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Indígenas pedem providência contra comercialização e uso indiscriminado de rapé

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Líderes indígenas huni kuin procuraram a sede do Ministério Público do Estado do Acre (MPAC) com o objetivo de pedir proteção e respeito aos seus saberes ancestrais. Eles foram recebidos pela coordenadora do Centro de Apoio Operacional de Defesa do Meio Ambiente, Patrimônio Histórico e Cultural e Habitação e Urbanismo (Caop/Maphu), procuradora Rita de Cássia Nogueira Lima.

O cacique do Centro Huwã Karu Yuxibu e articulador político da etnia, Mapu Huni Kuin, manifestou preocupação com a utilização indiscriminada de rapé nas cidades. Segundo ele, há preparo, uso e comercialização abusivos que descaracterizam esse pó tradicional consumido em rituais sagrados e de cura por diversos povos originários da Amazônia.

Nas culturas indígenas, em especial para os índios huni kuin, o rapé é considerado uma “medicina de poder” que promove contato com o mundo espiritual. Por isso seu uso deve ser administrado com reverência e em contexto sagrado. Feito da combinação de ervas, entre elas o tabaco, o pó é geralmente aplicado em rituais xamânicos acompanhado de outras “medicinas da floresta” como ayahuasca e sananga.

O cacique huni kuin relatou que é cada vez mais comum ver o uso de rapé misturado com álcool e até com drogas ilícitas, o que pode causar, em seu entendimento, sérios danos à saúde, além do desvirtuamento dos conhecimentos ancestrais das culturas indígenas.

 “A gente está pedindo providência contra a banalização dessa medicina sagrada, que é o rapé, que está sendo mal-usado, com muitas pessoas bebendo cachaça e até ingerindo com outras substâncias químicas, e lá na frente a gente pode ver que o rapé pode ser proibido. Nesse sentido, viemos conversar para a gente pensar em uma regulamentação, para que as pessoas possam comercializar e usar de forma adequada”, declarou o cacique.

Por sua vez, a procuradora afirmou que vai reunir informações sobre o assunto com estudiosos e órgãos públicos ligados à cultura. Recentemente, o Caop/Maphu instaurou um processo administrativo para acompanhar as políticas públicas de proteção ao patrimônio cultural material e imaterial no Estado do Acre, o que pode redundar, a depender dos estudos e informações a serem levantados, na sugestão de declaração do rapé como um patrimônio cultural imaterial, assim como a regulamentação de sua comercialização.

“Tratamos sobre o desvirtuamento dessa medicina tradicional dos povos indígenas, que é o uso do rapé. Foi nos explicado pelos representantes indígenas que tem todo um ritual para preparação e ministração do rapé, que ele é usado para cura dentro de um ritual, mas hoje seu uso está sendo indiscriminado, em contexto recreativo, e não para uso medicinal e dentro do ritual, inclusive  há notícias de que, ao invés das raízes e ervas, estão sendo adicionadas drogas ilícitas”, informou a procuradora de Justiça Rita de Cássia Nogueira Lima.

Atuando como intermediador da conversa, o assessor da Procuradoria Geral de Justiça Moisés Alencastro disse que as lideranças indígenas estão preocupadas com a preservação de suas tradições. “Com certeza, vamos ter resultados positivos, através desse estudo sobre o patrimônio cultural, casando com a regulamentação do uso do rapé fora das aldeias.”

 

Jaidesson Peres- Agência de Notícias do MPAC

Fotos: Clóvis Pereira

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Polícia Civil do Acre deflagra nova etapa da Operação Jackpot contra jogos de azar e rifas ilegais

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Na manhã desta terça-feira, 23, a Polícia Civil do Acre (PCAC) deu continuidade à Operação Jackpot, uma ação enérgica de combate à prática de jogos de azar e rifas ilegais no estado. Nesta fase da operação, foram cumpridos três mandados de busca e apreensão, juntamente com o sequestro de bens relacionados às atividades ilícitas.

Durante a incursão policial, foram apreendidos diversos itens que serviam de instrumentos para as práticas ilegais. Entre os materiais recolhidos encontram-se dois veículos, smartphones, notebook, tabletes, bem como o bloqueio de valores em contas bancárias pertencentes aos investigados.

Uma das medidas mais significativas foi o sequestro de valores que podem chegar a até R$ 1 milhão para cada influenciador envolvido nas atividades ilícitas, medida esta expedida pelo Judiciário como forma de coibir a continuidade dessas práticas.

