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Acre

Governo realiza mutirões de cardiologia, odontologia e cirurgia geral no Hospital Regional do Alto Acre

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Nesta sexta, sábado e domingo, serão realizadas 34 cirurgias gerais no Hospital Regional do Alto Acre. Contemplando pacientes com cirurgias de hérnia incisional, inguinal, umbilical e epigástrica, além de colecistectomia

A médica Rejane Veloso ressaltou a importância de ações contínuas voltadas à prevenção e ao tratamento das doenças cardiovasculares, que têm crescido entre pessoas cada vez mais jovens. Foto: Sesacre

O governo do Acre, por meio da Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre), levou mutirões de consultas, exames e cirurgias para o Hospital Regional do Alto Acre, em Brasileia, nas especialidades de cardiologia, odontologia e cirurgia geral. As ações iniciaram nesta quinta-feira, 16, e seguem até o domingo, 19, contemplando mais de 200 pacientes dos quatro municípios da regional: Xapuri, Epitaciolândia, Brasileia e Assis Brasil.

“A descentralização dos serviços é um compromisso da Saúde do Estado, e é assim que aproximamos o cuidado da população. São centenas de pacientes beneficiados em diversos atendimentos, o que nos permite levar a saúde até as pessoas, sem que precisem se deslocar até Rio Branco. Com o apoio dos secretários municipais, essas ações se tornam realidade e garantem mais acesso e qualidade à população da regional do Alto Acre”, destacou a secretária adjunta de Atenção à Saúde, Ana Cristina Moraes.

O gerente geral do Hospital Regional do Alto Acre, Janildo Moraes, ressaltou a importância de ações como essa para a população dos municípios. “São iniciativas essenciais, porque, uma vez que os cidadãos não vão precisar gastar com deslocamento em um percurso mais longo, eles podem receber atendimento aqui mesmo, em Brasileia, no hospital mais próximo de suas residências. Isso traz mais conforto e facilita o acesso ao tratamento de saúde que estão buscando”, ressaltou.

Pacientes de cardiologia puderam ainda passar por avaliação de risco cirúrgico. Foto: Tiago Araújo/Sesacre

Mutirão de cardiologia

O mutirão de cardiologia foi realizado nesta sexta-feira, 17, com consultas com três médicos especialistas disponibilizados pela Sesacre, além da oferta de exames, como o eletrocardiograma (ECG), ecocardiograma e teste ergométrico. Os pacientes puderam ainda passar por avaliação de risco cirúrgico.

“Realizamos os atendimentos de cardiologia com o objetivo de reduzir a fila de espera por consultas na especialidade e garantir um cuidado mais ágil e resolutivo aos pacientes. Além das consultas, estamos oferecendo exames complementares que possibilitam um diagnóstico mais completo e preciso, contribuindo para o acompanhamento adequado e a melhoria da qualidade de vida de quem precisa desse atendimento especializado”, afirmou a coordenadora ambulatorial estadual, Silvia Lima.

Durante o mutirão de cardiologia, a médica Rejane Veloso ressaltou a importância de ações contínuas voltadas à prevenção e ao tratamento das doenças cardiovasculares, que têm crescido entre pessoas cada vez mais jovens. Ela destacou ainda o compromisso da equipe estadual em ampliar o acesso da população aos atendimentos especializados.

Exames como o eletrocardiograma (ECG), ecocardiograma e teste ergométrico foram ofertados durante a ação. Foto: Tiago Araújo/Sesacre

“Hoje, as doenças cardiovasculares, especialmente o infarto, são a principal causa de mortes no mundo, e temos observado um aumento preocupante de casos entre os jovens em todo o mundo. Por isso, esse trabalho conjunto com a Secretaria de Estado de Saúde é fundamental. A partir de agora, pretendemos manter esses atendimentos de forma regular, garantindo que a população receba o cuidado necessário”, reforçou a médica.

O aposentado João Nascimento, morador da zona rural, foi um dos pacientes beneficiados pelo mutirão. Ele passou por avaliação com o cardiologista como parte do preparo para uma cirurgia de hérnia, marcada para os próximos dias. João contou que o atendimento veio em um momento importante e destacou a agilidade e o cuidado com que foi acolhido desde o início do processo.

