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Mãe de autista diz ser orientada a deixar menino em casa por ser uma ‘ameaça’ aos outros alunos de escola no AC

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Mulher conta que levou filho no primeiro dia de aula, no dia 4 de outubro, e depois foi orientada pela direção a não levá-lo mais. Justificativa é que não há um mediador na escola para ele.

Por Iryá Rodrigues, g1 AC 

A professora Greicy Szuta, de 44 anos, denunciou que foi orientada pela direção de escola estadual Ilka Maria de Lima, em Rio Branco, a não levar seu filho autista de 6 anos para as aulas presenciais por ele ser uma “ameaça à integridade” dos outros alunos.

g1 entrou em contato com a Secretaria Estadual de Educação (SEE) para saber se tem conhecimento do caso e o que tem feito para resolver a situação e aguarda resposta.

Ela disse que, apesar de ele ter sido matriculado em maio deste ano e ela ter sido informada que em junho foi feita solicitação para contratação de mediador, não há esse profissional disponível na escola para a criança.

Mesmo assim, no último dia 4 de outubro, dia em que o estado retomou as aulas presenciais, ela resolveu levar o menino para a escola. Naquele dia, ela conseguiu levar uma terapeuta, que é custeada através de doação para acompanhar o menino, e a criança assistiu a toda a aula.

No entanto, no dia seguinte, a terapeuta não foi e a criança ficou somente com a professora da sala. O menino ficou bastante agitado e, no dia seguinte, ela, que trabalha na mesma escola, foi chamada pela direção e orientada a não levá-lo mais.

“Os diretores me chamaram e me orientaram que meu filho não deveria mais participar das aulas presenciais e deveria ser deixado em casa. Eu disse que não iria fazer isso, que continuaria levando ele, nem que fosse para ficar junto comigo na minha sala, que eu daria aula para meus alunos e para meu filho. O diretor disse que pela integridade dos outros alunos, o meu filho não deve assistir às aulas presenciais. Eu chorei, saí de lá aos prantos, é muito difícil você ouvir que seu filho é um empecilho”, contou a professora.

 

Sem ter com quem deixar o filho em casa, ela tem levado o menino para sua sala de aula. E, nos dias em que a terapeuta que é paga com ajuda de uma doadora pode ir, o menino vai para a turma dele.

Além de não conseguir participar das aulas presenciais por falta do mediador, a mãe disse que a criança nunca recebeu as atividades adaptadas para fazer em casa. O que, segundo ela, tem prejudicado a aprendizagem do menino.

“O pior foi ouvir que meu filho é uma ameaça à integridade dos outros alunos e atrapalha a aprendizagem dos outros. Sabe o que é ouvir que teu filho não importa, que a aprendizagem dele não interessa?”, desabafou.

 

Desde o primeiro dia de 2016 está em vigor a lei brasileira de acessibilidade, uma espécie de estatuto que muda completamente a forma da sociedade encarar as pessoas com deficiência. Com a lei, as instituições de ensino não podem fechar as portas para essas pessoas e esse tipo de discriminação é crime.

Mãe raspa cabeça para incentivar filho autista de 6 anos a cortar cabelo após ele perder o pai para a Covid no AC — Foto: Arquivo pessoal

Mãe raspa cabeça para incentivar filho autista de 6 anos a cortar cabelo após ele perder o pai para a Covid no AC — Foto: Arquivo pessoal

Raspou cabeça para incentivar filho

 

Em julho deste ano, o g1 contou a história da professora Greicy que postou um vídeo nas redes sociais em que aparece raspando a cabeça para incentivar o filho autista a fazer o mesmo. Ela contou que o menino sempre cortava o cabelo com o pai, Gilbert Szuta, que morreu em março em Rio Branco, vítima da Covid-19.

Ela relatou que o marido colocava o pequeno Gilbert Júnior no colo, cortava primeiro o cabelo para depois usar a máquina na criança. Isso era uma forma de deixá-lo mais calmo na hora de cortar o cabelo. Passados alguns meses da morte do pai, o menino estava com o cabelo grande e ficava muito agitado quando diziam que iam cortar.

“O meu filho não é verbal. Ele não fala nada, apenas se expressa por ações e gestos e ele não deixa lavar a cabeça. É muito difícil, então sempre cortamos. O cabelo estava muito grande, caindo no olho e pesquisei uma forma de cortar o cabelo dele sem que ele ficasse muito agitado. Vi que as opções era uma das que meu esposo fazia, que era sentar, cortar o cabelo dele primeiro e depois o do nosso filho”, conta.

Aos dois anos, Gilbert deu os primeiros sinais de autismo, segundo a mãe. Ele não falava, gostava de ficar sozinho e chorava muito. Foram os professores da escola infantil que detectaram e a investigação durou por um ano. Somente com 3 anos ele teve o laudo de autismo.

Atualmente ele faz terapias ocupacionais e alguns acompanhamentos com a ajuda de algumas entidades.

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Preços da soja em alta em Mato Grosso dá novo ânimo aos produtores

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Depois de tanto tempo de notícias ruins, o mercado agrícola reagiu em Mato Grosso – o maior produtor nacional -, com os preços da soja registrando uma tendência de alta. Segundo dados do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), a saca de 60 quilos atingiu uma média de R$ 110, impulsionada principalmente pela valorização do dólar em relação ao real e pela queda na Bolsa de Chicago.

Enquanto o mercado doméstico observava um movimento ascendente nos preços da soja, a cotação do dólar atingiu recordes, encerrando a semana acima de R$ 5,26, o maior patamar em mais de um ano. A moeda norte-americana avançou 1,64%, cotada a R$ 5,2697, influenciando diretamente os preços das commodities.

