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Família Nascimento: uma história de crimes e abusos que espalha terror na fronteira do Acre

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O tenente Dário de Almeida, da Polícia Militar do Acre disse que os madeireiros obrigam os produtores a vender barato as árvores e quem não negocia é ameaçado na região

Além do estupro, os integrantes do bando da família Nascimento levaram dinheiro e mantimentos. “Na região do Abunã todos têm medo da família Nascimento. Eles ameaçam todo mundo e já mataram outros bolivianos, agora foi minha família”, denunciou o pai da menina estuprada.

Com A Tribuna

Das seis pessoas que participaram da chacina da família boliviana no dia 13 de setembro dois homens foram presos e um adolescente de 17 anos apreendido, mas a polícia continua fazendo buscas na floresta na região do Abunã, na fronteira com a Bolívia, na tentativa de encontrar mais 3 irmãos envolvidos nos crimes.

Grupo de policiais e bolivianos atuaram por mais de 36 horas na mata para encontrar corpos ocultados por brasileiros – Foto: Divulgação/PM Acre

O grupo criminoso pertence à mesma família: os Nascimentos, que são temidos na área, porque ameaçam quem não segue suas regras, não se submete a seu comando, participa ou apoia suas ações de grilagem e pistolagem, que lhes deram a fama de matar bolivianos.

Eles são acusados pela morte de mãe, dois filhos e de deixar gravemente ferida uma adolescente de 14 anos, depois de bárbaro estupro, que está recebendo atendimento médico no Brasil. A garota, como se investiga, teria siso violentada por um dos irmãos que está foragido.

Nessa quarta-feira (30), a adolescente foi levada para o INTO, o Instituto de Traumatologia para fazer exames. O pai, Carlos Ribas, se mudou para Rio Branco para poder acompanhar o tratamento da adolescente que vai ter que passar por três procedimentos cirúrgicos: um no braço, quase decepado, outro no queixo e outro para retirar os chumbos espalhados em várias partes do corpo.

O pai, Carlos Ribas, se mudou para Rio Branco para poder acompanhar o tratamento da adolescente que vai ter que passar por três procedimentos cirúrgicos

Ele pede que a polícia brasileira prenda os acusados pelo crime. Além do estupro, os integrantes do bando da família Nascimento levaram dinheiro e mantimentos. “Na região do Abunã todos têm medo da família Nascimento. Eles ameaçam todo mundo e já mataram outros bolivianos, agora foi minha família”, denunciou. O filho mais velho de Carlos Ribas de 32 anos, Wilhians Abiritka, só não foi uma das vítimas, porque estava em La Paz, a capital boliviana, no dia do crime. Ele pede que os assassinos sejam levados para cumprir pena na Bolívia.

Cadê os direitos humanos, precisam agir nessa situação, minha família acabou – chorando. Eles mataram todos, por sorte minha irmã sobreviveu, queremos justiça”. Disse Carlos Ribas

A polícia visitou a casa dos Nascimentos, mas não os encontrou. Os PMs acreditam que os foragidos estão escondidos na mata recebendo ajuda do restante da família.

A polícia investiga se os “Nascimento” acusados pela morte de 3 bolivianos e de ferir uma adolescente seriam capangas de empresários da região, que retiram de forma ilegal árvores das terras dos produtores e das áreas de preservação permanente da região acreana do abunã.

Grilagem, devastação, abusos, mortes, estupros e desmatamento: o quotidiano de uma das áreas mais violentas do Acre

Durante uma das buscas para prender os brasileiros envolvidos na chacina da família boliviana, a Polícia Militar descobriu que o ramal do Pelé, em Acrelândia é uma das regiões mais violentas do Acre. Em buscas pelo ramal foram encontrados vários crimes ambientais, do alto dá para ver várias clareiras abertas e muitas queimadas e se descobriu que nessa área do Abunã, quem manda são os madeireiros.

A polícia investiga se os “Nascimento” acusados pela morte de 3 bolivianos e de ferir uma adolescente seriam capangas desses empresários, que retiram de forma ilegal árvores das terras dos produtores e das áreas de preservação permanente.

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Numa picada na mata, foram encontradas 8 toras ou 8 árvores de cumaru no chão. Elas foram arrastadas de dentro da mata por tratores e foram colocadas juntas no mesmo local para facilitar o embarque nos caminhões.

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Com a ajuda de drone, foram encontradas mais árvores derrubadas e quando a PM chegou ao local veio outra revelação: castanheiras também estão na lista dos madeireiros. Duas enormes árvores da espécie foram derrubadas e serradas. As castanheiras praticamente foram transformadas em pranchões e barrotes. O beneficiamento da madeira foi feito no próprio local da derrubada, usando a mesma motosserra que derrubou a árvore. Depois, a madeira já cortada, foi colocada disfarçadamente embaixo de outras mercadorias em caminhões. A castanheira tem preço alto no mercado e sua derrubada é proibida.

O tenente Dário de Almeida, da Polícia Militar do Acre disse que os madeireiros obrigam os produtores a vender barato as árvores e quem não negocia é ameaçado. “Aqui existe uma máfia que aterroriza os produtores, cada árvore custa R$ 100,00. Quem não aceita é ameaçado e obrigado a ceder de graça a madeira”, explicou.

