Acre
Faltam 18 dias: eleitores sem cadastro biométrico podem votar normalmente
Nas eleições municipais deste ano, eleitoras e eleitores que não têm biometria cadastrada na Justiça Eleitoral não serão impedidos de exercer seu direito ao voto. Mesmo sem as impressões digitais registradas, é possível se identificar, na hora de votar, utilizando um documento oficial com foto. Essa medida visa garantir que todo o eleitorado tenha acesso ao processo eleitoral, mesmo as pessoas que não concluíram o cadastramento biométrico.
Nas eleições de outubro, mais de 155 milhões de eleitoras e eleitores estão aptos a votar para os cargos de prefeito, vice-prefeito e vereador em mais de 5,5 mil municípios do país (excluindo o Distrito Federal, Fernando de Noronha e as localidades do exterior – Zona ZZ), e aproximadamente 83% já têm a biometria registrada. Isso corresponde a pouco mais de 129 milhões de pessoas.
A adesão ao sistema biométrico tem sido significativa, mas ainda há uma parcela da população que votará sem essa identificação. Portanto, não é obrigatório ter a biometria coletada para votar. Desde que a eleitora ou o eleitor esteja com o título regular, basta apresentar um documento oficial com foto aos mesários para votar nas Eleições 2024.
O 1º turno do pleito será no dia 6 de outubro. Já o 2º turno – que pode ocorrer nas cidades com mais de 200 mil eleitores para eleições majoritárias (prefeito) – está marcado para o dia 27 de outubro. O horário de votação nos dois turnos é das 8h às 17h (horário de Brasília).
Documentos
A Resolução do TSE nº 23.736/2024, que trata dos atos gerais do processo eleitoral, lista os documentos que serão aceitos como forma de comprovação da identidade da eleitora ou do eleitor no dia da votação. São eles: carteira de identidade; identidade social; passaporte ou outro documento de valor legal equivalente, inclusive carteira de categoria profissional reconhecida por lei; certificado de reservista; carteira de trabalho; e carteira nacional de habilitação.
Importante: não será admitida certidão de nascimento ou de casamento como prova de identidade no momento da votação.
e-Título
Já para que você possa se identificar pelo e-Título, o seu perfil no aplicativo precisa vir com foto, o que só ocorre mediante o cadastramento biométrico prévio na Justiça Eleitoral. Caso a fotografia não apareça na versão digital, será necessário levar também um documento oficial com foto na hora de votar.
❗ A Justiça Eleitoral recomenda que as eleitoras e os eleitores baixem o aplicativo antecipadamente para evitar eventuais filas virtuais nos dias que antecedem o pleito e que podem comprometer a qualidade da conexão em virtude da grande quantidade de acessos simultâneos.
Cadastro eleitoral reabre em novembro
O cadastro biométrico, que é gratuito, oferece maior segurança ao processo de votação, além de contribuir para a redução de filas nas seções eleitorais. O prazo para realizar a coleta da biometria em 2024 encerrou-se no dia 8 de maio, com o fechamento do cadastro eleitoral, mas a coleta será retomada em novembro, quando os cartórios eleitorais voltarão a atender os eleitores para serviços de alistamento, transferência e regularização do título.
Além de ser um procedimento simples e rápido, a biometria é um importante avanço tecnológico que fortalece a democracia, garantindo um processo eleitoral ainda mais seguro e confiável.
Comentários
Acre
Presidente da Câmara de Rio Branco reflete sobre desafios da reeleição e projeta mandato na mesa diretora
O presidente da Câmara Municipal de Rio Branco, Neném, retornou aos trabalhos nesta terça-feira (8) após uma campanha bem-sucedida para reeleição, garantindo mais quatro anos de mandato. Em sua terceira legislatura, Neném destacou que, mesmo sem a estrutura de um secretário de estado, conseguiu levar suas propostas aos eleitores rio-branquenses, amigos e familiares, assegurando sua posição entre os mais votados.
Entre os principais projetos citados pelo vereador está a construção do prédio próprio da Câmara Municipal, que ele espera concluir a primeira fase até o final do ano. Além disso, Neném já lançou seu nome como pré-candidato para se manter na presidência da Casa.
O presidente também lamentou a baixa representatividade feminina na Câmara, que contará novamente com apenas duas mulheres no plenário. Ele expressou a esperança de que esse número aumente nas próximas eleições.
Neném finalizou sua fala demonstrando apoio ao prefeito Tião Bocalom, afirmando que o gestor fez um bom trabalho e merece continuar no cargo para seguir com os projetos iniciados em seu primeiro mandato.
Veja video.
Comentários
Acre
‘Descer na balsa’: Entenda origem da expressão regional que ganha força após eleições no Acre
Historiador Marcos Vinicius Neves explica que frase tem uma origem muito anterior a 1970, que foi quando o jornalista Aloísio Maia consolidou o termo para definir o que aconteceria aos perdedores da eleição. Charges estampam jornais impressos e digitais um dia após o pleito, com imagens dos perdedores.
As Eleições 2024 ocorreram no último domingo (6) em todo o Acre e, claro, nem todo mundo vence o pleito — faz parte do processo eleitoral democrático. Justamente por conta disto, nesta época já é de costume do acreano escutar que um candidato “desceu na balsa para Manacapuru”. Mas, qual a origem deste termo?
O significado é diferente do que é para outras pessoas do Brasil, principalmente se for dito após contexto eleitoral. Isso porque essa é uma expressão usada para definir quem foi derrotado e não foi eleito ao cargo a que concorria.
