fbpx
Conecte-se conosco

Geral

Jornalismo profissional é verdadeiro antídoto contra a desinformação

Publicado

em

Falseamento de informações, de opiniões, de vozes e até de rostos. Mentiras que chegam por telas e telinhas, que multiplicam-se com teorias conspiratórias, com frases cortadas e datas imprecisas. A desinformação, que se apresenta em diferentes faces e que representa ameaça concreta às sociedades civilizadas, tornou-se desafio diário para profissionais da informação, categoria que celebra, neste domingo (7), o Dia do Jornalista. Para pesquisadores do tema, trabalhadores dessa área têm a missão de atuar na linha de frente contra a epidemia desinformativa, mas têm desafios complexos diários nessa guerra.     

Em entrevista à Agência Brasil, o professor João Canavilhas, da Universidade da Beira Interior (Portugal) e pesquisador dos efeitos das novas tecnologias, disse que o jornalismo tem sido o principal combatente contra a desinformação e grande defensor da democracia. “Não devemos desligar uma coisa da outra para deixar claro que a desinformação não é apenas um fenômeno isolado: ele tem um objetivo específico – manipular as pessoas – e, em última instância, visa destruir a democracia”.  

Ele explica que algumas plataformas, como as redes sociais e as agências de checagens também combatem a desinformação. “Podemos dizer que o jornalismo profissional é o verdadeiro antídoto contra a desinformação”.

“Não devem atuar sozinhos”

Segundo a  pesquisadora brasileira Ana Regina Rego, coordenadora geral da Rede Nacional de Combate à Desinformação (RNDC), os jornalistas têm responsabilidade nesse combate, mas não significa que devam atuar sozinhos. “É preciso atuar em sinergia com outros profissionais, como cientistas de dados, com agentes de saúde, ou mesmo professores do ensino básico, por exemplo. Eu acredito muito no jornalismo como instituição no combate à desinformação”, afirma.

Ana Regina Rego pondera que há, entretanto, um cenário múltiplo com portais de conteúdos desinformativos e que se utilizam de uma estética da informação semelhante a do campo do jornalismo profissional. “Existe uma transformação em curso, que inclui tanto a questão tecnológica das plataformas e práticas que eram exclusivas do jornalismo, mas que hoje são compartilhadas em um espaço em que qualquer pessoa se transformou em um produtor de conteúdos”. 

De acordo com o professor português João Canavilhas, a classe profissional está hoje mais ciente do seu papel na sociedade. “Antes de termos evidências sobre o poder da desinformação – tal como aconteceu nas eleições americanas ou nas brasileiras – os jornalistas viam-se como um quarto poder”. Mas isso se alterou. porque a desinformação circula por vários canais e os jornalistas perceberam que já não basta dominar o seu canal para combater a desinformação. “Isso obrigou-os a repensar o seu papel e a encontrar formas de procurar os espaços onde circula a informação falsa para poderem combater”. 

De acordo com o que avalia a presidente da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), Samira de Castro, a desinformação se tornou parte desse ecossistema. “O jornalista, por ter o seu compromisso com a função social da atividade e, por ter conhecimento não somente teórico, mas também ético sobre a profissão, deve ser visto como um combatente natural contra a desinformação”

Sob suspeição

Mas, para João Canavilhas, a imagem do jornalista não é a mesma para o público, o que seria fruto também de maus exemplos resultantes da pressa de ser o primeiro a publicar. “Alguns profissionais deixaram de cumprir os princípios éticos e deontológicos associados à profissão e, por isso as pessoas, dizem que ‘os jornalistas são todos iguais’. É preciso mostrar que, tal como em todas as profissões, há bons e maus profissionais”.

A professora brasileira Ana Regina Rego, que atua na Universidade Federal do Piauí, aponta que existe uma ação de jogar o jornalismo em uma posição de suspeição. Para conter essa situação, no entender dela,  o campo jornalístico tem que ser proativo e revisitar os pilares de construção da sua confiabilidade. “É necessário trabalhar de forma ética e com conhecimento mais aprofundado”.

