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Incêndio atinge prédio do Museu Nacional, no Rio

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Prédio do Museu Nacional, localizado na Quinta da Boa Vista, zona norte do Rio de Janeiro, que está destruído por um incêndio na noite deste domingo (2) Imagem: Pedro Teixeira / Agência O Globo

Um incêndio de grandes proporções atinge na noite deste domingo (2) o prédio do Museu Nacional, na Quinta da Boa Vista, na zona norte do Rio de Janeiro. Os bombeiros chegaram por volta das 20h30 ao local.

De acordo com a assessoria de imprensa do Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro, o incêndio atinge os três andares do prédio e começou por volta de 19h30, quando a corporação foi acionada. Ainda de acordo com os bombeiros, até o momento não há informações sobre feridos. Até 22h50, o combate ao fogo seguia e o incêndio não estava controlado.

A operação de combate às chamas é feita pelo batalhão de São Cristóvão com o apoio de mais cinco quartéis da região.

Quando o incêndio começou, o Museu Nacional já estava fechado para visitação do público. Quatro vigilantes estavam no edifício, perceberam o fogo, fugiram e chamaram os bombeiros. Testemunhas que estavam no parque que há próximo ao local disseram que o fogo começou no primeiro andar, mas ainda não há informações sobre as causas do incêndio.

Dezenas de funcionários da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) acompanham o incêndio. Dois andares foram bastante destruídos e parte do teto desabou.

Uma equipe especializada dos bombeiros entrou no prédio por volta das 21h15 para tentar bloquear áreas ainda não atingidas pelas chamas e avaliar a extensão dos estragos. Duas escadas Magirus são usadas, e dois caminhões-pipa se revezam fornecendo água para o trabalho dos bombeiros.

Entre os funcionários que, em prantos, acompanhavam o incêndio estava o bibliotecário Edson Vargas da Silva, de 61 anos, que trabalha há 43 anos no museu. “Tem muito papel, o assoalho de madeira, muita coisa que queima muito rápido. Uma tragédia. Minha vida toda estava aí dentro”, afirmou.

Uma parte do acervo não fica nesse prédio, então está preservado. Mas o que havia em exposição aparentemente foi todo consumido. O Zoológico do Rio de Janeiro fica bem próximo do Museu Nacional, mas não foi atingido.

Dirigente critica falta de apoio do governo

Em nota, o presidente Michel Temer lamentou a destruição. “Incalculável para o Brasil a perda do acervo do Museu Nacional. Hoje é um dia trágico para a museologia de nosso país. Foram perdidos duzentos anos de trabalho, pesquisa e conhecimento. O valor para nossa história não se pode mensurar, pelos danos ao prédio que abrigou a família real durante o Império. É um dia triste para todos brasileiros”, disse Temer.

O novo diretor da instituição, Alex Kellner, que assumiu o cargo este ano, tentava negociar parcerias com a iniciativa privada para recuperar o museu.

Na GloboNews, o vice-diretor do Museu Nacional, Luiz Fernando Dias Duarte, reclamou da falta de apoio do governo na conservação do espaço.

“Nunca conseguimos nada do governo federal. Recentemente estávamos finalizando um acordo com o BNDES [Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social] para um aporte de recursos volumoso, onde iríamos fazer finalmente a restauração do palácio e, ironicamente, planejávamos um novo sistema de prevenção de incêndios”, afirmou na TV o vice-diretor. Ele afirma que a instituição busca há anos apoio em diversas esferas do governo federal para ajudar na conservação e readequação do espaço, mas nunca conseguiu.

Museu completou 200 anos em 2018

Há três meses, por ocasião da celebração de seus 200 anos, o Museu Nacional assinou com o BNDES um contrato de patrocínio no valor de R$ 21,7 milhões. Os recursos serviriam à restauração do prédio histórico e fizeram parte da terceira fase do Plano de Investimento para a revitalização do Museu Nacional, e somaram-se a R$ 24 milhões destinados nas duas fases anteriores pelo BNDES.

O valor teria as seguintes finalidades: “A recuperação física do prédio histórico; a recuperação de acervos – de modo a garantir mais segurança às coleções e otimizar o trabalho dos pesquisadores -; a recuperação de espaços expositivos – estimulando maior atração de público e promoção de políticas educacionais vinculadas a seus acervos -; a revitalização do entorno do museu; e o fortalecimento da instituição gestora”, conforme divulgado à época pelo BNDES.

O ministro da Cultura, Sérgio Sá Leitão, disse que o dano do fogo ao acervo é “irreparável”, e afirmou que o acidente poderia ter sido evitado.

