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Com programa de Telemedicina implantado, prefeitura zera fila de TFD em Cruzeiro do Sul

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Após a implantação do programa, apenas pacientes com maior complexidade estão sendo encaminhados. As situações da atenção básica estão sendo atendidas na própria cidade.

Maria Natália Lopes de Aragão, de 61 anos, que sofre com problemas reumatológicos, é uma das pessoas atendidas pelo Telemedicina

Assessoria/Sandra Assunção 

O  pela prefeitura de Cruzeiro do Su está zerando a demanda reprimida de pacientes do Tratamento Fora de Domicílio (TFD) para Rio Branco. Cerca de 1.750 pacientes já foram atendidos por médicos especializados. Entre diferentes especialidades médicas, o programa conta com pneumologia, cardiologia, pediatria, endocrinologia adulto e infantil, neurologia adulto e infantil, reumatologia, infectologia, gastroenterologia e psiquiatria.

O Telemedicina é um programa do Ministério da Saúde, aderido pelo município no ano passado, que conta com a prestação remota de atendimentos médicos, com a utilização de recursos tecnológicos e de telecomunicações para a troca de informações entre os médicos especializados do Hospital Albert Einstein, com um médico presencial e os pacientes de Cruzeiro do Sul. O serviço visa prestar suporte na atenção básica, com objetivo de reduzir as demandas de pacientes atendidos pelo TFD e outros que necessitam desse tipo de serviço especializado.

O agendamento e atendimento da consulta via Telemedicina é realizado conforme as vagas e ordem de chegada, na Unidade de Saúde da 25 de Agosto, no horário da manhã e da tarde, de segunda a quinta-feira. Ao lado do paciente, na hora da consulta online, fica um médico presencial. A médica e diretora do programa, Emily Lima, explicou que os pacientes são atendidos por médicos do Hospital Albert Einstein, que dão o suporte nas áreas especializadas. Para que o paciente tenha acesso a consulta, é necessário um encaminhamento do médico da área da unidade de saúde a que pertence.

Segundo a médica, após a implantação do programa, apenas pacientes com maior complexidade estão sendo encaminhados. As situações da atenção básica estão sendo atendidas na própria cidade.

Encaminhamos para o TFD, a partir daqui, apenas aqueles pacientes que a gente percebe que não conseguem ter sua necessidade atendida aqui”, destacou a coordenadora.

“Esse programa é importantíssimo para atenção primária, pois reduziu a fila de TFD, como ainda consegue dar mais comodidade aos pacientes que não precisam mais se deslocar para Rio Branco. A maioria desses pacientes, que precisavam de um tratamento na atenção primária, agora conseguem ter esse acesso sem precisar sair de casa, do seu município. Encaminhamos para o TFD, a partir daqui, apenas aqueles pacientes que a gente percebe que não conseguem ter sua necessidade atendida aqui”, destacou a coordenadora.

Com a implantação do programa em Cruzeiro do Sul, o benefício chegou para a vida de muitos pacientes. Maria Natália Lopes de Aragão, de 61 anos, que sofre com problemas reumatológicos, é uma das pessoas atendidas pelo Telemedicina. Antes, ela precisava buscar médico fora de Cruzeiro do Sul, enfrentar uma viagem de ônibus de mais de 12 horas, para receber a consulta na capital do estado do Acre, Rio Branco. Agora, com os atendimentos sendo realizados de forma virtual, Natália não precisa mais ter gastos e viajar, tendo a comodidade de permanecer em seu município.

“Isso ajuda muito, pois antes era muito difícil eu ter que sair de Cruzeiro do Sul para Rio Branco, de ônibus, sentia muitas dores. Agora tá bom demais, tendo o atendimento aqui na nossa cidade. Eu nem andava antes, era apenas na cadeira de rodas, por isso preciso desse atendimento médico, que me permite ter uma vida diferente”, contou a paciente.

O filho da paciente Maria Natália, Magno Lima, contou que a mãe precisava fazer a consulta em Rio Branco, principalmente para receber o laudo para obter a receita médica, que permite o acesso ao medicamento para aliviar as dores.

“Muitas vezes a gente tinha que ir em Rio Branco apenas para renovar o laudo, para que ela possa conseguir esse medicamento, que ajuda muito no alívio nas dores que ela sente. Agora fiquei muito feliz, pois ela consegue o remédio sem precisar sair de Cruzeiro do Sul. É um gasto a menos e também a gente está em casa, sem transtorno. A prefeitura está de parabéns por ofertar esse serviço aqui”, relatou o filho da paciente.

“O prefeito Zequinha Lima aderiu ao programa Telemedicina beneficiando já quase duas mil pessoas em Cruzeiro do Sul, que podem se tratar aqui mesmo. É um avanço que resolve a falta de especialistas, o que é comum na região. Um médico presencial dá o suporte para o paciente que é atendido pelos profissionais do Hospital Albert Einstein, que é de excelência”, concluiu o secretário de Saúde de Cruzeiro do Sul, Áureo Neto.

O serviço visa prestar suporte na atenção básica, com objetivo de reduzir as demandas de pacientes atendidos pelo TFD e outros que necessitam desse tipo de serviço especializado.