Verificação

Pesquisadora do tema, a professora Taís Seibt, da Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos), explica que a ação de verificação das informações é algo imutável e diferencial para o jornalismo. “O papel de verificação das informações seria potencializado para o jornalismo se diferenciar dos outros discursos, das outras práticas de comunicação no contexto que a gente vive”. 

De acordo com a professora, o jornalismo de verificação não é só o de veículos que fazem o fact-checking (checagem de fatos). “Trata-se de uma ação para reforçar esse princípio como um elemento do jornalismo em um ecossistema de comunicação saudável diante das mudanças que a gente está acompanhando”.

A professora Taís Seibt avalia que as ondas de desinformação na internet mudaram, de alguma forma, o perfil dos jornalistas. Inclusive,, pelas condições de precarização da atividade e exigências cada vez maiores com relação a quantidade e qualidade de publicações. “Isso impõe aos jornalistas vários desafios, inclusive de se adaptar a novos formatos. Por isso, é necessário trabalhar a verificação como um elemento-chave”, afirma.

A presidente da Fenaj, Samira de Castro, entende que os jornalistas passaram a incorporar a checagem como parte do trabalho diário. “Existem áreas sensíveis à desinformação, como a cobertura de política, onde há uma desinformação propositada para fazer sobressair narrativas de interesses de políticos”. 

Outro campo que ela cita é a área da saúde, que se mostrou muito sensível à desinformação por conta dos movimentos antivacina e anticiência. “Por incrível que pareça, nós estamos numa era em que a informação é um valor inalienável, mas o excesso de informação não ilumina o cidadão”, avalia. Em contraposição, a informação aprofundada é o que faria a diferença e que deveria ser objetivo dos profissionais.

Dificuldades

Taís Seibt  indica que o desafio foi potencializado, por exemplo, pelo avanço das tecnologias de inteligência artificial com uma capacidade cada vez maior de simular realidades que não existem. “E com muita técnica e refino. Então é difícil para o jornalista, se posicionar como esse mediador qualificado para verificar”. As dificuldades ficaram evidentes durante a pandemia de covid-19, quando a desinformação foi rotineira e era preciso indicar as instruções corretas para proporcionar segurança aos cidadãos.

“A gente precisa, como cidadão, ter em quem se apoiar. O jornalismo historicamente exerceu esse papel em diferentes contextos, mudanças e crises. Estamos em um período em que esse debate está muito forte, mas o jornalismo continua fundamental e vai continuar sendo necessário”.

Formação de cidadãos

Segundo o professor João Canavilhas, para controlar essas situações de desinformação, é necessário que existam leis e entidades reguladoras para conter as mentiras. “Em Portugal chama-se ERC. Mas é nas plataformas que está o grande problema. Algumas são fechadas e, mesmo nas abertas, torna-se cada vez mais difícil controlar a desinformação. Claro que as redes sociais tentam fazer o seu trabalho, mas os algoritmos ainda são muito limitados a identificar informação falsa”. 

Para Canavilhas, só um controle humano consegue bons índices de eficácia, mas seria impossível fazê-lo permanentemente dado o fluxo informativo. É por isso que se torna tão difícil conseguir controlar a desinformação nas redes sociais. “A alternativa é a literacia midiática, ou seja, introduzir estas matérias nas escolas e dar cursos livres para que todos os cidadãos percebam a diferença entre a informação jornalística e o ‘papo furado’ das redes”

Fonte: EBC GERAL

Comentários

Continue lendo

Geral

Com bom resultado no 1º turno, Bolsonaro mantém atenção na reta final

Publicado

em

O PL elegeu 509 prefeitos no primeiro turno e disputará 23 cidades no segundo turno, marcado para 27 de setembro

Os resultados do primeiro turno ainda nem esfriaram e o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) já tem se dedicado a comícios e campanhas partidárias para tentar eleger o maior número de prefeitos no pleito marcado para 27 de outubro.