“A Polícia Civil reitera seu compromisso com a legalidade e a ordem pública, enfatizando que operações como a Jackpot visam não apenas reprimir, mas também prevenir a disseminação de atividades que ferem a legislação vigente. O combate ao jogo ilegal é uma das prioridades das autoridades, visando garantir um ambiente seguro e dentro da lei para todos os cidadãos acreanos”, enfatizou o delegado responsável pela operação policial, Igor Brito.

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Rio Branco Airport recebe exposição que celebra 80 anos de atuação da Polícia Federal

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•⁠ ⁠Mostra fotográfica estará disponível no Aeroporto de Rio Branco durante todo o mês de abril;
•⁠ ⁠Imagens destacam história e multiplicidade de atuação da Polícia Federal;
•⁠ ⁠Passageiros podem conferir a exposição na área pública do terminal.

Abril, 2024 – O Rio Branco Airport, operado pela Concessionária dos Aeroportos da Amazônia, membro da VINCI Airports, recebe, neste mês de abril, uma exposição fotográfica em comemoração aos 80 anos da Polícia Federal. A mostra, que estará disponível durante todo o mês, das 8h às 23h, no saguão público do aeroporto, próximo ao desembarque.​

Destacando a multiplicidade de frentes em que a Polícia Federal atua diariamente, a exposição reúne imagens que ilustram diferentes aspectos do trabalho dos mais de 15 mil servidores da corporação ressaltando os valores que norteiam o trabalho desses agentes, como integridade, imparcialidade, ética e eficiência.
A diretora-presidente da Concessionária dos Aeroportos da Amazônia, Karen Strougo, destaca: “A Polícia Federal desempenha um papel crucial para a sociedade e, especialmente no ambiente aeroportuário, essa atuação está totalmente associada a um de nossos principais compromissos que é a segurança. Para nós, é muito significativo receber essa exposição e poder mostrar aos passageiros um pouquinho desse trabalho admirável desempenhado pela instituição”.​

Sobre o Rio Branco Airport​
O Rio Branco Airport é um dos sete aeroportos na Amazônia operados pela VINCI Airports, maior operadora privada de aeroportos no mundo, por meio do contrato de concessão com duração de 30 anos. Principal aeródromo do estado do Acre, o Rio Branco Airport busca maior conectividade e estímulo da economia da região. Incorporando padrões operacionais globais, busca oferecer mais eficiência, segurança e uma melhor experiência de viagem para seus passageiros.​

Sobre a VINCI Airports ​
Maior operador aeroportuário do mundo, administra mais de 65 aeroportos em 12 países da Europa, Ásia e nas Américas. Graças à sua expertise como integradora global, a VINCI Airports desenvolve, financia, constrói e administra aeroportos, fornecendo sua capacidade de investimento e seu know-how na otimização do desempenho operacional, modernização da infraestrutura e implantação da transição ambiental. Desde 2016, a VINCI Airports é a primeira operadora global comprometida com uma estratégia ambiental internacional, com objetivo de alcançar zero emissões líquidas de carbono em toda a sua rede até 2050.


Press information:​
Três Comunicação e Marketing​
[email protected]
Izenilda Farias /Camilo Estevam​
[email protected]
[email protected]
(92) 98113-9219 / (69) 99901-4563

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Infestação de bicudo e queda nas cotações preocupam produtores

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A atual safra do algodão é uma das mais desafiadoras devido às condições climáticas adversas, com chuvas escassas durante o plantio em alguns municípios e excesso em outros desde fevereiro, além da presença do bicudo-do-algodoeiro e queda nas cotações internacionais.

Na safra 2023/24, Mato Grosso começou com otimismo, registrando um aumento de 16,84% na área destinada ao algodão, alcançando 1,405 milhão de hectares. Esse crescimento está relacionado, principalmente, à menor rentabilidade da cultura do milho, de acordo com o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea).

Enquanto isso, o aparecimento do bicuto e a tendência de queda do mercado internacional, com cotações atingindo os menores patamares em quatro meses, devido a liquidações especulativas, tem frustrado os cotonicultores. Na bolsa de Nova York, os contratos para julho e dezembro encerraram com retrações de 5,5% e 4,2%, respectivamente.

Ao mesmo tempo, bicudo, segundo os técnicos tem prejudicado até 90% das lavouras. Para combater essa praga e outras, como o complexo de lagartas, pulgões e ácaros, os produtores são obrigados a realizar um número elevado de aplicações de agrotóxicos: em média, 26 aplicações de inseticidas e 8 aplicações de fungicidas por ciclo da cultura.

E não é só, além da praga, as condições climáticas também impactam negativamente a produção. A safra atual enfrenta um cenário climático adverso, marcado por escassez de chuvas durante o plantio em Mato Grosso e excesso de chuvas em alguns municípios desde fevereiro.

Fonte: Pensar Agro

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