Acre
Conta de luz poderá variar por horário de consumo a partir de janeiro
Para o presidente da Abradee, Nelson Fonseca Leite, o objetivo da tarifa branca é desestimular o consumo no horário de pico, para dar mais segurança ao sistema elétrico

Entre 18 horas e 21 horas, a energia ficará até cinco vezes mais cara (Foto: Reprodução)
Da redação com A Tribuna
Os consumidores que conseguirem mudar hábitos e deslocarem o consumo de energia poderão pagar uma conta de luz mais baixa em 2018. De acordo com a Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica (Abradee), quem conseguir concentrar o consumo de energia entre as 22 horas de um dia e as 17 horas do dia seguinte poderá economizar.
A tarifa branca é um regime tarifário que considera o horário do consumo e o dia da semana para definir do preço da energia. Atualmente, o consumidor paga o mesmo valor pela energia em todos qualquer horário do dia, seja manhã, tarde, noite e madrugada.
Com a tarifa branca, a energia fica mais cara no momento em que a rede é mais demandada, entre 17 horas e 22 horas. Entre 18 horas e 21 horas, a energia ficará até cinco vezes mais cara. Das 17 horas às 18 horas e das 21 horas às 22 horas, a luz ficará três vezes mais cara. No restante das horas do dia, ela terá um preço mais baixo. Nos fins de semana e feriados, a energia terá o valor mais barata o dia todo.
A tarifa branca é um regime opcional, ou seja, o consumidor que quiser aderir deve fazer o pedido à sua própria distribuidora. Quem não fizer o pedido e não tiver interesse em migrar não precisa se preocupar, pois vai permanecer no regime normal de cobrança de energia, que não faz diferenciação de preços.
Inicialmente, apenas clientes com consumo médio mensal acima de 500 kWh poderão migrar. Novas ligações também poderão realizar a migração. A estimativa é que 5% dos consumidores possam fazer essa opção em janeiro, cerca de 4 milhões de unidades consumidoras. Entre eles, estão consumidores de renda mais alta, além de comércios e indústrias de menor porte.
Ao avaliar a opção da tarifa branca, os clientes precisam ter cuidado, pois, dependendo do perfil do consumo, é melhor permanecer no regime atual. Quem não consegue deslocar o horário do banho da noite para a manhã, por exemplo, não deve fazer a migração, pois sua conta de luz pode ficar mais cara. Quem tem ar condicionado ou aquecedor, itens que consomem muita energia, deve mudar hábitos se quiser economizar.

De acordo com o presidente da Abradee, Nelson Fonseca Leite, o objetivo da tarifa branca é desestimular o consumo no horário de pico, para dar mais segurança ao sistema elétrico (Foto: Assessoria)
De acordo com o presidente da Abradee, Nelson Fonseca Leite, o objetivo da tarifa branca é desestimular o consumo no horário de pico, para dar mais segurança ao sistema elétrico. O executivo não deu uma estimativa sobre quanto o consumidor pode economizar com a migração. Para escritórios que funcionam em horário comercial, das 8 horas às 17 horas, por exemplo, a migração vale a pena.
Os valores da energia cobrada por cada empresa, bem como os horários de pico de cada uma, estão disponíveis no site da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). “Cada consumidor deve fazer seus cálculos e estimativas para verificar se vale a pena ou não aderir à tarifa branca”, disse Leite.
Clientes de consumo médio
A partir de janeiro de 2019, consumidores com consumo médio mensal acima de 250 kWh poderão migrar. Finalmente, a partir de janeiro de 2020, todos poderão optar pela tarifa branca. De acordo com a Abradee, o consumo médio mensal do brasileiro é de 160 kWh por mês.
Os clientes que migrarem e se arrependerem podem pedir para voltar para a tarifa convencional. A empresa deverá viabilizar o retorno em 30 dias. Para mudar novamente, é preciso permanecer 180 dias no regime convencional.
Ao receber a solicitação, as empresas terão 30 dias para instalar um novo medidor, cujo preço varia de R$ 300,00 a R$ 600,00. Esse custo terá de ser arcado pelas empresas. Consumidores de baixa renda, atendidos pelo programa Tarifa Social, não podem aderir.
Pressão
A Abradee destacou que a tarifa branca pode gerar uma nova pressão nas contas das elétricas, que pode chegar às contas de luz. A potencial economia para alguns clientes pode resultar em tarifas mais caras para os consumidores que permanecerem no regime normal. As distribuidoras pretendem levar essa questão à Aneel.
“Espera-se que apenas as pessoas que conseguirem economizar vão migrar para a tarifa branca. Isso pode causar um problema de reequilíbrio econômico-financeiro para as empresas”, afirmou o diretor da Abradee, Marco Delgado.
As distribuidoras estão preocupadas com a possível corrida de consumidores dispostos a migrar assim que o regime entrar em vigor. Segundo a Abradee, algumas distribuidoras que pertencem a governados estaduais, obrigadas a fazer todas as compras por meio de licitações, estão com problemas para adquirir os medidores, pois não houve interessados em participar da disputa.