Assim como fez no primeiro turno, Jair Bolsonaro deve viajar para diferentes regiões do país em busca de votos para os correligionários. O PL, partido do ex-presidente, conquistou no último domingo (6/10) o comando de 509 cidades e disputará o segundo turno em outras 23, segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Confira a página especial sobre as Eleições de 2024

Apesar de não ter postulante em São Paulo, Jair Bolsonaro apoia a campanha do atual prefeito e candidato à reeleição, Ricardo Nunes (MDB), que disputará o segundo turno contra o deputado federal Guilherme Boulos (PSol).

O emedebista disse em entrevista à imprensa na sexta-feira (11/10), durante a Feira do Empreendedor 2024, que o ex-presidente deve participar de um encontro com lideranças políticas na próxima semana. “Foi marcado para o dia 22, ele [Bolsonaro] vai estar aí. A princípio, haverá uma reunião com as lideranças do PL, incluindo deputados estaduais, federais e vereadores do partido, para a gente reforçar esses últimos dias de campanha”, disse Nunes.

Durante esta semana, Bolsonaro esteve em municípios de Goiás, onde os candidatos do PL irão disputar o segundo turno. Como é o caso de Anápolis e Aparecida de Goiânia.

Na quarta-feira (9/10), o ex-presidente se reuniu com os candidatos do PL Bruno Engler (Belo Horizonte) e André Fernandes (Fortaleza) na sede do partido em Brasília.

A expectativa é de que Bolsonaro participe de uma motociata com Bruno Engler no próximo sábado (19/10), em um evento a candidatura do deputado estadual de Minas Gerais que disputa a prefeitura da capital mineira.

Bolsonaro também participará de comícios nos próximos dias na região Norte, onde se dedicará às campanhas do candidato Capitão Alberto Neto (PL), em Manaus (AM), e de JK do Povão (PL), em Santarém (PA).

A disputa partidária da campanha presidencial de 2022 deve se repetir em algumas cidades. Como é o caso de Cuiabá, capital de Mato Grosso, onde o deputado Abilio (PL) disputará a prefeitura da cidade com Lúdio (PT).

Diferente do PL, o PT teve um primeiro turno mais tímido nas eleições municipais de 2024, com a conquista de 248 prefeituras. Assim como Bolsonaro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deve se dedicar em algumas campanhas, como em Fortaleza (CE).

PL também disputará as prefeituras:

Aracaju (SE): Emilia Correa (PL) e Luiz Roberto (PDT)
Belém (PA): Igor (MDB) e Delegado Eder Mauro (PL)
Canoas (RS): Airton Souza (PL) e Jairo Jorge (PSD)
Caxias do Sul (RS): Scalco (PL) e Adiló (PSDB)
Cuiabá (MT): Abilio (PL) e Lúdio (PT)
Franca (SP): Alexandre Ferreira (MDB) e João Rocha (PL)
Goiânia (GO): Goiânia Rodrigues (PL) e Mabel (União Brasil)
Guarulhos (SP): Lucas Sanches (PL) e Elói Pietá (Solidariedade)
João Pessoa (PB): Cicero Lucena (PP) e Marcelo Queiroga (PL)
Jundiaí (SP): Parimoschi (PL) e Gustavo Martinelli (União Brasil)
Manaus (AM): David Almeida (Avante) e Capitão Alberto Neto (PL)
Niterói (RJ): Rodrigues Neves (PDT) e Carlos Jordy (PL)
Palmas (TO): Janad Calcari (PL) e Eduardo Siqueira Campos (Podemos)
Pelotas (RS): Marroni (PT) e Marciano Perondi (PL)
Santarém (PA): Zé Maria Tapajós (MDB) e JK do Povão (PL)
Santos (SP): Rogério Santos (Republicanos) e Rosana Valle (PL)
São João de Meriti (RJ): Leo Vieira (Republicanos) e Valdecy da Saúde (PL)
São José do Rio Preto (SP): Coronel Fabio Candido (PL) e Itamar (MDB)
São José dos Campos (SP): Anderson (PSD) e Eduardo Cury (PL)

