Acre
Mailza Assis oficializa convite ao MDB para integrar aliança nas eleições de 2026
Vice-governadora e pré-candidata ao governo reúne-se com cúpula estadual do partido e defende construção coletiva; MDB criará comissão para avaliar proposta

O movimento é visto como estratégico para a composição de uma base eleitoral sólida no estado, uma vez que o MDB mantém influência em várias regiões do Acre. Foto: captada
Em um movimento para fortalecer sua pré-campanha ao governo do Acre, a vice-governadora Mailza Assis (PP) reuniu-se com a direção estadual do MDB na manhã desta quarta-feira (8), em Rio Branco, e oficializou o convite para que a sigla integre a aliança majoritária que está sendo formada para as eleições de 2026.
Durante a reunião na sede estadual do MDB, Mailza destacou a importância histórica da legenda na política acreana e afirmou que não pretende ser uma candidata apenas do PP, mas de um projeto de governo mais amplo. “Reconhecendo a grandeza do MDB e o valor das suas lideranças, venho oficialmente convidar o partido a caminhar conosco”, declarou a vice-governadora, enfatizando que a proposta inclui participação ativa e corresponsabilidade na futura gestão.

Mailza destacou a importância do MDB na história política do Acre e afirmou que a construção da aliança passa pelo reconhecimento da trajetória e da força do partido no estado. Foto: captada
Em resposta, o presidente estadual do MDB, Vagner Sales, agradeceu o gesto político e informou que o partido montará uma comissão para analisar a proposta em detalhes antes de tomar uma decisão final. “É uma honra receber a vice-governadora Mailza na nossa casa. O MDB é um partido histórico, que ajudou a construir a democracia no Brasil e no Acre”, afirmou Sales.
“Nossa executiva vai ouvir o partido e, em breve, tomará uma decisão sobre o caminho que iremos seguir. Mas é importante dizer que o MDB está aberto ao diálogo e valoriza gestos como este”.
O encontro contou com a presença de importantes lideranças do MDB e representantes do PP. A decisão do MDB é aguardada como crucial para a formação do tabuleiro eleitoral acreano em 2026.

O presidente do MDB, Vagner Sales, destacou o gesto político da vice-governadora e informou que o partido irá montar uma comissão para aprofundar as discussões e definir os rumos para as eleições do próximo ano. Foto: captada
Marcus Alexandre, destacou a importância do gesto político da vice-governadora Mailza Assis (PP)
Durante reunião na sede do partido, o presidente municipal da legenda, Marcus Alexandre, destacou a importância do gesto político e a abertura de uma nova fase nas negociações.
“A política é feita de gestos, e esse gesto que a senhora faz hoje é importante. Estamos abrindo uma nova fase no diálogo, com sinceridade e propósito”, afirmou Marcus Alexandre, assegurando que apoiará integralmente a decisão que o partido venha a tomar. A fala reforça o clima de abertura para um possível acordo, que seria peça-chave na composição de uma base eleitoral sólida no estado.

Presidente municipal do partido, Marcus Alexandre, elogia gesto político da vice-governadora e destaca “sinceridade” nas tratativas; frente já reúne apoio de oito siglas. Foto: captada
O secretário de Governo, Luís Calixto, definiu o encontro como um “pedido de casamento político”
O secretário de Governo, Luís Calixto, definiu o encontro como um “pedido de casamento político” à legenda, simbolizando a intenção de união das duas siglas em torno da pré-candidatura de Mailza Assis ao governo do estado.
“Queremos aprofundar as conversas com o MDB, alinhar nossas convergências e trabalhar juntos em um projeto de futuro para o Acre. O MDB é um dos partidos mais importantes do estado, com capilaridade e história, e queremos caminhar lado a lado em 2026. Nós viemos aqui pedir o MDB em casamento”, declarou Calixto durante o encontro.
Já o chefe da Casa Civil, Jonathan Donadoni, reforçou a importância da sigla na formação de uma frente ampla. “O MDB tem presença em todos os municípios do Acre e lideranças que representam a força política e a experiência do nosso estado. A vice-governadora tem feito gestos importantes, buscando construir uma aliança sólida, e o MDB é peça-chave nesse processo”, afirmou.