Ao tomar ciência do incêndio, ele divulgou a seguinte nota. “Um incêndio está destruindo o Museu Nacional, que pertence à Universidade Federal do Rio de Janeiro. É uma imensa tragédia. Trata-se do museu mais antigo do país. Completou 200 anos em junho. Tem um acervo fabuloso em diversas áreas. Aparentemente vai restar pouco ou nada do prédio e do acervo exposto. A reserva técnica não foi atingida”, afirma o ministro.

“É preciso descobrir a causa e apurar a responsabilidade. O BNDES assinou em junho um contrato de patrocínio no valor de R$ 21,7 milhões. Tenho procurado ajudar a instituição desde que entrei no MinC. O Instituto Brasileiro de Museus realizou diversas ações. Infelizmente não foi o suficiente. Temos que cuidar muito melhor do nosso patrimônio e dos acervos dos museus. A perda é irreparável. Certamente a tragédia poderia ter sido evitada. O MinC está de luto. A cultura está de luto. O Brasil está de luto. É vital refazer o Museu Nacional, revendo também seu modelo de gestão. E investir agora para que isso não aconteça nos demais museus públicos e privados”, diz a nota do ministro.

Acervo tem 20 milhões de itens

O Museu Nacional é vinculado à Universidade Federal do Rio de Janeiro, e completou 200 anos em 2018. Seu acervo tem mais de 20 milhões de itens.

Especializado em história natural, é o mais antigo centro de ciência do Brasil e o maior museu desse tipo na América Latina.

A instituição foi criada por Dom João VI, em 06 de junho de 1818, e foi inicialmente sediada no Campo de Sant’Ana. Segundo seu site, “como museu universitário, tem perfil acadêmico e científico”.

O maior tesouro do Museu Nacional é o esqueleto mais antigo já encontrado nas Américas, com cerca de 12 mil anos de idade. Achado em Lagoa Santa, em Minas Gerais, em 1974, trata-se de uma mulher que morreu entre os 20 e os 25 anos de idade e foi uma das primeiras habitantes do Brasil.

O crânio de Luzia e a reconstituição de sua face – revelando traços semelhantes aos de negros africanos e aborígines australianos – estão em exibição no museu. A descoberta de Luzia mudou as principais teorias sobre o povoamento das Américas. É considerado o maior tesouro arqueológico do país.

Também exposto no saguão do museu está o maior meteorito já encontrado no Brasil, o Bendegó, com 5,36 toneladas. A rocha é oriunda de uma região do Sistema Solar entre os planetas Marte e Júpiter e tem cerca de 4,56 bilhões de anos. O meteorito foi achado em 1784, em Monte Santo, no Sertão da Bahia. Na época do achado era o segundo maior do mundo. Atualmente, ocupa a 16ª posição. A pedra espacial integra a coleção do Museu Nacional desde 1888.

As múmias também estão entre os grandes destaques do acervo. O corpo mumificado de um índio Aymara, grupo pré-colombiano que vivia junto ao Lago Titicaca, entre o Peru e a Bolívia, abre a série de múmias andinas do Museu Nacional. Trata-se de um homem, de idade entre os 30 e os 40 anos, cuja cabeça foi artificialmente deformada, uma prática comum entre alguns povos daquela região. Os mortos Aymara eram sepultados sentados, com o queixo nos joelhos e amarrados. Uma cesta era tecida em volta do defunto, deixando de fora apenas as pontas dos pés e a cabeça.

O Museu Nacional tem a maior coleção de múmias egípcias da América Latina. A maior parte das peças foi arrematada por D. Pedro I, em 1826. São múmias de adultos, crianças e também de animais, como gatos e crocodilos. A maioria é proveniente da região de Tebas. Lápides com inscrições em hieróglifos também fazem parte da coleção.

Palácio foi residência da família real

O prédio onde hoje funciona o Museu Nacional/UFRJ foi uma doação do comerciante Elias Antônio Lopes ao príncipe regente D. João, em 1808, ano da chegada da família real ao Rio. Após a morte de dona Maria I, em 1816, D. João mudou-se definitivamente para o Paço de São Cristóvão, onde permaneceu até 1821.

D. Pedro I e D. Pedro II também moraram por lá. Com o fim do Império, em 1889, toda a família se exilou na França. O palácio foi, então, palco da plenária da primeira Assembleia Constituinte da República, entre novembro de 1890 e fevereiro de 1891. O Museu Nacional se mudou para o palácio no ano seguinte, 1892.

* (Com informações do Estadão Conteúdo e agências de notícias)

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Nova frente fria chega ao AC nesta semana e temperatura atingirá 18ºC, diz Friale

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Pesquisador Davi Friale – Foto: Alexandre Lima/Arquivo

O pesquisador Davi Friale divulgou em seu site O Tempo Aqui, nesta segunda-feira (10), uma nova previsão de diminuição das temperaturas na próxima semana.

Além disso, o “mago” destacou que até o próximo domingo (16) haverá calor abafado, chuvas, possibilidade de temporais e tempo seco e ventilado.

