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Lula repete destinos e esquece o Acre e outros estados, diz levantamento do jornal Metrópoles
Apesar do presidente Lula não ter visitado o Acre neste mandato, diversos ministros já vieram ao estado
Maria Fernanda Arival
Desde o início do mandato de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em 2023, o Acre foi um dos estados que ainda não recebeu a visita do presidente.
Segundo o site Metrópoles, os campeões de visitas do presidente foram São Paulo, com seis viagens, Rio de Janeiro, com cinco, e Rio Grande do Sul, com quatro. Os dados foram levantados pelo site por meio da plataforma Agenda Transparente, da agência Fiquem Sabendo, especializada em Lei de Acesso à Informação.
O Rio Grande do Sul subiu na lista de viagens de Lula após as diversas visitas a cidades afetadas pelas enchentes neste ano, no mês de maio.
Enquanto o presidente visita mais de uma vez o mesmo estado, deixou de visitar outros estados desde o início do mandato, como o Acre, Rondônia, Santa Catarina, Goiás e Tocantins. Nos dois últimos estados, o Planalto previu idas para eventos de aproximação com o agronegócio, mas as viagens não aconteceram.
O presidente Lula foi convidado por autoridades para visitar o Acre durante o primeiro ano deste mandato, inclusive pelo governador Gladson Cameli durante alguns encontros.
Ministros de Lula
Apesar do presidente não ter visitado o Acre, o estado já recebeu diversos ministros do Governo Lula, inclusive cinco em apenas uma semana. A primeira visita ministerial foi dupla, em março de 2023, durante as enchentes que atingiram o Acre. De cara, os ministros Waldez Goes, do Desenvolvimento Regional, e Marina Silva, Meio Ambiente, desembarcaram no Acre.
Depois foi a vez do ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, cumprir agenda no Acre. O ministro desembarcou em Brasiléia, na fronteira com a Bolívia, para inaugurar e apresentar o Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania (Pronasci 2).
Mais uma vez, um mês depois, o Acre recebeu a visita dupla de ministros. Em junho, foi a vez de Marcio Macedo, ministro da Secretaria da Presidência e Waldez Goes, que retornou ao estado pela segunda vez como ministro, participaram da Plenária Estadual do PPA Participativo 2024/2027.
Em agosto, a ministra dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara chegou ao Acre para participar da cerimônia do Festival Mariri. Em outubro, foi a vez do ministro da Educação, Camilo Santana, de visitar o Acre e fazer anúncios importantes.
Novembro foi marcado por receber as ministras Marina Silva e Sônia Guajajara mais uma vez no Acre. As duas desembarcar em Mâncio Lima, para lançar na Terra Indígena Puyanawa, um projeto com recursos do BNDES, oriundos do Fundo Amazônia, em parceria com a Organização dos Povos Indígenas do Rio Juruá (Opirj).
Neste ano, durante as enchentes os municípios de Rio Branco e Brasiléia recebeu a visita da comitiva do Governo Federal, composta pelos Ministros da Integração e Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, e da Ministra do Meio Ambiente e Mudanças Climáticas, Marina Silva.
A ministra do Planejamento, Simone Tebet e outros dois ministros do presidente Lula, Silvio Costa Filho (Portos e Aeroportos) e Waldez Góes (Desenvolvimento Regional), vieram ao Acre para participar de de um debate sobre o corredor interoceânico, rota de exportação que liga o Acre ao Peru pela BR-317.
O Acre sediou o 27º Fórum de Governadores da Amazônia Legal, em Rio Branco. Para participar do Fórum, três ministros do Governo Federal estão confirmados, sendo Marina Silva, do Meio Ambiente e Mudanças do Clima, Paulo Teixeira, Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Wellington Dias, do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome.
O Acre recebeu em uma semana a visita de 5 ministros do presidente Lula, que anunciaram nada mais nada menos de cerca de R$ 1,1 bilhões em recursos para o estado. Esse sem sombra de dúvidas será um dos maiores investimentos que o Acre recebeu de uma vez só.
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Polícia Federal já prendeu 19 candidatos das eleições municipais que tinham mandados em aberto
Prisões, de acordo com a PF, foram feitas em diversos estados do país e atingem candidatos de vários partidos. Nesta quarta, g1 revelou que 61 candidatos Brasil afora tinham mandados de prisão em aberto.
A Polícia Federal, de terça-feira (17) até esta quinta (19), prendeu 19 candidatos nas eleições municipais que tinham mandados de prisão em aberto.
As prisões, de acordo com a PF, foram feitas em diversos estados do país e atingem candidatos de vários partidos.
Os crimes pelos quais eles tinham mandado de prisão em aberto são:
- dívida por pensão alimentícia
- tráfico de drogas
- corrupção ativa
- porte ilegal de arma de fogo
- promoção de imigração ilegal, inclusive de criança e adolescente
- estupro de menor
Nesta quarta havia 61 candidatos nas eleições municipais com mandados de prisão em aberto.
Pela legislação brasileira, um mandado de prisão em aberto não veta que alguém dispute uma eleição. A proibição vale para condenados de forma definitiva ou por um colegiado de juízes. No caso de pensão, nem mesmo uma condenação tiraria o candidato disputa, segundo o advogado Alberto Rollo, especialista em direito eleitoral.
Ainda assim, candidatos com mandados de prisão em aberto podem ser presos, caso sejam encontrados.
