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Máquinas ao chão: a silenciosa resistência dos jornalistas à ditadura

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Câmeras no chão e os olhares ficaram fixos à cena. Um gesto de ousadia feito há mais de 40 anos por um grupo de fotógrafos no pé da rampa do Palácio do Planalto entrou para a história da cobertura política durante a ditadura no Brasil. Neste domingo (7), Dia do Jornalista, episódios de resistência como esse, conhecido como “Máquinas ao chão”, costumam ser lembrados.

O dia 24 de janeiro de 1984, pouco menos de 20 anos depois do golpe de 1964 e na reta final do regime ditatorial, ficou conhecido porque os profissionais da imagem se negaram a fotografar o então presidente João Figueiredo. O gesto ocorreu após uma sequência de atritos entre o general e os fotojornalistas.

“Sorrio quando quiser”

O repórter fotográfico Sérgio Marques, com 25 anos de idade na época, relembra que entre os problemas estavam as reclamações diárias dos profissionais a respeito do tratamento do presidente Figueiredo para com eles. Em um dos conflitos anteriores, o presidente recebeu o deputado federal Paulo Maluf, futuro candidato à presidência.

“O Maluf visitou o presidente Figueiredo e, quando nós da imprensa entramos, ele olhou para o presidente e sugeriu um sorriso. O presidente olhou para ele e disse: ‘estou na minha casa. Sorrio quando quiser’”, recorda.

Em outro episódio, no mês de dezembro de 1983, Figueiredo havia sofrido um acidente de cavalo, se machucou e estava com o braço engessado. Mesmo assim, colocou paletó. O fotógrafo Wilson Pedrosa, então no Correio Braziliense, registrou o presidente na hora em que ele foi coçar o rosto. O episódio elevou a tensão entre os profissionais e o general.

Essa tensão se agravou quando os profissionais de imagem, únicos que entravam no gabinete para registrar as reuniões do presidente, relataram o teor de um encontro aos repórteres de texto, cuja entrada era proibida. A partir de então, Figueiredo passou a impedir o acesso dos fotógrafos ao seu gabinete.

“Imagine você trabalhar todos os dias no Palácio do Planalto para cobrir as audiências e não ter acesso ao gabinete. Nós começamos a reclamar com a assessoria, mas não adiantou”, recorda Sérgio Marques. Até que, na tarde do dia 24 de janeiro de 1984, uma terça-feira, diante de tantas limitações, os fotógrafos credenciados resolveram colocar as câmeras no chão assim que o presidente desceu a rampa.

Marques explica que depois daquele dia não foi advertido ou ouviu comentários do presidente Figueiredo. Os fotógrafos voltaram a ser chamados para eventos. Em um deles, o general falou para os profissionais deixarem as máquinas e servirem-se em um coquetel. O fotógrafo recorda que concordou e deixou a câmera no chão. “Ele me olhou. Coloquei sobre a mesa. Aí ele deu um sorriso e falou, ‘eu não gostei daquele dia’”, lembra-se.

Filme

O episódio de ousadia foi registrado no documentário “A Culpa é da foto”, de André Dusek, Eraldo Peres e Joédson Alves, lançado em 2015. “Foi o único protesto que teve de jornalistas credenciados do Palácio do Planalto contra um ditador”, ressalta Alves, que foi responsável pela pesquisa para o filme.

O documentário, de aproximadamente 15 minutos de duração, está disponível no YouTube.

O diretor entende que esse acontecimento se tornou um símbolo para os jornalistas brasileiros e não poderia cair no esquecimento. Em 1984, Joédson, que hoje é da equipe da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), nem sonhava trabalhar com fotografia. Afinal, tinha apenas 13 anos de idade. No entanto, assim que se tornou profissional, com mais de 20 anos, soube da história dos veteranos.

Dentre os profissionais que participaram do episódio, estavam Moreira Mariz (Folha de São Paulo), Cláudio Alves (Jornal de Brasília), Sérgio Marques (Revista Veja), Júlio Fernandes (Jornal de Brasília), Francisco Gualberto (Correio Braziliense), Beth Cruz (Agência Ágil), Élder Miranda (Rede Globo), Antonio Dorgivan (Jornal do Brasil), Adão Nascimento (Estado de São Paulo), Célson Franco (Correio Braziliense), Carlos Zarur (EBN), Sérgio Borges (Estado de São Paulo) e Vicente Fonseca (Rede Globo).

Para o fotojornalista Joédson Alves, diretor do filme, foi um ato de bravura. “Muito emocionante. É algo para ter como referência para minha profissão. Eu tenho um respeito muito grande por todos eles. Já tivemos situações muito graves [ao longo dos anos] contra a impresa e nunca houve nenhum tipo de ação ou movimento para fazer algum protesto”.

Fonte: EBC GERAL

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VÍDEO: Brasileiro é condenado a 15 anos de prisão por cumplicidade em homicídio na Bolívia

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O Tribunal de Sentença n° 1 da Bolívia sentenciou o cidadão brasileiro João Barrios da Silva a 15 anos de prisão por homicídio em grau de cumplicidade. A condenação deverá ser cumprida na penitenciária de Villa Busch.

O crime ocorreu em 13 de setembro de 2023, na comunidade de Humayta, no município de Ingavi. De acordo com a promotora Blanca Ardaya, Barrios compartilhou bebidas alcoólicas com a vítima, Nelson Carrillo Lisare, antes de uma briga começar, motivada por ciúmes e vingança.

