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Novo presidente do BNDES pretende explicar “caixa-preta” em dois meses
Montezano disse que o banco venderá serviços de assessoria financeira

O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Gustavo Montezano, durante entrevista coletiva, no Ministério da Economia.
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) pretende explicar a “caixa-preta” na instituição financeira em até dois meses, disse hoje (16), o novo presidente da instituição, Gustavo Montezano. Ele disse que não tem opinião formada sobre as gestões anteriores, mas que precisa explicar decisões tomadas nos últimos anos pelo banco.
“O que a gente está se propondo a fazer é explicar a ‘caixa-preta’. Há uma duvida clara sobre o que há ou não no BNDES. Cada um me conta uma informação diferente da mesma história. Ao fim de dois meses, quero ser capaz de explicar esse conjunto de regulações, empréstimos, perdas financeiras que contextualizam a ‘caixa-preta’. O que sairá desse estudo, eu prefiro não comentar agora. Prefiro fazer o dever de casa e qualificar esse tema”, disse Montezano nesta terça-feira (16), na primeira entrevista coletiva após assumir o cargo.
Utilizada pelo presidente Jair Bolsonaro, a expressão “caixa-preta do BNDES” refere-se a financiamentos para a exportação de serviços a países em desenvolvimento, como Cuba, Angola, República Dominicana e Argentina. Atualmente, o banco divulga as condições dessas operações na página BNDES Transparente, mas Montezano disse ser prioridade número um da sua gestão prestar mais esclarecimentos à sociedade.
“Qualquer que seja a conclusão, a gente precisa ser transparente e trazer ela para a sociedade e para a mídia. Qualquer coisa que eu fale agora, pode ser leviano ou parcial. Esperem dois meses para a gente ter algo completo e conclusivo. É a prioridade um do banco. Aspecto de imagem, protocolo, a gente tem de analisar sobre todas essas óticas”, explicou.
Metas
Montezano tomou posse hoje (16) no comando do banco, substituindo o economista e ex-ministro Joaquim Levy, que pediu demissão em junho. Além da divulgação dos detalhes da “caixa-preta” do banco, ele anunciou quatro metas: a venda de ações de empresas em poder do banco; a devolução ao Tesouro de R$ 126 bilhões até o fim do ano e de R$ 144 bilhões até o fim de 2022; um plano de metas, orçamento e dimensionamento para os próximos três anos; e a prestação de serviços de assessoria financeira a órgãos do governo federal, a estados e municípios.
Em relação à venda de ações, Montezano disse que pretende acelerar a venda da participação do banco em empresas públicas e privadas. Hoje, o BNDESPar, ramo do BNDES que detém papéis de empresas, tem R$ 106,8 bilhões em ações, das quais R$ 53,3 bilhões da Petrobras; R$ 16,5 bilhões da Vale; R$ 9,3 bilhões da Eletrobras e R$ 9,26 bilhões da JBS. O banco ainda tem papéis em empresas de celulose e de empresas estaduais do setor elétrico, entre outras.
Montezano reconheceu que não pode desfazer-se de todos os papéis de uma só vez, para evitar que o preço das ações desabe no mercado e o banco tenha prejuízo. No entanto, comprometeu-se a acelerar as vendas, sem dar prazo. “Boa parte hoje são posições especulativas. Se o preço das ações sobe, é um mero ganho financeiro sem nenhuma entrega para a sociedade. É melhor tirar dinheiro daqui e colocar em outros ativos, como o saneamento, que também vai ter retorno financeiro, mas muito mais outros derivados disso para a sociedade como um todo”, disse.
Segundo ele, o BNDESPar pode até comprar ações de empresas, se comprovado que a participação renderá retornos para a sociedade, como investimentos em educação e saneamento básico.
Devolução
Depois de o banco ter devolvido R$ 30 bilhões ao Tesouro neste ano, Montezano comprometeu-se a devolver mais recursos até atingir o valor prometido de R$ 126 bilhões no fim do ano. Ele esclareceu que o ressarcimento não prejudicará a segurança financeira do banco, porque o dinheiro sairá do caixa da instituição, não do capital (dinheiro que precisa ficar parado para cumprir requisitos de segurança).
Segundo Montezano, a estratégia permitirá ao banco emprestar cerca de R$ 70 bilhões por ano. “Esse é o valor próximo da média histórica, antes de outros governos injetarem recursos no banco para emprestar para setores escolhidos”, esclareceu.