Nos fins de semana e feriados, a energia terá o valor mais barata o dia todo (Foto: Reprodução)
Pagamento
As distribuidoras estão em negociações com para firmar um acordo e possibilitar o pagamento de contas de luz nos mercados que integram a Associação Brasileira de Supermercados (Abras).
Atualmente, para os consumidores fora da rede bancária, só é possível fazer o pagamento nas lotéricas, que cobram das distribuidoras entre R$ 0,80 e R$ 1,00 por conta, mas querem elevar a cobrança a R$ 1,45. “Estamos preocupados com esse possível aumento e queremos, no mínimo, manter os valores acertados com as lotéricas”, disse Leite.
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Sessão da Câmara de Rio Branco aprova projetos de saúde, educação e segurança

Foto: Saimo Martins/ac24horas
A Câmara Municipal de Rio Branco realizou sessão produtiva, aprovando importantes projetos nas áreas de saúde, educação e combate à violência. A sessão, realizada em 13 de maio de 2025, contou com a análise de vetos, abertura de créditos orçamentários e novas propostas legislativas.
Vetos e Orçamento:
-Um veto parcial ao Projeto de Lei Ordinária nº 13/2025, da vereadora Lucilene Vale, sobre fiscalização de estabelecimentos de saúde e alimentação (Autógrafo nº 10/2025), foi mantido pela Câmara.
Foram aprovadas aberturas de créditos adicionais: R$ 240.500,00 para a Fundação Municipal de Cultura, Esporte e Lazer Garibaldi Brasil (FGB), provenientes de superávit financeiro; e R$ 754.912,12 para a Secretaria Municipal de Educação (Seme), FGB e Secretaria Municipal de Esportes (Semue), por anulação parcial de dotação. Ambas as aprovações incluíram emendas sugeridas.
Homenagem e Reconhecimento:
O vereador Antônio Morais obteve aprovação para uma moção de aplauso a Francisco das Chagas Andrade de Souza, premiado como Melhor Diretor de Operações do Brasil pela Associação Brasileira de Supermercados (ABRAS).
Combate a Enchentes e Violência Doméstica:
-Duas iniciativas relevantes para a cidade foram aprovadas por unanimidade:
-Prevenção de Enchentes: O Projeto de Lei nº 25/2025 (vereador Felipe Tchê) institui diretrizes para o Plano Municipal de Prevenção e Combate às Enchentes. O projeto passou pelas comissões de Constituição, Justiça e Redação Final e de Urbanismo, Infraestrutura, Transporte e Trânsito.
Combate à Violência Doméstica: O Projeto de Lei nº 04/2025 (vereador Zé Lopes) cria programas reflexivos e responsabilizantes para autores de violência doméstica e familiar contra a mulher, com princípios, diretrizes e mecanismos multidisciplinares de prevenção e conscientização. Este projeto também recebeu aprovação das comissões de Constituição, Justiça e Redação Final e de Defesa dos Direitos da Mulher.
Em suma, a sessão da Câmara Municipal demonstrou um compromisso com melhorias na cidade, abrangendo desde a gestão financeira até ações concretas para prevenção de desastres naturais e combate à violência doméstica. A aprovação de projetos e a manutenção de vetos refletem a dinâmica legislativa e o esforço em atender às necessidades da população de Rio Branco.
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Vereadores debatem empréstimo de R$ 67 mi para renovação de ônibus

