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Legislativo Acreano celebra Dia Mundial do Autismo em Sessão Solene de Conscientização

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Na manhã desta quinta-feira, 4 de abril, a Assembleia Legislativa do Acre (Aleac) realizou uma sessão solene em comemoração ao Dia Mundial de Conscientização do Autismo, celebrado anualmente em 2 de abril. A iniciativa partiu da mesa diretora da Aleac em parceria com o Ministério Público do Estado demonstrando o compromisso do parlamento acreano com a causa. A solenidade contou com a presença de autoridades, familiares e representantes de entidades e associações que lutam por direitos e atendimento digno aos portadores de transtorno do espectro autista (TEA) no Estado.   

O presidente do Poder Legislativo, deputado Luiz Gonzaga (PSDB), em sua saudação aos presentes, destacou a importância da conscientização sobre o autismo e ressaltou o papel fundamental que a sociedade e as instituições governamentais têm no apoio e na inclusão das pessoas com autismo.

“Anualmente reunimos neste plenário associações, profissionais de saúde, órgãos do governo e sociedade civil para debatermos pautas de melhorias para os autistas do nosso estado. Infelizmente muitas famílias ainda enfrentam diariamente dificuldades em conseguir consultas e tratamento aos portadores de autismo, e isso precisa mudar.  Nós precisamos avançar cada vez mais nessa discussão. Contem com a gente”, disse.

Representando o Ministério Público do Acre (MPAC), a procuradora de Justiça, Gilcely Evangelista, que atua no grupo de trabalho em defesa dos direitos das pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA) destacou como importante ambiente de articulação entre as instituições e a sociedade civil, com o objetivo de avançar na pauta.

“É bastante salutar, até porque é um tema novo a questão do autismo e essa união entre a Assembleia e o Ministério Público vem para a gente dar mais enfoque à matéria com relação aos direitos e a implementação de políticas públicas para essa comunidade. Nós temos muito a agradecer aos parlamentares que também foram responsáveis, juntos com a gente, com o projeto ‘TEA – Eles não estão sós’, que eu coordeno também no Ministério Público e que foi devido à verba parlamentar dos deputados estaduais. Então, nós só temos a agradecer muito a eles por esta causa, por abraçar”, disse.

Em sua fala, Thales Vinícius, secretário geral da OAB/AC, destacou o papel fundamental da Aleac no avanço das políticas públicas relacionadas ao autismo. Reconhecendo a história de iniciativas legislativas, ele ressaltou a lei de proteção às pessoas com autismo, originada na casa legislativa, assim como outras medidas importantes, como a instituição do cordão de girassol e a criação da carteira de identificação para pessoas com transtorno do espectro autista. “A atuação desta Casa de Leis no avanço de políticas públicas relacionadas ao autismo nós não podemos deixar de reconhecer”, enfatizou.

Em um emocionante discurso, Lene Braga, representando um grupo de mães autistas, expressou as preocupações e demandas de cerca de 850 pessoas reunidas para reivindicar os direitos de seus filhos. Ela destacou a necessidade urgente de mais recursos para terapias e profissionais especializados, criticando a alocação inadequada de verbas públicas.

Braga apontou ainda falhas na distribuição de mediadores e profissionais de saúde, denunciando a falta de assistência adequada às crianças autistas. “Eu aproveito a oportunidade para exigir investigações sobre a conduta da Fundação pois sabemos que há possíveis privilégios na fila de espera e isso não é justo. Essas mães que estão aqui presentes, muitas delas estão sobrecarregadas e doentes devido à falta de apoio do poder público”, disse.

A presidente da Associação Família Azul, no Acre, Heloneida Gama, disse que já são várias as conquistas, mas pondera que ainda é preciso avançar e pede o apoio da Aleac que, segundo ela, é fundamental. “Já tivemos várias conquistas durante esses nove anos da associação, conseguimos a lei estadual e municipal, conseguimos alguns avanços, mas a gente precisa avançar mais ainda e em duas áreas em especial precisamos de mais apoio, que é saúde e educação. Por isso essa sessão solene é importante para a gente continuar afirmando essa parceria, continuar fazendo essas cobranças e também fazer essa conscientização sobre o tema”, pontuou.

Rauana Batalha, coordenadora do Programa de Extensão Autismo, compartilha: “Sou autista e mãe de autista. Nossa luta persiste em garantir apoio para autistas jovens e adultos. Enquanto minha filha tem direito a um mediador na sala de aula, percebemos a falta de suporte médico especializado para jovens universitários, resultando em altos índices de tentativas de suicídio em 2019. Estamos comprometidos com esta causa e temos buscado junto ao Ministério Público soluções para essas questões cruciais”.