Além dos títulos públicos emprestados pelo Tesouro, o governo injetou R$ 36 bilhões em instrumento híbrido de capital e dívida (ITCD) no banco nos últimos anos. No entanto, Montezano disse que a devolução desses instrumentos, como está ocorrendo com a Caixa Econômica Federal, não tem prazo para ocorrer. “Somente depois que a gente reembolsar os recursos do Tesouro, vamos começar a discutir a devolução do ITCD”, explicou.
Assessoria financeira
Sobre a venda de serviços de assessoria financeira, Montezano explicou que o BNDES pretende auxiliar o governo federal, estados e municípios nas áreas de privatização, concessão, investimentos, parcerias público-privadas e reestruturação financeira. Os contratos serão vinculados ao sucesso de cada operação. “Caso a concessão ou privatização seja bem-sucedida, o banco recebe uma parte do resultado em forma de comissão”, disse.
O presidente do BNDES confirmou que os primeiros clientes do banco serão o Ministério da Infraestrutura, nos projetos de concessões; a Casa Civil, responsável pelo Projeto Piloto de Investimentos, e a Secretaria de Desestatização, Desinvestimentos e Mercados do Ministério da Economia, que coordenará as privatizações. O banco oferecerá assessoria técnica e conhecimento para o planejamento das operações. Numa segunda etapa, o serviço será estendido a prefeituras e governos estaduais.
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Aleac cria Comissão para Estudo Estrutural visando concurso público
A Assembleia Legislativa do Estado do Acre (Aleac) deu um passo importante para a realização de um novo concurso público. A Mesa Diretora publicou a Resolução nº 451/2024, que institui uma Comissão de Servidores encarregada de realizar estudos sobre a Estrutura Organizacional Administrativa da Casa. O objetivo é adequá-la às necessidades atuais do Poder Legislativo e preparar o caminho para o certame.
A decisão considera a necessidade de planejamento interno para o provimento de cargos efetivos dentro do Poder Legislativo, garantindo que o concurso ocorra em conformidade com os princípios e normas da Administração Pública.
Comissão já iniciou os trabalhos
A Comissão Especial já está em atividade e, como parte do levantamento estrutural, solicitou que as unidades administrativas encaminhem informações detalhadas sobre suas operações. Entre os dados requeridos estão:
• Descrição detalhada das atividades desenvolvidas pela subsecretaria e as coordenações sob sua responsabilidade.
• Atribuições das respectivas gestoras responsáveis pelas unidades.
• Relação nominal dos servidores em exercício no setor, com a devida indicação de suas atribuições.
Essas informações serão fundamentais para subsidiar os trabalhos da Comissão no levantamento e reorganização das unidades administrativas da Aleac. O objetivo é garantir maior eficiência na estrutura organizacional e na gestão de pessoal, permitindo uma administração mais moderna e alinhada às necessidades da Casa Legislativa.
A participação de todos os gestores nesse processo é indispensável para o êxito da iniciativa, assegurando que o trabalho determinado pela Mesa Diretora seja conduzido com transparência e precisão.
Composição da Comissão
A comissão responsável pelo estudo é formada pelos seguintes servidores:
• Solônidas Nascimento Maia – Presidente (Secretaria Executiva Administrativa);
• Raimunda da Silva Taboada – Subsecretaria de Recursos Humanos;
• Isla Maria Cunha Gadelha – Consultora Legislativa;
• Júlio da Silva Dourado – Controladoria;
• Rosana Maria Cruz Cavalcante – Subsecretaria de Atividades Legislativas;
• Núcia Fernandes de Souza Luz – Secretária da Comissão (Analista Legislativo).
Os membros terão a responsabilidade de analisar a estrutura administrativa do parlamento acreano e propor eventuais ajustes, garantindo que a organização esteja adequada às demandas atuais.
Prazo e Funcionamento
A comissão tem 120 dias para apresentar um relatório, podendo esse prazo ser prorrogado por mais 120 dias, mediante justificativa à Mesa Diretora. Além disso, o grupo está autorizado a requisitar informações, documentos e levantamento de dados junto às unidades administrativas da Assembleia Legislativa do Acre. Todos os gestores e servidores da Casa deverão atender às solicitações dentro dos prazos estabelecidos.
Para o atual presidente da Casa de Leis, deputado Nicolau Júnior (Progressistas), a criação da comissão representa um avanço no processo de reestruturação administrativa da Aleac e reforça o compromisso da Casa com a transparência e a eficiência na gestão pública, preparando terreno para a realização do tão aguardado concurso público.