Em todas as eleições, os jornais impressos do estado faziam uma charge dos candidatos derrotados em uma balsa. Atualmente, essa versão foi atualizada para o universo digital.
‘Descer de bubuia’
A reportagem conversou com o historiador Marcos Vinicius Neves para entender a origem dessa expressão. De acordo com ele, o primeiro a usar o termo foi o jornalista Aloísio Maia, que foi quem readaptou essa metáfora, baseada em outras expressões anteriores. Neves explica que na Amazônia há uma ação chamada ‘descer de bubuia’.
“O que desce de bubuia, o rio, o bubuiar, que é uma coisa que é do arquétipo amazônico. Aquilo que desce o rio pela correnteza, é o que já está gasto, é o que está usado, é o que não presta mais. Então a pessoa joga dentro do rio e o rio se encarrega de levar, é o lixo, é o que não presta”, diz.
‘Judas malhado’
O historiador cita que a outra referência para que “descer a balsa” seja usado com frequência no Acre é a do ‘Judas malhado’ pelos seringueiros. Essa é uma tradição católica que seria uma maneira de vingança pela traição de Judas contra Jesus.
Segundo Neves, no Acre, dentro dos seringais, os seringueiros vestiam Judas como seringueiro, colocavam numa balsa e empurravam para descer o rio. Enquanto a balsa estava descendo, eles ficavam nos barrancos, jogando pedras e xingando Judas que estava descendo ‘de bubuia’.
“O que em alguma medida é isso: quem não presta, o que não presta, o destino é ser colocado para descer o rio e isso de uma certa maneira, essa figura, essa imagem do inconsciente coletivo amazônico, foi colocada também em relação aos políticos”, esclarece.
Contexto histórico
Mais um motivo para que a balsa no Acre tenha outro significado é referenciado pelo historiador como a época das revoltas autonomistas, em Cruzeiro do Sul em 1910, e em Sena Madureira em 1912, onde o castigo para o governante autoritário, que era deposto por essas revoltas autonomistas, era ser colocado numa balsa para descer de bubuia o rio e “sofrer o castigo”.
“O castigo dele era ser expulso do Acre, embarcado numa balsa, descendo de bubuia na correnteza do rio, para demorar bastante e portanto ir pagando os pecados dele. É o castigo principal dos maus governantes derrotados”, atesta.
E foi através dessas referências que Maia, em 1970, usou pela primeira vez, Manacapuru como uma forma de citar uma “punição” aos perdedores da eleição.
“Então Luís faz essa síntese da balsa e ele bebe dessa fonte, tanto do arquétipo amazônico no descer de bubuia, significando jogar fora o lixo, aquilo que não presta, quanto também o ativismo político, tipicamente criando que no período de território federal que faz revoltas e depõe os maus governantes e os expulsam do Acre através de uma balsa, até porque não tinha outra maneira de ir embora, o Acre só chegava e só saía de barco“, comenta Neves.
O historiador ainda cita que viajar em um rio num barco a vapor numa cabine de luxo, muito comum na época da Revolução Acreana, não era um castigo.
Neves também menciona que Aloísio Maia era um jornalista muito expressivo e tinha coluna nos jornais locais do Acre, que o ajudou a formular e disseminar a imagem do político derrotado, sendo “condenado” a pegar uma balsa para ir para Manacapuru.
“Esse é o caminho normal da descida do Rio Acre, o Rio Purus, você vai chegar no lago do Manacapuru, que fica lá na boca do Rio Purus junto ao Rio Solimões. É o destino natural de quem desce, de balsa, de bubuia, pela correnteza. Portanto, vai de forma muito lenta, muito penosa, muito devagar, e aí vai sofrendo e pagando seus pecado. Vai ficar uma temporada lá no lago do Manacapuru, ouvindo o choro do surubim, porque lá não tem mais nada para fazer, então esse é o castigo”, esclarece ele.
Comentários
Acre
Veja vídeo: Vereador Samir Bestene diz que PP debaterá internamente construção de mesa diretora
Por Dora Monteiro
Segundo mais votado para a Câmara de Vereadores de Rio Branco, o vereador Samir Bestene (Progressistas) passa ao largo quando a pergunta é sobre a composição da nova mesa diretora. Num intervalo da sessão desta terça-feira (8), Samir foi questionado várias vezes sobre o tema e desconversou. “Eu acho que esta tarefa é uma coisa a ser construída conversando dentro do partido”, comentou.
Samir lembrou que nestas eleições o partido recebeu sua maior votação histórica não apenas na Capital, mas em todo o Estado, elegendo cerca de 70 vereadores e 14 prefeitos, assumindo a gestão de mais da metade dos municípios do Acre.
Na sessão desta terça-feira, 8, Samir irradiava felicidade ao seu entorno enquanto a muitos colegas vereadores só restava tristeza e decepção. “Fui reeleito para continuar sendo a voz da população, representando pessoas que tanto anseiam por uma Rio Branco melhor. Vamos continuar nosso programa de estar sempre nas ruas, nos bairros, na zona rural de nossa cidade”, comentou o vereador sobre o seu segundo mandato.
Samir disse esperar grandes e produtivos embates na próxima legislatura, lembrando que a Casa receberá 14 novos vereadores para reforçar a qualificação do debate parlamentar
“É importante essa qualificação dos políticos no parlamento. Tomara que tenhamos aqui vários embates propositivos, sempre buscando a melhor qualidade de vida para a nossa cidade. Parabéns aos novos vereadores. Certeza que vão ter muito compromisso aqui para a nosso Rio Branco”, concluiu Samir.
Veja vídeo abaixo.
Você precisa fazer login para comentar.