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Crise na tríplice fronteira continua e prejudica um comércio de milhões de dólares entre Brasil e Peru

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Por Marcos Vinícius

Mesmo com o envolvimento de oito ministérios, a crise humanitária envolvendo as cidades de Assis Brasil (Brasil) e Iñapari (Peru) continua. Centenas de caminhões estão estacionados de um lado e outro da ponte binacional bloqueada pela presença de imigrantes, a maioria haitianos. Anualmente, US$ 48 milhões são negociados entre as relações binacionais Brasil/Peru. Neste final de semana nem rotas alternativas utilizadas pela Bolívia estarão disponíveis pois a fronteira com Brasileia e Epitaciolândia foi fechada.

O governo brasileiro não reconhece os impactos econômicos como prejuízos à economia local. A nota técnica da Receita Federal enviada à Articulação e Monitoramento da Casa Civil da Presidência da República ignorou cerca de US$ 3 milhões comercializados na exportação de produtos do Peru para o Brasil.

Porém o Brasil reconhece os prejuízos para Peru e Bolívia. Em 2020, de acordo dados do relatório da Receita que a reportagem teve acesso, US$ 45,6 milhões foram negociados e transportados entre as fronteiras. Um total de 780 declarações de exportação. Em 2019 foram US$ 70 milhões em 1.095 exportações.

Entre os produtos brasileiros que atravessam a ponte binacional estão óleo de soja, explosivos, estopins, material de sondagem, frango, entre outros.

Procurado, o presidente da Fórum Empresarial e de Inovação e Desenvolvimento do Acre, José Adriano, disse que o momento atípico prejudicou o diálogo com o governo peruano. Para ele, o fato que pegou todos de surpresa prejudica a cultura de exportação com o comércio acreano. “Infelizmente neste momento estamos preocupados com os prejuízos de quem foi pego de surpresa com o problema. A crise humanitária é internacional, devemos ter essa conscientização nesse momento”, acrescentou Adriano, adiantando que vários entendimentos comerciais com o Peru estão em andamento.

“São uma série de etapas que a gente trabalha, inclusive em uma agenda de evento anual na tríplice fronteira, questões que foram adiadas com a pandemia”, destacou Adriano.

O governo brasileiro mobilizou a atenção de oito ministérios. Uma ação tramita na Justiça do Acre pela qual pede força policial a fim de expulsar o grupo de imigrantes que bloqueia a ponte da União.

Indústrias frigoríficas do Acre são prejudicadas

A crise migratória pode causar sérios prejuízos às indústrias frigoríficas locais. O alerta é feito pelo Sindicarnes, que tem acompanhado com grande preocupação toda essa problemática que já se arrasta há algumas semanas.

O diretor do Sindicato das Indústrias de Frigoríficos e Matadouros do Estado do Acre, Nene Junqueira, diz que o bloqueio na Ponte da Integração impede no momento a passagem de 100 caminhões com carga que estão do lado peruano e outros 30 que estão em território acreano.

“Será que se esse bloqueio ocorresse no Porto de Santos as autoridades já não teriam solucionado? Como estamos distantes dos grandes centros, em uma fronteira com menor circulação, não tem sido dada a necessária atenção para essa situação grave”, questiona Junqueira.

Ele afirma que o Sindicarnes e as indústrias frigoríficas são solidários aos imigrantes e estão dispostos a ajudar com alimentação, roupas e outros produtos necessários, no entanto, avalia que o bloqueio da estrada pelos manifestantes não é uma forma pacífica de protesto.

“A indústria frigorífica pode perder contratos de exportação se não cumprir as datas previstas de envio dos produtos. Há exportações a serem feitas no fim deste mês pela Ponte da Integração e não temos garantia nenhuma de que esse problema será solucionado rapidamente. Quem vai pagar essa conta? Essa situação pode agravar e inviabilizar o trabalho das poucas indústrias acreanas que conseguem exportar. Precisamos que essa estrada seja liberada e essa crise migratória tem que ser resolvida urgentemente”, enfatiza o diretor do Sindicarnes.

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Tentativa de fazer “gato” para a vizinha homem quase morre em descarga elétrica

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Um homem identificado apenas como Erivan, de aproximadamente 40 anos, ficou ferido ao receber uma descarga elétrica e cair de um poste na tarde desta terça-feira (26), na rua Surubim, no bairro Panorama, em Rio Branco.

Segundo informações de testemunhas, Erivan é pedreiro, mas uma vizinha dele solicitou que o trabalhador fizesse um “gato” para ela. O homem subiu no poste e tentou ligar o cabo de energia elétrica da casa em um poste de energia de alta tensão. Ao subir no poste com ajuda de uma escada, ele acabou recebendo uma descarga elétrica e caiu de costas no chão, já desacordado.

Ao ouvir os gritos de pedidos de ajuda de moradores, famíliares da vítima acionaram o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), que enviou a ambulância de suporte avançado 01. Os paramédicos prestaram os primeiros atendimentos e encaminharam Erivam em estado de saúde estável ao pronto-socorro de Rio Branco.

Segundo uma médica do Samu, o paciente deu entrada no hospital com dores na lombar, porém estava com todos os seus movimentos nos membros superiores e inferiores.

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Isolada: Brasileia que faz fronteira com a Bolívia e Peru com ponte interditada pede socorro

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Com o agravamento da situação crítica que vive Brasiléia desde quarta-feira, 14, com a enxurrada de chuvas que segundo a Defesa Civil Municipal deixou em condições de isolamento quase mil pessoas em comunidades rurais, com destruição de pontes, estourando redes de bueiros e ramais principalmente na Reserva Extrativista Chico Mendes.

