Acre
Iteracre ultrapassa meta de 2023 e entrega mais de 3.700 títulos de terras

O Instituto de Terras do Acre (ITERACRE) vem realizando um trabalho histórico em todo o estado. Em menos de 20 dias, o órgão já entregou mais de 2.700 títulos urbanos, rurais e para entidades religiosas em diversos municípios, incluindo Plácido de Castro, Acrelândia, Brasiléia, Xapuri, Sena Madureira, Tarauacá e Cruzeiro do Sul.
Com a entrega prevista de 929 títulos em Feijó, que deve acontecer nos próximos dias, o número total ultrapassará 3.629 documentos regularizados, superando a meta estabelecida pela presidente do ITERACRE ainda na primeira fase de sua gestão, iniciada ano de 2023.
De acordo com informações da presidência do Instituto, ainda há cerca de 4 mil títulos em fase final de registro, que deverão ser entregues à população até o fim deste ano. A presidente informou que, assim que o gabinete do governador definir o cronograma da segunda remessa de entregas, o ITERACRE dará início às novas cerimônias de distribuição dos documentos registrados.
Estamos aguardando a tratativa do tribunal de justiça através da corregedoria, junto aos cartórios, demais de aproximadamente 6 municípios para em seguida aliar as entregar os títulos registrados a população com o gabinete do nosso governador e vice governadora Mailza Assis, que tem se dedicado para garantir moradia com segurança para os acreanos, diga como vai funcionar o cronograma de entrega para que ele esteja conosco em mais um momento histórico”, apontou Gabriela Câmara.
Essas metas fazem parte de um pedido direto do governador e vice governadora Mailza, que desafiou o ITERACRE a manter um ritmo acelerado e alcançar a marca de 10 mil títulos entregues até o final de 2025.
Com esse avanço, o ITERACRE consolida um dos maiores programas de regularização fundiária da história do Acre, garantindo segurança jurídica e dignidade para milhares de famílias acreanas.
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Acre
Críticas à COP30 expõem risco de fracasso e desafiam imagem do Brasil

Críticas à COP30 expõem risco de fracasso e desafiam imagem do Brasil
Tânia Rêgo/Agência Brasil
Falhas de infraestrutura, altos custos e contradições políticas levantam dúvidas sobre o sucesso da conferência climática
A poucos dias da abertura da 30ª Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP30), em Belém (PA), o evento acumula críticas e desperta questionamentos sobre a capacidade do Brasil de conduzir uma conferência ambiental de alcance global.
Pela primeira vez sediada no país, a COP reunirá líderes mundiais, cientistas, empresas e organizações entre 10 e 21 de novembro, com o objetivo de definir novas metas de redução das emissões de gases de efeito estufa.
Às vésperas do encontro, o clima é de apreensão. A infraestrutura precária da cidade-sede e o descompasso entre discurso e prática na política ambiental do governo federal geram desconfiança entre participantes e observadores.
Na imprensa internacional, as críticas variam desde o aumento dos preços de hospedagem e a falta de estrutura urbana até questionamentos sobre a coerência das ações brasileiras.
Obras terminando às vésperas do encontro, hotéis lotados, transporte público insuficiente e serviços sobrecarregados colocam em dúvida a capacidade de Belém de receber um evento desse porte.
Além das dificuldades logísticas, organizações e lideranças amazônicas denunciam exclusão e altos custos de participação. A percepção é de que as conferências climáticas têm se transformado em “cúpulas de negócios”, voltadas a oportunidades econômicas mais do que a soluções reais para a crise ambiental.
Riscos
O cientista político Gabriel Amaral, ouvido pelo R7, avalia que há risco de a COP30 ser lembrada mais pelos problemas do que pelos resultados.
“A COP30 não é um evento ambiental apenas, mas um exercício de afirmação internacional. Quando um país assume o papel de liderança climática, ele se coloca sob um padrão mais rigoroso de observação”, afirma.
Segundo Amaral, a contradição entre o discurso presidencial contra os combustíveis fósseis e a autorização para exploração de petróleo na Margem Equatorial foi percebida no exterior como sinal de incoerência.
“A imagem não se desgasta pelo conteúdo do discurso, mas pela distância entre intenção e prática. Esse tipo de descompasso é rapidamente notado por outros países, por organizações multilaterais e pela imprensa internacional”, completa.
Exclusão e representatividade limitada
As dificuldades de acesso e o alto custo de participação comprometem a representatividade da conferência, segundo o especialista.
“Quando o acesso a um evento desse porte se torna caro e logisticamente complexo, quem tende a ficar de fora são justamente os atores que deveriam estar no centro da discussão: comunidades amazônicas, organizações territoriais, pesquisadores locais e jovens lideranças”, avalia Gabriel Amaral.
Para ele, a ausência desses grupos esvazia o sentido político do encontro.
“A inclusão não pode ser simbólica. Ela exige presença, voz e capacidade real de influenciar decisões. Quando esses atores são mantidos à margem, a COP deixa de ser um espaço de construção coletiva e se aproxima de uma formulação de cima para baixo”, afirma.
Os problemas de infraestrutura também impactam a imagem do Brasil como anfitrião de grandes eventos internacionais.
“Infraestrutura é leitura imediata de capacidade de execução. Quando um país recebe um evento como a COP, o que está em jogo não é apenas logística, é reputação. Se a cidade transmite improviso e desorganização, a mensagem que fica é de fragilidade institucional”, diz Amaral.
Cenário que dá para mudar
Mesmo diante das falhas, o cientista acredita que ainda é possível mudar o cenário.
“O governo pode corrigir a rota e tratar as críticas como diagnóstico, não como ruído. Em política, reconhecer um problema não é sinal de fraqueza, é demonstração de comando”, avalia.
Segundo ele, a COP30 pode se tornar um marco se resultar em mecanismos permanentes — como metas verificáveis de desmatamento, fortalecimento das instituições ambientais e maior participação das comunidades amazônicas nas decisões sobre o futuro da floresta.
Entre discurso e prática
Nos últimos anos, as conferências climáticas têm sido criticadas por se transformarem em palcos políticos voltados à projeção de imagem, com poucos resultados concretos.
“O espaço antes ocupado por pesquisadores e negociadores especializados passou a ser dividido com lideranças políticas em busca de influência. Quando isso acontece, o foco se desloca da solução concreta para a aparência de articulação estratégica”, explica Amaral.
Ele reforça que o desafio brasileiro é evitar que a COP30 vire mera vitrine verde.
“O problema não é politizar, é politizar sem transformar. Se a conferência servir somente como plataforma de imagem, sem continuidade na implementação, a percepção global será de que o evento serviu mais para comunicar intenções do que para produzir resultados”, conclui.
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Acre
Briga generalizada termina em pancadaria na frente do estádio Marreirão, em Sena Madureira

