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Acre

Imigrantes haitianos e senegaleses sofrem preconceito no Acre, diz Direitos Humanos

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Brasileiros estão incomodados com os “conflitos” envolvendo imigrantes; Acre fala de preconceito

Políciais Militares acompanham trabalho de jornalista em abrigo de senegaleses no Acre. (Almir Andrade)

Políciais Militares acompanham trabalho de jornalista em abrigo de senegaleses no Acre. (Almir Andrade)

Há oito dias uma equipe de reportagem foi hostilizada por senegaleses em um alojamento na cidade de Epitaciolândia, fronteira do Acre com a Bolívia, distante 243 quilômetros de Rio Branco.

Ao ligar a câmera de vídeo, o jornalista Almir Andrade relatou que os imigrantes pediram que o equipamento fosse desligado.

As imagens seriam utilizadas em um evento parlamentar e público para discutir melhorias na estrutura para os imigrantes. Policiais Militares foram acionados para acompanhar o trabalho da reportagem e evitar confronto.

Mesmo nos abrigos os estrangeiros possuem rejeição a entrevistas e recusam falar com a imprensa em algumas situações.

Segundo a Secretaria de Direitos Humanos do Acre, o jornalista não combinou com imigrantes que seriam feitas imagens do local, o que teria originado o tumulto.

Há cerca de cinco dias mais um conflito foi registrado. Uma haitiana desconfiou que um senegalês tivesse cometido um furto, e começou uma discussão. Os envolvidos foram à delegacia de polícia, onde houve acordo.

Moradores das cidades brasileiras onde ficam os refugiados reagiram com intolerância na internet.

“No dia que uma desgraça dessa me dê um empurrão, pode ter certeza vou fica dez anos na cadeia feliz, mas matarei o desgraçado na mesma hora. Porque aqui na fronteira virou terra de ninguém, qualquer estrangeiro entra e faz o que quer com os brasileiros, e a Policia Federal nessas horas? por que não fica de prontidão nas entradas? Só não peca porque não querem”, reclamou Francisco Dantas Castro.

“Nenhuma autoridade dos dois municípios estão preocupados com a população acriana e os estrangeiros tão pintando e bordando em cima do nosso nariz e ninguém faz nada”, escreveu Marcilene Bernardo em uma rede social.

AJUDA FEDERAL – Mais de dois mil imigrantes estão alojados nas cidades de Epitaciolância e Brasiléia, o maior número já registrado de estrangeiros na região.

Nas delegacias de polícia aumentaram registros de brigas, agressões, furtos entre haitianos e senegaleses. Nos últimos meses também chegaram muitos dominicanos.

A Assembleia Legislativa do Acre, declarou que os brasileiros, onde há mais de 20 mil habitantes, estão exposto a agressão, prostituição, doenças infecciosas.

A Comissão de Direitos Humanos parlamentar alertou da necessidade de intervenção do governo brasileiro, para proteger refugiados e os acreanos.

Saiba mais sobre o Acre, aqui.

PRECONCEITO – A Secretaria de Direitos Humanos diz que os fatos são isolados e repassados para a sociedade como se fossem conflitos.

“O que é fato real, é que os senegaleses e os haitianos não se juntam e isso é motivado por religião. Muitos senegaleses são muçulmanos e não aceitam os haitianos por que dizem que os haitianos são de igrejas que usam o vodu nos seus rituais, e isto cria essa divisão entre eles”, disse Ruscelino Araújo Barbosa, secretário adjunto de direitos humanos do Acre.

“O que tiramos como real desta história mal contada, é o fato do preconceito que está impregnado em algumas pessoas, que tentam passar noticias irreais para a sociedade”, afirmou Ruscelino.

MANIFESTAÇÃO RELIGIOSA – O vodu ou vudu teve origem na África, foi trazido pelos escravos. A religião tornou-se oficial no Haiti.

Em suas manifestações no vodu, os haitianos cultuam os antepassados e entidades conhecidas como loas. O vodu é parecido com o candomblé. Os rituais são marcados pela música, a dança e muita comida.

Na cerimônia, os participantes entram em transe e incorporam os loas (existem os bons e maus) e, além disso, comem animais sacrificados.

A religião já foi marginalizada pelos EUA, pois é voltada à magia negra e isso foi feito como forma de reprimir os negros.

Desde 2003, no entanto, o vodu é reconhecido formalmente pelo governo como uma religião legítima no Haití.

No Brasil, a mesma matriz religiosa, trazida pelos negros da África Ocidental, misturou-se com outras práticas religiosas, sobretudo o catolicismo que ganhou expressões na Bahia, que foi chamada de candomblé jeje e no Maranhão e Amazonas foi batizada de tambor de mina. O vodu influenciou a cultura brasileira.

