Acre
No Dia Mundial do Doador de Sangue, Hemoacre apresenta estoque crítico; saiba como doar
Tipos sanguíneos A+ e A- estão em falta no Hemoacre, que precisa de doadores voluntários para melhorar a quantidade de reserva no estado. Órgão realiza arraial para incentivar doadores nesta sexta (14).
Até o mês de maio, 4.740 doações foram feitas no Centro de Hematologia e Hemoterapia (Hemoacre). Porém, esse número ainda não é suficiente para que o estoque de bolsas de sangue esteja completo. Nesta sexta-feira (14), Dia Mundial do Doador de Sangue, os tipos sanguíneos A+ e A- são os que mais necessitam de reforço nas doações.
Neste mês de junho, empresas e demais instituições fazem campanhas e a média de doações diárias sobe para 39 contribuições de doadores, porém, como explica a coordenadora da captação de doadores, Ana Carolina Ramos, esse processo é muito dinâmico.
“Às vezes em um dia não tem 18 doadores, no dia seguinte devido alguma mobilização por algum paciente, pode ter 80 doações. Então é muito imprevisível”, diz.
A coordenadora ainda frisa a importância da doação voluntária e de que esse ato pode salvar até quatro vidas com uma única doação.
“É muito importante, principalmente manter um estoque adequado. E nesse quesito entra a importância da conscientização da doação, que a população entenda a importância dessa doação de maneira voluntária e regular. Lembrando sempre que é uma multiplicação do bem, já que com uma bolsa de sangue, é possível salvar até quatro vidas”, diz.
Em comemoração ao Dia do Doador, o órgão realiza nesta sexta (14) um arraial com venda de comidas típicas, pula-pula, bingo e pescaria, das 17h às 21h. Quem for doador, ganhará um Kit lanche.
O que você precisa para doar?
- Estar em boas condições de saúde;
- Ter entre 16 e 69 anos, desde que a primeira doação tenha sido feita até 60 anos e menores de 18 anos devem estar acompanhados do responsável legal;
- Pesar acima de 50 quilos;
- Não ter ingerido bebida alcoólica nas últimas 14 horas;
- Ter dormido pelo menos 6 horas nas últimas 24 horas;
- Estar alimentado: evitar alimentação gordurosa nas 3 horas antes de doar;
- Apresentar documento oficial com foto: carteira de identidade, carteira de motorista, carteira de trabalho, CNH digital, e E-titulo com foto;
Impedimentos temporários
- Ter passado por um quadro de hepatite após os 11 anos de idade;
- Evidências clínica ou laboratorial das seguintes doenças transmissíveis pelo sangue;
- Hepatites B e C, AIDS (Vírus do HIV), doenças associadas ao vírus HTLV I e II e Doença de Chagas;
- Uso de drogas ilícitas injetáveis;
Impedimentos definitivos para a doação
- Gripe, coriza, resfriado, aguardar 14 dias após o desaparecimento dos sintomas;
- Febre, aguardar 30 dias;
- Gravidez ou suspeita da mesma;
- Parto: aguardar 90 dias após o parto normal e 180 dias após a cesariana;
- Amamentação: aguardar até a criança completar 12 meses;
- Tatuagem/piercing: aguardar 6 meses; (piercing na cavidade oral ou vaginal impedem a doação e após a sua retirada é necessário aguardar 12 meses)
- Ingestão de bebida alcóolica: aguardar 12 horas;
- Extração dentária: aguardar 72 horas.
- Cirurgia de apendicite, hérnia, retirada de amígdalas, varizes: aguardar 3 meses;
- Cirurgia de retirada de vesícula, útero, rins, tireoide, cólon e redução de politraumatismos sem sequelas graves: aguardar 6 meses
- Transfusão de sangue: aguardar 12 meses
- Vacinação: o tempo de impedimento varia de acordo com o tipo de vacina;
- Exames e procedimentos com utilização de endoscópio: aguardar 6 meses
- Exposição a situações de risco acrescido para infecções sexualmente transmissíveis: aguardar 12 meses após a exposição
Onde doar
No Acre, é possível doar em 3 pontos de coleta. Um em Rio Branco, outro em Cruzeiro do Sul e outro em Brasiléia.
