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Jornada contra o câncer: história de luta, prevenção e esperança

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“Foi no auge da pandemia. Eu procurei ajuda na rede particular, em Cruzeiro do Sul, mas os diagnósticos apontavam para estresse devido ao trabalho excessivo e covid. Então, após passar por nove médicos, fiz novamente os exames e deu derrame pleural. Meu marido e eu viemos para Rio Branco, eu vegetando. Chegando aqui, foram-me dados três dias de vida”.

Assim começa a história de Tânia Nepomuceno, técnica em ótica e audiometria de 46 anos, que há quatro faz tratamento no Hospital do Câncer, em Rio Branco.

Tânia Nepomuceno há quatro anos faz tratamento no Hospital do Câncer, em Rio Branco. Foto: Neto Lucena/ Secom

Histórias como a de Tânia chegam diariamente ao Hospital do Câncer. Somam-se em média 20 novos casos de câncer por semana, totalizando mais de 600 atendimentos semanais, entre novos e já cadastrados. Somente em 2023, foram 1.056 casos registrados no estado. Entre as principais incidências, houve 192 casos de câncer do colo do útero (CCU), 108 de câncer de mama e 74 de próstata.

Para compreender a essência dessa doença devastadora, um desafio de saúde global, é preciso entender o que é o câncer, suas origens, características e mecanismos de desenvolvimento

O que é câncer ?

Segundo o site do Ministério da Saúde (MS), câncer, ou tumor maligno, é o nome dado a um conjunto de mais de cem doenças que têm em comum o crescimento desordenado de células. Dividindo-se rapidamente, essas células agrupam-se formando tumores, que invadem tecidos, órgãos vizinhos e outros distantes da origem do tumor.

Câncer é o nome dado a um conjunto de mais de cem doenças que têm em comum o crescimento desordenado de células. Foto: reprodução

O câncer é causado por mutações, que são alterações da estrutura genética no ácido desoxirribonucleico, o DNA das células. Cada célula sadia possui instruções de como deve crescer e se dividir. Na presença de qualquer erro nessas instruções, no processo de mutação, pode surgir uma célula doente que, ao se proliferar, causará um câncer.

O câncer pode surgir em qualquer parte do corpo. Entretanto, alguns órgãos são mais afetados do que outros; e cada órgão, por sua vez, pode ser acometido por tipos diferenciados de tumor, mais ou menos agressivos.

Tipos de câncer

Existem mais de cem tipos de câncer, que correspondem às várias espécies de células presentes no corpo humano. O câncer de pele, por exemplo, apresenta várias naturezas, uma vez que a pele é composta por mais de uma qualidade de célula.

Francisco Xavier, de 83 anos, realizou o tratamento no Hospital do Câncer para retirada do câncer de pele que surgiu com um nódulo. Foto: Neto Lucena/ Secom

Cada tipo de câncer traz sintomas e necessita de tratamento específico. Se o câncer tiver início em tecidos epiteliais, como a pele ou mucosas, é conhecido como carcinoma. Se começar em tecidos conjuntivos, como ossos, músculos ou cartilagens, é chamado de sarcoma.

Outras características que diferenciam os diversos tipos de câncer são a velocidade de multiplicação das células doentes e a capacidade que elas têm de invadir tecidos e órgãos vizinhos ou distantes, fenômeno conhecido como metástase.

Principais causas do câncer

O câncer pode ter várias causas. Fatores externos ou internos ao organismo contribuem para o desenvolvimento da doença. As causas externas estão relacionadas ao meio ambiente, hábitos, costumes e qualidade de vida da pessoa e são predominantes entre as incidências. As causas internas são, na maioria das vezes, geneticamente pré-determinadas e estão ligadas à capacidade de o organismo se defender das agressões externas.

Causas externas são prevalentes na incidência de câncer. Foto: reprodução

Alguns tipos de câncer têm uma causa bem conhecida. O cigarro, por exemplo, pode causar câncer de pulmão. A exposição excessiva ao sol pode provocar câncer de pele. Alguns vírus podem causar leucemia e o HPV, câncer de colo do útero. Outros tipos de câncer, ainda em estudo, podem ter ligação direta com componente dos alimentos.

