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Cuidado com pirâmides financeiras que prometem “formas fáceis de ganhar dinheiro”
Uma pirâmide financeira é um esquema financeiramente insustentável classificado como golpe. Entenda como funciona uma pirâmide financeira e como evitar cair em uma.
Por: Empiricus
Você já foi convidado para participar de algum investimento que prometia um retorno gigantesco? Embora pareça tentador, pode se tratar de um golpe de pirâmide financeira. Uma prática comum e antiga, mas que continua a fazer diversas vítimas.
O que é pirâmide financeira?
Uma pirâmide financeira, também conhecida como Esquema de Ponzi, é um tipo de golpe que promete rendimentos altos e rápidos para determinado investimento, mas de forma insustentável.
O esquema exige que a pessoa que decidiu investir traga mais pessoas para o negócio, e assim sucessivamente. Geralmente, esse é um requisito para ter acesso ao retorno do valor investido.
A forma como é realizada fez com que a fraude recebesse o nome de pirâmide, já que no topo estão os líderes ou o líder do negócio. Essa pessoa convence alguém a trazer um número de convidados. Esses convidados trazem mais pessoas. Assim, os números aumentam exponencialmente, formando uma pirâmide.
Várias produtos e investimentos podem ser usadas como plano de fundo para o golpe, como criptomoedas, investimentos em franquias, imóveis e outras coisas.
Mas, muitas vezes esses investimentos sequer são reais e tem como único objetivo dar mais credibilidade ao golpe e tirar dinheiro das pessoas com maior facilidade.
Como funciona uma pirâmide financeira?
A pirâmide financeira funciona por meio do recrutamento de novos membros interessados em formas fáceis de ganhar dinheiro e que colocam alguma quantia em um suposto investimento.
Depois, eles convidam novos membros para que o negócio continue a crescer. Geralmente, a promessa é de que o retorno será rápido e, muitas vezes, os golpistas providenciam até mesmo um contrato para dar credibilidade ao plano.
O esquema de pirâmide é vasto, então ele pode surgir em pequenos grupos, em que fica mais claro que se trata de um golpe, ou até mesmo com operações maiores, em que se passa a impressão de que há grandes empresas envolvidas e o investimento é muito sério.
Como saber se estou caindo em um esquema de pirâmide?
Um esquema de pirâmide financeira costuma ter algumas características clássicas às quais é importante ficar atento:
- Promessas de lucros exorbitantes e em um curto período de tempo;
- Para aumentar os ganhos ou para receber o valor prometido é preciso convencer outras pessoas a entrarem no esquema;
- Os golpistas passam uma sensação de urgência e de oportunidade única que vai acabar logo. Assim, a pessoa tende a entrar para o negócio sem ter tempo de avaliar muito bem os riscos, pois teme perder uma boa chance;
- Não há informações detalhadas sobre a empresa e o investimento oferecido. Tudo é repassado de maneira muito vaga, concentrando-se apenas nas possibilidades de grandes retornos.
Por fim, quando alguém já está envolvido no golpe, a percepção de que há um problema ocorre quando os pagamentos começam a atrasar.
Pois, quanto mais a pirâmide cresce, mais difícil fica para atrair novos integrantes. Assim, os membros novos acabam no prejuízo, enquanto aqueles que estão no topo da pirâmide são os únicos a conquistarem altos lucros.
Por que as pessoas caem nesse tipo de golpe?
Há alguns motivos que levam as pessoas a caírem nesse tipo de golpe. Confira os mais comuns.
1. Falta de conhecimento
Muitas pessoas que são vítimas desse tipo de golpe não estão acostumadas com o mercado financeiro e com os investimentos disponíveis. Por isso, elas têm dificuldades em separar o que é real do que é fraude.
Pois, com o desconhecimento do mercado, é difícil perceber que algumas promessas são boas demais para ser verdade. A pessoa acaba focando apenas na promessa de lucro e se esquece de analisar a questão mais a fundo.
2. Ganância
Algumas vezes, a pessoa até suspeita de que algo está errado e que ela pode estar sendo vítima de um golpe, mas a ganância acaba por cegá-la e ela se apega totalmente à promessa de ganhos exorbitantes.