“Fui chamado para fazer essa avaliação com o cardiologista, porque vou passar por uma cirurgia de hérnia. Recebi a ligação ontem e já vim hoje para o atendimento. Domingo, às sete da manhã, devo me internar para a cirurgia. E tudo começou lá no meu ramal, quando teve um atendimento itinerante, e de lá pra cá foi tudo muito rápido. Eu achava que ia demorar, mas em menos de um mês já estou sendo atendido. Achei ótimo, e estou muito satisfeito com o atendimento que estou recebendo”, contou.

Aposentado João Nascimento, morador da zona rural, foi um dos pacientes beneficiados pelo mutirão. Foto: Tiago Araújo/Sesacre

Mutirão de odontologia

O mutirão de odontologia iniciou na quinta-feira, 16, e segue até o sábado, 18, onde serão atendidos 40 pacientes com cirurgias consideradas mais complexas, e que não são realizadas em Unidades Básicas de Saúde, como o terceiro molar, dentes supranumerários e lesões de pequenas proporções que possam ser realizadas com anestesia local.

“Essa é uma demanda que veio diretamente do gabinete do secretário de Saúde, e hoje estamos realizando uma ação voltada a reduzir as filas de espera e garantir que toda a população tenha acesso rápido e eficiente aos atendimentos especializados. Nosso foco é oferecer cuidado de qualidade, com atendimento humanizado, para que cada pessoa possa receber o acompanhamento necessário com segurança e atenção”, salientou a coordenadora da regional em saúde do Alto Acre, Danielli Carvalho.

O cirurgião bucomaxilofacial Fabiano Conrado destacou a importância da ação realizada voltada para atendimento odontológico especializado, e explicou como a parceria entre a Sesacre e o hospital tem permitido otimizar os serviços e atender à demanda dos municípios da regional.

Serão atendidos 40 pacientes com cirurgias odontológicas consideradas mais complexas. Foto: Tiago Araújo/Sesacre

“Nós buscamos concentrar os atendimentos aqui no Hospital de Brasiléia justamente para reduzir a grande demanda por cirurgias odontológicas ambulatoriais que vinha sendo registrada nos municípios. Com o apoio da Sesacre, que disponibilizou profissionais, materiais necessários e suporte técnico, e com o suporte do hospital, conseguimos realizar os atendimentos de forma organizada e aprimorada. Essa colaboração é essencial para garantir que cada paciente receba cuidado de qualidade e segurança durante todo o procedimento”, explicou Fabiano Conrado.

A paciente Naiara Castro compartilhou sua experiência com a cirurgia de extração do siso, ressaltando a agilidade no atendimento e o cuidado da equipe de saúde durante todo o procedimento. “Eu vim para fazer a cirurgia de um siso. Tinha perdido a obturação do dente e estava sentindo dor há quase dois meses. Procurei a unidade de saúde do município, mas ninguém podia realizar o procedimento sem a avaliação adequada, com raio-X e um profissional especializado. Então ontem de manhã eu marquei na regulação e já à tarde me ligaram para trazer a documentação, e hoje de manhã fui atendida”, contou Naiara.

Foram realizadas cirurgias de terceiro molar, dentes supranumerários e lesões de pequenas proporções. Foto: Tiago Araújo/Sesacre

Mutirão Opera Acre

E a Sesacre segue ampliando o acesso da população a procedimentos cirúrgicos por meio do Programa Opera Acre. Nesta sexta, sábado e domingo, serão realizadas 34 cirurgias gerais no Hospital Regional do Alto Acre. Contemplando pacientes com cirurgias de hérnia incisional, inguinal, umbilical e epigástrica, além de colecistectomia.