O principal autor do homicídio, identificado como Ubildo Gutierrez Fariña, está foragido e foi declarado rebelde perante a lei.

A condenação reflete a participação de Barrios no crime, mesmo que o autor principal ainda não tenha sido capturado pelas autoridades.

Veja matéria completa pela TVu Pando.

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Câmeras de segurança registram momento em que carro com placa Brasileira capota em avenida de Cobija

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Imagens mostram um carro rodando na pista antes de invadir o canteiro central, capotando duas vezes e parando na pista contrária. Até o momento, não há informações sobre quem estava ao volante ou se havia mais pessoas dentro do veículo no momento do acidente

As causas dos acidentes ainda são desconhecidas e as autoridades continuam a investigar os acontecimentos. Os nomes dos envolvidos não foram informados até esta terça-feira. Foto: cedida

Na noite do último domingo, um grave acidente ocorreu na Avenida 9 de Fevereiro, nas proximidades da Bomba dos Tajibos, em Cobija. A polícia local divulgou imagens capturadas por um sistema de segurança particular que mostram um veículo modelo VW Gol Last Edition, de placa brasileira (DVG9145), em alta velocidade perdendo o controle.

Até o momento, não há informações sobre quem estava ao volante ou se havia mais pessoas dentro do veículo no momento do acidente.

O carro, foi encontrado abandonado e sem o proprietário, apresentando danos evidentes. As autoridades locais continuam investigando o incidente, buscando respostas para as perguntas que geram preocupação entre os moradores. A falta de informações sobre os ocupantes e as circunstâncias do acidente mantém a a polícia e comunidade em alerta.

Os danos foram consideráveis: o veículo sofreu avarias significativas na lateral e teve o eixo traseiro totalmente destruído, entre outros estragos. As autoridades estão investigando as causas do acidente e analisando as circunstâncias do capotamento com à perda de controle do veículo que estava em velocidade acima do permitido.

Veículo VW Gol Last Edition, com placas DVG9145, perdeu o controle capotou e invadiu o canteiro central, causando danos à lateral do carro e resultando na perda total do eixo traseiro. Foto: cedida

A ausência de informações oficiais sobre o recente acidente na Avenida 9 de Fevereiro tem gerado um clima de desconforto entre os moradores de Cobija. A comunidade clama por esclarecimentos sobre as condições de segurança nas vias, especialmente após o incidente que resultou em danos significativos a um veículo de placa brasileira.

Diante desse cenário, a equipe de trânsito local anunciou que intensificará a fiscalização em áreas de intensa movimentação noturna. A medida visa prevenir novos acidentes e garantir a segurança de motoristas e pedestres, que expressam crescente inquietação sobre a situação das ruas da capital Pandina. A população aguarda ações concretas que possam aumentar a segurança viária e minimizar os riscos associados ao tráfego noturno.

Em um único dia (domingo), foram registrados dois acidentes de trânsito em Cobija, o primeiro aconteceu na Av. 9 de fevereiro, altura da Bomba os Tajibos, o segundo na avenida Pando, envolvendo um taxi boliviano.

Veja vídeo:

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Oito em 10 prefeitos que tentaram reeleição conquistaram novo mandato

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As informações foram sistematizadas pela equipe de tecnologia da Empresa Brasil de Comunicação (EBC) a partir dos dados oficiais do TSE

Em Assis Brasil, Jerry Correia comemorou reeleição com seu vice e população na praça central: o mais votado no Acre.

Com EBC

Entre os mais de 3 mil prefeitos que buscaram se reeleger nas eleições municipais de 2024, 80,6% tiveram sucesso no pleito de domingo (6), mostram os resultados divulgados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) após a apuração. Enquanto 590 foram derrotados pelos adversários, 2.444 conseguiram mais quatro anos.

Os reeleitos representam 44,67% do total de candidatos a prefeito que venceram a eleição de 2024. Os outros 3.027 eleitos (55,33%) iniciarão novas administrações em suas cidades em 2025.

As informações foram sistematizadas pela equipe de tecnologia da Empresa Brasil de Comunicação (EBC) a partir dos dados oficiais do TSE, mas os números ainda podem ser alterados por decisões judiciais. Além disso, o total de municípios não soma 5.569 porque há os casos em que a eleição será definida apenas no segundo turno

Em Roraima, os 10 prefeitos que buscavam a reeleição conseguiram derrotar os adversários. Já em Alagoas, dos 55 que tentavam se manter no cargo, apenas um não foi reeleito.

O estado de São Paulo, por outro lado, teve o menor percentual de reeleitos, com 70,95%. Isso significa que 259 dos 365 prefeitos paulistas que buscavam se reeleger garantiram mais quatro anos no cargo.

Estado com maior número de municípios do país, Minas Gerais também teve a maior quantidade de prefeitos buscando reeleição: foram 455, dos quais 375 (82,41%) vão governar suas cidades por mais quatro anos.

Saiba qual foi a taxa de sucesso de prefeitos que tentaram a reeleição no seu estado:

AC – 92,85%

AL – 98,18%

AM – 78,57%

AP – 88,88%

BA – 84,58%

CE – 82,40%

ES – 72,09%

GO – 82,89%

MA – 81,61%

MG – 82,41%

MS – 76,31%

MT – 88,37%

PA – 78,78%

PB – 92,52%

PE – 86,00%

PI – 85,15%

PR – 77,94%

RJ – 76,00%

RN – 85,71%

RO – 78,12%

RR – 100,00%

RS – 77,96%

SC – 64,33%

SE – 78,94%

SP – 70,95%

TO – 88,75%

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