Assim, o investidor decide arriscar, mesmo sabendo lá no fundo que é bom demais para ser verdade.
Algo parecido ocorre com as pessoas que estão passando por dificuldades financeiras e precisam levantar recursos rapidamente. Elas acabam sendo convencidas a investir o pouco que tem em algo que vai gerar prejuízos.
3. Confiança
Um esquema de pirâmide financeira não começa dando prejuízo aos investidores. Ao contrário, os primeiros que aceitam participar recebem as quantias prometidas e nos dias combinados.
É claro que esse início promissor faz com que a pessoa fique animada para convencer parentes e amigos a participarem. Os novos envolvidos, por sua vez, aceitam participar porque confiam na pessoa que falou sobre o investimento e estão vendo que outros envolvidos estão recebendo os valores.
Mas, uma hora ou outra a pirâmide vai crescer demais e começar a ruir.
O que fazer para evitar esse tipo de golpe?
Para não cair nesse tipo de golpe, você pode adotar algumas práticas:
- Estude sobre o mercado financeiro: ao conhecer os tipos de investimentos verdadeiros e as possibilidades do mercado, você ficará menos propício a acreditar em promessas irreais e terá mais informações sobre como verificar o nível de confiança de determinado investimento;
- Desconfie de promessas irreais: como mencionamos, os golpistas costumam oferecer lucros muito acima daqueles praticados pelo mercado. Embora seja tentador, desconfie dessas promessas e faça uma verificação mais profunda, pois há muitas chances de se tratar de um golpe;
- Desconfie se houver pressa para fazer o investimento: uma das táticas dos golpistas é fazer a pessoa acreditar que ela estará perdendo uma grande oportunidade caso não invista o mais rápido possível;
- Verifique informações sobre a empresa: caso haja uma empresa envolvida, observe o que falam sobre ela nas redes sociais e em sites como o Reclame Aqui. Se estiver negociando ativos do mercado financeiro, acesse o site da CVM (Comissão de Valores Imobiliários) e verifique se há permissão para esse tipo de operação.
Pirâmide financeira é ilegal?
Sim. A prática de pirâmide financeira constitui crime tipificado desde 1951, pela lei 1521. Assim, todos os membros da pirâmide, até aqueles que trabalharam no recrutamento de novas pessoas, podem ser indiciados.
A pena para o crime inclui prisão, por tempo variável, que vai depender de julgamento, e pagamento de multa.
Porém, é importante não confundir a pirâmide com o marketing multinível, uma prática considerada legal.
Nesses casos, existe realmente algo a ser negociado. É comum que as pessoas sejam recrutadas para vender algum produto e aquele que indicou receba um percentual das vendas.
Repare que não se trata de golpe porque o negócio possui meios de se sustentar e não há a intenção de gerar prejuízo para os envolvidos.
Conheça alguns casos famosos de pirâmide financeira
No Brasil, um dos casos mais famosos desse golpe é o da empresa TelexFree. Ela atuava como operadora de telefonia e ganhou o respeito e a confiança de muitos usuários.
Mas, a empresa deixou muitas pessoas no prejuízo. Com o tempo, foi comprovado que havia um sistema de pirâmide, em que a pessoa comprava um pacote e o dinheiro era usado para pagar outros membros. Depois, o novo recrutado convidava mais duas pessoas e recebia uma quantia por isso.
Como todo sistema de pirâmide, havia a promessa de bons retornos, mas o esquema não se sustentou por muito tempo.
Nosso segundo exemplo mostra que todo cuidado é pouco com esse tipo de golpe, pois até pessoas famosas podem ser usadas para atrair investidores sem que elas saibam que estão contribuindo para um crime.
Pois, na década de 90, o famoso ator Antônio Fagundes se tornou garoto propaganda da empresa Fazendas Reunidas Boi Gordo. Ele incentiva as pessoas a investirem para obterem lucros com a engorda de bois e a compra de bezerros.
Mas, o que o ator não sabia, é que tudo se tratava de um esquema de pirâmide. Quando as coisas ruíram, o prejuízo dos investidores chegou a 5 bilhões de dólares. Até hoje há processos correndo na justiça na tentativa de recuperar parte dos valores.