“Estamos dando continuidade aos atendimentos em outros municípios. Em Mâncio Lima, de 18 a 25 deste mês, serão realizadas cerca de 120 cirurgias. Em Senador Guiomard, os procedimentos são feitos de segunda a sábado, com uma média de 70 cirurgias por semana. Já em Cruzeiro do Sul, todos os sábados realizamos cirurgias de maior complexidade, como histerectomias totais, onde conseguimos avançar significativamente no número de procedimentos realizados. Essas ações reforçam nosso compromisso em levar saúde de qualidade e garantir que mais pacientes tenham acesso a cirurgias essenciais”, explicou Shirley Nascimento, chefe da regulação de cirurgias do Acre.

Serão realizadas 34 cirurgias gerais nesta sexta-feira, sábado e domingo no Hospital Regional do Alto Acre. Foto: Tiago Araújo/Sesacre

O Opera Acre integra o Programa Nacional de Redução de Filas (PNRF), instituído pelo Ministério da Saúde, e foi concebido para ampliar o acesso da população às cirurgias eletivas, reduzir o tempo de espera e qualificar a resposta do sistema público de saúde. Os mutirões permitem ampliar a capacidade dos hospitais sem comprometer a rotina assistencial.

De janeiro a setembro, mais de 11 mil procedimentos foram realizados em todo o Estado, resultado que traduz o êxito da iniciativa de reduzir a demanda reprimida e oferecer respostas concretas a quem aguardava atendimento. Para outubro, estão programadas 573 cirurgias eletivas, distribuídas entre unidades de saúde da capital e do interior, contemplando diferentes especialidades médicas.

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Acre

Relatório na COP30 denuncia: Comando Vermelho usa fazendas do Acre como base para tráfico internacional

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Documento revela que áreas rurais do estado viraram centros de grilagem, depósito de drogas e lavagem de dinheiro do garimpo; rotas ilegais seguem por rios até Peru e Bolívia

O relatório alerta para a consolidação dessas rotas ilegais que fortalecem a atuação do crime organizado na região. Foto: internet

Um relatório internacional divulgado durante a COP30 em Belém expôs a transformação de áreas rurais do Acre em bases estratégicas do Comando Vermelho para atividades ilegais. O documento “Avaliação da Amazônia 2025: Conectividade da Amazônia para um Planeta Vivo” revela que fazendas e regiões isoladas no estado são utilizadas como depósitos de entorpecentes e pontos de apoio logístico para o transporte de cargas ilícitas rumo às fronteiras com Peru e Bolívia.

A análise detalha como a facção criminosa estabeleceu uma rede que aproveita rotas fluviais e terrestres na tríplice fronteira amazônica para expandir suas operações de grilagem de terras, tráfico de drogas e lavagem de recursos obtidos com garimpo clandestino.

De acordo com o estudo, facções como o Comando Vermelho (CV) utilizam fazendas e áreas de difícil acesso no Acre e em Rondônia para estocar drogas e lavar dinheiro por meio da grilagem de terras. A partir desses pontos, a organização movimenta cargas ilícitas que seguem pelas rotas fluviais e terrestres rumo ao interior do país e às fronteiras com Peru e Bolívia, ampliando o poder das facções na região de tríplice fronteira.

O relatório também alerta que as atividades criminosas no Acre e em outros estados amazônicos agravam a crise climática, uma vez que o desmatamento, as queimadas e a contaminação de rios por mercúrio se tornaram parte da estrutura econômica dessas organizações.

O relatório destaca que as rotas ilegais usam rios e estradas que ligam o interior do Brasil às fronteiras com Peru e Bolívia. Foto: ilustrativa

Rotas e atividades ilegais
  • Eixo: Rio Branco → fronteiras com Peru e Bolívia
  • Transporte: Rios e estradas da tríplice fronteira amazônica
  • Lavagem: Recursos do garimpo clandestino
  • Impacto: Desmatamento e poluição de rios
Contexto internacional
  • COP30: Primeira vez que crime organizado entra na Agenda de Ação do Clima
  • Apelo: Maior cooperação internacional e transparência
  • Conexão: Reconhecimento do vínculo entre narcotráfico e destruição ambiental

Pela primeira vez na história das conferências do clima, o crime organizado foi incluído oficialmente na Agenda de Ação da Convenção do Clima durante a COP30 em Belém. Um relatório internacional reconhece que o narcotráfico e o crime ambiental são fatores determinantes na destruição da Floresta Amazônica, agravando a crise climática global e afetando comunidades locais.

