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Governo nomeia Francisca Arara como Assessora Especial Indígena

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Uma grande liderança reconhecida na representatividade nacional e internacional na defesa dos povos indígenas, Francisca Arara, do povo Arara, foi nomeada nesta quinta-feira, 26, como Assessora Especial Indígena no Gabinete do governador Gladson Cameli.

Aos 44 anos, Francisca tem uma militância de mais de 20 anos em pautas relacionadas às políticas públicas dos povos indígenas, mudanças climáticas e gestão territorial. Ela relata que está emocionada e que agora vai poder ajudar nas pautas indígenas com uma participação direta junto ao Gabinete do governador.

Francisca Arara é nomeada para ser Assessora Especial Indígena no Gabinete do governador Gladson Cameli. Foto: Arquivo pessoal

“Para mim, é uma honra, como mulher indígena, do povo Arara, poder contribuir com o nosso estado. Já atuei nacionalmente e internacionalmente e agora vou ajudar o nosso Acre. Trabalhando diretamente no Gabinete do governador, vou ter mais proximidade e conversar com ele sobre os problemas e soluções relacionados aos povos originários. O nosso Estado vai estar dialogando diretamente com os povos indígenas e, para mim, é uma satisfação e estou muito emocionada”, destaca.

O governador falou da importância de ter uma liderança para trabalhar junto ao governo na condução e elaboração de políticas direcionadas aos povos originários: “Vejo a Francisca Arara como uma mulher forte, uma liderança feminina que agora vai nos ajudar e trabalhar na condução das políticas públicas do Acre. O Estado precisa de lideranças como ela, e agora estaremos caminhando juntos para fortalecer ainda mais o trabalho que já estávamos fazendo”.

Gladson falou ainda da necessidade de debates voltados aos povos indígenas e afirmou que a pauta climática precisa ser prioridade. “Queremos o Estado dialogando diretamente com os povos indígenas e, com a Francisca trabalhando ao nosso lado, vamos poder tratar essa pauta mais de perto”.

A liderança disse ainda que pretende contribuir ainda mais e que tem uma boa relação com os povos indígenas.

Foto: Arquivo pessoal

“Falei para o governador que não era a minha intenção, mas que estava aberta a contribuir, porque tenho uma relação boa com as demais lideranças, com os parceiros e com a equipe do governo. Disse que a gente poderia fazer um bom trabalho, se tiver esse trabalho sincero por parte do Estado nesses quatro anos de governo para com os povos originários, é o que a gente mais sonhou na nossa vida, ter um lugar dos povos indígenas para que a gente possa ter mais autonomia”, acrescentou.

A secretária de Estado do Meio Ambiente e das Políticas Indígenas, Julie Messias, falou que a escolha de Francisca Arara foi assertiva e que a liderança vai somar no que diz respeito ao diálogo entre Estado e povos indígenas.

“O nome da Francisca vai estabelecer ainda mais o diálogo entre o Estado e os povos indígenas e vai ajudar a desenhar as políticas públicas. A Francisca Arara tem um papel fundamental nesse processo, que é o de estar dentro de um espaço de governo como uma mulher indígena e criando um ambiente de diálogo onde se entenda quais são as reais demandas dos povos e o que é necessário para que o Estado possa trazer para o ambiente das políticas públicas”, disse Messias.

Julie lembrou ainda do trabalho em conjunto que Francisca teve na criação do Comitê Regional para Parcerias com Povos Indígenas e Comunidades Tradicionais da Força-Tarefa dos Governadores para Clima e Floresta.

“Nós participamos da criação do comitê para o estreitamento de parcerias com povos indígenas e povos de comunidades tradicionais da força-tarefa dos governadores. Ela é uma liderança fundamental que tem apoiado, inclusive, a criação dos demais comitês dos outros países, dos outros entes subnacionais que integram essa importante iniciativa da força-tarefa e a nível de Brasil. Nós criamos o comitê regional com um grupo atuante de representação de indígenas dos nove estados da Amazônia Legal”.

Quem é Francisca?

Francisca Arara tem 44 anos e atua na causa indígena há mais de 20 anos. Ela é do povo Arara, aldeia Foz do Nilo, localizada no município de Porto Walter, distante 640 quilômetros da capital acreana. Começou sua carreira como professora ensinando os indígenas de sua aldeia quando ainda tinha 11 anos. Foi presidente da Organização dos Professores Indígenas do Acre (Opiac) entre 2005 a 2019. Foi assessora Política da Associação do Movimento dos Agentes Agroflorestais Indígenas do Acre (Amaaiac). É licenciada em pedagogia em ciências da natureza pela Universidade Federal do Acre (Ufac) no Campus Floresta, em Cruzeiro do Sul.

É conhecida nacionalmente e internacionalmente pelo seu engajamento na pauta de mudanças climáticas e no movimento indígena e tem levado para o mundo ideias de governanças para as pautas das políticas públicas direcionadas aos povos indígenas e políticas socioambientais do Acre.

