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Acre

Instituições fazem mapeamento das rotas de imigração haitiana ao Brasil

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Marcos Chagas
Repórter da Agência Brasil
Brasília – O governo federal terá, até outubro, dados consolidados das rotas usadas pelos haitianos que entram ilegalmente no país. O estudo envolve profissionais do Brasil, Equador, Peru, da Bolívia e do Haiti em parceria feita por organismos nacionais em internacionais. No caso do Brasil, a Organização Internacional para as Migrações (OIM) – ligada as Nações Unidas, vai fazer parceria com o Ministério do Trabalho e Emprego. Nos demais países, a OIM articulou a iniciativa com acadêmicos e voluntários.

O professor da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC-MG), Duval Fernandes, é o coordenador do trabalho no Brasil. Em reuniões com os profissionais envolvidos, ele disse que alguns temas colocados pelos colegas da Bolívia e do Peru serão objeto de investigação de campo. Também participam das pesquisas órgãos não governamentais como o Instituto Migrações e Direitos Humanos (IMDH).

Um dos temas é a questão da instalação de mercados informais, por parte de haitianos, nas rotas de imigração, na maioria das vezes patrocinadas por coiotes. Duval Fernandes destacou que, pelas informações previamente colhidas, “a lógica indica que as redes migratórias têm a tendência [com o tempo] de se solidificar pelo caminho”.

O coordenador do trabalho acrescentou que esses haitianos que teriam se estabelecido nas rotas observaram a oportunidade de ganhar dinheiro com a imigração mas, necessariamente, não estão envolvidos com o tráfico de pessoas. Nesse trabalho, explicou, caberá aos colegas equatorianos, peruanos e bolivianos mapear as rotas em operação, os perigos a que são submetidos os haitianos, bem como dificuldades e vulnerabilidade.

No Brasil, profissionais sob a coordenação do professor Fernandes viajarão em maio para Manaus (AM). O objetivo será avaliar como as mulheres haitianas são inseridas no mercado de trabalho brasileiro e as dificuldades enfrentadas para conseguir um emprego.

“Elas não vão para a construção civil [maior contratante]. A possibilidade é conseguir trabalho em profissões como empregadas domésticas ou áreas de serviços”, disse o professor mineiro. Ele destacou que esses empregos necessitam de qualificação mínima, como falar o português, o que demanda alguma profissionalização dessas mulheres.

A investigação de campo vai incluir um levantamento sobre como vivem os primeiros haitianos que imigraram ao Brasil e se estabeleceram aqui. Já foram mapeadas pessoas em Rondônia, São Paulo, Minas Gerais e no Paraná. Muitos deles se submeteram aos coiotes com a promessa que, no Brasil, ganhariam um salário de até R$ 10 mil. Duval Fernandes destacou que em conversas prévias, alguns se mostraram decepcionados com a vida no país.

“Nossa proposta é que essas pessoas, em depoimentos que serão transmitidos no Haiti, mostrem claramente a realidade do mercado de trabalho. Isso reduziria muito a capacidade dos coiotes de ganharem dinheiro com a imigração ilegal”, frisou Fernandes.

Um problema observado pelo professor da PUC é a entrada ilegal, por Brasileia (AC), de pessoas de outros países, entre eles Bangladesh e República Dominicana. Com uma rota já consolidada na América do Sul, essas pessoas são submetidas a um mercado de coiotes bem mais elaborado, que o dos haitianos.

Outro ponto sensível a ser observado pelos profissionais dos quatro países envolvidos no projeto, é a utilização dos haitianos como “mulas” – pessoas que transportam drogas para o narcotráfico – nessas rotas. “A gente sabe que para uma pessoa com dificuldades financeiras o mercado [de drogas] está aberto”.

Duval Fernandes considerou positiva a presença de profissionais do governo federal no Acre, onde servidores da Polícia Federal e dos ministérios do Trabalho e Emprego, da Saúde e do Desenvolvimento Social atuam em frentes para legalizar a permanência dessas pessoas no país e para dar apoio às medidas de atendimento implementadas pelo governo acriano.

O professor ressaltou que se o Congresso Nacional não assumir a responsabilidade pela elaboração de uma política permanente para os imigrantes, todo o esforço do governo federal e dos governos estaduais [da Região Norte] serão em vão.

O levantamento das rotas de imigração, bem como os riscos a que são submetidos os haitianos, é patrocinado pela Organização Internacional para as Migrações, vinculada à Organização das Nações Unidas (ONU). No Brasil, o convênio foi feito com o Ministério do Trabalho e Emprego e é conduzido internamento pelo Conselho Nacional de Imigração (Cnig). Além da parceria com a PUC-MG, o trabalho também recebe apoio de órgãos como o Instituto Migrações e Direitos Humanos (IMDH).