O envelhecimento traz mudanças nas células que aumentam as chances de câncer. Esse fator, somado ao fato de as células das pessoas idosas terem sido expostas por mais tempo aos diferentes fatores de risco para câncer, explica em parte o porquê de o câncer ser mais frequente nesses indivíduos.

Tratamento

O tratamento do câncer é feito por meio de uma ou de várias técnicas de tratamento combinadas. A principal delas é a cirurgia oncológica, que pode ser empregada em conjunto com radioterapia, quimioterapia ou transplante de medula óssea, conforme cada caso. O médico vai escolher o tratamento mais adequado, de acordo com a localização, o tipo do câncer, a condição clínica do paciente e a extensão da doença.

Todas as modalidades de tratamento são oferecidas, de forma integral e gratuita, por meio do Sistema Único de Saúde (SUS).

Unacon possui tratamentos específicos para cada caso. Foto: Neto Lucena/Secom

Radioterapia

É um tratamento em que se utilizam radiações para destruir um tumor ou impedir que suas células aumentem. Essas radiações não são vistas e durante a aplicação o paciente não sente nada. A radioterapia pode ser usada em combinação com a quimioterapia ou outros recursos usados no tratamento dos tumores, como as cirurgias oncológicas.

Quimioterapia é um tratamento que utiliza medicamentos para destruir as células doentes que formam um tumor. Foto: Neto Lucena/Secom

Quimioterapia

Já a quimioterapia é um tratamento que utiliza medicamentos para destruir as células doentes que formam um tumor. Dentro do corpo humano, cada medicamento age de uma maneira diferente. Por esse motivo, são utilizados vários tipos a cada vez que o paciente recebe o tratamento. Esses medicamentos se misturam com o sangue e são levados a todas as partes do corpo, destruindo as células doentes que estão formando o tumor e impedindo, também, que elas se espalhem pelo corpo. O paciente pode receber a quimioterapia como tratamento único ou aliado a outros, como radioterapia e ou cirurgia.

Onde tratar câncer pelo Sistema Único de Saúde (SUS)?

No Brasil, existe a Política Nacional de Prevenção e Controle do Câncer, Portaria nº 868, de 16 de maio de 2013, que descreve a necessidade de se garantir o cuidado integral ao usuário na Rede de Atenção à Saúde de forma regionalizada e descentralizada e estabelece que o tratamento do câncer será realizado em estabelecimentos de saúde habilitados, como a Unidade de Assistência de Alta Complexidade em Oncologia (Unacon) ou o Centro de Assistência de Alta Complexidade em Oncologia (Cacon). Esses estabelecimentos deverão observar as exigências da Portaria Saes/MS nº 1399, de 17 de  dezembro de 2019, para garantir a qualidade dos serviços de assistência oncológica e a segurança do paciente.

Hospital de Câncer do Acre

Unacon é a principal referência no tratamento de câncer no Acre. Foto: Diego Gurgel/Secom

Após buscar ajuda no Hospital de Câncer do Acre (HCAC), Tânia Nepomuceno agradeceu o apoio que recebeu. “Passei uns dias internada, de maneira que os três dias que me deram estão entrando no quarto ano”, alegra-se Tânia.

Tânia Nepomuceno, acompanhada do marido, Cleilson, faz tratamento no Hospital do Câncer do Acre. Foto: Neto Lucena/ Secom

Existem atualmente 317 unidades e centros de assistência habilitados no tratamento do câncer. No Acre, para tratar a doença no Estado, foi inaugurado, em 2007, o Hospital de Câncer do Acre (HCAC), cadastrado pelo Ministério da Saúde (MS) como unidade de alta complexidade em Oncologia (Unacon), mediante parceria entre o Estado e o MS, por meio do Projeto Expande, do Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (Inca).

“Aqui [no HCAC] somos muito bem tratados, do faxineiro aos médicos, somos tratados como verdadeiras pessoas, independente de quem seja. A medicação não tem faltado, e também a quimioterapia, fora as outras coisas que não são fornecidas pelo SUS, como quem precisa de nutrientes, recebe os nutrientes. Somos muito bem atendidos aqui”, destaca a paciente.

HCAC faz parte do complexo de serviço e atividades da Fundação Hospitalar Estadual do Acre. Foto: Neto Lucena/ Secom

O HCAC faz parte do complexo de serviço e atividades da Fundação Hospitalar Estadual do Acre (Fundhacre), atendendo pacientes do Acre, além de ter usuários dos estados vizinhos, como Rondônia e Amazonas, e até mesmo dos países fronteiriços, Bolívia e Peru. Possui 20 leitos de internação para adultos e funciona todos os dias, inclusive com emergência oncológica, 24 horas por dia.

