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Governo e Sebrae fomentam cadeia produtiva de farinha em comunidades rurais de Cruzeiro do Sul
Amarela, branca, crocante, com ou sem coco, são apenas algumas das características que a adjetivam. O que qualifica a farinha de Cruzeiro do Sul são seus aspectos culturais e simbólicos além dos conhecimentos aprofundados dos pequenos produtores, que são repassados de pai para filho. A dedicação e o zelo com a produção por meio da agricultura familiar é o que demonstra essa mistura de conhecimentos tradicionais seculares e elementos de origem indígena.
Com importância reconhecida, a farinha recebeu o Selo de Indicação Geográfica concedido pelo Instituto Nacional de Propriedade Industrial (Inpi), que lhe assegura qualidade de origem e procedência. Ela recebeu este selo pois seu processo de fabricação é exclusivo da região.
Por isso, a Secretaria de Ciência Industria, Tecnologia e Turismo (Seicetur), por meio do Programa Governamental de Compras (Comprac), com o objetivo de incentivar a indústria local, está lançando editais de credenciamentos. A Cooperfarinha é a primeira cooperativa de produtores de farinha que fornecerão produtos oriundos da mandioca, ao Estado.
Com o Programa, o governo busca aquecer a economia local, gerando emprego e renda aos produtores e a parceria com o Serviço Brasileiro de Apoio as Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) é de suma importância, uma vez que o órgão atua na gestão, organizando a produtividade na casa de farinha e no campo, resultando em um espaço estruturado com alvará da Vigilância Sanitária, assegurando padrão de qualidade aos produtos.
José Uchôa conta que desde criança produz farinha, morador da comunidade Pentecostes, ele e a família falam da importância do incentivo do governo: “A ajuda do governo facilita a produção e aumenta nossa produtividade, pois o atual governo tem um olhar diferenciado para nós, oferecendo maquinário, ficamos contentes. Antes, toda a produção era manual, o que deixava o processo mais lento”, relata.
“Essa parceria entre governo e Sebrae é fundamental para fortalecer a agricultura, especialmente tratando-se de um produto símbolo na economia da região”, pontuou o coordenador da Seicetur no Juruá, Alcy Costa.

Equipe técnica da Seicetur na zona rural, vistoriando casas de farinha, para assegurar aos produtores melhor estrutura. Foto: Diego Silva/Secom
“São várias empresas que fazem parte desse credenciamento, no setor alimentício temos a Cooperfarinha e nossa equipe veio verificar se a cooperativa está apta ao credenciamento”, esclareceu Joaquim Clécio, gestor de políticas públicas da Seicetur.
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Polícia Civil do Acre realiza segunda ‘Operação Renocrim’ e impõe prejuízo milionário ao crime organizado

Polícia Civil do Acre atuou de forma estratégica para desarticular o tráfico e o domínio territorial de facções criminosas. Foto: arquivo/ PCAC.
A Polícia Civil do Estado do Acre, por meio da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (DRACO), realizou entre os dias 13 de abril e 1º de maio de 2025, a Operação RENORCRIM, uma ofensiva de âmbito nacional que visa o combate às organizações criminosas que atuam nos estados brasileiros, com alvos específicos no Acre e em outras unidades da federação.
A operação é uma iniciativa da Secretaria Nacional de Segurança Pública (SENASP), coordenada pela Diretoria de Operações Integradas e de Inteligência (DIOPI), com execução das Polícias Civis dos estados. No Acre, a ação foi planejada e conduzida pela DRACO, com apoio das demais unidades operacionais da Polícia Civil, inclusive dos municípios.
Ao longo de quase três semanas de atuação intensa, foram realizados diversos cumprimentos de mandados judiciais, prisões em flagrante, bloqueios de bens e apreensões de ilícitos, resultando em um prejuízo financeiro expressivo para os grupos criminosos atuantes na região.

Acre registra 12 prisões e dezenas de apreensões na maior ofensiva contra facções em 2025. Foto: arquivo/ PCAC.
As investigações que embasaram a operação vêm sendo desenvolvidas desde 2023 e apontam a participação de facções como Comando Vermelho, Bonde dos Treze e Primeiro Comando da Capital em crimes como tráfico de drogas, homicídios, extorsões, roubos de veículos e ocupações territoriais por meio da violência.
As ações tiveram como resultado no Acre:
• Prisões em flagrante: 05
• Mandados de prisão cumpridos: 12
• Mandados de busca e apreensão executados: 37
• Prejuízo financeiro direto ao crime organizado: R$ 227.797,15
• Bloqueio judicial de contas bancárias: R$ 5.183.328,00
Materiais apreendidos:
• 4 veículos (2 carros e 2 motos)
• Drogas diversas: maconha, skunk, cocaína, LSD e ecstasy
• Arma de fogo e munições
• Balanças de precisão
• Aproximadamente mil embalagens do tipo zip
• Insumos e utensílios para embalo e preparação de drogas
• R$ 5.613,00 em espécie
• Mais de 15 celulares, incluindo modelos de última geração (iPhone 16 Pro Max)
• Notebooks
• Documentação empresarial: CNPJs, certificados de MEI, declarações de imposto e máquina de cartão
Para o Delegado-Geral da Polícia Civil do Acre, Dr. Henrique Maciel, a RENORCRIM é mais do que uma ação de repressão: é uma resposta do Estado contra a tentativa das facções de se enraizarem no território acreano.

