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Com alerta contra o sexo precoce, governo lança campanha de prevenção à gravidez na adolescência

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Número mostra tendência de queda nos registros de gravidez abaixo dos 19 anos; redução foi mais lenta entre as meninas com menos de 15, aponta o ministério da Saúde.

Governo lança campanha de prevenção à gravidez na adolescência com foco na prevenção ao sexo precoce — Foto: Nicole Borges/G1

 Por Nicole Borges, G1

Com o lema “Adolescência primeiro, gravidez depois”, o governo federal divulgou nesta segunda-feira (3) o mote da nova Campanha Nacional de Prevenção à Gravidez na Adolescência.

A ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves, disse que o lançamento da campanha é o primeiro passo na construção de um “programa de prevenção ao sexo precoce”. Ela não deu detalhes sobre as próximas etapas do programa.

Números

O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, afirmou que os dados alertam para a urgência de abordar o tema da gravidez e que as críticas recebidas pelo governo antes do lançamento da atual campanha foram infundadas. “Enfrentem os números”, disse o ministro da Saúde, ressaltando que o total de casos de gravidez entre as garotas com menos de 15 anos é expressivo.

A tendência dos casos é de queda. Segundo dados do ministério, entre 2000 e 2018 houve diminuição de 40% nos casos de gravidez entre garotas com entre 15 e 19 anos. Já entre aquelas com menos de 15, a queda foi de 27%.

Abstinência

Antes de ser lançada, a campanha foi alvo de críticas porque o Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos admitiu que trabalhava a indicação da abstinência como uma política pública de prevenção.

Perguntado sobre a posição de entidades médicas que divulgaram estudos contra a abordagem, o ministro da Saúde não apontou a abstinência como a única política a ser defendida e chegou a citar métodos contraceptivos na lista de possíveis ações conforme o perfil etário do público.

O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta.

O ministro disse que a “campanha fala por si” e motiva o debate. “E um dos debates é sim de você chegar e falar que vai se reservar o direito de ter atividade sexual no momento que achar melhor. Eu não entendo isso como abstinência, eu entendo como comportamento mais responsável nas consequências”, disse o ministro da saúde.

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“Não vejo muita base científica também nessa discussão estéril que quer diminuir o tamanho do problema e o tamanho do enfrentamento. Quer dizer que nós deveríamos então falar para um público de 11 anos e 12 anos: olha, você vá lá e peça uma pílula anticoncepcional, coloque um diu aos 11 anos? Não é assim que funciona” – Mandetta, ministro da Saúde

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Reação

Em 31 de janeiro, integrantes da Defensoria Pública da União (DPU) recomendaram que a campanha não fosse lançada porque, segundo os defensores, não há evidências que comprovem a eficácia da abstinência como método de prevenção à gravidez.

“A conclusão de tais pesquisas é que as políticas de abstinência sexual não promoveram mudanças positivas na iniciação sexual e na vida sexual dos jovens, de modo que não impedem nem a gravidez na adolescência nem a propagação de infecções sexualmente transmissíveis entre os jovens”, afirma o documento.

‘Não faça agora’

Sem citar a palavra abstinência, Damares disse que a proposta da campanha é falar sobre “retardar o início” da prática sexual.

“A ministra só quer dizer: não faça agora. A gente não pode? O que a gente tá querendo fazer é o certo”, disse Damares.

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“Quando a gente fala de gravidez na adolescência, todo mundo está pensando na menina de 15 anos. Eu quero falar da menina de 11 anos. Eu quero falar do menino de 10 anos. Eu quero dizer para vocês que eu não estou trabalhando com a idade de 15 e 17” – Damares Alves, ministra

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Taxa comparada

Apenas em 2018, 434 mil adolescentes entre 15 e 19 anos foram mães, isso representa 68,4 nascimentos para cada mil. A taxa mundial é de 46 nascimentos, de acordo com os dados do ministério.

A taxas de mortalidade infantil entre as mães mais jovens (até 19 anos) é de 15,3 óbitos para cada mil nascidos, acima da taxa nacional que é de 13,4 óbitos.

Estudo da Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS) , em parceria com o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), publicado em 2018, aponta que a gravidez na adolescência ocorre com maior frequência entre as meninas com menor escolaridade e menor renda, menor acesso a serviços públicos, e em situação de maior vulnerabilidade social.

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Nova frente fria chega ao AC nesta semana e temperatura atingirá 18ºC, diz Friale

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Pesquisador Davi Friale – Foto: Alexandre Lima/Arquivo

O pesquisador Davi Friale divulgou em seu site O Tempo Aqui, nesta segunda-feira (10), uma nova previsão de diminuição das temperaturas na próxima semana.

Além disso, o “mago” destacou que até o próximo domingo (16) haverá calor abafado, chuvas, possibilidade de temporais e tempo seco e ventilado.