“O Hospital do Câncer do Acre desempenha um papel fundamental na vida das pessoas que estão em tratamento contra essa doença em nosso estado. Além de oferecer um tratamento de qualidade, seguindo todos os protocolos preconizados pelo Ministério da Saúde, o Unacon desenvolve atividades voltadas para prevenção e detecção precoce do câncer, e também atua no apoio emocional às famílias afetadas”, ressaltou o secretário de Saúde, Pedro Pascoal.

“O Hospital do Câncer do Acre desempenha um papel fundamental na vida das pessoas em tratamento”, ressalta o secretário de Saúde, Pedro Pascoal. Foto: Izabelle Farias/Sesacre

O espaço vem recebendo melhorias graduais. Em outubro de 2023, foi entregue a primeira etapa de reformulação do Hospital do Câncer, correspondendo à recepção e à sala de emergência. Foi um investimento de R$ 400 mil, em melhorias que visam proporcionar qualidade e acessibilidade no atendimento a pacientes oncológicos assistidos pelo Estado.

Em seu discurso, o governador Gladson Cameli expressou gratidão a todos os envolvidos nesse empreendimento vital. “Tudo o que envolve saúde é uma grande vitória. Aqui temos o resultado da parceria e união entre todos os poderes, para que a nossa população tenha um atendimento adequado. Por isso, temos que reformar e adequar, para que todas as condições de bem-estar possam ser dadas a quem tanto precisa”, destaca.

Governador Gladson Cameli expressou gratidão a todos os envolvidos nesse empreendimento vital. Foto: Diego Gurgel/Secom

O apoio do Estado também vem por meio de gestos de cuidado. No começo de 2024, a vice-governadora Mailza Assis acompanhou a entrega de mais de 200 lenços para mulheres que faziam tratamento contra o câncer na Unacon e perderam os cabelos devido aos procedimentos. A entrega fez parte da campanha De Cabeça Erguida, iniciativa da Secretaria de Estado da Mulher (Semulher).

Paciente em tratamento contra o câncer recebe lenço das mãos da vice-governadora Mailza Assis. Foto: José Caminha/Secom

O público-alvo da unidade são os pacientes com diagnóstico oncológico confirmado por histopatologia, mielograma ou biologia molecular, para fins de tratamento especializado nos serviços de quimioterapia, cirurgia, radioterapia e multiprofissional.

A Unacon atualmente dispõe de uma equipe multidisciplinar formada por médicos especialistas clínicos (quatro oncologistas, um oncologista pediátrico, dois hematologistas e um hematologista pediátrico), especialistas cirúrgicos (três cirurgiões oncológicos, um cirurgião de cabeça e pescoço, dois urologistas, dois mastologistas, dois ginecologistas, um cirurgião plástico e um cirurgião torácico) e quatro médicos radio-oncologistas.

Médico oncologista Rafael Carvalho é gerente de assistência do Hospital do Câncer. Foto: Neto Lucena/ Secom

Entre os médicos oncologistas está Rafael Carvalho, que também é o gerente de assistência do Hospital do Câncer. O profissional conta que sempre teve um grande interesse em oncologia, tanto que sua formação foi no Instituto Nacional de Câncer (Inca), no Rio de Janeiro, mas como a família toda é acreana, voltou ao estado, com o objetivo de melhorar a assistência oncológica da terra natal.

“Eu voltei nesse propósito de tentar, de alguma forma, melhorar, ou pelo menos contribuir, pois a gente não faz sozinho. E graças a Deus tem tido muito resultado”, afirma o médico.

Internos de medicina da Ufac e Uninorte aprendem sobre o acolhimento de pacientes diagnosticados com a doença. Foto: Neto Lucena/Secom Foto: Neto Lucena/Secom

O oncologista acredita que o investimento que o Estado está aplicando no Hospital está apresentando bons frutos. “Hoje a situação melhorou consideravelmente. A radioterapia foi modernizada, as reformas estruturais foram concluídas e o estoque de medicamentos está mais regular. Ver os pacientes receberem um tratamento adequado é gratificante, embora saibamos que ainda há espaço para melhorias. Acredito que, com o tempo, essas questões serão superadas, trazendo alívio para os pacientes e suas famílias”, observa.