Secretário de Governo, Luís Calixto, usa metáfora para definir convite formal do PP; chefe da Casa Civil destaca capilaridade do MDB como peça-chave para aliança em 2026. Foto: captada
A reunião consolida a estratégia de Mailza de formar uma base aliada robusta para as eleições de 2026, que já conta com o apoio de oito partidos. A decisão final do MDB sobre o “casamento político” é aguardada como decisiva para o cenário eleitoral acreano.
Mailza reiterou que sua pré-candidatura representa a continuidade do projeto de governo atual, focado em estabilidade e desenvolvimento. A estratégia política da vice-governadora já conta com o apoio formal de oito legendas – Podemos, PSDB, PDT, Solidariedade, PRD, Avante e União Brasil, além de seu PP –, e a possível incorporação do MDB representaria um fortalecimento decisivo de sua campanha no cenário acreano.

A reunião consolida a estratégia de Mailza de formar uma base aliada robusta para as eleições de 2026. A decisão final do MDB sobre o “casamento político” é aguardada como decisiva para o cenário eleitoral acreano. Foto: captada
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Acre
Críticas à COP30 expõem risco de fracasso e desafiam imagem do Brasil

Críticas à COP30 expõem risco de fracasso e desafiam imagem do Brasil
Tânia Rêgo/Agência Brasil
Falhas de infraestrutura, altos custos e contradições políticas levantam dúvidas sobre o sucesso da conferência climática
A poucos dias da abertura da 30ª Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP30), em Belém (PA), o evento acumula críticas e desperta questionamentos sobre a capacidade do Brasil de conduzir uma conferência ambiental de alcance global.
Pela primeira vez sediada no país, a COP reunirá líderes mundiais, cientistas, empresas e organizações entre 10 e 21 de novembro, com o objetivo de definir novas metas de redução das emissões de gases de efeito estufa.
Às vésperas do encontro, o clima é de apreensão. A infraestrutura precária da cidade-sede e o descompasso entre discurso e prática na política ambiental do governo federal geram desconfiança entre participantes e observadores.
Na imprensa internacional, as críticas variam desde o aumento dos preços de hospedagem e a falta de estrutura urbana até questionamentos sobre a coerência das ações brasileiras.
Obras terminando às vésperas do encontro, hotéis lotados, transporte público insuficiente e serviços sobrecarregados colocam em dúvida a capacidade de Belém de receber um evento desse porte.
Além das dificuldades logísticas, organizações e lideranças amazônicas denunciam exclusão e altos custos de participação. A percepção é de que as conferências climáticas têm se transformado em “cúpulas de negócios”, voltadas a oportunidades econômicas mais do que a soluções reais para a crise ambiental.
Riscos
O cientista político Gabriel Amaral, ouvido pelo R7, avalia que há risco de a COP30 ser lembrada mais pelos problemas do que pelos resultados.
“A COP30 não é um evento ambiental apenas, mas um exercício de afirmação internacional. Quando um país assume o papel de liderança climática, ele se coloca sob um padrão mais rigoroso de observação”, afirma.
Segundo Amaral, a contradição entre o discurso presidencial contra os combustíveis fósseis e a autorização para exploração de petróleo na Margem Equatorial foi percebida no exterior como sinal de incoerência.
“A imagem não se desgasta pelo conteúdo do discurso, mas pela distância entre intenção e prática. Esse tipo de descompasso é rapidamente notado por outros países, por organizações multilaterais e pela imprensa internacional”, completa.
Exclusão e representatividade limitada
As dificuldades de acesso e o alto custo de participação comprometem a representatividade da conferência, segundo o especialista.
“Quando o acesso a um evento desse porte se torna caro e logisticamente complexo, quem tende a ficar de fora são justamente os atores que deveriam estar no centro da discussão: comunidades amazônicas, organizações territoriais, pesquisadores locais e jovens lideranças”, avalia Gabriel Amaral.
Para ele, a ausência desses grupos esvazia o sentido político do encontro.
“A inclusão não pode ser simbólica. Ela exige presença, voz e capacidade real de influenciar decisões. Quando esses atores são mantidos à margem, a COP deixa de ser um espaço de construção coletiva e se aproxima de uma formulação de cima para baixo”, afirma.
Os problemas de infraestrutura também impactam a imagem do Brasil como anfitrião de grandes eventos internacionais.
“Infraestrutura é leitura imediata de capacidade de execução. Quando um país recebe um evento como a COP, o que está em jogo não é apenas logística, é reputação. Se a cidade transmite improviso e desorganização, a mensagem que fica é de fragilidade institucional”, diz Amaral.
Cenário que dá para mudar
Mesmo diante das falhas, o cientista acredita que ainda é possível mudar o cenário.
“O governo pode corrigir a rota e tratar as críticas como diagnóstico, não como ruído. Em política, reconhecer um problema não é sinal de fraqueza, é demonstração de comando”, avalia.
Segundo ele, a COP30 pode se tornar um marco se resultar em mecanismos permanentes — como metas verificáveis de desmatamento, fortalecimento das instituições ambientais e maior participação das comunidades amazônicas nas decisões sobre o futuro da floresta.
Entre discurso e prática
Nos últimos anos, as conferências climáticas têm sido criticadas por se transformarem em palcos políticos voltados à projeção de imagem, com poucos resultados concretos.
“O espaço antes ocupado por pesquisadores e negociadores especializados passou a ser dividido com lideranças políticas em busca de influência. Quando isso acontece, o foco se desloca da solução concreta para a aparência de articulação estratégica”, explica Amaral.
Ele reforça que o desafio brasileiro é evitar que a COP30 vire mera vitrine verde.
“O problema não é politizar, é politizar sem transformar. Se a conferência servir somente como plataforma de imagem, sem continuidade na implementação, a percepção global será de que o evento serviu mais para comunicar intenções do que para produzir resultados”, conclui.
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Acre
Briga generalizada termina em pancadaria na frente do estádio Marreirão, em Sena Madureira

