fbpx
Conecte-se conosco

Cotidiano

Especialistas ressaltam atenção à saúde emocional dos alunos no retorno às aulas

Publicado

em

Retorno às atividades presenciais ainda em meio à pandemia vai exigir que redes de ensino saibam acolher as crianças e adolescentes também do ponto de vista socioemocional

Mais do que a adoção de protocolos sanitários seguros, os gestores da educação de todo o País vão ter um desafio adicional na volta às aulas presenciais, que vai ocorrer em boa parte dos estados a partir de agosto: o acolhimento às crianças afastadas do ambiente escolar por causa da pandemia da Covid-19.

Silvia Lima, gerente de projetos do Instituto Ayrton Senna e especialista em Formação de Educadores, destaca que além do trabalho de recuperação do conteúdo pedagógico atrasado, os profissionais de educação e pais ou responsáveis devem dar atenção especial à saúde emocional dos alunos.

“É fundamental olhar para o desenvolvimento e para a saúde mental dos estudantes. Olhar com carinho, realizar um acolhimento desses estudantes, de modo que eles possam se sentir seguros. É fundamental estarmos atentos às competências socioemocionais. Para além do cognitivo, os gestores precisam ficar bastante atentos e, ao pensar nesse retorno, realizar ações, um planejamento com intencionalidade que olhe para esses aspectos”, destaca.

Diálogo

Segundo Rafael Parente, PhD em educação pela Universidade de Nova York e ex-secretário de educação do Distrito Federal, é importante que os pais ou responsáveis passem segurança às crianças antes do retorno às atividades presenciais. A volta às aulas, ele diz, deve ser transmitida como um processo prazeroso, onde as vantagens são postas em destaque.

“É importante que a gente converse bastante com as crianças e com os jovens também sobre a importância da escola, sobre como a escola é um ambiente bom, bacana, prazeroso, como é importante aprender, rever os amigos, poder conhecer coisas novas, poder crescer e sobre o prazer da aprendizagem”, indica.

Ainda durante o período de aulas exclusivamente remotas, Hanney Telles Passos conta que se preocupou em manter um diálogo franco com o filho, Thiago, estudante do oitavo ano, sobre o momento que o País enfrentava.

Para a empresária, isso foi fundamental para que o jovem estivesse mais preparado para o retorno presencial à escola. “No início, ele se mostrou bem preocupado. No entanto, não percebemos que, emocionalmente, ele tenha sentido tanto. Creio que, por estarmos acompanhando e conversando sobre todo o processo, o retorno se deu de forma bem tranquila”, relata.

Gestores municipais de educação priorizam busca ativa de estudantes e suporte aos diretores, diz estudo da Undime

Gestores têm novas orientações para gastos dos recursos da Lei Aldir Blanc

Prevenção a Covid-19 é ampliada nas escolas do país

Acolhimento

Para as escolas que ainda não voltaram com as atividades presenciais, há exemplos espalhados pelo País de como o acolhimento emocional aos estudantes pode ser conduzido. O Colégio Presbiteriano Mackenzie Brasília, por exemplo, entendeu que era importante estabelecer, fortalecer e acompanhar a saúde socioemocional dos alunos, conta Sandra Mara Ferrari, orientadora pedagógica.

A iniciativa tem como chave a empatia, de apoio mútuo dentro da comunidade escolar, o que está ao alcance de todas as escolas. “O acolhimento nesse momento é muito difícil, pois ele não pode ser acompanhado de um toque, mas a gente pode fazer o excelente uso da comunicação não-verbal através de um olhar atento, de uma escuta respeitosa, de um tom de voz mais brando, de um gesto afetuoso, até mesmo de uma expressão na fisionomia que possa ultrapassar o distanciamento e o uso de máscaras”, exemplifica.

Integração

Os especialistas ouvidos pela reportagem também foram unânimes ao apontar que o diálogo entre pais e responsáveis com professores e demais profissionais da comunidade escolar é fundamental para facilitar a reintegração das crianças à rotina de aulas.