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Capotamento na AC-10 deixa idoso ferido e com suspeita de traumatismo craniano

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Acidente ocorreu no km 47, na estrada de Porto Acre; motorista, filho da vítima, disse ter perdido o controle do veículo em uma curva

Um capotamento na AC-10, no km 47 da estrada de Porto Acre, no trecho entre Porto Acre/Rio Branco, deixou o passageiro Raimundo Silva de Sales, de 62 anos, ferido na noite desta sexta-feira (7). Ele estava em uma caminhonete Hilux branca conduzida pelo próprio filho, que saiu ileso.

O motorista afirmou à polícia que perdeu o controle do veículo em uma curva, mesmo trafegando dentro do limite de velocidade da via. A caminhonete capotou às margens da rodovia.

Equipes do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e da Polícia Militar atenderam a ocorrência. Raimundo apresentava corte na cabeça com sangramento, sinais de desorientação e dificuldades para recordar o acidente. Os socorristas realizaram procedimentos de imobilização, aplicaram curativo compressivo e colar cervical, e, embora não tenham identificado fraturas, levantaram suspeita de traumatismo craniano leve (TCE).

A vítima foi encaminhada ao Pronto-Socorro de Rio Branco em estado estável, onde passará por exames para descartar lesões neurológicas mais graves.

O condutor, que sofreu apenas escoriações leves no ombro, recusou atendimento médico e permaneceu no local para tratar dos procedimentos relacionados ao acidente.

A dinâmica do capotamento será apurada pelas autoridades de trânsito.

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Sebrae leva comissão acreana a evento de inovação do país

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Iniciativa reforça atuação do Ecossistema de Inovação do Acre

O Ecossistema de Inovação do Acre marcou presença no 4º ELI Summit, um dos principais encontros de inovação do país. Reunindo líderes, empreendedores, pesquisadores e gestores públicos, o evento aconteceu de 4 a 6 de novembro, em Natal, no Rio Grande do Norte.

A caravana acreana contou com 12 participantes, representando oito instituições dos setores empresarial, universitário e governamental, reforçando a importância desses atores na construção de soluções inovadoras para os desafios locais.

De acordo com o diretor técnico do Sebrae no Acre, Kleber Campos, participar desse evento junto aos parceiros é um marco para o Ecossistema de Inovação acreano. “Participar do ELI Summit em Natal foi uma experiência incrível, onde pudemos trocar conhecimentos e experiências com líderes e empreendedores inovadores. As discussões sobre desenvolvimento territorial e capacitação dos ecossistemas locais de inovação foram fundamentais para entendermos como fortalecer nossas ações. Foi uma oportunidade de aprendizado e conexão com soluções inovadoras que dialogam diretamente com as necessidades do nosso estado”, disse.

A atuação do Sebrae como catalisador e articulador para a participação nesse evento fortalece parcerias estratégicas e impulsiona a transformação dos territórios, reafirmando o compromisso da instituição com o protagonismo dos empreendedores acreanos e com a inovação como caminho para a competitividade.

Durante o evento, os participantes puderam trocar experiências com representantes de outros estados e países, abrindo possibilidades para projetos colaborativos, além de atrair investimentos e desenvolver soluções alinhadas às vocações da Amazônia.

Para saber mais sobre as ações do Sebrae, acesse sebrae.com.br/acre e acompanhe o perfil oficial no Instagram @sebraenoacre.

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Acre tem 366 crianças de 10 a 14 anos em uniões conjugais, aponta Censo 2022

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Número representa redução de 13,68% em 12 anos, mas prática segue ilegal para menores de 14 anos. União consensual predomina entre casais acreanos

O estudo mostra ainda um crescimento expressivo entre adolescentes de 15 a 19 anos. Foto: captada 

O Acre registra 366 crianças e adolescentes entre 10 e 14 anos vivendo em uniões conjugais, segundo dados do Censo Demográfico 2022 divulgados pelo IBGE. Embora o número represente uma redução de 13,68% em relação a 2010 – quando foram registrados 424 casos -, a situação permanece alarmante por se tratar de prática ilegal para menores de 14 anos.

O estudo revela ainda um crescimento expressivo de uniões na faixa etária de 15 a 19 anos, que saltou de 2.453 para 10.641 casos em 12 anos – aumento superior a 340%. Entre os 335.821 casais acreanos, a maioria (51,09%) vive em união consensual, sem formalização legal, padrão semelhante ao observado nacionalmente.

Os dados evidenciam a persistência do casamento infantil no estado, apontando a necessidade de políticas públicas específicas para proteger os direitos de crianças e adolescentes.

Evolução das uniões precoces
  • 2010: 424 crianças e adolescentes (10-14 anos)
  • 2022: 366 crianças e adolescentes (10-14 anos)
  • Adolescentes (15-19 anos): 10.641 casais (+340% vs 2010)
Perfil das uniões no Acre
  • União consensual: 171.531 (51,09%)
  • Apenas civil: 93.119
  • Civil e religioso: 58.565
  • Apenas religioso: 12.567
Contexto nacional
  • Brasil: 51,3% da população com 10+ anos em união conjugal
  • Total: 90,3 milhões de pessoas

Os números revelam desafios na proteção à infância no Acre, onde fatores culturais e socioeconômicos ainda perpetuam uniões precoces, mesmo com a redução observada. O crescimento explosivo entre adolescentes de 15-19 anos demanda políticas específicas de educação sexual e empoderamento juvenil.

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