Apesar das oscilações no mercado internacional, as cotações da soja permaneceram firmes em diversas regiões de produção do país. Enquanto isso, em Mato Grosso, a valorização da moeda norte-americana contribuiu para impulsionar os preços do grão, proporcionando uma semana animadora para os produtores locais.

Em outras praças, como Luís Eduardo Magalhães (BA), Rio Verde (GO) e Triângulo Mineiro, as cotações da soja permaneceram praticamente estáveis, enquanto em Balsas (MA) e Dourados (MS) houve variações nos valores da saca.

Nos portos, a soja foi cotada a R$ 130 a saca em Santos (SP) e a R$ 129 em Rio Grande (RS), com prêmios de exportação ainda positivos nos prazos mais longos, segundo o Sim Consult. O diferencial para julho está em US$ 0,07 sobre o preço de Chicago, enquanto para agosto, é de US$ 0,20 em relação à cotação em bolsa.

Fonte: Pensar Agro

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Prazo para renegociar dívidas rurais termina em 31 de maio

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Produtores rurais em todo o Brasil têm até o dia 31 de maio para aproveitar a oportunidade de renegociar suas dívidas do crédito rural, conforme medida, aprovada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) em março, visando dar suporte a quem foi impactados por intempéries climáticas ou pela queda de preços agrícolas.

A resolução permite que as instituições financeiras adiem ou parcelam os débitos que venceriam ainda em 2024, especialmente aqueles relacionados a contratos de investimentos nos setores de soja, milho, pecuária leiteira e de corte. Essa iniciativa visa aliviar os impactos das condições climáticas desfavoráveis durante a safra 2023/2024, que afetaram a produtividade em várias regiões do país, além dos desafios enfrentados devido à queda nos preços agrícolas no cenário global.

Carlos Fávaro, ministro da Agricultura e Pecuária, destacou a importância desta oportunidade para os produtores rurais: “Problemas climáticos e preços achatados trouxeram incertezas para os produtores. Porém, pela primeira vez na história, um governo se adiantou e aplicou medidas de apoio antes mesmo do fim da safra.”

Para se beneficiarem da renegociação, os produtores devem procurar seus agentes financeiros com o laudo do engenheiro agrônomo, contextualizando a situação. Esta medida tem um alcance significativo, abrangendo diversas atividades produtivas em estados de todo o país. Portanto, é fundamental que os produtores rurais que se enquadram nessa condição não deixem passar esta oportunidade e busquem a renegociação de suas dívidas até o prazo estipulado.

Fonte: Pensar Agro

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Gripe aviária infecta humanos e preocupa autoridades: já matou 463 em 23 países

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A crescente incidência de casos de Influenza Aviária em animais silvestres e sua detecção em concentrações elevadas no leite cru têm levantado preocupações significativas entre autoridades sanitárias em todo o mundo. De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), de 2003 até abril de 2024, foram registrados 889 casos de gripe aviária em humanos em 23 países, resultando em 463 mortes, com uma taxa de letalidade de 52%.

Desde maio de 2023, o Brasil, embora seja considerado um país livre da doença em aves de produção comercial, já registrou 162 casos em animais selvagens, conforme dados do Ministério da Agricultura (MAPA). Além disso, a Organização Mundial da Saúde (OMS) alertou sobre a presença do vírus H5N1 em leite cru, evidenciando um potencial risco de contaminação.

Recentemente, a Organização Mundial da Saúde (OMS) detectou o vírus H5N1 em concentrações alarmantes no leite cru, como reportado pelo jornal britânico Daily Mail. Apesar disso, a Food and Drug Administration (FDA), agência federal do Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos Estados Unidos, tranquiliza a população afirmando que não há preocupação com o fornecimento e o consumo de leite, pois a bebida é pasteurizada antes de entrar no mercado.

“A pasteurização é necessária para qualquer leite. Ela tem comprovado continuamente a inativação de bactérias e vírus, como a gripe, no leite”, afirma um comunicado no site da entidade.

Entretanto, a disseminação da gripe aviária não se restringe apenas ao Brasil. Nos Estados Unidos, casos têm sido relatados nos rebanhos leiteiros. De acordo com um relatório do Departamento de Agricultura (USDA), oito Estados americanos já informaram a presença da doença: Texas, Kansas, Michigan, Novo México, Ohio, Idaho, Carolina do Norte e Dakota do Sul.

Além dos EUA, a Hungria também detectou o vírus em cinco granjas, conforme relatório do Escritório Nacional de Segurança da Cadeia Alimentar.

Em relação aos casos em humanos, até o momento apenas um foi identificado: o de um trabalhador de uma propriedade de laticínios no Texas. Este apresentou sintomas de conjuntivite após contato com vacas contaminadas, mas se recuperou com o uso de medicamentos.

Para evitar a transmissão do vírus dos animais para humanos, as autoridades sanitárias fazem recomendações importantes para quem trabalha ou tem contato com gado e aves, incluindo a higienização frequente das mãos, o uso de roupas específicas para o manejo dos animais, e a não ingestão de leite cru.

Enquanto isso, o leite dos animais contaminados é descartado pelos produtores e não destinado para a alimentação humana. A preocupação agora está em descobrir por quanto tempo a cepa do vírus pode sobreviver no alimento, conforme aponta Wenqing Zhang, chefe do programa global de gripe da OMS, que também ressalta a possibilidade de transmissão entre diferentes espécies, indicando a complexidade do desafio enfrentado pelas autoridades sanitárias em todo o mundo.

Fonte: Pensar Agro

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