R$ 5,1 milhões bloqueados em contas ligadas ao crime. Foto: arquivo/ PCAC.
“As organizações criminosas operam com estrutura e financiamento. Através dessa operação, mostramos que a Polícia Civil está preparada para atingir o coração dessas organizações, retirando seus recursos, desarticulando lideranças e quebrando a estrutura que sustenta o crime no nosso estado”, declarou.
O delegado Pedro Paulo Buzolin, coordenador da DEIC, reforçou que a articulação nacional foi essencial para o sucesso da ação. “A troca de informações com outras polícias civis, aliada ao trabalho técnico e de inteligência desenvolvido pela nossa equipe, nos permitiu mapear com precisão os alvos e executar com eficiência as ordens judiciais. O resultado é a retirada de criminosos do convívio social e a diminuição do poder das facções”, destacou.
A operação foi coordenada em ambito nacional pelo Dr. Getúlio Monteiro, delegado acreano que atualmente coordena as ações de repressão ao crime organizado no Ministério da Justiça.
A 2ª Renorcrim representa mais um marco na repressão qualificada ao crime organizado no Acre, reafirmando o compromisso da Polícia Civil com a segurança da população e o fortalecimento do estado frente à criminalidade.
Fonte: PCAC
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Polícia Civil Prende condenado por Estupro de Vulnerável e favorecimento à prostituição de adolescente em Rio Branco

Polícia Civil prende em Rio Branco homem condenado por abusos e exploração sexual. Foto: cedida.
A Polícia Civil do Acre por meio da Delegacia de Atendimento à Criança e ao Adolescente Vítima (DECAV), em cumprimento de mandado de prisão, capturou na última segunda-feira, 28, um homem com as iniciais R.C.F., de 52 anos, no bairro Aeroporto Velho, em Rio Branco. O homem foi detido em decorrência de uma condenação por estupro de vulnerável e favorecimento à prostituição de adolescente.
O crime hediondo, teve como vítima uma menina de apenas 13 anos, que possuía parentesco com a vítima por ser tio de sua mãe, aproveitou-se da relação de confiança para cometer os abusos. A investigação policial revelou que o agressor a obrigava a manter relações sexuais com ele, oferecendo em troca presentes e dinheiro.
A sórdida situação veio à tona quando a mãe da vítima atendeu uma ligação no celular da filha. Do outro lado da linha, estava R.C.F., combinando um encontro para manterem relações sexuais e prometendo quantias em dinheiro à adolescente. Diante da revelação, a mãe não hesitou em procurar a Delegacia DECAV para denunciar o crime. Em um relato, a genitora informou às autoridades que também havia sido vítima de abuso sexual por parte do mesmo indivíduo durante sua própria infância.
Após o trâmite judicial e a interposição de diversos recursos pela defesa, a Justiça finalmente proferiu a sentença em janeiro de 2025. R.C.F. foi considerado culpado pelos crimes de estupro de vulnerável e favorecimento à prostituição de adolescente, sendo condenado a uma pena de 14 anos e 4 meses de reclusão em regime inicialmente fechado.
Com o mandado de prisão expedido, a equipe de investigação da DECAV intensificou as buscas, culminando na captura do condenado no início desta semana. A Polícia Civil ressalta a importância da denúncia para que casos como este sejam investigados e os responsáveis, devidamente punidos.
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Pessoas em monitoramento eletrônico não podem frequentar show do Dia do Trabalho em Rio Branco
Pessoas em monitoramento eletrônico ou cumprindo regime semiaberto e aberto não podem frequentar as festividades pelo Dia do Trabalhado em Rio Branco, conforme estabelece a Portaria n.°1790/2025 da Vara de Execuções de Penas e Medidas Alternativas, assinada pela juíza de Direito Andréa Brito.
O governo do Estado vai ofertar show musical iniciando no dia 30 de abril, no estádio Arena da Floresta. Dessa forma, essas pessoas estão impedidas de frequentar o local do evento e também os ambientes próximos, das 19h do dia 30 de abril até o dia 1º de maio. Além disso, também estão com restrição de circulação bares, boates, botequins, prostíbulos e locais de eventos com aglomeração de pessoas.
Entretanto é permitida que pessoas em ressocialização que precisarem trabalhar estejam no local, desde que tenham feito o pedido e recebido autorização. A portaria explica como o pedido deve ser feito, “(…) deve requer em procedimento administrativo a ser protocolado através de defensor público ou advogado para os cumpridores do regime aberto e diretamente à Direção da Unidade de Monitoramento Eletrônico de Pessoas (Umep) para os casos de cumpridores em Regime semiaberto, sujeito à comprovação e confirmação pela Central de Monitoramento”.
Por fim, o documento enfatiza que as abordagens à essas pessoas devem ser feitas de forma individualizada pela Polícia Militar e Umep seguindo a Resolução 412 do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), visando garantir tratamento digno e não discriminatório.
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