Levantamentos da Secretaria de obras dão conta de 22 pontes nessas localidades por não suportarem o volume de chuvas e ficar totalmente ou parcialmente destruída.

A população do município sofre ainda com a 4° alagação em 11 anos e com isolamento da única ponte de acesso ao restante do Brasil e por onde chega mercadoria, suplementos, medicamentos e combustível. A Ponte Metálica José Augusto é uma ponte de mão única que liga também ao município vizinho Epitaciolândia.

Diante do cenário de destruição em Brasiléia, a Prefeita Fernanda Hassem decretou no sábado 14, Situação de Emergência e ainda aguarda reconhecimento da Defesa Civil Nacional e do Governo Federal para conseguir levar ações de socorro e auxílio para vítimas desse desastre natural.

Com quase quatro mil pessoas atingidas na zona rural e na cidade, destas 1500 estão em 10 abrigos montados pela prefeitura de Brasileia, além de abrigo para mais de 138 indígenas em situação urbana.

Até às 22h deste domingo, o manancial que alagou a cidade ultrapassou 13 metros, sendo que a cota de alerta é de 9,80 metros e de transbordamento de 11, 40 metros.

Com uma receita com aproximadamente 28 mil habitantes, Brasiléia vive praticamente de repasses do governo federal.

Diante desse cenário estarrecedor, a Defesa civil municipal recorre à Bancada Federal acreana, ao governo do estado, governo federal, empresários e a quem possa ajudar, que faça sua parte em prol de Brasiléia.

E na iminência de uma crise humanitária, a cidade de Brasiléia se vê à beira do isolamento completo devido à elevação do Rio. Com a previsão de atingir a cota de 13.85 metros até amanhã, a ponte José Augusto é o único acesso terrestre ao município e poderá ficar comprometido, deixando milhares de residentes em situação delicada.

A prefeita Fernanda Hassem, clamou por ajuda aos representantes políticos, governos federal e estadual, e às instituições responsáveis. Ela expressou gratidão às forças armadas e às autoridades locais por seus esforços, mas destacou a urgência de mais apoio diante da situação crítica.

Veja vídeo institucional feito na noite deste domingo pela prefeita de Brasiléia, Fernana Hassem.

 

“Agora são 23 horas e nós estamos aqui na ponte José Augusto. Esse é único acesso de Brasiléia por via terrestre. A previsão de elevação do Rio até amanhã é de chegar a cota de 13.85 metros e isso isola Brasiléia por via terrestre. Através desse vídeo queremos fazer um pedido de ajuda aos nossos representantes, aos nossos parlamentares, aos senadores, ao governo federal e estadual.Todas as medidas estão sendo tomadas pela Defesa Civil, pela Prefeitura em parceria com todas as instituições. Aqui eu quero agradecer as forças armadas, ao governo através da Defesa Estadual, mas precisamos de ajuda. em nome da população de Brasiléia, porque a previsão de que se continuar enchendo da forma como está , o município ficará totalmente isolado por via terrestre “, lamentou prefeita Fernanda Hassem.

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Fernanda Hassem recebe Governador Gladson Cameli e decreta Estado de Emergência

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Neste sábado 24, a prefeita Fernanda Hassem recebeu a visita do governador Gladson Cameli, que veio trazer solidariedade e apoio às famílias atingidas pela enchente do Rio Acre.

Os gestores do estado e do município, visitaram o abrigo localizado na escola Kairala José Kairala.

Participaram também do encontro Dep. Tadeu Hassem, membros do comitê de crise, vereadores, secretário municipais, secretário estaduais, representantes do TJAC, MPAC e outras instiruições.

Durante a visita, o governador conversou com famílias desabrigadas e reiterou o compromisso do Estado em auxiliar os municípios nesse momento desafiador. “É um momento de estarmos unidos. Fui informado sobre a situação da enchente na zona rural e urbana. Estamos aqui com a equipe do governo nos antecipando para dar atenção a todas as famílias que estão desabrigadas. Eu disse à prefeita Fernanda que não vamos medir esforços para não deixar a zona rural isolada”, afirmou o governador Cameli.

Na ocasião, a prefeita Fernanda Hassem, decretou no município de Brasiléia, Estado de Emergência e ressaltou a importância da parceria entre o Governo do Estado e a Prefeitura de Brasiléia para o enfrentamento das dificuldades ocasionada pela alagação com mais de quatro mil pessoas atingidas na cidade e na zona rural, principalmente as pessoas e as comunidades rurais isoladas e a situação que estamos passando é de emergência, socorro e parceria.

Com o nível do Rio Acre medindo mais de 12 metros em Brasileia e de acordo com os dados atualizados pela Defesa Civil e a Secretaria de Assistência Social, temos quatro mil pessoas atingidas , sendo dessas mil pessoas na zona rural que estão isoladas em seis comunidades rurais e três mil pessoas em casas de parentes e abrigos , entre eles para a comunidade indígena em situação urbana montados pela Prefeitura de Brasileia.

Deputado Tadeu Hassem agradeceu o governador por atender demandas da população do Alto Acre . “O governador, mais uma vez, demonstra seu compromisso e cuidado com a população do Alto Acre, ao atender prontamente o pedido da prefeita Fernanda e da comunidade. A situação na zona rural, com quase mil pessoas isoladas nos ramais, é algo sem precedentes”.

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