fbpx
Conecte-se conosco

Destaque Texto

Justiça mantém indenização a mulher que ficou 2 meses com gaze dentro de corpo no AC: ‘Achei que ia morrer’

Publicado

em

Pedaço da gaze ficou entre a vesícula e o estômago da paciente, após uma cirurgia para retirada de pedras na vesícula.

Maria Madalena passou dois meses sentindo dores após ficar com gaze dentro dela — Foto: Arquivo pessoal

Por Alcinete Gadelha, G1 AC — Rio Branco

A Justiça do Acre manteve a decisão que condenou a Fundação Hospitalar do Acre (Fundhacre), em Rio Branco, a indenizar em R$ 18 mil, a dona de casa Maria Madalena Rocha, de 41 anos, que teve um pedaço de gaze esquecido dentro dela após uma cirurgia para retirada de pedras na vesícula, em 2013.

Maria contou que começou a sentir fortes dores 15 dias após fazer o procedimento. Ela relembra que voltou ao hospital, mas recebeu apenas medicamentos para dor.

Como as dores continuaram, começou uma peregrinação por unidades de saúde, mas continuava recebendo apenas medicação para amenizar o sofrimento. Foram dois meses até descobrir o que tinha acontecido.

“Comecei a ficar muito mal, muito ruim. E não investigaram. Até que eu fui com uma moça, que se disponibilizou a pagar para mim o exame [endoscopia], porque achei que ia morrer naquele dia. Chegamos lá, eles disseram que não sabiam como eu ainda estava viva, porque é difícil alguém sobreviver em uma situação dessas”, afirmou.

Maria conta que o pedaço da gaze ficou entre a vesícula e o estômago e estava apodrecendo dentro dela. Ela conta que desmaiou várias vezes e que já não reconhecia os próprios filhos.

“Já estava ficando podre quando constataram essa compressa na minha barriga”, acrescenta.

Na decisão, a Justiça determina também o pagamento de R$ 291,62 por danos materiais. De acordo com o advogada de Maria, Mabel Barros, a sentença deve transitar em jugado na primeira quinzena de dezembro.

Lauro Melo, presidente da Fundhacre, disse que apesar de o caso ser antigo, os protocolos devem ser revistos para que esse tipo de erro não volte a acontecer. Ele não informou se a instituição vai recorrer da decisão da Justiça.

“Se houve o erro médico está sendo reconhecido. O caso é de 2013, e com certeza isso já deve ter sido revisado, mas como voltou à tona agora com a decisão, nós vamos novamente fazer a revisão dos protocolos para que procedimentos equivocados não venham acontecer novamente”, explicou Melo.

‘Fiquei muito mal’

A dona de casa tinha acabado de dar à luz a sexta filha, quando precisou passar pela cirurgia na vesícula. Depois do procedimento, ela conta que não teve condições de cuidar da filha recém-nascida.

“Nesse processo todo, eu não cuidei da minha filha. Quem cuidava era a irmã dela, os vizinhos, minhas irmãs porque fiquei com um distúrbio muito grande e não conhecia as pessoas porque doía demais, era muito difícil. Eu desmaiava, desmaiei várias vezes”, relembra.

Além da morfina para a dor, Maria também tomava um medicamento controlado, até que a endoscopia identificou a causa do problema.

“Esse processo todo foi o pior da minha vida. Fiquei muito mal, fiquei praticamente desenganada, eu já tinha passado por todos os hospitais, com muita dor, muita dificuldade, tudo que se pode imaginar. Não conhecia mais os meus filhos. Foram dois meses nessa situação”, lamenta.

A dona de casa conta que no mesmo dia em que fez o exame voltou para a Fundação e fez o procedimento para a remoção da gaze. “Eles não queriam acreditar e chegaram a perguntar se eu não tinha engolido aquele negócio. E foi muito constrangedor. Muito humilhante. Mas me levaram para a remoção ainda na mesma noite”, lamenta.

Indenização

Maria Madalena diz que a indenização não apaga o que aconteceu, mas que acredita na ação da Justiça e faz planos.

“Acredito que a Justiça foi séria comigo poque foi favorável e já é uma grande coisa. Tô feliz. Mas, o mais importante é que a gente não seja injustiçado. Porque acontece tanto de as pessoas serem injustiçadas e, às vezes, a gente fica até descreditado de ir ao médico. Porque dá medo de acontecer novamente”, lamenta.

Maria diz que assim que receber a indenização, pretende terminar a construção da casa que está em andamento.

Gaze foi esquecida durante cirurgia para retirada de pedras na vesícula — Foto: Arquivo pessoal

Comentários

Continue lendo

Destaque Texto

Nova frente fria chega ao AC nesta semana e temperatura atingirá 18ºC, diz Friale

Publicado

em

Pesquisador Davi Friale – Foto: Alexandre Lima/Arquivo

O pesquisador Davi Friale divulgou em seu site O Tempo Aqui, nesta segunda-feira (10), uma nova previsão de diminuição das temperaturas na próxima semana.