É rosa, azul e laranja o ano todo

Ao longo do ano, a Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre) desenvolve várias ações voltadas a proporcionar momentos de reflexão e reforçar os cuidados necessários à prevenção e tratamento dos tipos de câncer mais comuns no estado e no país.

Outubro Rosa alerta para a prevenção do câncer de mama. Foto: Gleison Luz/Fundhacre

Em outubro, o mês ganha tons róseos para lembrar a todos que o câncer de mama é uma doença que pode apresentar sintomas como a presença de um caroço no seio e a mama com textura de laranja.

A campanha do Outubro Rosa busca alertar para a identificação de casos assintomáticos, com exames de prevenção, de dois em dois anos, para mulheres acima de 40 anos. É raro, mas homens também podem ser acometidos com a doença.

Campanha Novembro Azul é dedicada à conscientização sobre a saúde integral do homem. Foto: Odair Leal/Sesacre

Passado o mês, os tons azulados predominam em novembro e se torna o período dedicado à conscientização sobre a saúde integral do homem, com foco especial na prevenção do câncer de próstata, o segundo tipo mais comum entre os homens, atrás apenas do câncer de pele não melanoma.

Em alusão ao Dia Nacional de Combate ao Câncer, estabelecido em 27 de novembro, a Sesacre reforça anualmente a importância da prevenção, do diagnóstico precoce e dos cuidados paliativos no tratamento da doença.

Lesões que não cicatrizam há mais de um mês devem ser observadas e avaliadas por um médico. Foto: Marcos Vicentti/Secom

Antes de o ano acabar, dezembro fica alaranjado e lembra que o maior órgão do corpo humano também é o que mais tem incidência nos casos de câncer. A pele que recobre todo o corpo em duas camadas (derme e epiderme) é onde mais surge câncer, representando 30% da incidência da doença que acomete a população. No Brasil, há uma média de 170 mil casos anualmente, índice de ocorrência considerado muito alto.

Por isso, a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) lança anualmente a campanha Dezembro Laranja, que marca o início do verão nos países do hemisfério sul, para buscar a prevenção e detecção precoce do câncer de pele.

8 de abril: Dia Mundial de Combate ao Câncer

O mês de abril também é um período importante, pois é quando se comemora o Dia Mundial de Combate ao Câncer. Uma iniciativa global organizada pela União Internacional para o Controle do Câncer (Uicc), com o apoio da Organização Mundial da Saúde (OMS), que tem como objetivo conscientizar a população sobre os cuidados de prevenção da segunda doença que mais mata pessoas em todo o mundo.

O Dia Mundial de Combate ao Câncer é 8 de abril. Foto: reprodução

De acordo com dados do Ministério da Saúde, cerca de 7,6 milhões de pessoas no planeta morrem em decorrência da doença a cada ano. Dessas, 4 milhões têm entre 30 e 69 anos.

A previsão para 2025, ainda segundo o Ministério da Saúde, é de que 6 milhões de mortes prematuras ocorram por ano. Estima-se que 1,5 milhão de mortes anuais poderiam ser evitadas com medidas adequadas.

Prevenção vem em primeiro lugar

A prevenção primária engloba ações realizadas para evitar a ocorrência da doença e suas estratégias são voltadas para a redução da exposição aos fatores de risco.

Os principais fatores de risco relacionados ao desenvolvimento do câncer são: sedentarismo, tabagismo, alimentação inadequada, sobrepeso, hábitos sexuais, fatores ocupacionais, bebidas alcoólicas, exposição solar, radiações e medicamentos.

Hospital do Câncer do Acre está localizado na Avenida Paulo Lemos de Moura Leite, nº578, bairro Portal da Amazônia, em Rio Branco. Foto: Arquivo Secom

Busque informações, busque ajuda

Por tanto, se não estiver se sentindo bem busque uma unidade básica de saúde (UBS) próxima a sua localidade.

Em caso de emergência oncológica, vá até o Hospital do Câncer do Acre, localizado na Avenida Paulo Lemos de Moura Leite, nº 578, bairro Portal da Amazônia, na capital acreana. O hospital fica localizado atrás da Fundação Hospitalar Estadual do Acre (Fundhacre).