Confusão envolveu grupo que consumia bebidas e exigiu intervenção da Polícia Militar; não há registro de feridos ou prisões
O que seria uma noite de descontração terminou em tumulto na madrugada deste domingo (9), em Sena Madureira, no interior do Acre. Uma briga generalizada foi registrada em frente ao estádio Marreirão, na Avenida Brasil, e envolveu diversas pessoas, chamando a atenção de quem passava pela região.
Segundo informações preliminares, o confronto teve início após uma discussão entre pessoas que consumiam bebidas alcoólicas nas proximidades. Em poucos minutos, as ofensas verbais evoluíram para agressões físicas.

Testemunhas relataram que a confusão teve troca de murros, chutes, golpes com capacete e até “voadoras”, em meio a gritos, empurrões e correria. Populares ainda tentaram intervir para conter a violência, mas não conseguiram controlar a situação.
A Polícia Militar foi acionada e chegou ao local quando o tumulto ainda estava em andamento. Até o momento, não há confirmação de feridos graves nem de pessoas conduzidas à delegacia.
O caso deve ser acompanhado pelas autoridades, caso novos desdobramentos surjam após a atuação policial na área.
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Acre
Pesquisa revela que 96,5% dos acreanos aprovam a Operação Álcool Zero do Detran
Fiscalização é conhecida por 88,8% da população e considerada eficaz na prevenção de acidentes por 89,8% dos entrevistados; apoio é majoritário em todos os perfis demográficos

A eficácia da medida também é reconhecida: 89,8% acreditam que a operação ajuda a evitar acidentes e salvar vidas. Foto: captada
A Operação Álcool Zero, iniciativa do Departamento Estadual de Trânsito do Acre (Detran-AC), conta com apoio maciço de 96,5% da população acreana, segundo pesquisa Data Control encomendada pelo próprio órgão. Os dados revelam que a fiscalização é conhecida por 88,8% dos entrevistados e considerada eficaz na prevenção de acidentes por 89,8% dos acreanos.
O apoio à operação é consistente em todos os perfis demográficos: entre os homens, a aprovação é de 95,8%, enquanto entre as mulheres sobe para 97,1%. A faixa etária de 25 a 34 anos registra o maior índice de aprovação (98,2%), e a de 60 anos ou mais, o menor – ainda assim com expressivos 94,3%. Pessoas com ensino superior são as que mais apoiam a medida (98,2%), demonstrando que a iniciativa de tolerância zero ao álcool no volante conquistou respaldo popular generalizado no estado.
Dados da pesquisa Data Control:



Aprovação por perfil demográfico
Gênero:
Mulheres: 97,1%
Homens: 95,8%
Faixa etária:
25-34 anos: 98,2% (maior apoio)
60+ anos: 94,3% (menor apoio, ainda assim elevado)
Escolaridade:
Ensino superior: 98,2%
Demais níveis: apoio similarly elevado
Rejeição mínima
- Desaprovação: apenas 2,4%
O apoio esmagador à operação reflete a conscientização da sociedade acreana sobre os riscos da associação álcool/volante, respaldando a atuação do Detran-AC em uma das fiscalizações mais visíveis e contundentes do estado.

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