Agora partimos para um caso famoso a nível mundial. Na década de 60, o investidor Bernard Madoff fez fama e fortuna em Wall Street e se tornou um dos criadores da empresa Nasdaq.
O empresário movimentou bilhões de dólares e depois foi denunciado pelos próprios filhos como administrador de um esquema de pirâmide. Madoff acabou preso e morreu ainda cumprindo sua pena.
Atenção
Os exemplos nos mostram que pessoas e empresas que pareciam extremamente confiáveis acabaram atraindo investidores para vários esquemas fraudulentos.
Então, fique muito atento a todas as dicas que apresentamos neste texto e estude bastante, para entender como investir da maneira correta e correndo riscos calculados.
No mercado financeiro há investimentos legalizados para todos os gostos, desde aqueles que querem se proteger ao máximo de qualquer perda, até os que são mais ousados e aceitam correr um risco maior, mas com possibilidades reais de ganhos a longo prazo, o que não ocorre na pirâmide financeira.
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Governo do Acre sanciona Programa Estadual de Aquisição de Alimentos e reforça apoio ao produtor rural da agricultura familiar
O governador Gladson Camelí sancionou na tarde desta segunda-feira, 23, no Palácio Rio Branco, a Lei nº 4.598/2025, que cria o Programa Estadual de Aquisição de Alimentos (PAA). A medida representa um avanço significativo na valorização da agricultura familiar e no combate à insegurança alimentar no estado do Acre, com investimento previsto de mais de R$ 2,2 milhões em recursos do Tesouro Estadual.

Governador Gladson Camelí sancionou a Lei nº 4.598/2025, que cria o Programa Estadual de Aquisição de Alimentos. Foto: Ingrid Kelly/Secom
O evento contou com a presença de autoridades, representantes do setor produtivo e lideranças de grandes grupos de agricultores familiares. O clima foi de celebração e reconhecimento: os produtores destacaram a sensibilidade do governo estadual com o homem e a mulher do campo e agradeceram pelo fortalecimento de políticas públicas voltadas ao setor.
O Programa Estadual de Aquisição de Alimentos tem como objetivo comprar diretamente da agricultura familiar produtos que serão destinados a pessoas em situação de risco social e insegurança alimentar, bem como a instituições públicas e privadas sem fins lucrativos, que atuam na política de segurança alimentar e nutricional.

Para Camelí, programa é um passo essencial para dar dignidade a quem planta, colhe e alimenta. Foto: Ingrid Kelly/Secom
“Esse programa é um passo essencial para dar dignidade a quem planta, colhe e alimenta o nosso povo. Estamos promovendo inclusão social e fortalecendo a produção local, ao mesmo tempo em que levamos comida à mesa de quem mais precisa”, afirmou o governador Gladson Camelí durante o ato de sanção.
Apoio sem igual
A expectativa é de que a iniciativa beneficie 150 agricultores familiares e alcance 4 mil famílias em situação de vulnerabilidade social, promovendo o abastecimento com alimentos de qualidade, variedade e regularidade adequadas. A aquisição será feita sem licitação, por meio de chamadas públicas, respeitando critérios técnicos e a capacidade das organizações fornecedoras.

Expectativa é de que a iniciativa beneficie 150 agricultores familiares e alcance 4 mil famílias em situação de vulnerabilidade social. Foto: Ingrid Kelly/Secom
O secretário de Estado de Agricultura, Luiz Tchê, reforçou a importância do programa: “Essa sanção vai fazer a diferença principalmente na vida dos pequenos produtores. Agora temos o PAA estadual, que se soma ao federal e ao indígena. Vamos movimentar a economia local e dar dignidade ao produtor, valorizando seu produto e tirando o atravessador da cadeia. Com as políticas públicas rurais que o governador Gladson Camelí tem implantado, temos a certeza o Acre será um celeiro para o país”, destacou o secretário.
Segurança alimentar e produção sustentável
Entre as finalidades do programa estão o incentivo à produção orgânica e agroecológica, o fortalecimento da economia local, a inclusão de agricultores familiares no mercado institucional e o estímulo à organização de cooperativas e associações.
A Lei estabelece também que os alimentos adquiridos poderão ser distribuídos na forma de kits às famílias atendidas pela rede socioassistencial, com prioridade para os que estão em maior situação de risco. A operacionalização ficará sob responsabilidade da Secretaria de Estado de Agricultura (Seagri), com apoio de outros órgãos governamentais.

