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Brasil

Em Nova York, Moro defende início da pena após condenação em 2ª instância

Em evento promovido pelo Americas Society and Council of the Americas (AS-COA), juiz responsável pela Lava Jato em Curitiba ainda disse que não viu como grande problema os vazamentos durante as investigações

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Para Moro, fim da execução da pena após julgamento em 2º instância seria ‘retrocesso’ Foto: Sáshenka Gutiérrez|EFE

NOVA YORK – Fazendo uma forte defesa das investigações promovidas pela Lava Jato, o juiz Sérgio Moro afirmou que a possível alteração da lei que leva os réus a cumprir pena depois da condenação em segunda instância é um dos principais riscos ao combate à corrupção no Brasil. Moro também citou o ministro do STF Luis Roberto Barroso, que classificou como “trágica” a possibilidade de revisão da decisão. O juiz falou em evento em Nova York, promovido pelo Americas Society and Council of the Americas (AS-COA).

“Espero que o Supremo Tribunal Federal mantenha a regra atual de execução da pena após condenação em segunda instância. Essa foi uma mudança fundamental”, destacou. “Se houver uma reversão desse precedente, eu acompanharia as palavras do ministro Barroso de que seria trágico. Mas eu tenho a firme esperança de que o Supremo vai manter essa regra”, disse Moro.

Em 2016, o STF permitiu a execução da pena após a condenação na segunda instância. No ano passado, ministros do STF deram declarações indicando que o Supremo pode rever a decisão. Dentre eles, Gilmar Mendes – que, à época, foi voto decisivo para a decisão, mas hoje indica ter mudado de ideia. A presidente do STF, Cármen Lúcia, contudo, já sinalizou que o tema não voltará à pauta da Corte em março e considera inadmissível pautar a questão em virtude da provável prisão do ex-presidente Lula.

Outro tema polêmico tocado por Moro em Nova York foi o foro privilegiado. Ele defendeu que seria “sábio” manter o foro para o presidente da República, mas ressaltou que não está certo de que tal prerrogativa deveria ser mantida para outras autoridades. O juiz afimrou que há políticos no Brasil que ainda têm privilégios e há pessoas frustradas em não ver o fim das investigações da Operação Lava Jato.

Segundo Moro, não há “um trabalho mágico” para melhorar a democracia, pois atacar a corrupção é uma atividade longa e contínua que deve ser adotada por todos os setores da sociedade. Ele afirmou que, às vezes, escuta no Brasil comentários de cidadãos que perguntam se bastariam as investigações da Operação Lava Jato.

“No caso Watergate, nos EUA, algumas pessoas perguntavam se as investigações já não eram suficientes. Como juiz, não tenho poder discricionário para escolher casos e deixar alguns de lado”, afirmou. “Ao invés de ter a regra da impunidade, precisamos sim da regra da aplicação da lei. Nesse aspecto, o trabalho nunca acaba.”

Lava Jato. Moro aproveitou o evento para agradecer as autoridades internacionais que colaboraram com as investigações, em especial as suíças e as norte-americanas. “Não teríamos o caso sem a colaboração das autoridades bancárias da Suíça”, disse.

Segundo Moro, houve também auxílio oficial do governo dos Estados Unidos, que liberou provas quando foram pedidas. Ele ainda falou que o combate à corrupção se tornou um assunto comum na América Latina e os países da região vêm cooperando entre si para investigações e indiciamentos por parte da Justiça em casos de magnitude internacional.

Ele também rebateu as críticas de que a Lava Jato atuou com uma visão parcial e ideológica. “Um ex-presidente da Câmara está preso”, ressaltou. “Algumas vezes, as pessoas têm desilusões sobre ídolos. É tempo para as pessoas perceberem a verdade. É preciso verificar não as opiniões políticas, mas documentos, suspeitas de lavagem de dinheiro, questões como prática de crime”, afirmou.

Ele também apontou que podem ter ocorrido vazamentos de informação durante as investigações da Lava Jato, mas garantiu que não foi responsável por nenhum dos episódios. “Alguns no Brasil falam de vazamentos, mas e sobre as questões que estão sendo investigadas? Sou contra vazamentos, mas não os vejo como um grande problema.”

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Milei assina primeiro decreto que corta pela metade número de ministérios

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De 18 passou para nove o número de pastas que vão compor a administração da nova gestão que tomou posse neste domingo (10)

O presidente da Argentina, Javier Milei, assinou o primeiro decreto de sua gestão, após tomar posse neste domingo (10). Trata-se do texto que muda o número de ministérios dos atuais 18 para nove pastas que vão compor a sua administração.

