Acre
Ex-presidente da Câmara de Brasiléia é condenado a devolver mais de R$ 135 mil

Vereador Rogério Pontes (PROS) – Foto: Alexandre Lima/Arquivo
O ex-presidente da Câmara Municipal de Brasiléia e atual vereador, Rogério Pontes de Souza (PROS), foi condenado pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE), a devolver mais de R$ 135 mil por irregularidades na prestação de contas. O documento foi publicado na edição do Diário Eletrônico desta quarta-feira, 14.
Segundo o conselheiro-relator, Ronald Polanco, as irregularidades ocorreram no exercício financeiro de 2020, com fundamento no artigo 51, da Lei Complementar Estadual nº 38/1993.
O órgão controlador resolveu então condenar Pontes à devolução de R$ 138.500,00 (cento e trinta e oito mil e quinhentos reais) aos cofres do Estado – em face da comprovação do dano ao erário. Além disso, o parlamentar foi multado em R$ 13.850,00 (treze mil oitocentos e cinquenta reais), com fulcro no art. 88 da LCE nº 38/93.
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Acre
Pai denuncia vizinho policial penal por agressão a filho autista no interior do Acre
Agressão teria sido motivada porque menino tentou passar para terreno do vizinho. Elissandro registrou boletim de ocorrência e também levou denúncia para o Ministério Público.

Pai denuncia vizinho policial penal por agressão a filho autista no interior do Acre — Foto: Arquivo pessoal
O vendedor Elissandro Santana registrou um boletim de ocorrência na polícia e apresentou uma denúncia ao Ministério Público contra seu vizinho, um policial penal, por ter agredido seu filho de 16 anos, diagnosticado com Transtorno do Espectro Autista (TEA). O caso ocorreu em Sena Madureira, interior do Acre.
O Instituto de Administração Penitenciária do Acre (Iapen-AC) informou que a Corregedoria do órgão já tomou ciência do fato e está encaminhando ofício à delegacia de Polícia Civil para obter mais informações sobre o caso.
Ao jornal g1, o delegado responsável, Thiago Parente, disse que não poderia comentar a respeito da investigação, porque o caso está correndo em sigilo. A reportagem não conseguiu contato com o policial até última atualização desta matéria.
A situação ocorreu no contexto da construção do muro da residência do policial, que fica nos fundos da casa de Santana. De acordo com o relato do pai, o barulho causado pela construção estava afetando seu filho, que às vezes entrava em crises devido à sua condição.
Santana abordou o vizinho e pediu que, quando o adolescente estivesse em crise, ele interrompesse a obra temporariamente até que seu filho se acalmasse. No entanto, o policial recusou o pedido.
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Agressão teria sido motivada após menino autista tentar passar para terreno do vizinho para pegar chapéu — Foto: Arquivo pessoal
Ainda segundo a denúncia, em um determinado dia, o adolescente estava no quintal de casa e jogou seu chapéu no quintal do vizinho. Ao tentar recuperar o chapéu, o vizinho, que estava perto do muro, pediu que ele não atravessasse o quintal.
“Eu tirei a criança duas vezes de lá e pedi ele por favor que parasse os trabalhos porque meu filho estava em crise. Ele falou que não iria parar o trabalho, que a criança tinha que entender que não podia passar pela cerca. Voltei a falar que a criança tinha problemas, que não obedecia ordem, foi quando ele tentou passa de novo, aí o policial veio de lá, pegou uma pá e bateu nas costas do meu filho. Eu achando que ele vinha me ajudar com o menino, porque eu estava agarrado nas pernas dele pra ele não passar, mas não”, disse o pai.
Após a agressão, Santana questionou o vizinho se ele estava tentando matar seu filho, pois o adolescente ficou sem fôlego e caiu no chão chorando. “Ele simplesmente virou as costas e saiu andando.”
Em nota, o Ministério Público do Acre (MP-AC) informou que a Promotoria de Justiça Cível de Sena Madureira instaurou procedimento para apurar a denúncia de agressão o menor com TEA.
“De acordo com o promotor de Justiça Daisson Gomes, ao tomar conhecimento do ocorrido, foi instaurado um procedimento, requisitando documentos, entre os quais, o prontuário da criança, que foi atendida no hospital da região. O pai do menino também já foi ouvido. O Ministério Público segue acompanhando o caso”, diz a nota.