Rio Branco
- Endereço: Av. Getúlio Vargas, número 2787, Bairro Bosque
- Funcionamento: De segunda a sábado, das 7h30 às 18h
- Telefone: 3215-2323
Cruzeiro do Sul
- Endereço: Rua Pedro Telles, número 600, Bairro Manoel Terças
- Funcionamento: De segunda a sexta, das 7 às 13h
- Telefone: 68 3322 4318
Brasiléia
- Endereço: Rua Generalíssimo Deodoro, n° 417, Bairro Raimundo Chaar
- Funcionamento: Todas as Terças-feiras – Horário de funcionamento: 8h às 12h e das 14h às 17h
Comentários
Acre
Presidente da Câmara de Rio Branco reflete sobre desafios da reeleição e projeta mandato na mesa diretora
O presidente da Câmara Municipal de Rio Branco, Neném, retornou aos trabalhos nesta terça-feira (8) após uma campanha bem-sucedida para reeleição, garantindo mais quatro anos de mandato. Em sua terceira legislatura, Neném destacou que, mesmo sem a estrutura de um secretário de estado, conseguiu levar suas propostas aos eleitores rio-branquenses, amigos e familiares, assegurando sua posição entre os mais votados.
Entre os principais projetos citados pelo vereador está a construção do prédio próprio da Câmara Municipal, que ele espera concluir a primeira fase até o final do ano. Além disso, Neném já lançou seu nome como pré-candidato para se manter na presidência da Casa.
O presidente também lamentou a baixa representatividade feminina na Câmara, que contará novamente com apenas duas mulheres no plenário. Ele expressou a esperança de que esse número aumente nas próximas eleições.
Neném finalizou sua fala demonstrando apoio ao prefeito Tião Bocalom, afirmando que o gestor fez um bom trabalho e merece continuar no cargo para seguir com os projetos iniciados em seu primeiro mandato.
Veja video.
Comentários
Acre
‘Descer na balsa’: Entenda origem da expressão regional que ganha força após eleições no Acre
Historiador Marcos Vinicius Neves explica que frase tem uma origem muito anterior a 1970, que foi quando o jornalista Aloísio Maia consolidou o termo para definir o que aconteceria aos perdedores da eleição. Charges estampam jornais impressos e digitais um dia após o pleito, com imagens dos perdedores.
As Eleições 2024 ocorreram no último domingo (6) em todo o Acre e, claro, nem todo mundo vence o pleito — faz parte do processo eleitoral democrático. Justamente por conta disto, nesta época já é de costume do acreano escutar que um candidato “desceu na balsa para Manacapuru”. Mas, qual a origem deste termo?
O significado é diferente do que é para outras pessoas do Brasil, principalmente se for dito após contexto eleitoral. Isso porque essa é uma expressão usada para definir quem foi derrotado e não foi eleito ao cargo a que concorria.
Em todas as eleições, os jornais impressos do estado faziam uma charge dos candidatos derrotados em uma balsa. Atualmente, essa versão foi atualizada para o universo digital.
‘Descer de bubuia’
A reportagem conversou com o historiador Marcos Vinicius Neves para entender a origem dessa expressão. De acordo com ele, o primeiro a usar o termo foi o jornalista Aloísio Maia, que foi quem readaptou essa metáfora, baseada em outras expressões anteriores. Neves explica que na Amazônia há uma ação chamada ‘descer de bubuia’.
“O que desce de bubuia, o rio, o bubuiar, que é uma coisa que é do arquétipo amazônico. Aquilo que desce o rio pela correnteza, é o que já está gasto, é o que está usado, é o que não presta mais. Então a pessoa joga dentro do rio e o rio se encarrega de levar, é o lixo, é o que não presta”, diz.
‘Judas malhado’
O historiador cita que a outra referência para que “descer a balsa” seja usado com frequência no Acre é a do ‘Judas malhado’ pelos seringueiros. Essa é uma tradição católica que seria uma maneira de vingança pela traição de Judas contra Jesus.
Segundo Neves, no Acre, dentro dos seringais, os seringueiros vestiam Judas como seringueiro, colocavam numa balsa e empurravam para descer o rio. Enquanto a balsa estava descendo, eles ficavam nos barrancos, jogando pedras e xingando Judas que estava descendo ‘de bubuia’.
