Acre
MP recomenda urgência para solucionar falta de médicos no Hospital Regional do Alto Acre Raimundo Chaar
Atualmente, os pediatras e ginecologistas operam em regime de sobreaviso, enquanto o anestesista trabalha em plantão apenas cinco dias por mês, comprometendo a continuidade e a eficácia dos atendimentos
Com Assessoria
O Ministério Público do Estado do Acre (MPAC) emitiu uma recomendação à Secretaria de Estado de Saúde do Acre (Sesacre) para adotar medidas urgentes visando suprir a carência de médicos especialistas no Hospital Regional do Alto Acre Raimundo Chaar, localizado em Brasiléia.
A recomendação, assinada pela coordenadora-geral do Centro de Apoio Operacional de Defesa da Saúde, Pessoa Idosa e Pessoa com Deficiência, procuradora de Justiça Gilcely Evangelista, e pelos promotores de Justiça Juleandro Martins, Rafael Maciel, Renan Augusto Gonçalves e Luã Brito Barbosa, que atuam na região, exige ações imediatas da Sesacre.
Em outubro deste ano, durante uma inspeção conjunta com o Conselho Regional de Medicina do Estado do Acre (CRM-AC), o MPAC identificou uma insuficiência de médicos especialistas. Atualmente, os pediatras e ginecologistas operam em regime de sobreaviso, enquanto o anestesista trabalha em plantão apenas cinco dias por mês, comprometendo a continuidade e a eficácia dos atendimentos.
O MP ressalta a urgência de medidas concretas e propõe que a Sesacre apresente um plano de ação detalhado no prazo de 30 dias, com cronogramas, metas e os recursos necessários para resolver a situação.
Entre as alternativas sugeridas estão a realização de concurso público, a nomeação de candidatos aprovados em seleções vigentes, o remanejamento de recursos humanos e a contratação de organizações sociais e de organizações da sociedade civil de interesse público. A recomendação também estabelece que, em até 60 dias, a Sesacre apresente ao MPAC um relatório com detalhes das ações implementadas e dos resultados obtidos.
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Família se revolta com possibilidade de soltura de homem suspeito de assassinar adolescente em Rio Branco
Leandro da Silva Rodrigues, de 37 anos, é acusado de cometer o feminicídio da adolescente Geovana Souza de Silva, de 16 anos, brutalmente assassinada a facadas na madrugada de sábado, 7, no bairro Areal, no Segundo Distrito.
Com Notícias da Hora
Apesar de estar sob custódia na Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (DEAM), a ausência de flagrante no momento da prisão gerou a possibilidade de sua soltura, o que tem causado revolta entre os familiares da vítima
O brutal assassinato de Geovana Souza da Silva, de 16 anos, ocorrido na madrugada do último sábado, 7, no bairro Areal, periferia de Rio Branco, deixou a comunidade em estado de choque e levantou debates sobre a fragilidade do sistema penal brasileiro.
A adolescente foi morta de forma violenta, e o principal suspeito do crime, Leandro da Silva Rodrigues, de 37 anos, foi capturado na noite deste domingo, 8, após uma operação do Segundo Batalhão da Polícia Militar.
Leandro, que já possui histórico criminal por furto e roubo, foi localizado no bairro Triângulo Novo, onde tentava fugir pelos telhados de uma residência. Antes do crime, ele havia rompido a tornozeleira eletrônica, dificultando sua localização.
Apesar de estar sob custódia na Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (DEAM), a ausência de flagrante no momento da prisão gerou a possibilidade de sua soltura, o que tem causado revolta entre os familiares da vítima.
A mãe de Geovana, visivelmente abalada, desabafou: “Minha filha foi tirada de nós de forma cruel. Agora, existe a chance de o responsável por isso voltar para as ruas? Onde está a justiça? Precisamos de leis mais duras para evitar que famílias passem pelo que estamos passando.”
Histórico de violência
Leandro já estava sob uma medida protetiva que o impedia de se aproximar de Geovana, devido a registros de agressões físicas e tentativas de homicídio contra ela. Além disso, ele acumulava passagens pela polícia por roubo e furto, tendo cumprido pena no Presídio Francisco de Oliveira Conde em pelo menos seis ocasiões.
Após ser detido, Leandro foi conduzido à Delegacia de Flagrantes (Defla) e, posteriormente, à Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam). Um mandado de prisão foi emitido, e ele deve passar por audiência de custódia nesta segunda-feira, 9.
Relembre o caso
A adolescente Geovana Souza de Silva, de 16 anos, foi morta a golpes de faca na madrugada do último sábado, 7, no cruzamento da Travessa Coral com a Rua Beija-Flor, no bairro Areal, Segundo Distrito de Rio Branco. Geovana, que estava grávida de dois meses, não resistiu aos ferimentos e morreu no local.
Segundo informações da Polícia Militar, a guarnição foi acionada via COPOM para atender a uma ocorrência de feminicídio. Ao chegarem ao local, os agentes encontraram Geovana caída no chão, com ferimentos provocados por arma branca.
O local foi isolado, e o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) foi acionado. A médica plantonista, Dra. Denise Fontes, constatou o óbito da vítima.
De acordo com Lindaura Inácio de Souza, avó de Geovana, a jovem vivia nas ruas com um companheiro identificado como Leandro, apontado como autor do crime.
Testemunhas relataram que Leandro desferiu dois golpes de faca na adolescente: um nas costas, do lado esquerdo, e outro no peito, do lado direito. Ferida, Geovana tentou correr e pedir socorro, mas caiu e não resistiu.
O perito criminal Hewerton esteve no local e realizou os procedimentos necessários.
Após a perícia, o corpo da adolescente foi recolhido e encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) para exames cadavéricos.