Representando na ocasião o governador Gladson Cameli, o secretário Alysson Bestene, reiterou o compromisso do governo estadual em melhorar os serviços destinados às pessoas com transtorno do espectro autista. Ele destacou a importância de reconhecer as falhas e ausências no atendimento, prometendo agir para aprimorar os serviços. Alysson também enfatizou a iniciativa de ampliar o atendimento por meio de um chamamento público para contratar profissionais multiprofissionais, como psicólogos e terapeutas, além de encaminhar a solicitação para colocar uma psicóloga na Escola Dom Bosco.

“O governo sempre se mostrou sensível em ouvir as necessidades das pessoas, especialmente as mães envolvidas com a Associação da Família Azul, e o compromisso de mediar junto às secretarias de Educação e Saúde para atender às principais pautas levantadas. Tudo que estiver ao nosso alcance para melhorar o atendimento e promover avanços significativos nessa área, nós vamos fazer”, destacou Bestene.

Já Moisés Diniz, presidente da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Acre, anunciou o lançamento do programa “Mentes Azuis”, uma iniciativa pioneira que visa apoiar mães de crianças autistas através de bolsas de pesquisa. O programa, segundo ele, promete revolucionar o apoio às mães de autistas, oferecendo 500 bolsas de pesquisa ainda este ano.

Financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Acre (FAPAC), em parceria com o governo estadual e liderado pelo deputado Eduardo Veloso, o programa visa proporcionar recursos adicionais para as mães, muitas das quais dependem apenas do Bolsa Família para sobreviver.

Em um trecho comovente, ele declarou: “Só há uma dor superior à dor de uma mãe. É a dor de uma mãe que chora o sofrimento do seu filho”. Ao destacar a importância do programa, Diniz complementou: “O ‘Mentes Azuis’ é um abraço do governo do Acre às mães de autistas, que são mães mais do que especiais”.

Texto: Mircléia Magalhães/Agência Aleac

Foto: Sérgio Vale

                            

Fonte: Assembleia Legislativa do AC

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Justiça do Acre autoriza transferência de membro do Novo Cangaço para presídio no Espírito Santo

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A Justiça do Acre autorizou a transferência do assaltante de banco Erasmo Sérgio Alves, apontado como integrante do grupo criminoso conhecido como “Novo Cangaço”, para um presídio no estado do Espírito Santo. A decisão foi proferida pelo juiz da Vara Estadual das Garantias, atendendo a um pedido formalizado pela direção do Instituto de Administração Penitenciária do Acre (IAPEN).

Com a autorização da 9ª Vara Criminal de Vitória (ES), o IAPEN está legalmente habilitado a realizar o recambiamento do detento. Por razões de segurança, a data da transferência não será divulgada.

Durante audiência de custódia realizada no dia 10 do mês passado, Erasmo manifestou, por meio de sua defesa, o desejo de permanecer preso no Acre. No entanto, o pedido não foi acatado pela Justiça.

Erasmo Sérgio, ex-fuzileiro naval, vinha se passando por empresário em Rio Branco. Ele foi preso no dia 9 do mês passado durante uma operação da Delegacia de Repressão ao Narcotráfico (DENARC), da Polícia Civil. No momento da abordagem, apresentou documentos falsos em nome de “Gustavo Sérgio Alves”, mas teve a verdadeira identidade descoberta pelos investigadores.

Contra ele, pesam dois mandados de prisão em aberto — um da 1ª Vara Federal Criminal e outro da 1ª Vara Criminal de Vitória (ES). Além disso, foi autuado em flagrante pelo uso de documentos falsos.

A prisão do acusado foi resultado de um trabalho conjunto de investigação entre a DENARC e a Polícia Civil do Espírito Santo. Segundo as autoridades, Erasmo vivia há sete anos em Rio Branco, mantendo uma rotina discreta para evitar ser descoberto.

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Vídeo: GEFRON recupera quadriciclo e ferramentas roubadas de fazenda em Plácido de Castro

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Policiais do Grupamento Especializado em Fronteira (GEFRON) recuperaram, na manhã desta segunda-feira (19), um quadriciclo e diversas ferramentas de trabalho que haviam sido roubados de uma fazenda localizada no Ramal Céu Aberto I, na zona rural de Plácido de Castro, interior do Acre.

De acordo com informações da corporação, os itens foram encontrados escondidos sob galhos e palhas em uma área de mata próxima à faixa de fronteira com a Bolívia. A suspeita é de que os criminosos pretendiam atravessar o material para o país vizinho durante a noite.

