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Facções no Acre cobram mensalidades de R$ 150 de traficantes e R$ 50 de ‘sócios’
Reportagem mostra bastidores dos crimes; ouvimos alguns jovens acreanos envolvidos no esquema criminoso
REDAÇÃO CONTILNET
Em meio a guerra de facções que assombra o estado do Acre e que ceifa diariamente a vida de jovens envolvidos com o crime, a reportagem obteve informações de como funciona os bastidores das duas maiores facções: Comando Vermelho e Bonde dos 13.
Durante a semana, ouvimos alguns jovens acreanos envolvidos no esquema criminoso, porém, para preservar a vida dos informantes, decidimos não identificá-los. Um deles, que vamos chamar de João, revelou que apesar de rivais, as duas têm algo em comum: cobram mensalidades fixas de seus integrantes, dinheiro usado para financiar o crime com armamentos e munições, além de enriquecer os chefes do crime organizado.
João relatou que quando um jovem de um determinado bairro decide entrar para uma das facções, ele automaticamente passa a pagar algo em torno de R$ 50 para a organização e, em seguida, recebe um código de identificação, código esse que é dado por meio do sistema nacional. O dinheiro é pago ao comandante da localidade.
Como funciona no tráfico
Agora, o outro entrevistado, que chamaremos de José, contou que se o cidadão, após um tempo no ramo, desejar abrir sua própria boca de fumo no bairro em que mora, ele tem que primeiro solicitar autorização dos conselheiros. Logo depois, ele precisa desembolsar por mês, cerca de R$ 150 pela venda da droga, além da mensalidade, totalizando R$ 200.
Mas, nesse ramo existem regras cruéis, e quem quiser burlar as normas das facções pode pagar um preço alto. Por exemplo, quem se atrever a montar uma ‘bocada’ sem a devida autorização, poderá ser sentenciado ao tribunal do crime, podendo inclusive, ser executado, ou perder o ponto de droga para o traficante local.
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Quebra de safra terá impacto direto no Produto Interno Bruto, avaliam especialistas
A estimativa de uma safra de soja 5,2% mais baixa neste ano traz preocupações para a economia brasileira, já que o grão é a principal commodity do agronegócio nacional. De acordo com dados divulgados pela Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), os agricultores brasileiros devem colher 146,5 milhões de toneladas de soja na safra de 2023/24, representando uma queda significativa em relação aos 154,6 milhões de toneladas produzidas na safra anterior.
Os prejuízos no campo são atribuídos a condições climáticas adversas, incluindo a influência do fenômeno El Niño no segundo semestre, que resultou na falta de chuva no centro-oeste e tempestades no sul, afetando as regiões onde se concentram os maiores estados produtores da commodity.
A quebra de safra terá impacto direto no Produto Interno Bruto (PIB) do país neste ano. Matheus Pereira, sócio-diretor da consultoria Pátria Agronegócios, destaca a dificuldade em quantificar a dependência da economia brasileira da produção de soja, mas ressalta que diversos setores dependem direta e indiretamente dessa atividade.
Em 2023, o agronegócio foi responsável por 23,9% da geração de riquezas, segundo dados do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), injetando R$ 2,58 trilhões no PIB, o que representa uma queda de 3% em relação ao ano anterior.
Os produtores rurais também sentirão o impacto na renda, pois, apesar do aumento da área destinada à plantação de soja na atual safra, alcançando 45,2 milhões de hectares (um aumento de 2,6%), as mudanças climáticas e o tempo maior para o plantio das sementes prejudicaram a produtividade devido aos atrasos no ciclo produtivo da oleaginosa.
A soja é responsável por quase metade das 294,1 milhões de toneladas da safra de grãos do Brasil, de acordo com a Conab, sendo também o principal produto de exportação do país. Com a queda na produção esperada, o órgão projeta o envio de 92,2 milhões de toneladas para o exterior ao final da safra, o que aumenta as preocupações em relação ao cenário econômico no curto prazo.
Com informações do UOL
Fonte: Pensar Agro
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Feagro-MT e SMEA firmam acordo para fortalecer o agronegócio brasileiro
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PM prende trio que praticava roubos em Rio Branco
Nesta quarta-feira, 17, a Polícia Militar do Acre (PMAC), por meio de equipes de radiopatrulhamento e do Grupo de Intervenção Rápida e Ostensiva (Giro) prendeu três homens que realizavam roubos em bairros de Rio Branco. Duas armas de fogo e um simulacro foram apreendidos durante a ação.
Com informações do Centro de Operações da PM (Copom) de que três indivíduos armados em um veículo Ônix prata haviam praticado roubos nos bairros Ouricuri e Chico Mendes. Por meio de consulta, descobriram que o carro usava uma placa adulterada, e posteriormente, conseguiram identificar a placa verdadeira.
A guarnição de radiopatrulha seguiu para o endereço registrado, no bairro Nova Estação, onde o proprietário informou que havia comprado o veículo para o seu neto. Com o apoio do Giro, a equipe se deslocou para a residência indicada, no Loteamento Novo Horizonte, onde estavam o suspeito, seu pai e o veículo Ônix.
O homem confessou ter participado de um roubo, juntamente com outros dois indivíduos, no qual usaram duas armas de fogo, e que a placa de seu automóvel foi modificada com o auxílio de uma fita, o que foi confirmado na busca veicular realizada pelos militares. Dentro do carro, foi encontrada a chave de uma motocicleta, provável produto de roubo.
Questionados sobre as armas, os policiais constataram que pai e filho possuíam armas registradas em seus nomes junto ao Sistema Nacional de Armas (Sinarm): as pistolas Taurus TH380, calibre .380, e PT938, também de calibre .380., que continham o total de 63 munições do mesmo calibre.
A guarnição seguiu para o possível endereço dos demais envolvidos, no bairro Alto Alegre, onde localizaram, em locais distintos, os outros dois suspeitos. Em outra residência apontada por eles, foram apreendidos dois celulares, também produtos de roubos.
A guarnição retornou à casa do primeiro suspeito identificado, onde apreenderam as duas pistolas e um simulacro usados nos crimes, conforme informado pelos três homens, que foram reconhecidos por uma das vítimas.
O trio foi preso e, juntamente com as armas e demais itens apreendidos na ocorrência, foram encaminhados para a Delegacia de Fragrantes (Defla), para os procedimentos cabíveis.