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De bicicleta, professores do Acre entregam atividades a alunos de comunidades da zona rural

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Professores da Escola Mário Lobão, da zona rural de Rio Branco, entregam atividades escolares para que alunos não se prejudiquem durante a pandemia.

Professora Railene Santiago vai na casa dos alunos de 15 em 15 dias entregar ou buscar as atividades escolares — Foto: Reprodução/Rede Amazônica Acre

Por Quésia Melo, Acre Rural

Dois professores da Escola Mário Lobão, zona rural de Rio Branco, encontraram um jeito para não deixar alunos de comunidades distantes sem acesso às atividades do ano letivo durante a pandemia. Eles enfrentam a poeira, lama, sol e falta de estrutura das estradas para entregar de bicicleta as atividades escolares.

As aulas da rede pública do Acre estão suspensas desde o mês de março, quando foram confirmados os primeiros casos de Covid-19. Para garantir o ano letivo, as aulas passaram a ser on-line ou as escolas disponibilizam o material nas instituições.

Porém, os alunos da zona rural não têm acesso à internet para acompanhar os estudos pela web ou têm dificuldades para sair de casa e buscar as atividades nas escolas. Para não deixar esses estudantes prejudicados, os professores Railene Santiago e Bruno Vitorino decidiram colocar o pé na estrada.

Após deixar o material escolar, os professores retornam 15 dias depois para buscar as atividades prontas e levar mais material.

“Nesse ramal temos três alunos, que iremos entregar as tarefas. Já estivemos em uma situação bem mais crítica de entrar em ramais que estavam piores, mas acontece dessa forma. A gente entrega as atividades para as famílias que já estão nos aguardando, já sabem de nossas visitas”, relatou a professora Railene Santiago.

Obstáculos

Para fazer essa entrega, os professores enfrentam o calor, lama e, principalmente, as más condições das estradas de terra.

“No verão, ‘comemos’ muita poeira e hoje a lama. Já aconteceu de vir em dias chuvosos, Bruno já levou algumas quedas, mas enfrentamos na brincadeira e disposição e acreditando que estamos fazendo nossa parte”.

A primeira parada é um assentamento que fica na Estrada do Mutum. Na casa, vive o Josiel e a avó Sebastiana Feitosa de Araújo, que não tinha ideia de que a entrega das atividades era feita de bicicleta.

“Vocês vieram de bicicleta? É muita luta e compromisso de vocês. Interesse nas crianças. Muito bom”, disse

Professores visitam alunos e orientam os pais a como ajudarem os filhos durante a pandemia — Foto: Reprodução/Rede Amazônica Acre

Seguindo viagem, os professores chegam na casa da Marcela Gomes da Silva e a filha dela Sofia. A menina já estava com as atividades em dia e recebeu mais uma. A atividade vai ser recolhidas pelos professores daqui há 15 dias.

“Se fosse outro, deixava assim, que os pais iriam buscar. Mas, é importante vocês virem aqui trazer para as crianças para aprenderem”, falou.

Outra que fica surpresa com a atitude dos professores é a dona de casa Raquel Xavier. “Fazem o que podem, vêm de bicicleta há cada 15 dias para entregar o material para a educação de nossos filhos. Fiquei com medo porque os alunos estudando já é difícil e agora imagina essas crianças sem estudar”, falou.

Roteiro

Material escolar é organizado na escola por equipes de professores um dia antes da entrega — Foto: Reprodução/Rede Amazônica Acre

O roteiro de um dia de trabalho começa na escola. Logo de manhã cedo, duas equipes de professores organizam o material para as crianças em mochilas que foram doadas.

A diretora da escola, Cheila Maria de Souza Lima, disse que a iniciativa de levar as tarefas surgiu para ajudar os alunos mais isolados com a pandemia. Além disso, precisavam dar suporte para auxiliar os familiares de como fazer as atividades.

“Para as famílias não é fácil fazer o papel das escola com tantas preocupações. Dar o suporte para as famílias é necessário”, frisou.

Com as mochilas prontas e os equipamentos de proteção, é hora de sair em busca dos alunos. Os professores pegam carona em uma caminhonete até a entrada das estradas de terra. Daí em diante, o carro não passa e eles seguem sozinhos.

Premiação

A atitude de Railene e Bruno Vitorino rendeu à escola Mario Lobão o segundo lugar no prêmio Gestão Escolar 2020. Ao todo, 47 escolas concorriam ao prêmio da Secretaria de Educação do Acre.

Esse ano a premiação teve como tema ‘O desafio de enfrentar o afastamento social para manter o vínculo entre alunos e escola’.

“É aquela coisa, a gente não pode desistir e continuar nosso trabalho que uma hora o resultado vem, como veio para a gente”, contou Vitorino.

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Nova frente fria chega ao AC nesta semana e temperatura atingirá 18ºC, diz Friale

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Pesquisador Davi Friale – Foto: Alexandre Lima/Arquivo

O pesquisador Davi Friale divulgou em seu site O Tempo Aqui, nesta segunda-feira (10), uma nova previsão de diminuição das temperaturas na próxima semana.