A ação rápida do GEFRON impediu o plano dos assaltantes. Durante o crime, o caseiro da propriedade foi feito refém pelo grupo, que fugiu logo após o roubo. Apesar da recuperação dos bens, os criminosos ainda não foram localizados, e as buscas continuam na região.

O caso segue sendo investigado pelas forças de segurança, que suspeitam de atuação de quadrilhas especializadas em crimes transfronteiriços.

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GEFRON RECUPERA QUADRICICLO E OBJETOS DE ROUBO EM PLÁCIDO DE CASTRO @gefronacre2021 #gefronfronteira #GEFRON

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Denúncias de abuso sexual contra crianças e adolescentes quadruplicam no Acre em 4 anos

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Dados do Disque 100 revelam salto de 309% nos casos, com pico de 95 registros em 2023; Brasil tem 13 vítimas infantis de violência por hora

Disque 100: recebe denúncias de violações de direitos humanos. A denúncia é anônima e pode ser feita por qualquer pessoa. Foto: cedida 

As denúncias de abuso e exploração sexual contra crianças e adolescentes no Acre quadruplicaram entre 2020 e 2024, segundo dados da plataforma Disque 100, do Ministério dos Direitos Humanos. O número saltou de 22 registros em 2020 para 90 em 2024, um aumento de 309%. O pico ocorreu em 2023, com 95 casos reportados.

Os números foram divulgados às vésperas do Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual Infantil, celebrado neste domingo (18). No Brasil, a cada hora, 13 crianças e adolescentes sofrem violência sexual, física ou psicológica, segundo estatísticas nacionais.

Cenário preocupante no estado

A análise dos últimos quatro anos no Acre mostra uma tendência crescente:

  • 2020: 22 denúncias

  • 2021: 42 denúncias (+90%)

  • 2022: 71 denúncias (+69%)

  • 2023: 95 denúncias (pico)

  • 2024 (até agora): 90 registros

No total, foram 320 casos reportados no período, uma média de 64 por ano. Especialistas atribuem o aumento não necessariamente a uma escalada real da violência, mas também a uma maior conscientização e coragem para denunciar.

Campanhas e desafios

Autoridades alertam para a importância da prevenção e da notificação imediata de suspeitas. “É preciso fortalecer a rede de proteção e garantir que as vítimas tenham acesso a acompanhamento psicológico e jurídico”, destacou uma fonte do Ministério dos Direitos Humanos.

Neste domingo (18), ações de conscientização devem ocorrer em todo o país para estimular denúncias e orientar famílias sobre sinais de abuso. No Acre, a população pode acionar o Disque 100, o 190 (Polícia Militar) ou procurar o Conselho Tutelar mais próximo.

Dados nacionais:
  • 80% dos casos ocorrem em ambiente familiar

  • Apenas 10% das vítimas denunciam espontaneamente

  • Maioria dos agressores são conhecidos da criança

Fontes: Ministério dos Direitos Humanos, Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos

Maio Laranja no Acre

Em 2025, ocorre a 25ª mobilização do 18 de Maio, “Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes”.

Instituída pela Lei Federal 9.970/00, a data é uma conquista que demarca a luta pelos direitos das crianças e dos adolescentes do Brasil e foi criada em memória ao caso da menina Araceli Crespo. Aos 8 anos, ela foi sequestrada, violentada e cruelmente assassinada no dia 18 de maio de 1973, em Vitória (ES).

O mês também é o centro da campanha Maio Laranja, que busca alertar e conscientizar sobre o abuso infantil, a conselheira tutelar de Rio Branco, Doraline Souto, destacou que a instituição está promovendo palestras em escolas para orientar, principalmente, estudantes da capital acreana sobre o problema.

“Todos os anos, desde especificamente 2000, que essa campanha do 18 de maio tem ficado um pouco mais forte, mais visível para a sociedade. E dentro dessa perspectiva, o Conselho Tutelar e os órgãos de proteção da criança e do adolescente se empenham durante o mês de maio para que fique ainda mais visível as ações”, acrescentou.

O também conselheiro tutelar Igor Ramon ressaltou que esta conscientização ocorre por meio de parceria com diversos órgãos do poder judiciário e dos executivos estadual e municipal.

“Infelizmente, essa é uma realidade e a maioria dos casos que são identificados são identificados nos seios da família, seja por um pai, seja por um irmão, seja por um tio, um padrasto, um avô, um amigo próximo da família. Então, todo o cuidado reunido ainda é pouco para que a gente possa efetivar os direitos das crianças e adolescentes, colocá-las às salvas, colocá-las em um local seguro, com dignidade, com respeito, com educação”, disse.

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