Acre
Justiça decreta prisão preventiva de mulher acusada de matar o próprio irmão em Rio Branco
Camila Arruda Braz, de 37 anos, foi presa em flagrante após crime ocorrido na última terça-feira (3) em Rio Branco; ela já passou por audiência de custódia

Justiça decreta prisão preventiva de mulher acusada de matar o próprio irmão no Acre. Foto: reprodução
A Justiça do Acre decretou a prisão preventiva de Camila Arruda Braz, 37 anos, acusada de matar o próprio irmão, Ramon Arruda Braz, 47, no último dia 3 de julho, em Rio Branco. A suspeita foi presa em flagrante e já passou por audiência de custódia na quarta-feira (4).
O crime chocou moradores da região, e as investigações estão em andamento para apurar os motivos e circunstâncias do homicídio. A decisão judicial pela prisão preventiva foi baseada nos riscos à ordem pública e à garantia da instrução processual.
A 1ª Vara do Tribunal do Júri determinou ainda que Camila seja ‘submetida a avaliação por equipe médica multidisciplinar no prazo de 48 horas, que permaneça isolada e medicada na enfermaria do presídio com acompanhamento constante.
Ainda segundo a Justiça, Camila confessou que faz uso de medicação controlada para prevenir surtos psicóticos e é acompanhada por equipe médica desde 2022.
“A manutenção da prisão foi fundamentada na garantia da ordem pública e no risco de reiteração delitiva”, diz a Justiça.
Os irmãos tinham uma relação conturbada e sempre discutiam muito. Há cerca de dois anos, Camila atacou o irmão com um espremedor de alho de ferro e desferiu diversos golpes na cabeça dele. Na época, os irmãos estavam sozinhos em casa, mas os familiares conseguiram entrar e socorrer Ramon.
Conforme a família, a mulher tem laudo de transtorno de bipolaridade, chegou a fazer tratamento no Hospital de Saúde Mental do Acre (Hosmac), mas estava sem acompanhamento e sem tomar a medicação há algum tempo.
“Não houve discussão em nenhum momento. Ele já tinha relatado para algumas pessoas da família que ela disse no domingo que mataria ele. No dia do crime, ele tinha chegado para comer e depois deitou no quarto para assistir, quando ela o chamou para arrumar um ventilador e começou a executá-lo”, lamentou.
O crime ocorreu na Avenida Noroeste, no Conjunto Tucumã. Segundo a família, antes de chamar o irmão no quarto, Camila trancou as portas e janelas da casa, possivelmente para dificultar a saída da vítima e também a entrada de outras pessoas. A filha dela, de 6 anos, estava na casa e presenciou todo crime.

Ramon Arruda Braz, de 41 anos, foi morto a facadas nesta terça-feira (3). Foto: Reprodução
Mais de 30 facadas
Camila e Ramon moravam com a mãe, de 64 anos. A idosa não estava na casa no momento do crime. Segundo a parente, Camila usou uma faca e desferiu 37 golpes no irmão. Doze golpes atingiram o coração da vítima.
“Não sei por onde começou [a atingir], mas foram 12 facadas no coração e as demais espalhadas pelo corpo. Ao todo, foram 37 facadas, então, não dá para dizer que mesmo fora de si a pessoa não tenha pensado nisso. Ela fez premeditado, a família tem noção disso e dói muito”, disse.
Ainda conforme a família, Camila alegou para a polícia que suspeitava que o irmão teria abusado da filha. Porém, os familiares negam a acusação e afirmam que Ramon cresceu em um lar com muitas mulheres e sempre foi um homem respeitador.
“Isso é errado, estava deitado na cama e ela o chamou para arrumar o ventilador, mas já tinha fechado a casa inteira e começou a esfaqueá-lo. Ramon tinha seus defeitos, como todo ser humano, mas sempre estava ali para ajudar a todos e disposto a fazer o que pudesse pelo que acreditava. Era uma pessoa muito boa e o que mais dói é a história ter sido mal contada e jogada na internet. Tinha duas filhas, cresceu em uma casa que sempre teve mulheres e aprendeu a respeitar, cuidava da gente, tinha um zelo e carinho”, criticou.
A mulher disse que o crime deixou toda família em choque e que, mesmo com as discussões dos irmãos, nunca imaginaram um fim trágico como esse.
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Acre
Rio Branco ocupa 23ª posição em ranking de inserção econômica entre as capitais brasileiras