O documento destaca que as atividades ilegais do Comando Vermelho no Acre e em Rondônia – incluindo grilagem, tráfico de drogas e lavagem de dinheiro do garimpo – contribuem diretamente para o avanço do desmatamento e a poluição dos rios amazônicos. O relatório pede maior cooperação internacional e transparência nas medidas de enfrentamento às redes criminosas que lucram com a devastação da Amazônia, alertando para a necessidade de políticas integradas que combatam simultaneamente o crime organizado e a crise climática.

Relatório oficial reconhece pela primeira vez que narcotráfico e grilagem agravam crise climática; documento pede cooperação internacional contra redes criminosas. Foto: captada 

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Apenas 11% das áreas rurais do Acre têm acesso à rede móvel, aponta Anatel

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Apesar da cobertura em todos os municípios, desigualdade entre zonas urbanas e rurais ainda é expressiva; Claro lidera em alcance e satisfação dos usuários.

Embora os 22 municípios acreanos contem com cobertura de telefonia móvel, dados da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) revelam uma forte desigualdade de acesso entre áreas urbanas e rurais. Enquanto 99,53% da população urbana está coberta por algum tipo de rede, apenas 11,57% dos moradores da zona rural têm acesso ao serviço.

O levantamento, referente a junho de 2025, mostra que, em média, 77,05% da população do Acre possui cobertura móvel. Todas as cidades do estado contam com pelo menos uma das três principais operadoras — Claro, TIM e Vivo —, mas a qualidade e o alcance variam consideravelmente.

Entre os municípios, Rio Branco lidera com 94,54% da população atendida por 4G, seguida por Cruzeiro do Sul (76,69%) e Epitaciolândia (72,13%). Já Jordão (41,76%) e Marechal Thaumaturgo (41,87%) estão entre os que têm menor cobertura.

Claro é destaque em alcance e satisfação

A Claro lidera o ranking estadual, atendendo 76,39% da população com 4G e 51% com 5G. Além disso, foi a única operadora com nota acima da média nacional no índice de satisfação de clientes pós-pago da Anatel em 2024, com 7,87 pontos, contra a média brasileira de 7,69.

No serviço pré-pago, a Claro e a TIM também se destacam, com 8,53 e 8,12 pontos, respectivamente. A Vivo, por outro lado, obteve 7,35 pontos, abaixo da média nacional de 7,88.

Os números reforçam os desafios para a inclusão digital no interior do Acre, onde a conectividade ainda é um obstáculo para o desenvolvimento econômico e o acesso a serviços públicos essenciais.

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Justiça acreana mantém tempo médio de tramitação dentro da média nacional, diz TJAC

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Foto: TJAC/assessoria

O Tribunal de Justiça do Acre (TJAC) mantém o tempo médio de tramitação de processos dentro dos padrões nacionais, segundo dados do painel de monitoramento do próprio tribunal, consultados nesta terça-feira (11).

De acordo com as informações, os processos relacionados à violência contra a mulher levam, em média, 225,82 dias para serem concluídos. Já os casos de feminicídio, que costumam envolver maior complexidade processual e número de etapas, têm tempo médio de 341,92 dias até a conclusão.

Um dos destaques é a agilidade nas medidas protetivas, que são concedidas em tempo recorde – em média, 0,65 dia após o pedido. Outros tipos de ações também seguem em patamares próximos ao cenário nacional: ações de saúde demoram cerca de 243,58 dias para serem concluídas; ações criminais levam 516 dias; e processos de júri, por sua natureza mais complexa, chegam a 742,03 dias de tramitação média.

O levantamento também revela o desempenho da Justiça acreana em processos de adoção iniciados em 2025. Segundo o painel, 71,43% desses processos já foram concluídos, percentual ligeiramente abaixo da média ideal de 80%. Quatro processos seguem abertos há mais de 240 dias, e outros dois estão pendentes entre 120 e 240 dias.

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