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Acre
Com intensa estiagem, pelo menos 17 mil pessoas já foram afetadas por desabastecimento de água em Rio Branco
Defesa Civil Municipal precisou aumentar prazo da Operação Estiagem em 2023, e já esgotou capacidade operacional em mais de 4 mil comunidades. Com decreto de situação de emergência, operação vai poder ampliar medidas.

Após decreto de situação de emergência, Defesa Civil vai ampliar capacidade da Operação Estiagem — Foto: Evandro Derze/Prefeitura de Rio Branco
Em meio à intensa estiagem, pelo menos 17 mil pessoas já foram afetadas pelo desabastecimento de água em Rio Branco. A estimativa é da Defesa Civil Municipal, responsável pela Operação Estiagem, que já atendeu 4 mil famílias em 27 comunidades nas zonas urbana e rural da capital acreana. Porém, segundo o coordenador Coronel Cláudio Falcão, o número pode ser ainda maior.
“A nossa programação começou em 17 de julho e vai até 15 de dezembro, cinco meses de duração, enquanto outros anos eram três meses, mas aumentamos para cinco por conta da seca. Estamos com 27 comunidades, o que dá mais de quatro mil famílias, e a gente esgotou, chegamos ao 100% do operacional”, explica.
Além do aumento na duração do prazo da operação, que havia sido definido pela Defesa Civil no início do ano, Falcão explica que a ampliação da capacidade operacional está entre as medidas abrangidas pelo decreto de situação de emergência, assinado pelo prefeito Tião Bocalom nessa quarta-feira (27).
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Rio Acre chegou a 1,40 metro nesta quinta-feira (28) — Foto: Reprodução/Rede Amazônica Acre
O decreto tem como base os baixos níveis registrados no Rio Acre na capital, além de um parecer da Defesa Civil que também citou a baixa umidade do ar, o aumento de doenças respiratórias e prejuízos de produtores rurais com o desabastecimento.
“Não dá pra fazer mais nada, a não ser pela decretação. Todos os nossos depósitos, 109 caixas de cinco mil litros, fora outros particulares que a gente abastece, não só as da Defesa Civil, já foram todos abastecidos e vamos precisar adquirir mais caixas, comprar mais caixas para poder atender mais comunidades”, diz o coordenador.
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Operação já atendeu 4 mil comunidades nas zonas urbana e rural da capital acreana — Foto: Evandro Derze/Prefeitura de Rio Branco
Perfuração de poços
Ao assinar o decreto, Bocalom adiantou que uma das medidas a serem implementadas será a pesquisa de viabilidade para a perfuração de poços no Primeiro e no Segundo Distrito de Rio Branco. Esses poços, segundo o prefeito, podem garantir abastecimento de água durante o ano todo.
“Esse decreto que estamos fazendo aqui mostra a nossa responsabilidade, e principalmente a vontade de resolver o problema da falta de água em Rio Branco. Com esse decreto assinado, vai facilitar para que o Saerb possa contratar a Universidade Federal do Acre, junto à Universidade de Brasília, para fazer o grande estudo que a gente precisa, e também para contratar a empresa que vai perfurar dois poços para pesquisa que vão ser acompanhados pelas duas universidades. Dois poços de 800 metros para a gente saber onde tem água no subsolo de Rio Branco. Um poço no Segundo Distrito, e um no Primeiro Distrito. Não adianta dizer que tem água, e não fazer. Isso nunca foi feito, e nós vamos fazer”, declarou.
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Rompimento de adutora causou crise no abastecimento de água em Rio Branco no mês de junho — Foto: Agatha Lima/Rede Amazônica Acre
Bocalom já havia citado a perfuração de poços em diversas ocasiões. Em junho, quando Rio Branco enfrentava crise no abastecimento de água por conta de problemas em equipamentos em uma Estação de Tratamento de Água (ETA), o prefeito anunciou que os estudos de viabilidade do projeto vão contar com apoio do Serviço Geológico do Brasil (SGB-CPRM),vinculado ao Ministério de Minas e Energia, e de pesquisadores da Universidade Federal do Acre (Ufac).
O Rio Acre é a única fonte de captação de água para abastecimento na capital. No ano passando, quando o Rio Acre registrou também uma seca severa, o g1 fez uma reportagem com especialistas analisando o cenário, inclusive, estudos apontam que o rio pode até mesmo chegar a cota zero. Mas, alguns estudiosos alegam que os poços não resolveriam o problema.