“Pode causar estranheza termos alguém se candidatando [quando poderia estar] preso. Mas é justo, sob pena de afastarmos das urnas pessoas que nem mesmo foram consideradas culpadas em primeira instância”, diz Fernando Neisser, professor de direito eleitoral da Fundação Getúlio Vargas (FGV).
No caso de pensão, nem mesmo uma condenação tiraria o candidato disputa, segundo o advogado Alberto Rollo, especialista em direito eleitoral. “Eles não são impedidos de concorrer, porque ela [a condenação por não pagamento de pensão] não entra no rol de restrições da Ficha Limpa.”
A reportagem tentou contato com todos os candidatos e os respectivos partidos.
Uma outra reportagem publicada no sábado (14), mostrou que havia 3 candidatos alvos de mandados de prisão por envolvimento nos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023 em Brasília. Dois foram presos e um é considerado foragido.
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Na contramão do país, Rio Branco reduz consumo abusivo de álcool, mostra estudo
Prevalência do consumo abusivo teve 26ª menor porcentagem entre as capitais em 2023. Estudo do Centro de Informações sobre Saúde e Álcool também revela que o Acre ficou entre menores taxas de internações e óbitos atribuíveis ao álcool
A capital do Acre, Rio Branco, seguiu caminho contrário do país e reduziu o consumo abusivo de álcool entre 2010 e 2023. Isto é o que mostra um estudo do Centro de Informações sobre Saúde e Álcool (Cisa), baseada em pesquisa Vigitel/Ministério da Saúde feita em 2023.
A prevalência deste consumo chegou a 15,1% da população adulta da capital acreana no ano passado, 26ª menor porcentagem entre as capitais do país no ano passado. Em 2010, o número ficou em 15,9%.
Esta porcentagem ficou abaixo da média do país, que ficou em 20,8%, um aumento em relação a 2010, quando o número ficou em 18%.
Outro recorte demonstrado pela pesquisa mostrou que 6,9% da população adulta admite ter dirigido após consumir álcool nos 30 dias anteriores ao levantamento. O número permaneceu o mesmo de 2010, e acima da taxa nacional, que foi de 5,9%.
Números estaduais
A pesquisa também traz índices estaduais em relação ao consumo abusivo de álcool entre a população adulta. Neste sentido, o Acre teve taxa de 16,8 internações atribuíveis ao consumo de álcool a cada 100 mil habitantes em 2023. O índice foi o 17º do país, abaixo da taxa nacional, que foi de 27 internações a cada 100 mil habitantes. No entanto, o Acre teve o maior número da região Norte.
Já o percentual de mortes atribuíveis ao álcool em 2023 ficou em 6%, o que deixou o estado em 9º lugar junto com outros cinco estados.
As que são parcialmente atribuíveis ao álcool (PAA) ocorrem quando essa substância é um fator de risco importante, mas não exclusivo, como é o caso da cirrose hepática ou da doença cardíaca hipertensiva. Já as que são totalmente atribuíveis ao álcool (TAA), não existiriam se não houvesse o consumo, como a dependência de álcool e a síndrome alcoólica fetal (SAF).
Ainda em relação às mortes, considerando cada 100 mil habitantes, o Acre ficou na 26ª colocação, com 21,4, abaixo do índice do país, que foi de 32,8.
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Polícia Civil do Acre realiza operação que cumpre 18 mandados e prende suspeitos por tráfico de drogas e corrupção de menores
A integração com outras forças policiais, como a Delegacia de Palhoça, foi essencial para o sucesso da operação. Estamos empenhados em seguir firme no combate a essas organizações”, afirmou o delegado José Adonias
A Polícia Civil do Acre, por meio da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (DRACO), em conjunto com a Coordenadoria de Operações e Recursos Especiais (CORE), deflagrou nesta quinta-feira, 19, uma grande operação policial em Rio Branco, que culminou no cumprimento de 18 mandados judiciais. A ação resultou em cinco prisões preventivas, 13 mandados de busca e apreensão, além de quatro prisões em flagrante.
A operação foi desencadeada simultaneamente no estado de Santa Catarina, na cidade de Palhoça, onde a Delegacia de Polícia Civil da Comarca de Palhoça prestou apoio na execução dos mandados judiciais, em que culminou na prisão de um jovem de 21 anos a qual teria envolvimento com Crime Organizado no Estado do Acre.
Os crimes investigados incluem organização criminosa, tráfico de drogas e corrupção de menores, reforçando o esforço conjunto das polícias civis para combater a criminalidade interestadual.
O delegado da DRACO, José Adonias, destacou a importância dessa ação no combate às atividades criminosas que atuam de forma coordenada em diferentes estados. “Essa operação é um golpe duro contra o crime organizado. Conseguimos desarticular uma rede criminosa que não apenas atuava no tráfico de drogas, mas também utilizava menores em suas atividades ilícitas. A integração com outras forças policiais, como a Delegacia de Palhoça, foi essencial para o sucesso da operação. Estamos empenhados em seguir firme no combate a essas organizações”, afirmou.
As prisões e apreensões realizadas durante a operação reforçam o compromisso da Polícia Civil em reprimir com rigor organizações criminosas e proteger a sociedade.
Os suspeitos presos em flagrante foram conduzidos às delegacias e estão à disposição da Justiça para responder pelos crimes cometidos. A operação é parte de uma série de ações contínuas voltadas ao combate ao crime organizado no estado do Acre e em outras regiões do país.
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