Ferrari destaca que a escola buscou contato com as famílias e trabalhou em conjunto a resolução de conflitos que surgiram durante o processo de retomada. “Nós não somos de times opostos, somos todos em prol da saúde, tanto física e emocional como também intelectual do nosso aluno. Então, prioritariamente nós tivemos uma escuta atenta e uma comunicação eficiente e eficaz com os pais”, diz.

Segundo Silvia, o período de interrupção das aulas presenciais mostrou que a parceria entre escola e pais ou responsáveis pelas estudantes deve aumentar.  “A gente identificou neste período de isolamento que uma parceria que já era entendida como importante se tornou ainda mais necessária, que é essa maior integração e comunicação entre escola e a família”, diz.

A gerente de projetos do Instituto Ayrton Senna dá algumas dicas de ações que as escolas podem implantar com o objetivo de fortalecer essa interação.

  • Reuniões com os pais, em que eles possam trazer dicas e contribuições de como a escola pode acolher os estudantes;
  • Promover oficinas em que os pais possam debater questões relacionadas à volta às aulas e acolhimento dos alunos;
  • Valer-se do apoio da comunidade local em que a escola está inserida.

Em relação ao último aspecto, a especialista explica que o estado emocional dos estudantes ao chegar às turmas é incerto e algumas escolas podem não estar preparadas para lidar com o assunto. “Muitas vezes a escola não tem competência técnica ou especialistas para ajudar ou dar conta de resolver esses desafios. Então, [é bom] contar com equipamentos públicos e com organizações parceiras para contribuir com o desenvolvimento e aprendizagem do estudante”, recomenda.

A iniciativa não precisa, necessariamente, partir da escola em direção aos pais ou responsáveis. Esses também podem dar o primeiro passo, como Hanney, mãe do estudante Thiago. “Sempre me preocupei em manter uma relação muito próxima com os professores e a escola no acompanhamento do processo de aprendizado e cumprimento das atividades propostas. Mesmo durante o período de aulas remotas, o que facilitou o processo ao retorno presencial”, acredita.

Atenção especial

O retorno às aulas presenciais tende a ser um desafio maior quanto mais novos são os alunos, dizem especialistas. O choro e a tristeza no momento de despedida dos pais são mais comuns entre os pequenos. Nessas horas, as famílias devem estabelecer uma comunicação adequada com as crianças, explica Parente.

“É importante dar nome aos sentimentos da criança e dizer ‘olha, eu entendo que você esteja com medo, receoso de ficar sozinho na escola, mas você vai estar com a sua professora, com adultos que vão cuidar de você, vão olhar pelo seu bem-estar, ver se você está precisando de alguma coisa. Então, não se preocupe porque você vai ficar aqui por um período e depois nós estaremos juntos novamente’, exemplifica.

Silvia ressalta que os familiares podem se antecipar e tornar a volta das crianças à escola menos abrupta, com menor estranhamento. “Nós estamos há uma semana do retorno das aulas. Os pais já podem começar, no dia a dia, ajudando os seus filhos na organização dos materiais, por exemplo, indicando para eles que as aulas vão voltar, que terão a oportunidade rever os professores, os colegas, ajudando-os na rotina de horários de dormir, de se organizar”, conclui.

Fonte: Brasil 61

Comentários

Continue lendo

Cotidiano

Homem é preso por agredir esposa e matar gato da família em Porto Walter, mas é liberado pela Justiça

Publicado

em

Suspeito, que teria cometido as agressões sob efeito de drogas, foi solto após audiência de custódia, mas deve cumprir medida protetiva

No depoimento, a mulher informou que o marido quando não estava usando drogas, “seria uma boa pessoa”. Foto: cedida 

Um homem foi preso em Porto Walter, no Acre, na tarde desta quarta-feira (16), suspeito de agredir a esposa e matar o gato da família torcendo seu pescoço. No entanto, após audiência de custódia na manhã de quinta (17), o Judiciário determinou sua soltura, desde que ele obedeça à medida protetiva solicitada pela vítima.