Até sexta-feira (8), seriam apenas oito pastas, mas o novo presidente argentino voltou atrás e decidiu manter o Ministério da Saúde; a ideia anterior era transformá-lo em secretaria.

Quais são os ministérios

Ministério de Interior
Ministério de Relações Exteriores
Ministério de Comércio Internacional
Ministério da Defesa
Ministério da Economia
Ministério de Infraestrutura
Ministério da Justiça
Ministério de Segurança
Ministério da Saúde e Capital Humano

Posse

Em seu discurso de posse, Milei apontou as estratégias do novo governo para tirar o país da crise, mas ressaltou que a situação não vai melhorar de imediato.

“Não há dinheiro, não há alternativa ao ajuste, não há alternativa ao choque”, disse Milei diante de uma multidão de azul e branco. “No curto prazo a situação vai piorar, mas depois veremos os frutos dos nossos esforços”, acrescentou.

Nesta segunda-feira (11), ele comandará a primeira reunião de gabinete na Casa Rosada, residência oficial do governo argentino.

Conheça os escolhidos para serem ministro no governo de Javier Milei

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Brasil

O TEMPO E A TEMPERATURA: domingo (10) com tempestades em toda região Norte

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A temperatura pode variar entre 16°C e 38°C

Para este domingo (10), a previsão é de muitas nuvens com pancadas de chuva podendo haver trovoadas isoladas em toda região Norte.

O tempo fica nublado em Rondônia, Acre e sudoeste amazonense.

A temperatura mínima para a região Norte fica em torno dos 16°C em Uiramutã, em Roraima e a máxima de 38°C na cidade de Prainha, no Pará. A umidade relativa do ar varia entre 50% e 95%.

As informações são do Instituto Nacional de Meteorologia.

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PIB do agronegócio brasileiro recua 0,94% em 2023

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A queda só não foi maior por conta das safras recordes de soja, milho e cana de açúcar

Ao comparar os números do agronegócio de 2023 em relação a 2022, o PIB apresentou um recuo de 0,94%. Os dados são da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), referentes ao balanço do setor para este ano e as perspectivas para 2024. Apesar da queda, o PIB conseguiu alcançar o terceiro maior valor da série histórica iniciada em 1996 — atrás apenas de 2021 e 2022 — com R$ 2,6 trilhões. Na opinião do diretor técnico da CNA, Bruno Lucchi, existe uma explicação para esse resultado: o comportamento desfavorável dos preços do agronegócio.

“Poderia ser uma safra das mais caras da história. E estão aí os resultados que comprovam isso quando a gente analisa o custo de produção da soja, do milho primeiro e segundo a safra, mostrando principalmente fertilizantes, que tiveram aumento de 50% a 80% nessas cadeias — e em outras com volumes muito maiores”, avalia.

Ainda segundo o diretor, foi um ano de ‘safra cheia e bolso vazio’. “Na época de comercialização, mesmo os produtores que não travaram tanto boa parte da produção, tivemos quedas na grande parte das cadeias que variou de 20 a 30% não só na agricultura, mas principalmente na pecuária”, aponta.

O economista Aurélio Trancoso acrescenta mais um ingrediente: as elevadas taxas de juros. “A taxa de juros é extremamente maléfica. Ela prejudica, ela mata o empresário, ela mata o trabalhador e ela acaba matando o mercado. O especialista ressalta que os produtos da cesta básica estão com preços elevados nas prateleiras.

“Se está caro, as pessoas começam a diminuir o consumo, compram apenas aquilo que é necessário para a sua casa. E isso aí também faz com que você tenha produtos no mercado, mas você não tenha consumidor”

O levantamento ainda mostra que a tendência é que esse cenário continue com menor rentabilidade em 2024, de acordo com o diretor técnico da CNA, Bruno Lucchi.

“Para 2024, a gente espera resultado do PIB no agronegócio próximo à neutralidade ou queda de até 2% em relação à 2023. O PIB agropecuário deve ficar em 1,5%. Influenciarão na performance menor, questões geopolíticas como as guerras e questões climáticas, com alterações na temperatura média e nos índices de chuvas provocadas pelo fenômeno El Niño”, observa.

A CNA ainda calcula que o ciclo de cortes na taxa básica de juros, iniciado em agosto, levará a taxa Selic a 11,75% ao final do ano, contribuindo para queda no custo de equalização do crédito rural e queda das taxas de juros com recursos livres. A maior produção de alimentos em 2023 ajudará o IPCA a ficar dentro da meta, fechando o período em 4,75%.

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