Além disso, o “mago” destacou que até o próximo domingo (16) haverá calor abafado, chuvas, possibilidade de temporais e tempo seco e ventilado.

Na quarta-feira (12), mais uma frente fria chegará ao Acre, a partir do fim da tarde, mas será na quinta-feira que os ventos serão mais intensos, devido à penetração de mais uma onda de frio polar, declinando levemente a temperatura.

“Desta vez, a massa de ar frio não será intensa no Acre. As temperaturas, ao amanhecer, de quinta-feira e de sexta-feira, deverão oscilar entre 18 e 20ºC, em Rio Branco, Brasileia e demais municípios do leste e do sul do estado”, comentou.

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IBGE: mais de 12% dos acreanos já sofreram violência psicológica, física ou sexual

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A pesquisa apontou que 68 mil pessoas de 18 anos ou mais sofreram agressão psicológica nos 12 meses anteriores à entrevista, ou seja, 11,5% da população

IBGE

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta segunda-feira (10) os resultados da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) de 2019.

O Acre figurou em muitos cenários. Um deles foi o de violência psicológica, física ou sexual. Pelo menos 12,4% da população já foi alvo de uma das agressões.

Os dados apontam ainda que 72 mil pessoas de 18 anos ou mais sofreram os tipos de violência destacados, nos 12 meses anteriores à entrevista.

“O percentual de mulheres que sofreram alguma violência foi de 14,0% e o de homens foi de 10,8%. Considerando a faixa etária, a prevalência de casos de violência é mais acentuada nas populações mais jovens: de 18 a 29 anos (16,5,0%); de 30 a 39 anos (8,9%); de 40 a 59 anos (13,5%) e 60 anos ou mais (6,9%). As pessoas pretas (20,2%) e pardas (10,9%) sofreram mais com a violência do que as pessoas brancas (14,6%), diz o órgão.

Outro resultado preocupante tem a ver com o afastamento das atividades laborais e habituais em decorrência da violência sofrida. 9 mil pessoas foram afetadas – o que representa 12,9% das vítimas de violência, seja psicológica, física ou sexual. As mulheres foram mais atingidas do que os homens, com 18,3% e 5,4%, respectivamente.

Violência psicológica

A pesquisa apontou que 68 mil pessoas de 18 anos ou mais sofreram agressão psicológica nos 12 meses anteriores à entrevista, ou seja, 11,5% da população.

O percentual de mulheres vitimadas foi maior do que o dos homens, 12,9% contra 10,1%, respectivamente. A população mais jovem (18 a 29 anos) sofreu mais violência psicológica do que a população com idade mais elevada (60 anos ou mais), 15,4% contra 6,9%. Mais pessoas pretas (18,0%) e pardas (10,2%) sofreram com este tipo de violência do que pessoas brancas (13,4%).

“Considerando o rendimento domiciliar per capita, o grupo com menor rendimento apresentou um percentual maior de vítimas: 15,2% das pessoas sem rendimento até 1/4 do salário mínimo, em comparação a 10,5% das pessoas com mais de 5 salários mínimos”, destaca a pesquisa.

Violência física

A PNS estimou que 17 mil pessoas de 18 anos ou mais sofreram violência física nos 12 meses anteriores à entrevista, o que representa 2,8% da população. O percentual de vítimas do sexo feminino foi de 3,4%, enquanto o dos homens, 2,2%.

Violência sexual

Para as pessoas que responderam que não sofreram agressão sexual nos últimos 12 meses, foi perguntado se ela sofreu essa violência alguma vez na vida. Considerando essas duas perguntas, estima-se que 25 mil pessoas de 18 anos ou mais de idade foram vítimas de violência sexual, independentemente do período de referência, o que corresponde a 4,3% desta população, 2,6% dos homens e 5,9% das mulheres.

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Internações por covid na UTI e enfermarias estão em queda no Acre, diz subsecretária de Saúde

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Ala Covid-19 no Acre – Foto: Odair Leal/Secom/arquivo

A subsecretária de Saúde do Acre, Paula Mariano, disse em entrevista que o número de internações por covid-19 vem diminuindo consideravelmente nos últimos dias.

A notícia tem a ver com a ocupação de leitos comuns e da Unidade de Terapia Intensiva (UTI).

“Temos percebido uma diminuição satisfatória nos últimos 15 dias no Pronto-Socorro e no Into, além de uma queda no número de internações também em Cruzeiro do Sul, no Hospital de Campanha”, disse Paula.

Na última quarta-feira (5) o Into registrou 11 leitos disponíveis de UTI, e o PS desocupou outras 7 vagas. Em Cruzeiro do Sul, 6 leitos estavam disponíveis.

No maior hospital de referência do Acre, apenas 49 leitos de enfermaria, dos 160 disponíveis, estavam ocupados na data.

De acordo com o consórcio de veículos de imprensa do Brasil, o Acre está em queda no número de novas mortes pela doença.

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