

>> Os erros do ministro Aloizio Mercadante

>> O degradante espetáculo de Cid Gomes, o ministro que não foi

>> A investigação da Lava Jato chega ao coração do PT

>> Eliseu Padilha: “O que nos interessa são as ruas”

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Milhares de indígenas marcham em Brasília

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Milhares de indígenas e apoiadores participaram, na manhã desta terça-feira (23), de uma caminhada pela área central de Brasília. A marcha faz parte da programação do Acampamento Terra Indígena (ATL) – mobilização que, anualmente, reúne milhares de participantes de centenas de etnias na capital federal e que começou, oficialmente, nessa segunda-feira (22). 

Este ano, o ATL está na 20ª edição. Segundo dirigentes da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib), entidade organizadora do acampamento, a expectativa é atrair cerca de oito mil representantes de mais de 200 etnias, além de integrantes de organizações sul e centro-americanas e da Indonésia, superando os resultados anteriores.

Portando faixas e cartazes, os participantes deixaram o acampamento montado no Eixo Monumental, ao lado do Centro Ibero-Americano de Culturas (antigo Complexo Cultural da Funarte) por volta das 9 horas da manhã.

Demarcação

Após ocuparem parte da principal via de Brasília, os manifestantes seguiram sob sol forte em direção ao Congresso Nacional, a cerca de quatro quilômetros de distância. Acompanhados por um carro de som, o grupo pedia que o Estado brasileiro conclua os processos de demarcação dos territórios tradicionais indígenas e garanta os direitos constitucionais dos povos originários, como o acesso à saúde e educação de qualidade, entre outras reivindicações.

Muitos dos participantes exibiam pinturas corporais e usavam adereços tradicionais característicos de seus povos, mas, por força de um acordo com autoridades de segurança pública do Distrito Federal, foram orientados a não portarem lanças, bordunas e arcos e flechas durante a marcha.

“Esta é uma marcha de luta, de resistência, para reivindicarmos ao governo brasileiro, ao Estado, aos Três Poderes [Executivo, Legislativo e Judiciário], que avance em nossos direitos. Principalmente em relação à demarcação das terras indígenas”, disse Kleber Karipuna, um dos coordenadores-executivos da Apib, durante a caminhada.

Os manifestantes se aproximaram do Congresso Nacional pouco depois das 10h30 e ocuparam o gramado central do Eixo Monumental, onde se espalharam para acompanhar a transmissão da cerimônia que a Câmara dos Deputados realiza esta manhã, em homenagem aos 20 anos do Acampamento Terra Livre.  

Fonte: EBC GERAL

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Dia Nacional do Choro é celebrado no Rio

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Declarado patrimônio cultural imaterial do Brasil em fevereiro deste ano, o choro tem seu dia nacional celebrado nesta terça-feira (23). Para comemorar a data, é tradição a realização de uma roda musical inusitada no Rio de Janeiro.

Músicos e fãs do choro se reúnem na icônica Central do Brasil e embarcam em um trem com destino a Olaria, bairro da zona norte da cidade, que era reduto de Pixinguinha, um dos maiores representantes do gênero musical.

Dentro das composições, chorões (músicos que executam o choro) tocam canções do gênero surgido no Rio e tocado por várias gerações, como Carinhoso, de Pixinguinha e Braguinha.

Músicos mais novos

Organizador do Trem do Choro, que está em sua 11ª edição, Luiz Carlos Nunuka destaca que o estilo musical continua atraindo a atenção dos músicos mais jovens.

“Existe o interesse principalmente dos jovens [pelo choro]. O choro tem uma complexidade que a pessoa que aprende a tocá-lo realmente toca qualquer tipo de gênero musical”, explica Nunuka.

