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Empresa aérea paga R$ 85 mil ao MPF após operar em pista irregular e colidir com gado no Acre
O valor de R$ 85 mil quitado pela Ortiz Táxi Aéreo foi integralmente destinado ao Fundo de Defesa de Direitos Difusos

O Ministério Público Federal (MPF) conseguiu a quitação integral de uma dívida de R$ 85 mil da empresa Ortiz Táxi Aéreo Ltda. e de seus sócios. O valor foi pago após o descumprimento de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) que visava garantir a segurança do transporte aéreo na Região Norte.
Com o recebimento do valor, a 2ª Vara Federal do Acre acatou um pedido do MPF e declarou extinta a cobrança, considerando a obrigação da empresa como cumprida.
O TAC, firmado anteriormente, estabelecia que a empresa se comprometia a operar dentro das normas de segurança, incluindo a proibição de usar aeronaves com documentação vencida ou de pousar e decolar em aeródromos irregulares.
No entanto, em outubro de 2020, o acordo foi violado. Conforme relatou o procurador da República Lucas Costa Almeida Dias, uma aeronave da empresa (de matrícula PT-RPU) decolou de um local não cadastrado – a Comunidade Muru, em Feijó – com destino a Jordão. Durante a decolagem, por volta das 20h, a aeronave colidiu com um rebanho de gado a apenas 100 metros do final da pista improvisada. O voo era privado e levava um piloto e um passageiro.
Destinação dos Recursos
O valor de R$ 85 mil quitado pela Ortiz Táxi Aéreo foi integralmente destinado ao Fundo de Defesa de Direitos Difusos. Esse fundo é utilizado para financiar projetos que reparam danos e protegem os direitos de consumidores e da coletividade.
O processo da Execução de Título Extrajudicial foi identificado sob o número 1003632-04.2022.4.01.3001.
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PF deflagra operação contra crimes de abuso sexual infantil em Cruzeiro do Sul
Ação cumpre mandado de busca e apreensão e investiga compartilhamento de material ilícito em grupo com mais de 600 integrantes

Foto: Ascom/PF
A Polícia Federal deflagrou, nesta quarta-feira (5), em Cruzeiro do Sul, a Operação Guardiã Digital, com o objetivo de combater o armazenamento e o compartilhamento de arquivos digitais contendo material de abuso sexual infantojuvenil. Durante a ação, os agentes cumpriram um mandado de busca e apreensão.
A investigação teve início após a identificação de indícios de que um homem estaria compartilhando e armazenando imagens e vídeos com conteúdo de abuso sexual de crianças e adolescentes em um grupo com cerca de 640 participantes, em um conhecido aplicativo de mensagens eletrônicas.
Os materiais apreendidos serão analisados para confirmar a hipótese investigativa e identificar possíveis outros envolvidos. O suspeito e demais partícipes poderão responder judicialmente por disponibilizar e armazenar arquivos relacionados à prática desse crime.
Em nota, a Polícia Federal destacou a importância de adotar uma terminologia que reflita a gravidade desses delitos. “Embora o termo ‘pornografia’ ainda seja usado no Estatuto da Criança e do Adolescente, a comunidade internacional prefere expressões como ‘abuso sexual de crianças e adolescentes’ ou ‘violência sexual’, pois elas evidenciam a dimensão da violência sofrida pelas vítimas”, informou a instituição.
A PF também fez um alerta aos pais e responsáveis sobre a necessidade de vigilância constante, tanto no ambiente virtual quanto no físico. “Conversar abertamente sobre os riscos online, ensinar o uso seguro de redes sociais, jogos e aplicativos, e observar mudanças de comportamento são medidas fundamentais. A prevenção, aliada à informação, é a forma mais eficaz de garantir a segurança e o bem-estar dos menores”, reforçou.
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Polícia Civil prende suspeito de homicídio em poucas horas após o crime em Rio Branco