Foto: Jardy Lopes
A capital do Acre Rio Branco ficou em 23º lugar no ranking de inserção econômica entre as capitais brasileiras, segundo dados que avaliam indicadores como população vulnerável, formalidade no mercado de trabalho e crescimento dos empregos formais. A capital do Acre superou cidades como Belém (PA), Macapá (AP) e Boa Vista (RR), que ficaram nas últimas posições da lista.
O levantamento tem como objetivo medir o nível de competitividade municipal, levando em conta a vulnerabilidade socioeconômica da população e o grau de inclusão produtiva por meio da inserção no mercado de trabalho formal.
De acordo com o estudo, capitais com grande parcela da população em situação de vulnerabilidade ou fora do mercado de trabalho formal tendem a apresentar maiores problemas sociais, economia menos robusta e menor capacidade de consumo.
A capital que se destacou positivamente entre os estados da região Norte foi Porto Velho (RO), que figura na 4ª posição do ranking nacional, sendo a melhor classificada da região.
A colocação de Rio Branco revela desafios importantes em termos de desenvolvimento econômico e inclusão social, mas também evidencia que, em comparação com outras capitais da região Norte, a cidade apresenta algum avanço no acesso ao emprego formal e redução da vulnerabilidade.
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Acre
Internações por síndrome gripal caem no Acre, mas 58 crianças ainda seguem hospitalizadas

Criança aguarda por atendimento na UPA Franco Silva, em Rio Branco I Whidy Melo/ac24horas
Depois de semanas de alta pressão sobre a rede pediátrica, o Acre começa a registrar uma desaceleração nas internações por Síndrome Gripal Respiratória Aguda (SGRA). Nesta segunda-feira, 16, 58 crianças ainda permanecem internadas em unidades de saúde da capital, mas os dados mostram um alívio significativo em relação ao pico recente da doença. Os dados são da Secretaria Estadual de Saúde (Sesacre).
Um dos principais indicadores dessa melhora é a enfermaria do Hospital da Criança, no INTO, que até duas semanas atrás operava no limite. Hoje, o setor conta com 22 leitos disponíveis, dos 60 existentes, o que representa uma redução expressiva na pressão assistencial. Atualmente, 38 crianças estão internadas.
Na UTI Pediátrica do INTO, 9 dos 10 leitos ainda estão ocupados, o que mostra que os casos mais graves persistem, mas em número mais controlado. A UTI Pediátrica da Maternidade Bárbara Heliodora segue com 100% de ocupação (10 leitos), embora o contexto geral seja de queda nas internações.
O Hospital de Urgência e Emergência de Rio Branco (Huerb), por sua vez, mantém 12 dos seus 14 leitos pediátricos desocupados, outro sinal claro da melhora no cenário. Nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), o ambiente é ainda mais tranquilo, com apenas uma criança internada na UPA do Segundo Distrito, enquanto a UPA da Sobral não registra nenhuma internação pediátrica.
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Acre
PGE-AC abre seletivo para cadastro de reserva de estagiários de direito

Foto: Procuradoria-Geral do Estado do Acre/ Reprodução Internet
A Procuradoria-Geral do Estado do Acre (PGE/AC) publicou nesta terça-feira, 17, o edital nº 08/2025, que abre o XXII processo seletivo para estágio na área de direito, destinado à formação de cadastro de reserva para estudantes de direito de nível superior. O processo é coordenado pelo Centro de Estudos Jurídicos (CEJUR) da PGE/AC.
Podem participar alunos regularmente matriculados entre o 3º e o 9º semestre das instituições conveniadas: Universidade Federal do Acre (Ufac), Centro Universitário Uninorte (Uninorte), Faculdade da Amazônia (UNAMA), Centro Universitário Estácio Unimeta (Estácio) e Faculdade Anhanguera de Rio Branco (Anhanguera).
O estágio terá duração de até um ano, prorrogável por igual período, com jornada de 20 horas semanais, distribuídas em 4 horas diárias. O trabalho será realizado preferencialmente de forma presencial, em horário compatível com as aulas dos estudantes, podendo ocorrer em regime híbrido ou remoto conforme previsto no regulamento da PGE.
Entre as atividades atribuídas aos estagiários estão a assessoria direta aos procuradores, pesquisas jurídicas, elaboração de peças judiciais e administrativas, e o acompanhamento de processos, sempre sob supervisão do CEJUR.
O processo seletivo oferece bolsa de R$ 1.000,00, além de auxílio-transporte de R$ 200,00. Estão garantidas vagas reservadas para candidatos com deficiência (10%), negros (10%), indígenas ou quilombolas (10%) e pessoas de baixa renda (10%).
O cadastro de reserva será utilizado para preenchimento gradual das vagas que surgirem durante a validade do processo seletivo, que será de seis meses, prorrogável por igual período a critério da PGE.
As inscrições e demais informações, incluindo cronograma e critérios para reserva de vagas, estão disponíveis no edital publicado abaixo:
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