Além disso, o “mago” destacou que até o próximo domingo (16) haverá calor abafado, chuvas, possibilidade de temporais e tempo seco e ventilado.

Na quarta-feira (12), mais uma frente fria chegará ao Acre, a partir do fim da tarde, mas será na quinta-feira que os ventos serão mais intensos, devido à penetração de mais uma onda de frio polar, declinando levemente a temperatura.

“Desta vez, a massa de ar frio não será intensa no Acre. As temperaturas, ao amanhecer, de quinta-feira e de sexta-feira, deverão oscilar entre 18 e 20ºC, em Rio Branco, Brasileia e demais municípios do leste e do sul do estado”, comentou.

Comentários

Continue lendo

Destaque Texto

IBGE: mais de 12% dos acreanos já sofreram violência psicológica, física ou sexual

Publicado

em

A pesquisa apontou que 68 mil pessoas de 18 anos ou mais sofreram agressão psicológica nos 12 meses anteriores à entrevista, ou seja, 11,5% da população

IBGE

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta segunda-feira (10) os resultados da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) de 2019.

O Acre figurou em muitos cenários. Um deles foi o de violência psicológica, física ou sexual. Pelo menos 12,4% da população já foi alvo de uma das agressões.

Os dados apontam ainda que 72 mil pessoas de 18 anos ou mais sofreram os tipos de violência destacados, nos 12 meses anteriores à entrevista.

“O percentual de mulheres que sofreram alguma violência foi de 14,0% e o de homens foi de 10,8%. Considerando a faixa etária, a prevalência de casos de violência é mais acentuada nas populações mais jovens: de 18 a 29 anos (16,5,0%); de 30 a 39 anos (8,9%); de 40 a 59 anos (13,5%) e 60 anos ou mais (6,9%). As pessoas pretas (20,2%) e pardas (10,9%) sofreram mais com a violência do que as pessoas brancas (14,6%), diz o órgão.

Outro resultado preocupante tem a ver com o afastamento das atividades laborais e habituais em decorrência da violência sofrida. 9 mil pessoas foram afetadas – o que representa 12,9% das vítimas de violência, seja psicológica, física ou sexual. As mulheres foram mais atingidas do que os homens, com 18,3% e 5,4%, respectivamente.

Violência psicológica

A pesquisa apontou que 68 mil pessoas de 18 anos ou mais sofreram agressão psicológica nos 12 meses anteriores à entrevista, ou seja, 11,5% da população.

O percentual de mulheres vitimadas foi maior do que o dos homens, 12,9% contra 10,1%, respectivamente. A população mais jovem (18 a 29 anos) sofreu mais violência psicológica do que a população com idade mais elevada (60 anos ou mais), 15,4% contra 6,9%. Mais pessoas pretas (18,0%) e pardas (10,2%) sofreram com este tipo de violência do que pessoas brancas (13,4%).

“Considerando o rendimento domiciliar per capita, o grupo com menor rendimento apresentou um percentual maior de vítimas: 15,2% das pessoas sem rendimento até 1/4 do salário mínimo, em comparação a 10,5% das pessoas com mais de 5 salários mínimos”, destaca a pesquisa.

Violência física

A PNS estimou que 17 mil pessoas de 18 anos ou mais sofreram violência física nos 12 meses anteriores à entrevista, o que representa 2,8% da população. O percentual de vítimas do sexo feminino foi de 3,4%, enquanto o dos homens, 2,2%.

Violência sexual

Para as pessoas que responderam que não sofreram agressão sexual nos últimos 12 meses, foi perguntado se ela sofreu essa violência alguma vez na vida. Considerando essas duas perguntas, estima-se que 25 mil pessoas de 18 anos ou mais de idade foram vítimas de violência sexual, independentemente do período de referência, o que corresponde a 4,3% desta população, 2,6% dos homens e 5,9% das mulheres.

Comentários

Continue lendo

Destaque Texto

Internações por covid na UTI e enfermarias estão em queda no Acre, diz subsecretária de Saúde

Publicado

em

Ala Covid-19 no Acre – Foto: Odair Leal/Secom/arquivo

A subsecretária de Saúde do Acre, Paula Mariano, disse em entrevista que o número de internações por covid-19 vem diminuindo consideravelmente nos últimos dias.

A notícia tem a ver com a ocupação de leitos comuns e da Unidade de Terapia Intensiva (UTI).

“Temos percebido uma diminuição satisfatória nos últimos 15 dias no Pronto-Socorro e no Into, além de uma queda no número de internações também em Cruzeiro do Sul, no Hospital de Campanha”, disse Paula.

Na última quarta-feira (5) o Into registrou 11 leitos disponíveis de UTI, e o PS desocupou outras 7 vagas. Em Cruzeiro do Sul, 6 leitos estavam disponíveis.

No maior hospital de referência do Acre, apenas 49 leitos de enfermaria, dos 160 disponíveis, estavam ocupados na data.

De acordo com o consórcio de veículos de imprensa do Brasil, o Acre está em queda no número de novas mortes pela doença.

Comentários

Continue lendo