Suspeito foi localizado em uma estação de tratamento de água abandonada no bairro Preventório. Foto: cedida
A Polícia Civil do Acre (PCAC), por meio da Equipe de Pronto Emprego (EPE), prendeu em poucas horas o suspeito de assassinar Madson José de Sousa, de 35 anos, em um crime ocorrido no bairro Papoco, em Rio Branco.
De acordo com as investigações, o homicídio ocorreu na manhã desta quinta-feira, e a rápida ação da equipe policial resultou na localização e captura do autor ainda no mesmo dia. Com o suspeito, os agentes apreenderam uma faca com marcas de sangue, uma “buchudinha” (bebida alcoólica popularmente conhecida), e outros objetos pessoais.
Assim que a ocorrência foi registrada, os investigadores da EPE deslocaram-se até o local do crime, onde identificaram uma testemunha ocular e a esposa da vítima, que repassaram informações importantes sobre a dinâmica do homicídio e as características físicas do autor.
Munidos dessas informações, os policiais iniciaram diligências intensas nos locais onde o suspeito costumava frequentar. Após horas de busca, ele foi localizado escondido em uma antiga estação de tratamento de água abandonada, situada na Rua Lei Áurea, esquina com a Rua Gabino Besouro, no bairro Preventório. No momento da abordagem, o homem ainda estava na posse da arma branca utilizada no crime.
A equipe conseguiu adentrar o local de difícil acesso e efetuar a prisão do suspeito sem qualquer intercorrência. O homem foi conduzido à sede da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), onde foi submetido aos procedimentos de praxe, e em seguida encaminhado à Delegacia de Flagrantes (Defla), para as medidas legais cabíveis.
De acordo com o delegado titular da DHPP, Alcino Ferreira Júnior, a prisão demonstra o comprometimento e a eficiência das equipes envolvidas. “A ação rápida dos nossos investigadores foi fundamental para garantir a prisão do autor em poucas horas. Esse resultado reflete o empenho da Polícia Civil em dar uma resposta imediata à sociedade e assegurar que crimes graves como esse não fiquem impunes”, destacou.
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Crime de extrema crueldade choca Cruzeiro do Sul: homem é esquartejado com terçado após supostos furtos
Menor confessa com frieza decapitação e decepamento de braços de Nelson Ferreira; corpo foi enterrado em local indicado pelo próprio adolescente à polícia

As investigações apontam que, N. que era usuário de drogas, foi atraído nas proximidades da Ponte da União e levada à força em uma embarcação para uma área de difícil acesso na Comunidade Olivença. Foto: captada
Um crime de brutalidade extrema foi descoberto em Cruzeiro do Sul nesta quarta-feira (5): o corpo de Nelson Ferreira de Oliveira foi encontrado com a cabeça e os braços decepados a golpes de terçado. Um menor de idade, que já possuía mandado de internação em aberto, foi apreendido e confessou à Polícia Militar, de forma “fria e detalhada”, sua participação no homicídio qualificado.
O adolescente alegou que a motivação do crime estaria relacionada a supostos furtos praticados pela vítima no município. Em seu relato, descreveu com precisão como a vítima teve os membros decepados e indicou o local onde o corpo havia sido enterrado. Após diligência policial, o cadáver foi localizado nas condições descritas pelo menor, que agora responde por ato infracional análogo aos crimes de homicídio qualificado e ocultação de cadáver.

Um menor de idade, que já possuía mandado de internação em aberto, foi apreendido e confessou à Polícia Militar, de forma “fria e detalhada”, sua participação no homicídio qualificado. Foto: captada
Julgado e condenado por criminosos
As investigações do brutal assassinato de Nelson Ferreira de Oliveira em Cruzeiro do Sul revelam que o crime foi na verdade um “julgamento” realizado por integrantes de uma organização criminosa. De acordo com as apurações, a vítima – usuária de drogas – foi atraída nas proximidades da Ponte da União e levada à força em uma embarcação para uma área de difícil acesso na Comunidade Olivença, às margens do Rio Juruá, onde foi executada com golpes de terçado e esquartejada.
O “julgamento” imposto pela facção acusava Nelson de envolvimento em furtos e outros crimes patrimoniais cometidos na região nos dias que antecederam o assassinato. O caso expõe a atuação de grupos criminosos que impõem sua própria justiça em comunidades ribeirinhas do Vale do Juruá, utilizando métodos de extrema violência para supostamente coibir crimes na região.

Nelson Ferreira, usuário de drogas, foi atraído para ponte e levado à força para comunidade ribeirinha onde foi esquartejado; organização criminosa acusava vítima de furtos na região. Foto: captada

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