De acordo com a Polícia Civil, a mulher foi à delegacia pela manhã pedir proteção contra o marido, alegando que ele ficava violento quando usava drogas. Ela afirmou que, quando sóbrio, ele “seria uma boa pessoa”, mas sob o efeito de substâncias alucinógenas, a agredia na frente dos filhos.

Ao voltar para casa, a vítima encontrou o homem alterado e pediu que ele fosse embora, já que havia solicitado a medida protetiva. Ao saber da denúncia, ele teria atacado a mulher novamente e, em meio à violência, matou o gato da família.

A Polícia Militar e a Civil prenderam o suspeito em flagrante, mas, após análise judicial, ele foi liberado com a condição de respeitar as restrições impostas pela medida protetiva. A vítima apresentava hematomas, e o caso segue sob investigação.

Comentários

Continue lendo

Cotidiano

CRO-AC abre concurso com 2 vagas imediatas e 390 para cadastro de reserva; salários chegam a R$ 4 mil

Publicado

em

Edital conta com apenas duas vagas imediatas e mais de 300 vagas para cadastro de reserva. As oportunidades são para funções administrativas, contabilidade, tecnologia da informação, entre outras

O edital conta com vagas de nível médio, técnico e superior, com remunerações que variam entre R$ 1.684,78 e R$ 4.011. Foto: internet

O Conselho Regional de Odontologia do Acre (CRO-AC) está com inscrições abertas para um concurso público que oferece duas vagas imediatas e 390 oportunidades para cadastro de reserva. Os interessados podem se inscrever até 5 de junho exclusivamente pelo site do Instituto Quadrix, banca organizadora do certame.

As provas objetiva e discursiva serão aplicadas no dia 22 de junho, em Rio Branco. O edital contempla oportunidades para nível médio, técnico e superior, com salários entre R$ 1.684,78 e R$ 4.011. As cargas horárias previstas no certame variam entre 20 e 40 horas semanais.

Sete cargos estão disponíveis, distribuídos em diferentes áreas. Mais detalhes sobre as funções, requisitos e etapas do concurso podem ser consultados no edital oficial, disponível no site da Quadrix.

Confira:
  • Assistente Administrativo (cadastro de reserva) – 40h – R$ 2.021,73
  • Fiscal (cadastro de reserva) – 40h – R$ 2.628,26
  • Técnico em Tecnologia da Informação (cadastro de reserva) – 20h – R$ 1.684,78
  • Advogado (cadastro de reserva) – 20h – R$ 3.144,92
  • Analista Administrativo (cadastro de reserva) – 40h – R$ 2.807,96
  • Assessor de Comunicação (1 vaga imediata) – 20h – R$ 2.246,37
  • Contador (1 vaga imediata) – 40h – R$ 4.011

Comentários

Continue lendo

Cotidiano

Corinthians demite o técnico argentino Ramón Díaz

Publicado

em

Foto: Rodrigo Coca/Agência Corinthians

Ramón Díaz não é mais o técnico do Corinthians. O anúncio foi feito pelo Timão no início da noite desta quinta-feira (17). A demissão do argentino foi sacramentada após a derrota de 2 a 0 da equipe do Parque São Jorge para o Fluminense na noite da última quarta-feira (16) pelo Campeonato Brasileiro.

“Nesta quinta-feira [17], o Sport Club Corinthians Paulista comunica o desligamento de Ramón Díaz do cargo de técnico da equipe. Também deixam o clube os auxiliares Emiliano Díaz, Bruno Urribarri e Osmar Ferreyra, além do preparador físico Diego Pereira”, diz a nota do Timão.

Ramón Díaz assumiu o Corinthians no decorrer da última edição do Campeonato Brasileiro, em julho de 2024, e levou a equipe ao título do Campeonato Paulista de 2025.

Segundo o Timão, “Orlando Ribeiro, técnico do sub-20 do Corinthians, comandará o treino do elenco principal nesta sexta-feira [18]”.

Comentários

Continue lendo