Acre
Dia do Basta repercute na Aleac e deputados pedem reforma política
Gina Menezes, da Agência ContilNet
Um dos assuntos mais abordados neste momento nas redes sociais, as manifestações contra a corrupção em várias capitais brasileiras e que acontecerá no próximo sábado (22) em Rio Branco, no evento intitulado Dia do Basta, foi o tema preferido dos deputados estaduais.
Todos os parlamentares que usaram a tribuna da Casa para discursar não se eximiram de opinar sobre o assunto.

Todos os parlamentares que usaram a tribuna da Casa para discursar não se eximiram de opinar sobre o assunto/Foto: Assessoria Aleac
O líder do governo, Astério Moreira, oficialmente fez um discurso de apoio aos manifestos realizados por jovens, como resultado de mobilização feita através das redes sociais. Nas entrelinhas, ele deu a entender que pode haver por trás dos atos algum interesse de grupos políticos contrários aos que estão governando atualmente.
Sobrou até para a imprensa, a quem o líder do governo acusou de servir de massa de manobra, algumas vezes. “Muitas vezes, a imprensa é instrumentalizada por grupos políticos”, diz.
O parlamentar, que dispôs de 17 minutos para fazer a defesa governamental, fez questão de dizer que os manifestos que estão ocorrendo em todo o Brasil não são contra um partido especificamente, no caso o PT, e sim contra todo um ordenamento partidário.
“Não é uma manifestação contra um partido, e sim contra o sistema”, declarou.
Coube ao deputado Edvaldo Souza (PSDC), jornalista, assim como o colega de parlamento Astério Moreira, fazer a defesa da imprensa. Ele afirmou que a imprensa cumpre um papel fundamental, que é o de manter a população a par dos escândalos e desvios de dinheiro.
“Sem a imprensa, não teríamos conhecimento dos escândalos que levaram à renúncia do governador do Distrito Federal, Inácio Arruda (DEM); não teríamos conhecimento do Mensalão e de tantos outros casos, ao lado da nossa história. Cabe ao repórter reportar os fatos”, pontuou.
Eduardo Farias (PCdoB) foi outro parlamentar a falar das manifestações populares que ocorreram nos últimos dias e diz que falta, neste processo atual, uma figura carismática que aglutine todos os anseios populares.
“Na minha época, se seguia Lula, Miguel Arraes. Estamos vivendo um novo momento onde as lideranças nascem da espontaneidade das redes sociais.”, diz.
Farias afirma que está chegando o momento de políticos da mesma época que ele ficarem em casa e virarem expectadores das novas revoluções sociais.
“Está chegando o momento onde ficarei em casa e assistirei o desenrolar disso e o surgimento de novas lideranças. Poderei ficar tranqüilo e dizer que fiz minha parte e que agora é hora de novos atores”, especulou.
A reforma política
O líder do PT na Assembleia Legislativa do Acre (Aleac), Geraldo Pereira, usou a tribuna durante a sessão de quarta-feira (19) para falar a respeito dos protestos e dizer que o País vive a expectativa de mudanças na política brasileira.
Pereira chegou a dizer que consideraria lindo um gesto de renúncia coletiva e a defesa de mandatos de dois anos. “Seria lindo uma renúncia coletiva”, declarou.
Quanto aos mandatos de dois anos, o líder petista diz que esta seria uma boa maneira de ter mandatos mais propositivos e úteis.
“Tem gente que não consegue dar conta do mandato porque só pensa na reeleição”, diz.
Pereira afirma que encara com naturalidade as manifestações e diz que isso é uma continuação do descontentamento já externado através das urnas.
“A população já havia dado o recado através das urnas; era um recado da insatisfação que tomou o País com relação ao sistema eleitoral vigente.”, diz.
Luiz Tchê (PDT) aproveitou a discussão sobre reforma política e voltou a defender a unificação das eleições.
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MPF abre inquérito para apurar precariedade em escola indígena de Tarauacá
O Ministério Público Federal (MPF) instaurou nesta quinta-feira, 17, um inquérito civil para investigar a precariedade na estrutura da Escola Estadual São José I, localizada na Aldeia São Vicente, Terra Indígena Rio Humaitá, em Tarauacá (AC).
Segundo a denúncia que motivou a apuração, a unidade de ensino apresenta sérios problemas de infraestrutura. Entre os relatos estão paredes quebradas, piso e escadas deteriorados, goteiras que comprometem as aulas durante o período chuvoso, falta de cadeiras adequadas, obrigando os alunos a assistirem às aulas deitados no chão, além de banheiros em condições precárias de higiene. O quadro utilizado nas aulas foi providenciado pelos próprios moradores da aldeia.
O MPF destaca que a escola foi construída em 2012 e, conforme informações prestadas pela Secretaria de Estado de Educação do Acre (SEE/AC), nunca passou por serviços de manutenção predial. A Divisão de Manutenção e Obras da secretaria informou ainda que não há previsão imediata para reforma ou construção de nova sede, mas que será elaborada uma agenda de visita técnica, condicionada às condições de navegabilidade do rio, para avaliar a situação in loco.
Outro ponto identificado é a ausência de estrutura para o armazenamento de alimentos perecíveis, o que compromete o fornecimento da merenda escolar. De acordo com o Departamento de Alimentação Escolar, a escola não possui cantina, freezer ou geladeira, dificultando a logística de distribuição de alimentos.
O prourador da República Luidgi Merlo Paiva dos Santos, responsável pelo caso, determinou a abertura do inquérito com prazo inicial de um ano, com o objetivo de apurar irregularidades na prestação dos serviços educacionais pela SEE/AC na escola indígena.
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Diante da ameaça do sarampo, Gladson faz apelo direto à população: “procurem os postos”