“O que em alguma medida é isso: quem não presta, o que não presta, o destino é ser colocado para descer o rio e isso de uma certa maneira, essa figura, essa imagem do inconsciente coletivo amazônico, foi colocada também em relação aos políticos”, esclarece.
Contexto histórico
Mais um motivo para que a balsa no Acre tenha outro significado é referenciado pelo historiador como a época das revoltas autonomistas, em Cruzeiro do Sul em 1910, e em Sena Madureira em 1912, onde o castigo para o governante autoritário, que era deposto por essas revoltas autonomistas, era ser colocado numa balsa para descer de bubuia o rio e “sofrer o castigo”.
“O castigo dele era ser expulso do Acre, embarcado numa balsa, descendo de bubuia na correnteza do rio, para demorar bastante e portanto ir pagando os pecados dele. É o castigo principal dos maus governantes derrotados”, atesta.
E foi através dessas referências que Maia, em 1970, usou pela primeira vez, Manacapuru como uma forma de citar uma “punição” aos perdedores da eleição.
“Então Luís faz essa síntese da balsa e ele bebe dessa fonte, tanto do arquétipo amazônico no descer de bubuia, significando jogar fora o lixo, aquilo que não presta, quanto também o ativismo político, tipicamente criando que no período de território federal que faz revoltas e depõe os maus governantes e os expulsam do Acre através de uma balsa, até porque não tinha outra maneira de ir embora, o Acre só chegava e só saía de barco“, comenta Neves.
O historiador ainda cita que viajar em um rio num barco a vapor numa cabine de luxo, muito comum na época da Revolução Acreana, não era um castigo.
Neves também menciona que Aloísio Maia era um jornalista muito expressivo e tinha coluna nos jornais locais do Acre, que o ajudou a formular e disseminar a imagem do político derrotado, sendo “condenado” a pegar uma balsa para ir para Manacapuru.
“Esse é o caminho normal da descida do Rio Acre, o Rio Purus, você vai chegar no lago do Manacapuru, que fica lá na boca do Rio Purus junto ao Rio Solimões. É o destino natural de quem desce, de balsa, de bubuia, pela correnteza. Portanto, vai de forma muito lenta, muito penosa, muito devagar, e aí vai sofrendo e pagando seus pecado. Vai ficar uma temporada lá no lago do Manacapuru, ouvindo o choro do surubim, porque lá não tem mais nada para fazer, então esse é o castigo”, esclarece ele.
Comentários
Acre
Veja vídeo: Vereador Samir Bestene diz que PP debaterá internamente construção de mesa diretora
Por Dora Monteiro
Segundo mais votado para a Câmara de Vereadores de Rio Branco, o vereador Samir Bestene (Progressistas) passa ao largo quando a pergunta é sobre a composição da nova mesa diretora. Num intervalo da sessão desta terça-feira (8), Samir foi questionado várias vezes sobre o tema e desconversou. “Eu acho que esta tarefa é uma coisa a ser construída conversando dentro do partido”, comentou.
Samir lembrou que nestas eleições o partido recebeu sua maior votação histórica não apenas na Capital, mas em todo o Estado, elegendo cerca de 70 vereadores e 14 prefeitos, assumindo a gestão de mais da metade dos municípios do Acre.
Na sessão desta terça-feira, 8, Samir irradiava felicidade ao seu entorno enquanto a muitos colegas vereadores só restava tristeza e decepção. “Fui reeleito para continuar sendo a voz da população, representando pessoas que tanto anseiam por uma Rio Branco melhor. Vamos continuar nosso programa de estar sempre nas ruas, nos bairros, na zona rural de nossa cidade”, comentou o vereador sobre o seu segundo mandato.
Samir disse esperar grandes e produtivos embates na próxima legislatura, lembrando que a Casa receberá 14 novos vereadores para reforçar a qualificação do debate parlamentar
“É importante essa qualificação dos políticos no parlamento. Tomara que tenhamos aqui vários embates propositivos, sempre buscando a melhor qualidade de vida para a nossa cidade. Parabéns aos novos vereadores. Certeza que vão ter muito compromisso aqui para a nosso Rio Branco”, concluiu Samir.
Veja vídeo abaixo.
Você precisa fazer login para comentar.