Na quarta-feira (12), mais uma frente fria chegará ao Acre, a partir do fim da tarde, mas será na quinta-feira que os ventos serão mais intensos, devido à penetração de mais uma onda de frio polar, declinando levemente a temperatura.

“Desta vez, a massa de ar frio não será intensa no Acre. As temperaturas, ao amanhecer, de quinta-feira e de sexta-feira, deverão oscilar entre 18 e 20ºC, em Rio Branco, Brasileia e demais municípios do leste e do sul do estado”, comentou.

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IBGE: mais de 12% dos acreanos já sofreram violência psicológica, física ou sexual

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A pesquisa apontou que 68 mil pessoas de 18 anos ou mais sofreram agressão psicológica nos 12 meses anteriores à entrevista, ou seja, 11,5% da população

IBGE

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta segunda-feira (10) os resultados da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) de 2019.

O Acre figurou em muitos cenários. Um deles foi o de violência psicológica, física ou sexual. Pelo menos 12,4% da população já foi alvo de uma das agressões.

Os dados apontam ainda que 72 mil pessoas de 18 anos ou mais sofreram os tipos de violência destacados, nos 12 meses anteriores à entrevista.

“O percentual de mulheres que sofreram alguma violência foi de 14,0% e o de homens foi de 10,8%. Considerando a faixa etária, a prevalência de casos de violência é mais acentuada nas populações mais jovens: de 18 a 29 anos (16,5,0%); de 30 a 39 anos (8,9%); de 40 a 59 anos (13,5%) e 60 anos ou mais (6,9%). As pessoas pretas (20,2%) e pardas (10,9%) sofreram mais com a violência do que as pessoas brancas (14,6%), diz o órgão.

Outro resultado preocupante tem a ver com o afastamento das atividades laborais e habituais em decorrência da violência sofrida. 9 mil pessoas foram afetadas – o que representa 12,9% das vítimas de violência, seja psicológica, física ou sexual. As mulheres foram mais atingidas do que os homens, com 18,3% e 5,4%, respectivamente.

Violência psicológica

A pesquisa apontou que 68 mil pessoas de 18 anos ou mais sofreram agressão psicológica nos 12 meses anteriores à entrevista, ou seja, 11,5% da população.

O percentual de mulheres vitimadas foi maior do que o dos homens, 12,9% contra 10,1%, respectivamente. A população mais jovem (18 a 29 anos) sofreu mais violência psicológica do que a população com idade mais elevada (60 anos ou mais), 15,4% contra 6,9%. Mais pessoas pretas (18,0%) e pardas (10,2%) sofreram com este tipo de violência do que pessoas brancas (13,4%).

“Considerando o rendimento domiciliar per capita, o grupo com menor rendimento apresentou um percentual maior de vítimas: 15,2% das pessoas sem rendimento até 1/4 do salário mínimo, em comparação a 10,5% das pessoas com mais de 5 salários mínimos”, destaca a pesquisa.

Violência física

A PNS estimou que 17 mil pessoas de 18 anos ou mais sofreram violência física nos 12 meses anteriores à entrevista, o que representa 2,8% da população. O percentual de vítimas do sexo feminino foi de 3,4%, enquanto o dos homens, 2,2%.

Violência sexual

Para as pessoas que responderam que não sofreram agressão sexual nos últimos 12 meses, foi perguntado se ela sofreu essa violência alguma vez na vida. Considerando essas duas perguntas, estima-se que 25 mil pessoas de 18 anos ou mais de idade foram vítimas de violência sexual, independentemente do período de referência, o que corresponde a 4,3% desta população, 2,6% dos homens e 5,9% das mulheres.

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Internações por covid na UTI e enfermarias estão em queda no Acre, diz subsecretária de Saúde

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Ala Covid-19 no Acre – Foto: Odair Leal/Secom/arquivo

A subsecretária de Saúde do Acre, Paula Mariano, disse em entrevista que o número de internações por covid-19 vem diminuindo consideravelmente nos últimos dias.

A notícia tem a ver com a ocupação de leitos comuns e da Unidade de Terapia Intensiva (UTI).

“Temos percebido uma diminuição satisfatória nos últimos 15 dias no Pronto-Socorro e no Into, além de uma queda no número de internações também em Cruzeiro do Sul, no Hospital de Campanha”, disse Paula.

Na última quarta-feira (5) o Into registrou 11 leitos disponíveis de UTI, e o PS desocupou outras 7 vagas. Em Cruzeiro do Sul, 6 leitos estavam disponíveis.

No maior hospital de referência do Acre, apenas 49 leitos de enfermaria, dos 160 disponíveis, estavam ocupados na data.

De acordo com o consórcio de veículos de imprensa do Brasil, o Acre está em queda no número de novas mortes pela doença.

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