Foto: Whidy Melo/ac24horas
Durante evento de entrega de certificados de cursos profissionalizantes, realizado no auditório Rio Moa, na sede do Sebrae em Rio Branco, o governador Gladson Cameli comentou, nesta quinta-feira, 17, o decreto que estabelece estado de emergência em saúde pública no Acre, devido ao risco iminente de reintrodução do sarampo no estado. A medida, publicada no Diário Oficial do Estado, tem validade de 90 dias.
A decisão se baseiou em parecer técnico da Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre), que apontou o avanço da doença em países vizinhos, especialmente a Bolívia, que já declarou emergência nacional e registra mais de 100 casos confirmados. A preocupação se intensificou diante da proximidade geográfica e da circulação transfronteiriça.
Em entrevista à imprensa, Gladson Cameli fez um apelo direto à população acreana sobre a gravidade da situação. “É uma preocupação que nós temos no governo. Nós declaramos já estado de emergência para justamente chamar a atenção, pedir para a população que se vacine, vacine-se. Está tendo sim essa crise. Na Bolívia está tendo muitos casos. Nós sabemos que a Bolívia faz fronteira com o Acre e nós temos que pedir também a cooperação da população: que procure os postos de saúde, que vá lá fazer a prevenção, tomar vacina, para que a gente não tenha aí números piores. Mas é uma grande preocupação nossa, sim”, afirmou o governador.
Questionado sobre as providências já adotadas, o chefe do Executivo estadual confirmou o apoio do governo federal e o reforço na campanha de vacinação. “Com toda certeza. Inclusive, o próprio Ministério da Saúde já colocou uma equipe aqui disponível para atender. E estamos nessa campanha, que a população procure os postos de saúde para se vacinar, para que depois não aconteçam aí situações mais graves”, ressaltou.
Com o decreto, a Sesacre está autorizada a adotar medidas urgentes e prioritárias, incluindo a mobilização de recursos e equipes técnicas.
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Acre
Nível do Rio Acre segue em declínio, aponta Defesa Civil de Rio Branco

Foto: Whidy Melo/ac24horas
O nível do Rio Acre voltou a apresentar leve queda nesta quinta-feira, 17, conforme boletim diário divulgado pela Defesa Civil Municipal. Às 5h13, a medição indicou 1,69 metros, o que representa um recuo de 5 centímetros em relação ao dia anterior.
Além da baixa do manancial, não foi registrada precipitação nas últimas 24 horas em Rio Branco. O rio está muito abaixo da cota de alerta, fixada em 13,50 metros, e da cota de transbordo, que é de 14 metros.
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