Confusão envolveu grupo que consumia bebidas e exigiu intervenção da Polícia Militar; não há registro de feridos ou prisões
O que seria uma noite de descontração terminou em tumulto na madrugada deste domingo (9), em Sena Madureira, no interior do Acre. Uma briga generalizada foi registrada em frente ao estádio Marreirão, na Avenida Brasil, e envolveu diversas pessoas, chamando a atenção de quem passava pela região.
Segundo informações preliminares, o confronto teve início após uma discussão entre pessoas que consumiam bebidas alcoólicas nas proximidades. Em poucos minutos, as ofensas verbais evoluíram para agressões físicas.

Testemunhas relataram que a confusão teve troca de murros, chutes, golpes com capacete e até “voadoras”, em meio a gritos, empurrões e correria. Populares ainda tentaram intervir para conter a violência, mas não conseguiram controlar a situação.
A Polícia Militar foi acionada e chegou ao local quando o tumulto ainda estava em andamento. Até o momento, não há confirmação de feridos graves nem de pessoas conduzidas à delegacia.
O caso deve ser acompanhado pelas autoridades, caso novos desdobramentos surjam após a atuação policial na área.
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Acre
Pesquisa revela que 96,5% dos acreanos aprovam a Operação Álcool Zero do Detran
Fiscalização é conhecida por 88,8% da população e considerada eficaz na prevenção de acidentes por 89,8% dos entrevistados; apoio é majoritário em todos os perfis demográficos

A eficácia da medida também é reconhecida: 89,8% acreditam que a operação ajuda a evitar acidentes e salvar vidas. Foto: captada
A Operação Álcool Zero, iniciativa do Departamento Estadual de Trânsito do Acre (Detran-AC), conta com apoio maciço de 96,5% da população acreana, segundo pesquisa Data Control encomendada pelo próprio órgão. Os dados revelam que a fiscalização é conhecida por 88,8% dos entrevistados e considerada eficaz na prevenção de acidentes por 89,8% dos acreanos.
O apoio à operação é consistente em todos os perfis demográficos: entre os homens, a aprovação é de 95,8%, enquanto entre as mulheres sobe para 97,1%. A faixa etária de 25 a 34 anos registra o maior índice de aprovação (98,2%), e a de 60 anos ou mais, o menor – ainda assim com expressivos 94,3%. Pessoas com ensino superior são as que mais apoiam a medida (98,2%), demonstrando que a iniciativa de tolerância zero ao álcool no volante conquistou respaldo popular generalizado no estado.
Dados da pesquisa Data Control:



Aprovação por perfil demográfico
Gênero:
Mulheres: 97,1%
Homens: 95,8%
Faixa etária:
25-34 anos: 98,2% (maior apoio)
60+ anos: 94,3% (menor apoio, ainda assim elevado)
Escolaridade:
Ensino superior: 98,2%
Demais níveis: apoio similarly elevado
Rejeição mínima
- Desaprovação: apenas 2,4%
O apoio esmagador à operação reflete a conscientização da sociedade acreana sobre os riscos da associação álcool/volante, respaldando a atuação do Detran-AC em uma das fiscalizações mais visíveis e contundentes do estado.

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