Fonte: Governo AC

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Vice-governadora Mailza Assis recebe almirante da Marinha para tratar da criação de uma base no Acre

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A vice-governadora do Acre, Mailza Assis, recebeu nesta segunda-feira, 14, no Palácio Rio Branco, a visita oficial do vice-almirante José Luiz Corrêa Lampert, comandante do 9° Distrito Naval da Marinha do Brasil. Sediado em Manaus, o oficial explicou que este é um procedimento de aproximação da Marinha do Brasil com o Estado para intensificar a presença na região.

Vice-almirante Lampert explicou que este é um procedimento de aproximação da Marinha do Brasil com o governo do Estado. Foto: Neto Lucena/Secom

A agenda iniciou com uma conversa, onde Lampert agradeceu a parceria do governo do Acre e solicitou apoio do Estado e da bancada federal do Acre em Brasília para construção da sede da Patrulha Naval e para trazer a capitania do portos, representando a Capitania Fluvial da Amazônia Ocidental.

Vice-governadora agradeceu as parcerias já feitas entre o governo do Estado e a Marinha e afirmou que está à disposição para cooperações institucionais. Foto: Neto Lucena/Secom

“Muito importante essa proposta de trazermos a Marinha, que está em Boca do Acre [Manaus] para o Acre. Tem todo apoio do governo, já temos o terreno e vamos trabalhar com a bancada federal para conseguir  o recurso. A Marinha já é nossa parceira durante as alagações ou no período de seca. Agradecemos ao Almirante Lampert e toda a sua equipe que se colocou à disposição e está sempre aqui presente trabalhando para isso”, disse Mailza.

E reforçou que a parceria estratégica entre a Marinha e o governo do Acre em segurança marítima, defesa das fronteiras e cooperação são essenciais para o desenvolvimento do estado.

Durante a visita, o oficial explicou à vice-governadora que o trabalho da Marinha é o de contribuir para o desenvolvimento das regiões onde atuam, entre elas, onde está inserido o Acre, que está sob seu comando.

“É uma satisfação receber essa equipe do 9º Distrito Naval e poder agradecer pelas ações feitas em conjunto com a Marinha na nossa região”, destacou Mailza. Foto: Neto Lucena/Secom

“Já temos parcerias importantes, uma  irmandade da Marinha com o estado do Acre, estado tão importante para o Brasil. Uma capitania aqui em Rio Branco vai prover mais segurança às embarcações, mais presença da Marinha nos rios, que ficam numa região de fronteira”, destacou Lampert. 

No Acre, a Marinha do Brasil realiza a Operação Acre e com o Navio de Assistência Hospitalar (NAsh) Doutor Montenegro, oferece atendimentos médicos e odontológicos gratuitos para as comunidades ribeirinhas nos estados do Acre e Amazonas, situadas às margens do Alto e Médio Rio Juruá.

Mailza recebeu uma medalha do 9º Distrito das mãos do almirante Lampert. Foto: Neto Lucena/Secom

comandante foi presenteado pela vice-governadora do Acre. Foto: Neto Lucena/Secom

Estavam presentes no encontro o capitão de mar e guerra (CMG), Wilson Soares Ferreira Nogueira, responsável pelas Relações Institucionais do 9° Distrito; capitão de fragata, Matheus de Athaides Firmino, comandante da Capitania Fluvial de Porto Velho; a capitã-tenente, Viviane Oliveira de Jesus de Souza, assistente do almirante; e o capitão-tenente, Alan Costa, agente fluvial de Boca do Acre.

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Acre

Vinte candidatos no Acre foram denunciados por derramamento ilegal de ‘santinhos’

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Eleições 2024 no AC: santinhos foram espalhados pela cidade — Foto: Hellen Monteiro/Rede Amazônica

Tramitam na 9ª Zona Eleitoral, que abrange as cidades de Rio Branco e Bujari, reclamações contra 20 candidatos que participaram das Eleições municipais , realizada no último dia 6 de outubro, por prática irregular de derramamento de santinhos.

Além disso, o aplicativo Pardal recebeu inúmeras denúncias advindas da população. As reclamações estão em trâmite no Tribunal e as investigações buscam apurar os detalhes e a extensão do problema.