Entre as finalidades do programa estão o incentivo à produção orgânica e agroecológica. Foto: Ingrid Kelly/Secom
A nova legislação revoga a Lei nº 2.024/2008 e atualiza a Política Estadual de Segurança Alimentar, alinhando-a com os avanços sociais e econômicos dos últimos anos. A iniciativa integra o esforço do governo Gladson Camelí em valorizar a produção local e construir um Acre mais justo, produtivo e solidário.
Transformar vidas e fortalecer os pequenos produtores
A sanção do Programa Estadual de Aquisição de Alimentos (PAA) marca não apenas um avanço nas políticas públicas voltadas para o combate à fome e à insegurança alimentar no Acre, mas também um momento de reconhecimento e valorização daqueles que produzem com esforço, em comunidades muitas vezes esquecidas: os agricultores e agricultoras familiares.

Para Vanuza Ferreira Correia, o novo programa simboliza a realização de um sonho coletivo. Foto: Ingrid Kelly/Secom
Para Vanuza Ferreira Correia, da Associação de Produtores Rurais do Seringal Capatará, localizada entre os municípios de Capixaba e Senador Guiomard, o novo programa simboliza a realização de um sonho coletivo. A associação, que passou quase uma década desativada, renasceu com apoio do governo do Estado e, hoje, é símbolo de resistência e produção rural.
“Antes, a gente não tinha mecanização, não tinha acesso a programas como o CAF. Mas com o projeto Mecaniza Mais, mais de 50 famílias do Capatará foram beneficiadas. Hoje, estamos construindo até uma casa de farinha. Esse programa que o governador está assinando vai mudar tudo, porque nossa maior dificuldade sempre foi produzir sem ter pra quem vender. Agora, a gente tem uma oportunidade real”, conta Vanuza.
A fala de Vanuza traduz a realidade de centenas de pequenos produtores acreanos: o desafio de comercializar o que produzem, muitas vezes sendo forçados a vender por preços irrisórios a atravessadores. Com o PAA estadual, o governo elimina essa barreira, garantindo que o alimento vá diretamente da roça ao prato das famílias em situação de vulnerabilidade social, ao mesmo tempo que movimenta a economia local.
Quem também compartilhou sua experiência foi Elza Rodrigues da Silva, representante da Cooperativa Coopermix, localizada na região do Polo Geraldo Fleming, em Rio Branco. Lá, 40 famílias produzem frutas, hortaliças e mantêm pequenas criações de animais. A cooperativa já atua no Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), e agora celebra a chegada do programa estadual como um novo fôlego para continuar crescendo.

Quem também compartilhou sua experiência foi Elza Rodrigues da Silva. Foto: Ingrid Kelly/Secom
“Graças a Deus, nosso governo está de parabéns. Os pagamentos do PNAE têm saído direitinho e rápido, o que nos ajuda muito. E agora, com o PAA estadual, mesmo que o valor seja dividido entre muitos, é um benefício que faz diferença demais para nós. Só temos a agradecer”, afirmou Elza, emocionada.
O PAA estadual vem para consolidar esse protagonismo, transformando a realidade no campo e promovendo justiça social.
“Esse programa não é só um investimento em comida. É um investimento nas pessoas, na dignidade e na esperança de um Acre mais justo e próspero”, destacou o governador Gladson Camelí.

Clima foi de celebração e reconhecimento. Foto: Ingrid Kelly/Secom
O governo do Acre segue comprometido em transformar vidas com ações concretas que fortalecem quem planta, colhe e alimenta o estado. Com o PAA estadual, o campo acreano ganha voz, vez e valorização.
VEJA VÍDEO REPORTAGEM ABAIXO
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Justiça autoriza quebra de sigilo telefônico de acusado de matar servidora do TJAC
Decisão também determina prisão temporária e busca domiciliar do suspeito de atropelamento doloso após briga em bar de Rio Branco
O juiz Robson Aleixo, atuando em regime de plantão na Vara Estadual do Juiz das Garantias, autorizou a quebra do sigilo telefônico, a prisão temporária e a busca e apreensão domiciliar contra o homem acusado de atropelar e matar a servidora do Tribunal de Justiça do Acre, Juliana Chaar Marçal, de 36 anos, em um caso que chocou a população de Rio Branco.
