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Funcionário fantasma: Estudante de medicina e diretora de hospital são condenados por improbidade administrativa

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Decisão da Vara Cível de Sena Madureira ressaltou que a remuneração era recebida sem nenhum exercício da atividade laboral; e com a colaboração da chefe imediata do réu.

O Juízo da Vara Cível da Comarca de Sena Madureira julgou procedente o pedido disposto na Ação Civil Pública do Processo n° 0800032-18.2012.8.01.0011, para condenar A.G.V. e A.R.S. por violação aos princípios administrativos. O réu era servidor público e estudava medicina na Bolívia, mas recebendo seus vencimentos. Também foi condenada a diretora do hospital local, responsável pelo ato.

A decisão foi publicada na edição n° 5.872 do Diário da Justiça Eletrônico (fl. 99) e determinou ainda a perda da função pública, proibição de serem contratados pelo Poder Público, ressarcimento integral dos valores recebidos ilicitamente e multa no valor de R$ 100 mil à A.G.V. e R$ 77.659,53 a A.R.S.

Entenda o caso

O Ministério Público do Estado do Acre denunciou os réus pelas práticas de improbidade administrativa. A partir de Inquérito Civil, identificou-se que A.R.S. era “funcionário fantasma” no âmbito da saúde municipal, já que este não exerceu suas funções por 89 meses, ou seja, de 2006 a 2012, porém recebeu a totalidade de sua remuneração.

Em depoimento, o réu afirmou ser auxiliar de enfermagem e que estava à disposição da prefeitura e, posteriormente, ao gabinete do vice-governador, contudo, salientou ter sido liberado para cursar medicina. Ele confirmou que a diretora do hospital o liberou para estudar na Bolívia, logo ela foi elencada como segunda ré e também responsabilizada judicialmente, já que concorreu com o enriquecimento ilícito.

“O pior de tudo isso, é que a diretora e chefe imediata de A.R.S. tinha conhecimento desta manobra, com intuito de enganar e causar prejuízo ao cofre do Estado do Acre”, fundamentou o representante do MPAC.

Decisão

Ao analisar a questão a juíza de Direito Andrea Brito, titular da unidade judiciária, entendeu que houve ato de improbidade administrativa, pois o réu recebeu a remuneração relativa ao cargo, sem exercer nenhuma atividade laboral em contrapartida. Ainda, justificou a ilegalidade com a autorização obtida com seus superiores.

No entendimento da magistrada foi priorizado o interesse privado por meio de corrupção administrativa. “Não se pode deixar de destacar o fator do apadrinhamento político que norteou a aludida permissão para afastamento irregular, de modo que a própria demandada A.G.V. admitiu em juízo que tinha conhecimento que o réu estava sem trabalhar”, asseverou.

Em seu depoimento, o réu se limitou a afirmar que seu sonho era fazer medicina e que “não houve dolo, mas sim boa-fé”. Na decisão foi assinalado que a estrutura administrativa dever estar direcionada a satisfazer o interesse social, por isso estabelecido o ressarcimento da remuneração recebida indevidamente.

Desta forma, a permissão legal para afastamento do réu, sem nenhum lastro legal, teve conivência com a pessoa que exercia o cargo de diretora do Hospital João Cancio Fernandes. Esta, segunda ré, tinha entre suas funções o controle sobre a frequência dos servidores, então, restou comprovada sua conduta inidônea ao omitir dolosamente o presente fato, de forma reiterada, que permitiu o aferimento de vantagem indevida.

Com o dolo reconhecido, ambos tiveram a aplicação das sanções suficientes e adequadas previstas no artigo 12 da Lei de Improbidade.

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MPAC participa de reunião da Rede de Ouvidorias do Ministério Público

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O procurador-geral de Justiça do Ministério Público do Estado do Acre (MPAC), Danilo Lovisaro do Nascimento, participou nesta quinta-feira, 18, da primeira reunião ordinária de 2024 da Rede de Ouvidorias do Ministério Público.

A reunião, realizada no plenário do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), foi o primeiro encontro da rede na gestão da atual ouvidora nacional, conselheira Ivana Cei, e contou com a participação presencial e remota dos ouvidores-gerais dos MPs, dos procuradores-gerais de Justiça e dos conselheiros do CNMP. Representando a Ouvidoria-Geral do MPAC, esteve presente o ouvidor-geral substituto, promotor de Justiça Romeu Cordeiro.

Na ocasião, foram tratados assuntos estratégicos para a atuação da Rede de Ouvidorias neste ano, entre os quais a apresentação e discussão do Plano de Gestão para 2024; da estratégia de atuação das Ouvidorias nas Eleições de 2024, a partir da experiência das Eleições de 2022; e das proposições do Conselho Nacional dos Ouvidores do Ministério Público (CNOMP).