Texto: Mircléia Magalhães/Agência Aleac
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Prefeito de Rio Branco visita obra do novo prédio da RBPrev em Rio Branco
O prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom, realizou uma visita técnica às obras de construção da sede própria do RBPrev, a previdência municipal da capital acreana. A nova estrutura, localizada na Avenida Ceará, promete não apenas garantir maior sustentabilidade ao instituto previdenciário, mas também contribuir para o desenvolvimento da cidade.
De acordo com o prefeito, o novo prédio trará uma importante economia para o RBPRrev que deixará de arcar com aluguel e, ao mesmo tempo, poderá gerar receita ao alugar parte do espaço para outras secretarias municipais.
“É muito importante isso aí. O que a gente precisa pensar é no futuro do nosso fundo previdenciário. Coisa que não foi pensada. O fundo nacional que tem problemas seríssimos e outros fundos que quebraram. O nosso, graças a Deus, está bem”, destacou.
A iniciativa faz parte de um conjunto de investimentos da prefeitura para transformar a infraestrutura da cidade. O prefeito ressaltou que Rio Branco está se tornando um verdadeiro canteiro de obras, com mais de 50 projetos em andamento, todos visando a geração de emprego, renda e desenvolvimento econômico.
“Eu tenho certeza absoluta que tudo que a gente está fazendo na nossa gestão hoje são coisas que talvez outras gestões não fizeram, mas que a nossa preocupação é melhorar a vida. Da vida do povo de Rio Branco, gerando emprego, renda e principalmente gastando bem o dinheiro”, explicouo gestor.
O diretor-presidente do RBPrev, Felipe Moura, enfatizou que a construção do prédio agrega valor patrimonial ao fundo previdenciário dos servidores municipais e representa uma nova forma de gerar receita.
“É um patrimônio a mais para o Fundo Previdenciário, para o Fundo dos Servidores e agrega na geração de novas receitas, ou seja, eu tenho um patrimônio que ele ainda rentabiliza, então como nosso objetivo é a sustentabilidade, perenidade do regime, isso aqui contempla e de uma forma até não convencional”, informou Felipe.
Já o arquiteto responsável pelo projeto, João Bessa, informou que a obra segue dentro do cronograma, com previsão de conclusão entre julho e agosto. Ele destacou os desafios enfrentados devido à complexidade da construção vertical e às chuvas, que impactam os serviços externos. No entanto, garantiu que a equipe tem priorizado a qualidade em todas as etapas, incluindo instalações elétricas, hidráulicas, sanitárias e climatização.
“A gente tem um prazo final de conclusão dessa obra para junho, julho, agosto, é um pouco complexa porque ela é uma obra verticalizada. Então ela tem uma certa demanda de equipe e deslocamento de material, porém a gente está cumprindo com o que está no cronograma.”
“Rio Branco é um canteiro de obras que a prefeitura está realizando, elas geram emprego, geram renda, mas tudo isso é passageiro, é só durante a obra. Essa obra precisa continuar gerando oportunidades”, concluiu Bocalom.
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Homem é filmado roubando casa em plena luz do dia em Brasiléia; moradores pedem reforço policial
Criminoso vestido com uniforme de estatal boliviana furtou centrífuga de roupa e cadeira de balanço; onda de arrombamentos preocupa população
Moradores do centro antigo de Brasiléia estão em alerta após uma série de arrombamentos e furtos na região. Na semana passada, um homem foi filmado por câmeras de segurança invadindo uma casa na Rua Benjamin Constant por volta das 9h da manhã. Vestindo um uniforme de uma estatal boliviana e usando capacete, o criminoso levou uma centrífuga de roupa e uma cadeira de balanço, colocando os objetos em uma moto modelo Kingo antes de fugir rumo à Bolívia.
A ação ousada do ladrão reflete a crescente onda de crimes na cidade, que tem deixado a população apreensiva. Moradores relatam que dependentes químicos estão circulando pelas ruas e furtando objetos como cadeiras, vasos de flores e bicicletas, que são levados para o lado boliviano e trocados por drogas. A situação tem levado os residentes a buscar meios de proteger suas casas e criar grupos nas redes sociais para se ajudarem mutuamente.
A revolta com a sensação de impunidade também é evidente. Um morador criticou o Judiciário brasileiro, afirmando que as leis são “frouxas” para crimes desse tipo. A população pede maior presença policial nas ruas e medidas eficazes para coibir a ação dos criminosos, que têm agido cada vez mais descaradamente.
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