Extrativistas prejudicados

Mas o preço é alto para a natureza e também para os extrativistas da região. “No mês de novembro começa a coleta da castanha, e a cada ano que passa, diminui a produção da castanha na região. Agora dá para ver que o problema não é o clima e sim a quantidade de árvores que vem ficando menor”, disse o tenente.

A Polícia Militar foi até a residência do proprietário da terra onde estão as castanheiras e o cumaru e descobriu que ele também, tinha serrado madeira para construir sua casa. Para evitar a ação do madeireiro, colocou a família como fiel depositário. A polícia ambiental vai ser chamada e se faltar alguma tora ou madeira, a família será responsabilizada”, relatou Dário de Almeida.

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Durante os 33 quilômetros no ramal do Pelé, a PM chegou a vários flagrantes de desrespeito à lei do meio ambiente e outras normas.

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Um jovem de 13 anos estava em uma motocicleta sem capacete. O veículo foi apreendido e o pai vai ter que buscar a moto no quartel de Acrelândia, e claro, se explicar. Outros produtores estavam sem capacete e os documentos das motos e carros. A carteira de motorista de um deles venceu em 2013.

O ramal do Pelé hoje é considerado pelas forças de segurança do Acre uma das áreas rurais mais perigosas do estado e não é à toa.

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Vídeo: Homem dá entrada em hospital após ser agredido a golpes de madeira em Brasiléia

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Um jovem identificado como Oziel de Castro Freitas, de 21 anos, foi socorrido por uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência – SAMU, após ser vítima de espancamento na Rua 12 de Outubro, no Bairro Três Botequins, na cidade de Brasiléia.

Inicialmente, as autoridades policiais e de socorro, teriam sido alertadas sobre um suposto tiroteio na região. Somente após chegarem no local, encontraram o homem caído na lateral da rua, nas proximidades do antigo Detran.

Oziel estava visivelmente angustiado e reclamava de muitas dores pelo corpo. Equipes do Corpo de Bombeiros e da Polícia Militar do 6º Batalhão estiveram no local e acompanharam a ação de resgate até o hospital.

Os policiais até o momento, só puderam identificar o pedaço de madeira que supostamente foi usado para agredir Ozeil. O mesmo apresentava uma lesão em um dos cotovelos e iria passar por exames e raio-x, para ver teria algum tipo de trauma grave na cabeça e restante do corpo.

As autoridades policiais estiveram no local na tentativa de descobrir quem poderia ter agredido o homem, mas não haviam localizado ninguém ou possíveis testemunhas. Oziel ficaria em observação no hospital.

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Jovem é encontrada morta em casa após companheiro sair pra comprar remédios

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Na manhã desta quinta-feira (18), a comunidade de Rio Branco foi abalada pela descoberta da morte de Thais Oliveira de Andrade, uma jovem de apenas 23 anos. O corpo da vítima foi encontrado dentro de sua própria residência, localizada na rua São Francisco, no bairro Montanhês.

De acordo com informações fornecidas pelas autoridades policiais, Thais, apesar de ser andarilha, possuía laços familiares. Testemunhas relataram que na noite anterior, a jovem retornou para casa acompanhada de uma pessoa que possivelmente seria seu companheiro. Na manhã seguinte, Thais acordou com sintomas semelhantes aos de uma gripe, momento em que seu companheiro saiu para efetuar saques bancários e comprar medicamentos para ela. No entanto, ao retornar, deparou-se com a trágica cena de Thais caída e aparentemente sem vida.

O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionado e enviou uma ambulância de suporte avançado para o local. Contudo, ao chegarem, os paramédicos constataram o óbito da jovem. Diante da suspeita de morte, o Samu solicitou a presença da Polícia Militar, que isolou a área para a realização da perícia.

Peritos do Instituto Médico Legal (IML) foram chamados e, após os procedimentos de praxe, o corpo de Thais foi removido para a sede do instituto, onde será submetido a exames cadavéricos.

O caso está sob investigação da Equipe de Pronto Emprego (EPE) e, posteriormente, será conduzido pela Polícia Civil, que buscará esclarecer as circunstâncias que levaram à morte prematura de Thais Oliveira de Andrade.

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Operação Términus: PF desmantela esquema de lavagem de dinheiro ligado ao tráfico de drogas no Nordeste

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Nesta quinta-feira (18/4), a Polícia Federal deflagrou a Operação Términus, visando desbaratar um grupo suspeito de lavagem de dinheiro proveniente do tráfico interestadual de drogas, com foco especial nos estados do Nordeste. A ação resultou no cumprimento de 14 mandados judiciais em endereços localizados na capital, sendo 9 de busca e apreensão e 5 de sequestro de bens, todos emitidos pela Vara de Delitos de Organizações Criminosas de Rio Branco.

Sob a coordenação de cerca de 40 policiais federais da Superintendência Regional no Estado do Acre, a operação foi desencadeada com base em investigações prévias de combate ao narcotráfico.

Os suspeitos enfrentam acusações de lavagem de dinheiro e participação em organização criminosa, crimes cujas penas, somadas, podem alcançar mais de 18 anos de prisão.

Esta operação reforça o compromisso da Polícia Federal no combate ao crime organizado e na desarticulação de esquemas de lavagem de dinheiro relacionados ao tráfico de drogas.

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