O uso de mini panfletos de propaganda eleitoral é uma prática comum nas campanhas eleitorais, mas a distribuição irregular e o derramamento descontrolado desses materiais pode caracterizar infração às normas eleitorais, ressaltando que essas ações  podem afetar a lisura do processo eleitoral e a igualdade de condições entre os candidatos.

Segundo o Tribunal Regional Eleitoral do Acre (TRE/AC), a violação dessas normas pode resultar em diversas penalidades. Candidatos e partidos que forem flagrados realizando a distribuição irregular de santinhos podem enfrentar punições.

“A Lei das Eleições 9.504/97 proíbe a distribuição de material publicitário próximo aos locais de votação, considerando essa prática crime. As penalidades incluem multa e, em casos mais graves, pena de seis meses a um ano de prisão. Além disso, o descarte de ‘santinhos’ pode também ser enquadrado como crime ambiental”, destaca.

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Governo regulamenta lei que institui a subvenção econômica aos produtores estaduais na exploração de produtos florestais

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Por Annie Manuela e Vitor Hugo Calixto

O governo do Acre sanciona, após aprovação da Assembleia Legislativa do Estado (Aleac), o Decreto 11.564, que regulamenta a  Lei n°1.277, de 13 de janeiro de 1999, que institui a subvenção econômica aos produtores estaduais na exploração de produtos florestais, e revoga o Decreto n°6.153, de 16 de junho de 2020, que tratava sobre o mesmo assunto.

De acordo com o decreto, os beneficiários são os produtores agroextrativistas que exercem atividades familiares, utilizando sua força de trabalho e a de seus familiares, sem a contratação permanente de mão de obra externa. Esses produtores devem residir na área de produção e ter como principal fonte de renda a exploração extrativista, agroextrativista ou agropecuária. Além disso, é necessário que estejam ligados a organizações da sociedade civil, como associações, cooperativas ou sindicatos, devidamente cadastrados na Secretaria de Estado de Agricultura (Seagri).

O novo documento, publicado nesta segunda-feira, 14, estabelece os beneficiários da subvenção econômica prevista no artigo 1° da Lei 1.277. Estabelece, também, a Seagri como reguladora, executora e operacionalizadora da subvenção, bem como o cadastramento dos produtores e organizações interessadas em participar do programa de subvenção.

Seringueiro faz demonstração de como a borracha era defumada. Foto: Alice Leão/Sete

Valores para subvenção econômica para os produtos produzidos também foram estabelecidas pela nova lei. Os pagamentos serão realizados aos beneficiários quatro vezes ao ano, conforme calendário estabelecido na lei. O primeiro bloco de pagamento, por exemplo, será referente às notas fiscais entregues de dezembro do ano anterior a março, com pagamento previsto para abril.

A Seagri será responsável pela execução do programa, com a realização de cadastramento dos produtores, pela gestão do pagamento das subvenções e pelo desenvolvimento de um plano de monitoramento. Esse plano inclui ações de fiscalização para garantir que o pagamento seja realizado de forma adequada e transparente. O Conselho Estadual de Desenvolvimento Rural e Florestal Sustentável (CDRFS) será o órgão colegiado encarregado da governança dessa política.

O novo decreto tem como objetivo principal fomentar o desenvolvimento sustentável no estado do Acre, incentivando práticas de manejo florestal que respeitem o meio ambiente e, ao mesmo tempo, contribuam para a segurança econômica dos pequenos produtores familiares. A subvenção busca também fortalecer as cadeias produtivas locais, como a borracha e o murmuru, gerando emprego e renda para comunidades extrativistas.

A iniciativa é parte do compromisso do governo estadual em promover políticas públicas que equilibrem crescimento econômico com a preservação ambiental, assegurando que o desenvolvimento do Acre seja inclusivo e sustentável.

O decreto também define os valores da subvenção para diferentes produtos florestais, como:

– Látex de cultivo (Vale do Acre): R$ 4,20 por unidade;

– Látex nativo (Vale do Acre): R$ 4,40 por unidade;

– Folha defumada líquida (FDL): R$ 3,50 por unidade;

– Coágulo virgem prensado (CVP) Nativo: R$ 2,30 por unidade;

– Murmuru: R$ 1,00 por unidade.

Esses valores representam um importante incentivo para a sustentabilidade econômica dos pequenos produtores, reforçando a valorização do extrativismo sustentável no estado.

Confira a lei na íntegra: DOE 14-10.

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