 

Fonte: avanguarda.com.br

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Acre

Prefeitura encerrou atendimento humanitário no Parque de Exposição às vítimas da enchente

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A Prefeitura de Rio Branco concluiu oficialmente o atendimento humanitário no Parque de Exposição, com um custo de aproximadamente R$ 35 milhões, em despesas relacionadas à enchente e assistência aos desabrigados. A medida foi anunciada pelo prefeito, acompanhado de secretários e diretores municipais, durante uma coletiva de imprensa realizada na tarde dessa terça-feira (26).

Na ocasião, o prefeito prestou contas dos trabalhos realizados nos 11 abrigos mantidos pelo Poder Público Municipal, destacando a construção de 935 boxes para abrigar famílias e 235 para animais domésticos. Ele expressou gratidão aos envolvidos e elogiou a condução das operações.

“Garantimos o recurso necessário para amenizar a situação” (Foto: Evandro Derze/Assecom)

“Essa é minha função, minha função não é tirar fotografia dentro da água para dizer que estou ali ajudando na alagação. Ajudar na alagação é botar dinheiro e é isso que, como prefeito, eu procurei fazer, garantir o recurso necessário para amenizar a situação crítica de cada morador”, afirmou o prefeito.

Além do suporte financeiro, o Município disponibilizou o aluguel social para famílias que não puderam retornar para suas residências. As últimas famílias deixaram o parque de exposição no último sábado (23).

Os recursos enviados pelo Governo Federal serão direcionados para a segunda fase da assistência humanitária, coordenada pela Defesa Civil Municipal, que incluirá distribuição de alimentos, kits de higiene e mapeamento de áreas de risco.

Frank: “Estivemos o mais próximo possível das pessoas” (Foto: Evandro Derze/Assecom)

“Nós tomamos a decisão de transferir o gabinete do prefeito para dentro do parque, para que pudesse estar mais próximo possível daquelas pessoas que estavam passando por situação de vulnerabilidade”, explicou Frank Lima, chefe de gabinete da prefeitura.

Os esforços foram divididos entre as secretarias, com cada uma delas responsável por uma área específica, desde os primeiros atendimentos da Defesa Civil até os cuidados com os animais pela Secretaria de Saúde.

“A Secretaria de Saúde também atendeu nos abrigos. Nós estávamos todos os dias, visitando, realizando consultas, levando atendimento a todas as pessoas que estavam abrigadas também nas escolas”, destacou Sheila Andrade, secretária municipal de Saúde.

O encerramento das atividades no parque de exposição marca uma etapa importante no apoio às famílias afetadas pela enchente, evidenciando a atuação conjunta e coordenada do poder público em momentos de crise.

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Acre

Acre terá equipe no Campeonato Brasileiro Júnior e Elite em Palmas

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Foto arquivo pessoal: Endril Lima é um dos ciclistas acreanos na disputa do Brasileiro

O ciclismo acreano terá uma equipe na disputa do Campeonato Brasileiro de Ciclismo Júnior e Elite, competição programada entre os dias 26 e 30 de junho em Palmas, Tocantins.

Segundo o presidente da Federação Acreana de Ciclismo (FAC), Tuxauá Marques, os atletas foram surpreendidos com a informação no início da noite desta sexta, 28, no Parque do Tucumã.

“Convocamos os atletas para uma reunião surpresa. Eles não sabiam da formação da equipe para o Brasileiro. Sem dúvida essa é mais uma grande notícia para o nosso ciclismo na temporada de 2024”, afirmou Tuxauá Marques.

Provas definidas

Tuxauá Marques confirmou as disputas com provas de Estrada e Circuito.

“Vamos com uma equipe fortíssima para um Brasileiro com os melhores atletas. Temos uma nova geração trabalhando com estrutura e melhores condições de treinamento. A nossa meta é começar a conquistar resultados em nível nacional”, avaliou o presidente.

Equipe acreana

Alannis Victória (Viking)

Letícia Macedo (Casa Araújo)

Marcos Daniel (Viking)

Rian Pereira (Viking)

Danilo Araújo (RBR Racing)

Mauro Henrique (Honda)

Carlos Eduardo (Honda)

Endril Lima (Mega Giro)

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Acre

Polícia militar realizou passagem de comando do 5º Batalhão do Acre

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Na manhã desta terça-feira, 26 de março, a Gestora de Organismos de Políticas para Mulheres (OPM), Suly Guimarães, marcou presença representando a Prefeita Fernanda Hassem na cerimônia de transição de comando do 5º Batalhão de Polícia Militar. O evento, que teve lugar em Brasiléia, foi prestigiado por diversas autoridades dos âmbitos estadual, municipal e federal.

O destaque da ocasião foi a passagem de comando do Major Wallace para o Capitão Thales Rafael, que assumirá o posto de comandante do 5º Batalhão de Polícia Militar. Natural de Brasiléia, o Capitão Thales retorna à corporação pela segunda vez e expressou gratidão ao comando da Polícia Militar do Acre por confiar-lhe essa importante missão.

A cerimônia representou não apenas uma mudança de liderança na unidade militar, mas também um momento de reconhecimento e apoio das autoridades presentes às forças de segurança do estado.

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