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Tudo suspenso – Núcleo de SEE e SEMED informam que devidos as cheias do Rio Acre, as aulas em Epitaciolândia serão suspensas a partir de segunda dia 27

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O Núcleo de Estado de Educação de Epitaciolândia, através do Coordenador Cleomar Portela Beduíno, informou na manhã deste domingo 26, dando conta que devido as cheias do Rio Acre ocasionando desalojamento de muitas famílias e causando vários transtornos nos ramais do município, as aulas da rede de Ensino Estadual estão suspensas.

Cleomar Portela explica através de áudio que: O motivo da suspensão é devido muitas famílias estarem em áreas de alagação, situações dos ramais devido às fortes chuvas comprometendo o transporte escolar de alunos que residem na zona rural, e, ainda a disponibilização dos prédios públicos para abrigar as famílias caso seja necessário.

Portela informa ainda que, tão logo a situação esteja normalizada passará informes sobre o retorno das aulas nas Escolas Estaduais do Município.

Segundo informou a Secretária Municipal de Educação Eunice Maia Gondim, no município de Epitaciolândia também serão suspensas as aulas na zona urbana.

“Vamos suspender as aulas aqui na zona urbana até a normalização dessa situação, estamos avaliando a situação da zona rural, mas certamente também teremos que interromper, pois os igarapés estão muito cheios e várias pontes terão que passar por reparos, isso colocaria em risco a integridade dos nossos alunos, além disso, estamos com várias escolas servindo de abrigo, e muitos alunos tiveram suas residências  atingidas pelas cheias. ” Informou a Secretária.

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Acre

Presidente da Câmara de Brasiléia se reúne com senador Alan Rick e prefeita para debaterem obrigações tributárias

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O presidente dia Câmara Municipal de Brasiléia, Marquinhos Tibúrcio, prestigiou nesta sexta-feira (24) no centro de conveniência do Idoso o Senador da República, Alan Ricky, relator do projeto que simplifica o Sistema Tributário Nacional com autoridades da região, apresentando o Estatuto Nacional de Simplificação das Obrigações Tributárias Assessorias PLP 178/2021, para setores da iniciativa privada dos municípios de Brasiléia e Epitaciolândia.

Participaram também deste encontro a Prefeita Municipal de Brasiléia, Fernanda Hassem, a vereadora Arlete Amaral, o vereador Rogério Pontes, o vice-prefeito de Epitaciolândia, Antônio Soares, representante da câmara de Epitaciolândia, José Maria, a diretora da fundação de Tecnologia do Estado do Acre (FUNTAC), Yuçara Souza, Presidente da Associação Comercial de Brasiléia e Epitaciolândia, Andreu Colferai e produtores e empresários do Setor Comercial.

O projeto tem como objetivo padronizar a legislação, com a criação da nota Fiscal Brasil Eletrônica; permite a apresentação de declarações fiscais, por meio da Declaração Fiscal Digital (DFD); a unificação do documento de declaração e a criação do Registro Cadastral Unificado (RCU).

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Governo do Estado do Acre envia Cestas Básicas, Agua Potável e Colchões para Epitaciolândia

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A prefeitura de Epitaciolândia recebeu na manhã deste domingo 26, colchões, cestas básicas, material de higiene, limpeza e água potável enviados pelo Governo do Estado do Acre, os itens serão distribuídos às famílias desalojadas pelas cheias do Rio Acre.

No dia de ontem o prefeito Sérgio Lopes decretou Situação de Emergência, com a cheia ocorrida nas últimas horas, resultando nas cerca de 200 famílias que foram desabrigadas que residem em bairros próximo ao Rio Acre, tiveram que serem levadas para abrigos oferecido pelo Munícipio, sendo que algumas foram deslocadas para casas de parentes.

Sérgio Lopes destaca que toda doação será bem-vinda, itens de higiene, roupas em condições de uso, alimentos, colchões e agua serão de grande ajuda para essas pessoas que tiveram que sair de suas casas e muitas não têm condições de comprar.

“Hoje recebemos do Governo do Estado doações de colchões, agua potável e cestas básicas, porém, nosso comercio local e as pessoas em geral está ajudando, é um momento especial em que deixamos as diferenças de lado e lutamos pelo bem comum, ou seja, ajudar os necessitados. Por isso, em nome de nossa equipe da prefeitura queremos agradecer a todos e pedir que continuem ajudando. ” Destacou o Prefeito Sérgio Lopes.

 

 

 

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