Na quarta-feira (12), mais uma frente fria chegará ao Acre, a partir do fim da tarde, mas será na quinta-feira que os ventos serão mais intensos, devido à penetração de mais uma onda de frio polar, declinando levemente a temperatura.

“Desta vez, a massa de ar frio não será intensa no Acre. As temperaturas, ao amanhecer, de quinta-feira e de sexta-feira, deverão oscilar entre 18 e 20ºC, em Rio Branco, Brasileia e demais municípios do leste e do sul do estado”, comentou.

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IBGE: mais de 12% dos acreanos já sofreram violência psicológica, física ou sexual

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A pesquisa apontou que 68 mil pessoas de 18 anos ou mais sofreram agressão psicológica nos 12 meses anteriores à entrevista, ou seja, 11,5% da população

IBGE

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta segunda-feira (10) os resultados da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) de 2019.

O Acre figurou em muitos cenários. Um deles foi o de violência psicológica, física ou sexual. Pelo menos 12,4% da população já foi alvo de uma das agressões.

Os dados apontam ainda que 72 mil pessoas de 18 anos ou mais sofreram os tipos de violência destacados, nos 12 meses anteriores à entrevista.

“O percentual de mulheres que sofreram alguma violência foi de 14,0% e o de homens foi de 10,8%. Considerando a faixa etária, a prevalência de casos de violência é mais acentuada nas populações mais jovens: de 18 a 29 anos (16,5,0%); de 30 a 39 anos (8,9%); de 40 a 59 anos (13,5%) e 60 anos ou mais (6,9%). As pessoas pretas (20,2%) e pardas (10,9%) sofreram mais com a violência do que as pessoas brancas (14,6%), diz o órgão.

Outro resultado preocupante tem a ver com o afastamento das atividades laborais e habituais em decorrência da violência sofrida. 9 mil pessoas foram afetadas – o que representa 12,9% das vítimas de violência, seja psicológica, física ou sexual. As mulheres foram mais atingidas do que os homens, com 18,3% e 5,4%, respectivamente.

Violência psicológica

A pesquisa apontou que 68 mil pessoas de 18 anos ou mais sofreram agressão psicológica nos 12 meses anteriores à entrevista, ou seja, 11,5% da população.

O percentual de mulheres vitimadas foi maior do que o dos homens, 12,9% contra 10,1%, respectivamente. A população mais jovem (18 a 29 anos) sofreu mais violência psicológica do que a população com idade mais elevada (60 anos ou mais), 15,4% contra 6,9%. Mais pessoas pretas (18,0%) e pardas (10,2%) sofreram com este tipo de violência do que pessoas brancas (13,4%).

“Considerando o rendimento domiciliar per capita, o grupo com menor rendimento apresentou um percentual maior de vítimas: 15,2% das pessoas sem rendimento até 1/4 do salário mínimo, em comparação a 10,5% das pessoas com mais de 5 salários mínimos”, destaca a pesquisa.

Violência física

A PNS estimou que 17 mil pessoas de 18 anos ou mais sofreram violência física nos 12 meses anteriores à entrevista, o que representa 2,8% da população. O percentual de vítimas do sexo feminino foi de 3,4%, enquanto o dos homens, 2,2%.

Violência sexual

Para as pessoas que responderam que não sofreram agressão sexual nos últimos 12 meses, foi perguntado se ela sofreu essa violência alguma vez na vida. Considerando essas duas perguntas, estima-se que 25 mil pessoas de 18 anos ou mais de idade foram vítimas de violência sexual, independentemente do período de referência, o que corresponde a 4,3% desta população, 2,6% dos homens e 5,9% das mulheres.

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Internações por covid na UTI e enfermarias estão em queda no Acre, diz subsecretária de Saúde

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Ala Covid-19 no Acre – Foto: Odair Leal/Secom/arquivo

A subsecretária de Saúde do Acre, Paula Mariano, disse em entrevista que o número de internações por covid-19 vem diminuindo consideravelmente nos últimos dias.

A notícia tem a ver com a ocupação de leitos comuns e da Unidade de Terapia Intensiva (UTI).

“Temos percebido uma diminuição satisfatória nos últimos 15 dias no Pronto-Socorro e no Into, além de uma queda no número de internações também em Cruzeiro do Sul, no Hospital de Campanha”, disse Paula.

Na última quarta-feira (5) o Into registrou 11 leitos disponíveis de UTI, e o PS desocupou outras 7 vagas. Em Cruzeiro do Sul, 6 leitos estavam disponíveis.

No maior hospital de referência do Acre, apenas 49 leitos de enfermaria, dos 160 disponíveis, estavam ocupados na data.

De acordo com o consórcio de veículos de imprensa do Brasil, o Acre está em queda no número de novas mortes pela doença.

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