*Com informações de Cristiane Ribeiro, repórter do Radiojornalismo

Fonte: EBC GERAL

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Brasil deve enfrentar onda de calor no fim do mês; veja áreas afetadas

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Regiões da onda de calor
Climatempo

Regiões da onda de calor

O Brasil irá enfrentar uma nova onda de calor , prevista para o fim do mês de abril, segundo o Climatempo. Esta será a quarta onda de calor desde o início do ano, desta vez provocada por uma área de alta pressão na média atmosfera que atuará como um bloqueio, favorecendo a manutenção do ar seco e quente, resultando em altas temperaturas.

Essa massa de ar quente se acumulará sobre o Mato Grosso do Sul e Paraná, e lentamente migrará para o leste da região Sudeste do país entre o fim de abril e início de maio. Este sistema ficará praticamente estacionado sobre áreas do centro-sul brasileiro por vários dias, dificultando a chegada de frentes frias para o Centro-Oeste e Sudeste. Como resultado, o ar seco será mantido, e o ar quente será intensificado.

Capitais como Campo Grande, Cuiabá, Goiânia, São Paulo e Belo Horizonte devem observar uma elevação nas médias climatológicas durante o mês de abril.

Por exemplo, as médias de temperatura para o mês de abril nessas capitais devem ser em torno de:

  • • Campo Grande: 29ºC
  • • Cuiabá: 33ºC
  • • Goiânia: 31ºC
  • • São Paulo: 26.6ºC
  • • Belo Horizonte: 27.6ºC

Em especial, a onda de calor afetará a faixa central e oeste de São Paulo, noroeste do Paraná, Mato Grosso do Sul, Triângulo Mineiro e sul de Goiás, onde as temperaturas devem atingir ou superar os 35º C em vários pontos.

Além das tardes escaldantes, as noites também devem permanecer abafadas para esta época do ano, especialmente no Mato Grosso do Sul, Paraná e oeste de São Paulo, devido à circulação do ar quente próximo à transição de abril para maio.

Por outro lado, em áreas como Minas Gerais, partes do leste de São Paulo, Goiás e Distrito Federal, as temperaturas mínimas podem cair mais devido à subsidência e à falta de umidade no ar, resultando em uma grande diferença entre as temperaturas máximas e mínimas durante o dia.

Espera-se que esse padrão de calor persista em grande parte do centro-sul do Brasil até pelo menos o dia 2 de maio, com possibilidade de continuar além desse período.

Veja dicas para amenizar os impactos da onda de calor

  1. Mantenha-se hidratado: Beba bastante água ao longo do dia para evitar a desidratação. Evite bebidas com cafeína ou álcool, pois podem aumentar a desidratação.
  2. Use roupas leves e respiráveis: Opte por roupas de algodão ou outros tecidos leves e soltos que permitam a circulação de ar e ajudem a manter o corpo fresco.
  3. Evite atividades ao ar livre durante o pico de calor: Se possível, evite atividades ao ar livre durante as horas mais quentes do dia, geralmente entre as 10h e as 16h. Se precisar sair, use protetor solar e um chapéu de abas largas.
  4. Mantenha sua casa fresca: Mantenha as cortinas fechadas durante o dia para bloquear a entrada de luz solar direta. Use ventiladores ou ar condicionado, se disponíveis, para manter sua casa fresca. Considere passar algum tempo em locais com ar condicionado, como shoppings ou bibliotecas.
  5. Refresque-se com banhos ou compressas frias: Tome banhos frios ou use toalhas molhadas e compressas frias para reduzir a temperatura do corpo.
  6. Evite refeições pesadas e quentes: Opte por refeições leves e frias, como saladas, frutas e sanduíches, em vez de alimentos pesados e quentes que podem aumentar o calor do corpo.
  7. Monitore os sinais de superaquecimento: Esteja atento aos sintomas de superaquecimento, como tonturas, fraqueza, náuseas, dor de cabeça e pele vermelha e quente. Se sentir algum desses sintomas, procure um local fresco e beba água imediatamente.
  8. Mantenha-se informado sobre alertas meteorológicos: Esteja ciente de quaisquer avisos ou alertas de calor emitidos pelas autoridades locais e siga suas recomendações para se manter seguro durante a onda de calor.

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Fonte: Nacional

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