A ouvidora nacional e conselheira do CNMP apresentou a proposta de atuação da Ouvidoria Nacional, correspondente ao período de março de 2024 a abril de 2025, com o objetivo de debater as ações apresentadas e ouvir contribuições dos participantes, respeitando suas experiências e o diálogo com o sistema de ouvidorias do MP.

Ivana Cei também anunciou, na reunião, a apresentação do plano de trabalho do Sebrae relativo ao protocolo de intenções que foi assinado no ano passado com o CNMP, para promover ações de prevenção e combate à violência contra a mulher. O plano foi apresentado pela diretora nacional de Finanças do Sebrae, Margarete de Castro Coelho.

Além do procurador-geral de Justiça e do ouvidor-geral substituto, pelo MPAC também esteve presente o procurador-geral adjunto para Assuntos Jurídicos, Celso Jerônimo de Souza.

Com informações do CNMP
Fotos: Sergio Almeida (Secom/CNMP)

Fonte: Ministério Publico – AC

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Prefeitura de Rio Branco e Compir realizam encontro sobre letramento racial

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Na manhã dessa quinta-feira (18), o Conselho Municipal de Promoção da Igualdade Racial (Compir), órgão vinculado à Prefeitura de Rio Branco, por meio da Secretaria Municipal de Assistência Social e Direitos Humanos (SASDH), realizou um encontro formativo no Museu dos Povos Acreanos.

Com o tema central o “Letramento Racial Crítico”, o evento contou com a presença de representantes do Compir, da sociedade civil, do Ministério Público do Estado do Acre (MPAC) e da Prefeitura de Rio Branco, além de outros atores das políticas de direitos humanos.

O encontro foi ministrado pelos mestres, Andressa Queiroz e Danilo Rodrigues, ambos da Universidade Federal do Acre (Ufac), representando o Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros e Indígenas (Neabi/Ufac).

Durante as palestras, os professores abordaram questões relacionadas ao racismo estrutural e institucional, destacando a necessidade de enfrentamento por meio de políticas públicas e conscientização social coletiva.

“Agradecemos a parceria do Compir na realização desse encontro educativo que promove entendimento sobre as relações raciais presentes na sociedade, preconceitos, discriminações e injustiças, além de valorizar a equidade entre as pessoas”, afirmou Rila Freze, diretora de Direitos Humanos da SASDH.

Fonte: Prefeitura de Rio Branco – AC

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Prefeito assina ordem de serviço para revitalização da unidade de saúde no Rui Lino

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A Prefeitura de Rio Branco, por meio da Secretaria Municipal de Saúde (Semsa) realizou assinatura da ordem de serviço para reforma da UBS Francisco Eduardo Paiva. A reforma completa será executada pela prefeitura através de empresas terceirizadas de construção civil. Os serviços vão desde a troca do forro, parte elétrica, portas, pias, melhoramento da acessibilidade entre outros serviços.

Antágoras: “A reforma vem para otimizar os serviços” (Foto: Evandro Derze/Assecom)

“A reforma vem para otimizar a oferta dos serviços. Vamos ter a oportunidade de separar alguns serviços, de ofertar os serviços um pouquinho melhor pra comunidade, ampliar a oferta de serviços. Então, o prédio necessita de várias intervenções, desde a parte de pintura, de troca de pias, reforma de banheiros, enfim”, destacou o diretor da Unidade, Antágoras Mesquita.

A obra é fruto de emenda da ex-deputada federal Jessica Sales no valor de R$ 199.866,32. Durante a atual gestão já foram reformadas 26 unidades de saúde e atualmente estão com obras em andamento em mais 8 unidades. Todas serão entregues totalmente reformadas ainda este ano para a população.

Bocalom: “Já reformamos 26 das 58 unidades” (Foto: Evandro Derze/Assecom)

“Nós já reformamos 26 das 58 unidades que temos. Essa é a oitava que nós estamos dando ordem de serviço já para reformar esse ano. Evidentemente que quando se faz uma reforma, você tem que fechar a unidade, mas normalmente se arranja algum campo para poder continuar fazendo atendimento e distribuir também para as outras unidades. Por isso que eu digo, é impossível a gente reformar todas as unidades rapidamente, pois nós temos o problema de que não poder prestar todos os dados na reforma, e aí vai faltar atendimento. Eu espero que essa reforma que não é muito grande seja concluída rapidamente para que a população possa ser atendida”, destacou o prefeito.

Fonte: Prefeitura de Rio Branco – AC

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