Foto: Saimo Martins
A Prefeitura de Rio Branco encaminhou à Câmara Municipal um projeto de lei que solicita autorização para contratar um empréstimo no valor de R$ 67 milhões. O recurso será destinado à renovação da frota do transporte coletivo da capital acreana. O pedido tramita em regime de urgência urgentíssima, o que gerou debate entre vereadores da base independente e da oposição durante sessão legislativa.
A vereadora Elzinha Mendonça (PSB) se posicionou favoravelmente ao projeto e destacou a precariedade do transporte público em Rio Branco. Segundo ela, a população enfrenta diariamente dificuldades, como ônibus quebrados no meio do trajeto.
“A sociedade está vivendo um gargalo no transporte coletivo. As pessoas estão à mercê da sorte, ficando no meio da rua quando os ônibus quebram. Já analisei o projeto junto com meu jurídico, e ele tem consistência. É necessário pensar no bem da população. Pelo amor de Deus, acredito que, sendo específico para a compra de ônibus novos, a prefeitura terá responsabilidade em dar esse retorno para o povo”, afirmou.
O vereador Neném Almeida (Podemos) também declarou apoio à proposta, destacando os benefícios do financiamento com juros baixos, oferecido por meio de programa do governo federal. “Como bancário, sei que um projeto desses tem juros baixíssimos. É um recurso do governo federal que vai beneficiar o país inteiro, especialmente a população mais carente. Estamos vendo ônibus sucateados, pegando fogo nas ruas. Precisamos renovar. Só não pode ser feito às pressas. Precisamos debater esse projeto com calma”, defendeu.
O vereador Éber Machado (PSDB), da oposição, afirmou que pode votar a favor, desde que a prefeitura ofereça explicações claras sobre as condições do empréstimo e a gestão dos veículos.
“Sou a favor, desde que o projeto venha para ser aprovado numa sala iluminada, e não no escuro. Precisamos saber quem será responsável por esses ônibus. A vida útil de um veículo desses, em muitos estados, é de cerca de dez anos. O financiamento tem quatro anos de carência e mais dezesseis para pagar. Ou seja, o ônibus pode já estar fora de uso e a dívida continuar. Além disso, o projeto prevê como contragarantia o Fundo de Participação dos Municípios (FPM), então não é só o governo federal que vai cobrir. Precisamos tratar isso com seriedade”, alertou.
O vereador André Kamai (PT) também demonstrou preocupação com a tramitação acelerada do projeto e defendeu que a proposta seja amplamente discutida antes da votação. “Sem informações, não há como aprovarmos esse empréstimo. Precisamos esclarecer todos os pontos antes de tomar uma decisão tão importante”, destacou.
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Acre firma acordo com ICMBio para intercâmbio de servidores e apoio técnico
O Governo do Acre e o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) oficializaram nesta quarta-feira, 14, a assinatura do Termo de Cooperação Técnica nº 015/2025/SECC. O acordo estabelece uma parceria entre os dois órgãos para a cessão de servidores com ônus para o órgão de origem, além do intercâmbio de sistemas de informação, capacitação e suporte técnico nas áreas de pessoal e gestão administrativa.
De acordo com o termo, as cessões deverão respeitar, em cada caso, a análise de conveniência e oportunidade, sendo parte de um esforço conjunto para promover o interesse público por meio da conjugação de esforços institucionais.
A vigência do acordo será de um ano, com início em 14 de maio de 2025 e término em 14 de maio de 2026. O documento foi assinado pelo governador Gladson Cameli e pelo presidente do ICMBio, Mauro Oliveira Pires.
A parceria prevê, entre outros pontos, o fortalecimento da gestão administrativa e a troca de experiências técnicas entre servidores estaduais e federais atuantes na área ambiental e de conservação da biodiversidade.
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