Fonte: Metrópole

Comentários

Continue lendo

Geral

Governo do Acre investe R$ 700 mil na manutenção da AC-485 e nas vias urbanas de Xapuri

Publicado

em

Dessa forma, o governo reafirma seu compromisso com o desenvolvimento das estradas e o bem-estar da população

Obras de infraestrutura: Deracre implementa tapa-buracos e melhorias na Estrada da Borracha, utilizando 226 toneladas de massa asfáltica. Foto: Ascom/Deracre

O governo do Acre, por meio do Departamento de Estradas de Rodagem, Infraestrutura Hidroviária e Aeroportuária (Deracre), investiu R$ 700 mil na manutenção da AC-485 (Estrada da Borracha) e das vias urbanas de Xapuri. As obras incluíram a implantação de 12 quebra-molas e o tapa-buracos na rodovia e nas vias do município, utilizando mais 226 toneladas de massa asfáltica.

Obras de infraestrutura: Deracre implementa tapa-buracos e melhorias na Estrada da Borracha, utilizando 226 toneladas de massa asfáltica. Foto: Ascom/Deracre

“Executamos importantes melhorias na AC-485, incluindo tapa-buracos e a implantação de quebra-molas. Essas ações visam garantir um acesso mais seguro para a população de Xapuri, além de facilitar a ligação com outros municípios do Acre. Com essas intervenções, o governo reafirma seu compromisso em melhorar a infraestrutura viária e a qualidade de vida dos cidadãos”, afirmou a presidente do Deracre, Sula Ximenes.

A AC-485, que se estende por 12 km, interliga Xapuri à BR-317 e recebeu esse nome devido à fábrica de preservativos Natex, inaugurada em 2008, e às seringueiras plantadas ao longo da estrada entre 1999 e 2000.

Infraestrutura não para: serviços de tapa-buracos foram realizados durante a noite para minimizar impactos no tráfego. Foto: Ascom/Deracre

As melhorias foram fundamentadas em estudos estatísticos que monitoraram o fluxo de veículos em pontos críticos. Esses dados foram essenciais para a sinalização e revitalização das lombadas, visando a redução de acidentes e a fluidez do trânsito.

As intervenções aumentam a segurança e a eficiência do transporte, reforçando a conexão de Xapuri com outras regiões do estado. Dessa forma, o governo reafirma seu compromisso com o desenvolvimento das estradas e o bem-estar da população acreana.

Trabalho de manutenção nas ruas: um compromisso contínuo com a melhoria da qualidade de vida urbana. Foto: Ascom/Deracre

Comentários

Continue lendo

Geral

Seis pessoas são presas após operação da PF desmanchar invasão de terras públicas no Acre

Publicado

em

Seis pessoas foram presas por serem, supostamente, integrantes do movimento conhecido como Liga dos Camponeses Pobres (LCP), além da apreensão de 9 motocicletas e duas armas de fogo.

A Operação foi deflagrada neste sábado/Foto: Ascom/PF

Assessoria PF

A Polícia Federal do Acre, em atuação conjunta com o Incra, Ibama e Polícia Militar, deflagrou a Operação Usurpare neste sábado (12), com o objetivo de combater a ocupação irregular de áreas especialmente protegidas e a exploração ilegal de recursos naturais.

Segundo a PF, as investigações que precederam a operação revelaram crescentes atividades ilegais de ocupação e desmatamento em assentamento do Incra no município de Acrelândia, no interior do Acre, que estavam expondo a perigo e integridade ambiental e o patrimônio público federal, mormente por estar acontecendo em área de proteção permanente do imóvel, que é área protegida por lei, insuscetível de exploração.

Na ação, seis pessoas foram presas por serem, supostamente, integrantes do movimento conhecido como Liga dos Camponeses Pobres (LCP), além da apreensão de 9 motocicletas e duas armas de fogo.

A autuação em flagrante dos envolvidos acontecerá na Superintendência de Polícia Federal, na capital.

Comentários

Continue lendo