Queimadas e poluição do ar
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Queimadas diminuíram, mas ainda causam piora na qualidade do ar no Acre — Foto: Victor Lebre/g1
No Acre, a influência dos focos de queimadas na qualidade do ar em 2023 é menor do que em anos anteriores, mas ainda é responsável por picos nos índices de poluição do ar. A análise é do professor Willian Flores, da Universidade Federal do Acre (Ufac), doutor em Ciências de Florestas Tropicais.
Flores explica que o estado tem registrado mais chuvas do que o normal para o período de verão amazônico, o que contribui para que os municípios consigam manter a qualidade do ar dentro do considerado normal pela Organização Mundial da Saúde, que é de 15 microgramas de partículas por metro cúbico de ar.
“Esse ano, está um pouco menos [o índice de queimadas]. Esse ano, o problema que estamos tendo é climático. Estamos tendo mais chuvas do que deveria, de vez em quando tem um temporal. Ainda bem, porque estamos em um momento muito crítico de temperatura do ar. Se tivéssemos essas duas coisas, temperatura alta e baixa umidade, teríamos um desastre. Incêndios florestais, queimadas. A temperatura está alta, mas a pluviosidade está acima da média. Isso tem ajudado a ter menos queimadas. Está mais ou menos na metade do que aconteceu no ano passado. Isso tem contribuído um pouco com a melhoria dos índices de qualidade do ar. Embora, por causa da temperatura, a gente tenha a cultura do uso do fogo na Amazônia, que é cultural”, avalia.
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Acre
Criminosos que renderam empresário e mulher em tentativa de assalto pegam mais de 118 anos de prisão
Grupo foi condenado no final de agosto por roubo, extorsão, constrangimento ilegal e porte ilegal de arma de fogo em regime fechado. Crime ocorreu em julho de 2021 em Cruzeiro do Sul.
Cinco criminosos que tentaram assaltar a casa do empresário Abraão Candido, um dos mais antigos e poderosos da região do Vale do Juruá, em julho de 2021, foram condenados pelo Juízo da 2ª Vara Criminal da Comarca de Cruzeiro do Sul, interior do Acre. Em pena somadas, a quadrilha pegou mais de 118 anos de prisão.
Os condenados são:
- Antônio Claudenir da Costa Parente
- Cleison Barros de Pinho
- Isaías Ferreira da Silva
- Jardelson Silva de Souza
- Rian Vinicios Rodrigues Barbosa
O grupo foi condenado no final do mês de agosto por roubo, extorsão, constrangimento ilegal e porte ilegal de arma de fogo. As penas variam de 18 anos a 26 anos de reclusão em regime inicial fechado.
“O caso envolveu a ação concatenada de perigosos agentes, dois deles com provada vinculação a uma organização criminosa, caso já devidamente encaminhado para processamento no juízo competente”, disse o promotor de Justiça Ildon Maximiano Peres Neto, que denunciou a quadrilha na época.
A reportagem não conseguiu contato com a defesa dos réus.
Tentativa de assalto
Na época do crime, a Polícia Militar informou que ao menos nove criminosos armados entraram na casa do empresário, renderam os seguranças e mulher dele em uma tentativa de assalto e trocaram tiros com a polícia na fuga.
Abraão Candido mora em Manaus, mas na noite do crime estava em Cruzeiro do Sul a negócios. Ele é tio da ex primeira-dama do Estado, Ana Paula Cameli, e do deputado Nicolau Júnior.
Os bandidos pediam dinheiro. A polícia foi acionada e, ao chegar no local, logo visualizou um veículo parado na porta da casa com dois homens dentro. Em seguida, os criminosos perceberam a presença dos policiais, iniciaram a fuga e os disparos de arma de fogo contra as equipes. Foi então que houve troca de tiros. Ninguém ficou ferido.
Inicialmente, três foram presos, sendo os dois que estavam no carro parado em frente da casa e um que fugia pela porta da frente da casa. Os outros seis conseguiram fugir pelos fundos da casa e entraram em outro veículo que aguardava para dar fuga.
Ele foram pegos em um bloqueio policial na entrada da cidade de Guajará, no Amazonas. O grupo foi levado para uma delegacia da cidade na época após o flagrante.
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