Já atuou no Instituto de Mudanças Climáticas (IMC) e ajudou na retomada da Câmara Temática Indígena (CTI), importante instância de governança dentro da Comissão de Validação e Acompanhamento (Ceva), do Sistema de Incentivos a Serviços Ambientais (SISA). A liderança também atuou no Grupo de Trabalho Técnico de Salvaguarda na Comissão Nacional para REDD+ e foi membra titular do Projeto Florestas+, ambos do Ministério de Meio Ambiente (MMA).

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Rio Acre estabiliza em Xapuri e vazante é aguardada ainda hoje

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Por volta das 9 horas da manhã desta quinta-feira, 30, o Rio Acre estabilizou em Xapuri. Até a última medição, feita às 11 horas, o nível se mantinha em 15,54 metros, apenas 3 centímetros da cota da enchente de 2012.

A cidade enfrenta sérios problemas de falta de água potável para toda a população e energia elétrica em alguns bairros. O Saneacre mobiliza esforços para resolver o problema da água.

Dois bairros, Sibéria e Braga Sobrinho (Bolívia), estão isolados e mais de 200 famílias estão desalojadas ou desabrigadas. A região central da cidade tem vários pontos inundados, com rua do comércio já começando a ser ultrapassada.

A expectativa, no entanto, é de que a vazante comece a acontecer a partir da tarde desta quinta-feira para trazer um maior alento para a população que sofre diversos efeitos da enchente.

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Após protesto, governo suspende contrato com empresa que fornecia alimentos para abrigos

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O fornecimento das marmitas disponibilizadas a vítimas de alagações, o governo decidiu notificar e suspender o contrato com a empresa responsável pelas refeições.

Segundo nota assinada pelo secretário de Assistência Social do Acre, Lauro Santos, a suspensão do contrato acontece devido ao atraso em 8 dos 26 abrigos que atende famílias atingidas pelas alagações em Rio Branco. Um novo fornecedor já foi acionado para atender a demanda.

Segundo a Assistência Social, quase 6 mil refeições diárias são oferecidas nos abrigos, o que envolve a mobilização de vários órgãos, servidores públicos e voluntários, para que seja garantido o acolhimento de todas as pessoas.

O comunicado encerra com um pedido de desculpas do secretário Lauro Santos pelos transtornos causados à população.

Na tarde de hoje, uma manifestação fechou temporariamente a Travessa Guaporé, no centro da cidade. Pessoas abrigadas na escola Dr. Mário de Oliveira reclamavam do atraso e da má qualidade dos alimentos fornecidos pelo Estado, além das condições do lugar.

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Emissão de documentos das pessoas atingidas pela alagação iniciará na próxima segunda-feira

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A Central de Atendimento que visa emitir com mais celeridade a emissão de documentos das vítimas da enchente do Rio Acre e enxurrada dos igarapés, será sediada na Defensoria Pública do Estado do Acre (DPE/AC) e reunirá diversas instituições parceiras para ação conjunta.

Os atendimentos irão ocorrer de forma coordenada das 13h30 às 17h30, entre os dias 3 a 5 e 10 a 14 de abril. No primeiro momento, os serviços serão oferecidos somente para as pessoas que já passaram pela triagem nos abrigos. Inicialmente, é estimado o atendimento diário de 60 pessoas.

As demais pessoas que perderam os documentos, mas não estão nos abrigos, passarão por um cadastramento junto com as associações dos bairros afetados para posterior atendimento.

Serão oferecidos os serviços de emissão da carteira de identidade nacional, além das segundas vias do CPF, carteira de habilitação, título de eleitor, carteira de trabalho, certidão de nascimento e a emissão do boletim de ocorrência para o acesso aos atendimentos.

As instituições que promoverão os serviços são: Polícia Civil, por meio do Instituto de Identificação, Receita Federal, Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), Secretaria de Estado de Assistência Social (Seasd), Secretaria Municipal de Assistência Social e Direitos Humanos (SASDH), Tribunal Regional Eleitoral (TRE), Ministério Público do Trabalho (MPT), Departamento Estadual de Trânsito do Acre (Detran/AC), 1º, 2º e 3º Tabelionato de Notas e Registro Civil de Rio Branco, Defesa Civil Estadual e Municipal, Tribunal de Justiça do Acre (TJAC), Ministério Público do Acre (MPAC), Secretaria de Estado de Educação, Cultura e Esportes (SEE) e Casa Civil.

A iniciativa da ação é intermediada pelo defensor público Celso Araújo, coordenador do Núcleo da Cidadania da DPE/AC, e surgiu a partir das demandas colhidas nas visitas aos abrigos da capital acreana

“A união de esforços das instituições permitirá que possamos cumprir com nossa missão primordial que é garantir o acesso aos direitos e cidadania daqueles que tanto precisam, bem como a efetividade dos nossos serviços e das políticas públicas”, destacou a subdefensora-geral, Roberta Caminha.

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