Veja vídeo:
A comoção tomou conta da comunidade, que tem manifestado apoio à família e exigido medidas enérgicas das autoridades. Organizações de direitos humanos e movimentos de proteção à mulher também demonstraram preocupação com o caso, destacando a necessidade de revisão no monitoramento de presos com tornozeleiras eletrônicas.
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Enquanto aguarda o parecer do Ministério Público e da Justiça sobre o caso, a família de Geovana reforça o apelo por justiça. “Não vamos descansar enquanto esse homem não pagar pelo que fez. Ele não pode ficar impune,” afirmou um dos tios da jovem.
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Ministério Público pede anulação do júri que absolveu policiais do BOPE
Policiais militares foram acusados por três homicídios e duas tentativas de homicídio. Recurso do MP deve ser julgado em 2025 pela Câmara Criminal
O Ministério Público do Acre (MPAC) anunciou que irá recorrer da decisão que absolveu os cinco policiais militares acusados de participação na morte de três pessoas e em duas tentativas de homicídio durante uma operação do Batalhão de Operações Especiais (BOPE), no bairro Preventório, em Rio Branco, no ano de 2018.
O anúncio foi feito pelo promotor Carlos Pescador, ainda durante a leitura da sentença, no domingo (8). Segundo o representante do MP, o veredicto dos jurados foi contrário às provas apresentadas ao longo do processo. “Eu respeito a decisão dos jurados, mas não concordo. Vamos recorrer à Câmara Criminal”, afirmou Pescador.
Os policiais militares Antônio de Jesus Batista e Alan Melo Martins foram denunciados pelas mortes de Maria Cauane Araújo da Silva, uma menina de apenas 11 anos, e de Gleiton Silva Borges, além de serem acusados por duas tentativas de homicídio. Já o capitão da reserva Josemar Barbosa de Farias e os policiais Wladimir Soares da Costa e Raimundo de Souza Costa foram denunciados pela morte de Edmilson Fernandes da Silva Sales, apontado como o principal alvo da operação policial.
O julgamento teve início na quarta-feira (4) e só foi encerrado na noite de domingo (8), após cinco dias de intensas discussões e depoimentos. O Tribunal do Júri da Comarca de Rio Branco foi presidido pelo juiz Robson Aleixo, e o caso ganhou grande repercussão por envolver a morte de uma criança de 11 anos.
Com o anúncio do recurso, o MPAC tentará anular a decisão e solicitar um novo julgamento. A previsão é que o recurso seja analisado pela Câmara Criminal no ano de 2025. Segundo o Ministério Público, o objetivo é reverter a absolvição e assegurar que a análise das provas seja reavaliada por um novo corpo de jurados.
A operação que resultou nas mortes ocorreu no ano de 2018, no bairro Preventório, conhecido por ser uma área de grande vulnerabilidade social. Desde o início, a ação policial foi cercada de polêmicas e questionamentos sobre a conduta dos agentes de segurança. Agora, com o recurso anunciado, o caso poderá ganhar novos desdobramentos nos próximos meses.
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Assembleia Legislativa do Acre realiza audiência pública para debater LOA 2025
Lei Orçamentária Anual prevê R$ 12,1 bilhões para o próximo ano.
A Assembleia Legislativa do Acre (Aleac) realizará nesta segunda-feira (9) uma audiência pública para debater a Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2025, que prevê um orçamento total de R$ 12,1 bilhões para o estado. A sessão será presidida pelo deputado Tadeu Hassem (Republicanos) e terá início às 10h, no plenário da Casa Legislativa.
A audiência tem como objetivo discutir a alocação dos recursos financeiros do governo estadual para o próximo ano. O encontro contará com a participação de autoridades públicas, secretários de Estado, além de representantes de instituições fundamentais como a Defensoria Pública do Estado (DPE/AC), Procuradoria Geral do Estado (PGE), Tribunal de Justiça (TJAC) e o Ministério Público Estadual (MPE/AC). Representantes da sociedade civil também foram convidados a participar do debate.
A LOA é o principal instrumento de planejamento financeiro do governo e define as prioridades de gastos e investimentos públicos para o exercício do ano seguinte. O texto estabelece como serão distribuídos os recursos entre as áreas essenciais, como saúde, educação, segurança pública e infraestrutura.
De acordo com o deputado Tadeu Hassem, presidente da audiência, a participação dos diversos setores da sociedade e dos órgãos públicos é essencial para garantir a transparência e a eficiência na aplicação dos recursos. “Este é o momento de ouvir as demandas e alinhar as expectativas da população e das instituições que precisam ter seus orçamentos garantidos para o ano seguinte”, afirmou o parlamentar.
Durante a audiência, serão apresentadas as principais diretrizes do orçamento e o detalhamento das principais áreas que receberão investimentos. Gestores das secretarias estaduais terão a oportunidade de expor suas demandas, justificando a necessidade de ampliação ou realocação de recursos.
A expectativa é que a LOA 2025 seja votada e aprovada pelos deputados até o final deste ano, de forma a garantir a execução do orçamento a partir de janeiro de 2025. A audiência pública desta segunda-feira é considerada uma etapa crucial no processo de discussão e construção do orçamento, já que abre espaço para o debate público e a participação social.
O governo do Acre destaca que a previsão de R$ 12,1 bilhões para 2025 representa uma oportunidade de promover o crescimento econômico e social no estado, mesmo diante dos desafios econômicos nacionais. Com a participação ativa de gestores e representantes de diversas áreas, espera-se que as demandas prioritárias sejam identificadas para assegurar melhorias nos serviços públicos essenciais.
A audiência será aberta ao público e transmitida ao vivo pelos canais oficiais da Assembleia Legislativa do Acre (Aleac), permitindo que a população acompanhe as discussões de forma transparente e em tempo real.
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