A decisão judicial atendeu a pedido da autoridade policial e contou com parecer favorável do Ministério Público do Acre (MPAC). De acordo com o despacho, há “fortes indícios” de que o investigado foi o responsável direto pelo atropelamento doloso — ou seja, com intenção — que vitimou Juliana, que atuava como assessora jurídica no TJAC.
A materialidade do crime está comprovada por imagens de câmeras de segurança do local onde ocorreu o fato, que registraram o momento do atropelamento, além de depoimentos colhidos por investigadores, incluindo o gerente do estabelecimento onde a discussão teve início.
Juliana foi atropelada na madrugada de sábado (21), em frente a uma casa noturna localizada no bairro Isaura Parente. Ela chegou a ser socorrida, mas morreu horas depois no pronto-socorro da capital em decorrência de um traumatismo craniano.
A Polícia Civil segue com as investigações, que agora contam com acesso às comunicações do acusado, com o objetivo de esclarecer a motivação do crime e a possível participação de outros envolvidos na briga generalizada que antecedeu a tragédia.
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Servidores do Acre ameaçam greve geral e cobram reajuste salarial
Cerca de 30 sindicatos se unem para pressionar o governo por recomposição inflacionária, majoração do auxílio-alimentação e extensão do auxílio-saúde a todos os servidores
Representantes de sindicatos de diversas categorias do serviço público estadual do Acre realizaram, na manhã desta segunda-feira (23), uma coletiva de imprensa no Salão Azul da Assembleia Legislativa (Aleac) para anunciar uma manifestação unificada prevista para a próxima terça-feira (25). O ato pode culminar em uma greve geral caso o governo estadual não apresente respostas concretas às reivindicações.
A mobilização reúne trabalhadores da Educação, Saúde, Segurança Pública (Polícias Civil, Militar e Penal), Fazenda e órgãos da administração direta e indireta. De acordo com os líderes sindicais, há um sentimento generalizado de insatisfação com a ausência de diálogo e o descaso do Executivo com as pautas salariais e de valorização do funcionalismo.
Cláudio Mota, presidente do Sindicato dos Engenheiros do Acre, criticou a repetição dos mesmos argumentos usados pelo governo nos últimos sete anos, sempre ancorados na Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). “Todos os sindicatos têm escutado as mesmas desculpas. Por isso, construímos uma pauta unificada que representa cerca de 40 mil servidores em todo o estado”, afirmou.
A categoria apresentou três principais demandas: reajuste salarial por meio da Revisão Geral Anual (RGA), majoração do auxílio-alimentação e extensão do auxílio-saúde no valor de R$ 1 mil para servidores ativos e inativos.
Durante a coletiva, também foi lembrada a audiência pública realizada recentemente na Aleac, quando os sindicatos solicitaram um plano de recuperação fiscal ao governo. “Esperávamos a presença do governador, mas ele mandou apenas um representante. Se até quarta-feira (25) não houver resposta, sairemos da manifestação com indicativo de greve geral”, declarou Mota.
Rafael Diniz, presidente do Sindojus-AC e integrante da Frente Única da Segurança Pública, reforçou que a mobilização representa mais de 25 mil trabalhadores e cerca de 30 sindicatos. Ele destacou que a recomposição salarial não fere a LRF e criticou o aumento concedido aos secretários estaduais. “Enquanto os servidores acumulam perdas estimadas em 20%, o governo elevou o salário dos secretários de R$ 23 mil para R$ 32 mil”, pontuou.
João Neto, representante dos servidores da administração direta, trouxe um relato impactante sobre a defasagem salarial. “Temos colegas com 40 anos de serviço, duas faculdades, e recebendo apenas R$ 2.500. Somos os servidores que sustentam a máquina pública e seguimos invisíveis para o governo”, lamentou.
O movimento sindical afirma que as medidas anunciadas são de caráter emergencial, diante da estagnação das negociações e da ausência de ações concretas por parte do governo. A manifestação do dia 25 é vista como um alerta e pode abrir caminho para uma paralisação geral do serviço público no Acre.
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